Blood in The Water escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 3
Baile Volturi




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P.O.V. Alec.

Ela estava... estonteante. O vestido era cheio de rendas com pérolas no colo, uma saia rodada e uma espécie de capa que também servia como cauda do vestido. Saia dos ombros e vinha descendo. Decorando seu coque estavam mais pérolas, mas o ornamento que mais me chamou a atenção decorava seu pescoço um colar prateado com um pingente de meia lua e uma pedra que parecia um eclipse lunar em miniatura.

Um dos membros da guarda, uma do mais baixo escalão a reconheceu de imediato e a híbrida sorriu para ela.

P.O.V. Renesmee.

O lugar tá lotado de vampiros, tem vampiros saindo pelas orelhas. Membros da guarda e convidados. Vários olhos vermelhos a me encarar.

Respirei fundo. Acho que preciso de uma bebida.

Felizmente haviam garçons circulando com bandejas onde estavam taças de champanhe. Me pergunto pra que este champanhe se ninguém vai beber.

—Apreciando a festa?

—É... diferente. Planeja me embebedar?

Perguntei ao Mestre com um sorriso genuíno balançando a taça.

—Oh, então você notou.

—É muito champanhe para uma pessoa só. Vão me dar um coma alcoólico.

—Teremos alguns convidados que também consomem álcool e comida.

—Humanos? Agora estou surpresa.

—Não humanos, minha cara. Algo um pouco mais exótico.

Quando eu senti o cheiro...

—Lobisomens?! Você, Aro Volturi deixando lobisomens entrarem no seu precioso Castelo? Estou mais do que surpresa, estou chocada. Espere ai... está tramando alguma coisa.

Os lobos chegaram. Esses eram lobisomens de verdade, filhos da lua. Eu sabia, eu tenho amigos que são também.

—Olá. Bem vindos, meus queridos amigos.

—Estamos aqui pela garota. Essa ai é ela?

—Sim. É ela.

—O que... você está fazendo?

Os lobos eram altos, fortes, olhos castanhos, olhos azuis, olhos verdes.

—Soubemos de uns rumores.

Eu soube na hora o que eles queriam de mim.

—Você quer que eu te transforme num híbrido.

—Então, é possível.

—Sim. Mas, por um preço é claro. Não faço isso de graça. Não mais. Porque você quer isso?

—Só os híbridos podem controlar quando mudam. E eu quero isso.

Ele queria se livrar da dor. E eu entendo.

—Certo. Você percebe que é um caminho sem volta certo? Especialmente em se tratando das mulheres.

—Você é sexista por acaso?

—Não. Mas, uma vez que for transformada será estéril. Se está planejando ter um filho algum dia... não faça isso.

—Bem, então estou fora.

—Eu já volto.

Subi as escadas, fui até o meu quarto, peguei as seringas, tirei um pouco do meu sangue, enchi também algumas ampolas e pronto. Retornei ao salão de baile carregando o meu kit.

—Estão prontos pra isso?

—Vamos nessa.

—Muito bem.

P.O.V. Aro.

Numa fração de segundo ela injetou o que eu rapidamente identifiquei como sangue em todos os indivíduos.

—Eu não me sinto diferente.

—Ainda não acabamos.

Um aceno de mão e estavam todos mortos. Os pescoços quebrados, os cadáveres estatelados.

—Bem, isso resolve. Você...

—Não se atreva a tocar nos corpos. Como eu já disse... ainda não acabamos.

—Estão mortos!

—Eles são lobisomens que morreram com um tipo muito especial de sangue no seu sistema. Eles vão acordar e terão de se alimentar deste mesmo tipo de sangue para renascerem como híbridos.

—Não pode esperar que...

Não consegui completar a frase porque eles começaram a acordar.

—Desculpe, você estava dizendo... 

Eu estava... chocado.

—Vão ter que beber o sangue nesses frascos. Bebam ou não sobrevivem.

E eles beberam. Então... os ossos começaram a quebrar, estavam se transformando!

—Jane.

—Não! Espera. Já vai parar.

E de fato parou.

—Vocês estão bem?

—Estamos melhor do que bem.

Os olhos... as íris de lobo, mas haviam veias saindo das escleras.

—Meu Santo Deus! Félix mate as criaturas.

—Não faça isso Félix. Você não pode contra eles. Se for mordido vai morrer.

—Então o jeito é cortar o mal pela raiz não concorda?

—O que quer dizer?

—Se você consegue fazer uma coisa dessas, então... o mal deve ser eliminado.

Eu fui pra cima dela, mas...

—Se afasta dela!

—Conseguiu o que queria, besta agora suma.

—Eu mandei se afastar!

—Porque se importa?

—Giovanni ele vai me matar. E... ele vai matar você também. Ele acha que... híbridos são muito perigosos para viver. E vocês precisam pará-lo!

Fui brutalmente atacado pelas criaturas. Uma delas me mordeu.

—Ai!

Então, ouvi ela dizer:

—Ops.

—O que diabos foi isso? 

Ela me deu um sorriso sacana.

—Você... você sabia.

—É claro que eu sabia.

A cria de Cullen começou a andar a minha volta.

