Blood in The Water escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 2
Três vampiros e uma híbrida


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/fSIRxwyBkKQ-Renesmee runa.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/777950/chapter/2

P.O.V. Renesmee.

Eles são como estátuas de pedra. Como monumentos, sentados nesses tronos idiotas.

—Ah, a nossa jovem híbrida.

—Olá Aro. Você não mudou nada.

Ah, ele merecia aquela alfinetada. Falei num tom para que ele soubesse que não era só a aparência física que eu me referia.

—Você no entanto, mudou. Ficou mais bonita.

O Marcus nem se mexia.

—Marcus? Você tá me ouvindo?

—É claro que estou te ouvindo, criança.

—O que aconteceu com você? Soube que você nem sempre foi... desse jeito.

—E de que jeito seria?

—Vazio. Você não fala, não se move, se quer pisca. Uma alma forte, vagando dentro de uma casca morta. Acho que a alma morreu também, mas não consegue partir, não é?

P.O.V. Alec.

Aquilo foi absolutamente chocante.

—O que acha que sabe sobre mim?

—Você tinha uma esposa, Dydime. Você era feliz quando tinha ela, mas depois que ela morreu... nada. Do Aro eu sinto a cobiça, do Caius... o ódio e a inveja saem pelos poros, mas você? Nada. Morto por dentro e morto por fora. Nada de ódio, cobiça, ganância, amor... só o nada. O vazio. O oco. Como um poço sem fundo.

—Você pode sentir o que os outros sentem?

—É. Uma das vantagens e ás vezes desvantagens de se ser empata.

P.O.V. Aro.

Empatia. Que eu saiba o membro do Clã Cullen com este Dom estranho é Jasper Hale.

—É. Ele me ensinou a aprimorar e a controlar.

—O que?

—Tio Jasper me ensinou a controlar e a aprimorar a minha empatia.

—Pode ler mentes?

—Ler mentes, empatia, ver o futuro, escudo, água de bruxa, vento de bruxa, fogo de bruxa, a telecinese, as runas, os feitiços, sifar, canalizar, poções. Remédio, veneno. Não faz diferença é tudo igual.

—Feitiços? 

—Ainda insiste nesta besteira de...

Ela tirou uma espécie de... varinha do bolso de trás da calça. A coisa tinha a ponta luminescente e com ela desenhou um símbolo na mão e então... uma luz amarela ofuscante saiu da mão dela, mas logo cedeu.

—Ainda acha que é besteira? Um tiro desses e você vira poeira. É incinerado na hora. Isso não é fogo de bruxa, isso é diferente. É algo que... nem eu entendo direito. Mas, só afeta vampiros ou criaturas da escuridão. Houve um ataque lá perto de casa, outro exército de recém criados. Eles devastaram a cidade sem o menor remorso. É um milagre vocês não terem ouvido falar. Já que saiu na TV. Mas, querem saber? Vocês fizeram bem em não se envolver. Porque do jeito que eu tava naquela época? Tão cheia de raiva, ódio e luto... não tinha ficado um.

—E quanto a agora?

—Você não é digno de raiva, Caius. Nenhum de vocês é. Vocês me dão pena. Quer dizer... aquele ali ta morto e ponto. Aro é um buraco negro de tempo, amor e luz e energia só... sugando tudo. Nunca devolvendo nada. Você está transbordando de ódio e inveja o que significa que isso tá fomentando ai dentro a sabe lá Deus quanto tempo. Alec e Jane não tem nada além de ódio e medo. Tudo o que eles tem é o medo. O Félix é um brutamontes, pelo o que eu sei também não tem amigos ou uma família. Lamentáveis criaturas da escuridão.

Ela se deitou no chão e contemplou o teto abobadado da sala do Trono.

—E ainda assim, recentemente aprendi que a única diferença entre um herói e um vilão, um ente querido a ser salvo, alguém digno de redenção e uma causa perdida... é só quem está contando a história. Se me derem licença, tenho que desfazer as minhas malas.

—É claro.

Pena? Não sou digno de pena.

P.O.V. Renesmee.

Estava desfazendo as malas quando alguém aparece na minha porta. E deita na minha cama.

—Então sou digno da sua pena e de redenção?

—Olá para você também. Alec.

Continuei desfazendo as malas.

P.O.V. Alec.

Ela tinha muitas armas. Adagas, punhais, armas de fogo, bestas. E haviam ervas, muitas ervas das mais variadas cores, raízes, flores, velas. Velas brancas, uma vela negra e uma ornamentada.

—É uma bela vela.

—É uma vela de chama negra. Me custou uma bela grana.

Disse enquanto continuava guardando suas roupas inclusive roupas íntimas no armário do quarto. Eu tinha que saber.

—Realmente acha que podemos nos redimir? Eu fiz tantas coisas. Tantas coisas ruins.

—E eu também da última vez que estive em Cabo. Todos fazemos coisas das quais nos arrependemos, só que a maior parte das pessoas morre antes que a lista fique embaraçosa.

Ela tinha um baú e de dentro do baú saiu um vestido branco, longo, com renda no colo, mangas longas.

—Um vestido de noiva?

—Garota do caixão. Comprei em Nova Orleans. É uma lenda local. As garotas do caixão eram mulheres que deram suas vidas lutando por igualdade. Meu avô comprou pra mim.

Disse admirando o vestido como se fosse uma joia.

—No antiquário.

—E porque trazer isso pra cá?

—Sei que o Aro quer me surpreender, mas ele já perdeu sua criatividade á séculos. Então, sei que vai haver um bom e velho baile em minha honra. E eu nem precisei fuçar o futuro pra saber. Agora, se me der licença... gostaria muito de tomar banho.

—Tudo bem então. 

P.O.V. Renesmee.

Nossa! Como é bom tomar um banho depois de passar horas num avião, andando de carro, tomei banho de chuveiro mesmo. Sequei meu cabelo, chapinha, coloquei uma calça jeans, uma blusa qualquer e um cardigã azul.

Sai para andar pelo Castelo, tentar me ambientar e acabei no salão onde haviam membros da guarda colocando velas em candelabros, alguns descendo um enorme lustre de cristal para posicionar as velas nos buracos.

—Posso ajudar, senhorita?

—Estava prestes a lhe fazer a mesma pergunta. Como é que você pretende acender todas estas velas antes do baile que começa daqui a uma hora?

—Bem, daremos um jeito.

—Posso te ajudar com isso.

P.O.V. Cora.

Ela fez um movimento e acendeu o dedo. A ponta do dedo indicador estava em chamas. Então, mirou e começou a atirar o fogo acendendo todas as velas á nossa volta em questão de segundos.

—Isso foi legal. Não foi?

—Foi... inesperado. Porque não está usando uniforme?

—Porque eu não sirvo pra troféu ou pra vassalo. Não sou... da guarda.

Ela falou como se o simples pensamento lhe causasse náuseas.

—É porque causa. Não sirvo pra ser pau mandado. E olha que eu tenho um emprego!

P.O.V. Renesmee.

Tenho que ir. Começar a me arrumar. Cheguei no quarto, tomei banho de novo, sequei o cabelo no secador, fiz um coque brigite clássico com um monte de grampos e um monte de laquê. Passei creme, perfume, coloquei minha sandália de tiras e salto stileto. Ai... o vestido. Coloquei por baixo pra não estragar o penteado. Mas, e agora pra fechar o zíper?

—Lasquei-me. Ah, qual é?

P.O.V. Jane.

Agora eu é que tenho que ficar de babá?

—Você está atrasada.

—E a culpa é minha?! Eu não alcance o zíper!

—Se o problema é este...

Fechei o zíper daquele enorme vestido.

—Devo me trocar?

Ela se virou e me olhou.

—Caramba, Jane! Você tá uma gata. Isso quer dizer...

—Sei o que quer dizer.

—Bom saber. Acha que eu devo me trocar?

Olhei para o vestido. Era branco com rendas no busto, estilo princesa e com certeza antigo.

—Não. Isso ai é um clássico.

—Obrigado.

Ela pegou na barra da saia ai de repente parou.

—O que foi?

—Tenho que fazer minha maquiagem.

A Cullen fez uma maquiagem tão incrível que nem sabia como ela tinha conseguido. Sombra branca e rosa, cílios incrivelmente longos e brilho labial.

—Acha que está demais?

—Não. Você está... incrível. Para uma Cullen.

—Obrigado.

—Podemos ir então?

—Claro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Blood in The Water" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.