—Veja bem, Mestre. Por anos, você pensou que eu era uma garotinha descabeçada. Você não deu nada por mim e eu tirei vantagem disso. Criei um exército. Estou fazendo isso desde que eu tinha sete. Caçando lobisomens, fazendo acordos. E não foi nada difícil, afinal... graças á você e a sua guarda... essas pessoas não tem muito pelo o que viver. Eles todos dão boas vindas á chance de se tornar a espécie dominante. Híbridos podem andar ao sol, sua mordida é absolutamente e irrevogavelmente letal para vampiros. E você sabia disso. Por isso os trouxe aqui. Por isso me trouxe aqui. Mas, eu deixei uma coisinha de fora. Todos os híbridos estão ligados á mim. Eles são a minha prole.

O calor começou a se espalhar, aleijando-me.

—Espere até começarem as alucinações. Eu não queria isso, bem... queria. Queria sim. Eu queria justiça. Quer dizer, você e seus irmãos usaram pessoas, roubaram elas das suas famílias, chacinaram Clãs que nós dois sabemos que eram inocentes. E pelo o que? Poder? Se sente poderoso agora?

P.O.V. Caius.

Esta foi uma reviravolta chocante. Não vi essa chegando.

—É claro que não. Você sempre foi burro demais para ver qualquer coisa além de você mesmo Caius. Mas, eu não queria isso. No fundo eu queria, mas queria ao menos tentar... ajudar vocês. Sério, eu queria mesmo. Mas... estão velhos demais. Velhos demais para aprender, para mudar, para se adaptar. Vocês homens e os seus joguinhos tolos. Você tirou alguém de mim, matou uma mulher inocente. Queimou a viva e forçou suas irmãs a assistirem. Que tipo de monstro faz uma coisa dessas?

—Tirou alguém de mim. E agora vai sentir a minha dor, bastardo.

—Você. Eleazer? Que irônico. Vá buscar a esposa. Athenodora. Traga a vadia aqui, de preferência arrastada pelos cabelos. Se algum infeliz tentar ficar no seu caminho... mata.

O híbrido foi e quando voltou arrastava a minha esposa pelos seus lindos cabelos louros. Puxando-a como se ela fosse uma boneca de pano, usando-a para limpar o chão.

—Largue-me! Largue-me criatura!

Athenodora se debatia, chutava e berrava.

—Já chega.

Ele a agarrou.

—Por favor. Por favor, a minha esposa. Tenha misericórdia.

—Porque? Porque eu deveria?

—Então... me leve. Faça o seu monstro me morder.

Ouvi-a respirar fundo. Ela pegou no rosto de Athenodora.

—Olhe pra mim! Você se lembra de mim?

—A criança Cullen.

—É. Sou eu. Sabe, seu marido, sua guarda... eles adoram ficar esfregando nas nossas caras e repetindo... Os Volturi... nunca dão uma... segunda chance.

—Por favor. Por favor.

—Sorte sua que eu não sou Volturi então. Você ama a sua esposa e qualquer um... capaz... de amar, pode ser... salvo. Solta ela Eleazer.

Ele jogou a minha mulher no chão.

—Ei! Seus pais não te deram educação não?! Qual é amigo, isso não é jeito de se tratar uma dama.

A Cullen estendeu a mão para Athenodora.

—Deixa de ser orgulhosa e aceita. Sou a razão de você não estar do jeito que ele está.

Disse apontando para Aro que começava a atacar os convidados.

Athenodora pegou a mão da híbrida que a ajudou a se levantar.

—Viu? Eu sou uma Rainha. Poderosa, destemida e diferente do seu amado marido... misericordiosa. Olho por olho e o mundo fica cego. Agora... eu estou com fome. Tem alguma coisa comestível aqui?

Ela nos calou. Simplesmente nos calou.

P.O.V. Félix.

Porra mano! O silêncio é sepulcral. Até os músicos pararam de tocar.

Ela criou híbridos, condenou o Mestre Aro á morte e calou o salão inteiro! Isso sem contar que deu uma escovada, um chega pra lá no Mestre Caius.

Os criados começaram a servir a comida e eles começaram a comer enquanto Aro perambulava alucinado pelo salão.

—Não pode salvá-lo?

—Não. Uma mordida é sentença de morte. Á menos que queira ter um marido humano.

—O que?

—Pois é. Existe uma cura, mas não existe cura para a cura. Uma vez ingerida não tem mais volta.

—Está dizendo que além de transformar lobisomens em híbridos, também pode transformar vampiros em humanos?

—Basicamente. A cura é uma antiga receita de família. Do lado da minha mãe.

Meu Deus! Realmente, não fazíamos ideia do que a criança se tornaria.

Ela se sentou e começou a comer como se não se importasse que o Mestre Aro estava morrendo na sala.

—É porque não me importo.

—Alec, seda ele.

—Não vai funcionar. As alucinações estão na mente dele. Mas, se quiser tentar... vai nessa.

A híbrida ficou sentada na mesa comendo uvas e torta, ameixas, carne e tudo mais. Até vinho ela bebeu.

—Por favor, faça alguma coisa.

—Eu não me preocuparia com ele amor, ele nunca vai passar de amanhã á noite. Na verdade, ao raiar do dia vai estar morto e desta vez, de vez.


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