Greased Lightning escrita por Wavy Phoenix


Capítulo 5
Capítulo 5 - Hopelessly devoted to you


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal!! Mil perdões pela demora, eu tive muitas coisas pra fazer desde que voltei para o Brasil e acabei perdendo a noção de quanto tempo não atualizava essa fic. Queria agradecer aos novos leitores que estão acompanhando a história e aos que comentaram nos outros capítulos, o apoio de vocês me motiva muito!!

O título do capítulo de hoje vale tanto para o Tony quanto para o Steve, vão entender o motivo logo!!



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Nunca em toda a sua vida Steve se sentiu tão traído e humilhado quanto naquele momento. Tinha certeza que se seu coração batesse mais rápido, ele certamente se quebraria por completo. As palavras de Tony não paravam de ecoar em sua mente. Não as doces e gentis que ele se lembrava ter ouvido durante todo o verão, mas sim as rudes e insensíveis de um estranho que aparentemente só havia brincado com os sentimentos dele. 

Ele havia andado a passos pesados até o estacionamento, só parando quando ouviu seu nome ser chamado diversas vezes por seus amigos. Não querendo dar o gostinho a Tony de ver que havia conseguido machucá-lo, Steve rapidamente limpou as lágrimas que escorriam por seu rosto e respirou fundo. Em seguida, se virou para ver Sam, Pepper e Natasha de pé a uma certa distância. 

— Steve, nós sentimos muito — Pepper se aproximou quando o viu abaixar a cabeça, envolvendo os braços ao redor dele para confortá-lo. — Isso é a última coisa que queríamos que acontecesse.

— Não foi culpa de vocês — ele sussurrou, a abraçando de volta. 

— Foi sim. Eu conheço o Tony desde que éramos do ensino secundário. Ele sempre foi um babaca com qualquer um que não considerasse digno da amizade dele — Pepper o sentiu ficar tenso em seus braços. — Nós sabíamos quem ele era quando disse o nome dele ontem. Queríamos fazer uma surpresa. 

— Que saiu pela culatra, então foi mal mesmo, cara — Sam se aproximou, colocando uma mão no ombro do amigo quando a ruiva se afastou. 

— Eu sinto muito que tenha descoberto assim, mas Tony Stark gosta de brincar com as pessoas. Ele costumava sair comigo e já ficou com metade da Avengers High, você não foi o primeiro — Natasha se sentiu um pouco mal ao ver Steve recuar um pouco, como se tivesse levado um soco no estômago. — Você é melhor do que ele. 

— Não quero mais falar sobre ele — Steve engoliu seco e negou com a cabeça. — Não quero saber sobre Tony Stark ou aqueles amigos dele. Só quero terminar esse ano e ir para a faculdade o mais longe possível de Nova York. Quero esquecer que ele existe. 

— Vamos fazer o possível para não cruzar com ele nos corredores, Steve. A Nat está certa, você é melhor do que ele, merece alguém que te respeite e te trate da maneira certa — Pepper deu um sorriso triste para o amigo, acariciando levemente o seu rosto. — Vai encontrar alguém mil vezes melhor do que ele. 

— No momento só quero sair daqui, Pepper — ele ainda soava como alguém que foi muito machucado e não conseguia dizer algo sem sua voz sair trêmula. — Podemos ir para outro lugar mais calmo? 

— Já sei para onde podemos ir — Natasha deu um sorriso fechado para eles e fez sinal com a cabeça para a seguirem. 

Enquanto andavam até o carro preto da ruiva, Steve ouviu o som de uma garrafa se quebrando, seguido por algumas risadas e olhou para o outro lado do estacionamento. Viu os amigos de Tony pulando para dentro de um carro velho, praticamente caindo aos pedaços, e falando alto. 

Observou parado no lugar conforme Tony andava lentamente até o carro, jogando a garrafa de vodka vazia para longe e não ligando quando ela acertou outro carro. Ele parecia cansado, tanto que era o único que ainda não havia entrado no carro, mas seus amigos não pareciam perceber. Quando o moreno estava pronto para pular para dentro do conversível, seus olhos encontraram os de Steve e ele congelou. 

O loiro esperou ver muitas coisas no rosto do outro. Esperou que ele zombasse mais dos sentimentos dele ou que fizesse alguma gracinha para impressionar os amigos. O que viu, no entanto, foi vulnerabilidade e arrependimento. Como se Tony estivesse se sentindo tão miserável quanto Steve se sentia naquele instante. Isso não condizia com as palavras que havia dito a ele alguns minutos antes. 

— Steve? — Pepper chamou, soando preocupada. 

Ele apenas trincou o maxilar e encarou Tony com frieza, não querendo cair na mesma palhaçada duas vezes. Não depois de ver a verdadeira face do Stark. Apenas virou o rosto e foi até onde os outros três já o esperavam no carro. 

Aquilo foi apenas um flerte de verão que partiu seu coração. Ele precisava começar a se acostumar com aquela sensação de vazio e fazer de tudo para não pensar em todos os momentos que havia tido com Tony, já que aparentemente tudo não passou de um grande esquema para levá-lo para cama. Todo aquele papo de querer um futuro com ele, de ele ser a melhor coisa que já havia acontecido com Tony… Era tudo mentira. Mal podia acreditar que havia sido tão inocente. 

Tony não gostava dele, não se importava com ele, não o amava. Precisaria aceitar isso, e quanto mais rápido o fizesse, mais rápido poderia fingir que não estava apaixonado pelo Stark desde o momento em que tiveram seu primeiro beijo. 

Não demorou para chegarem até uma enorme casa de três andares há alguns quarteirões da Avengers High, o que foi bom, já que Steve queria ocupar sua mente com qualquer outra coisa.

— Sejam bem-vindos à minha humilde casa — Natasha pulou para fora do carro e andou para dentro. 

— Os pais dela trabalham para o governo — Pepper esclareceu, percebendo as expressões surpresas de Sam e Steve ao olharem para a casa da ruiva. — Às vezes acho que são assassinos profissionais, mas vivem viajando, então não se preocupem. 

— Pepper, pare de assustar meus convidados — Natasha deu um sorriso travesso da porta, e Steve e Sam realmente consideraram fugir. 

No fim, acabaram ficando na varanda dos fundos, que dava para um enorme jardim sem flores. Natasha trouxe alguns aperitivos para eles e se jogou no sofá ao lado de Steve, entregando uma garrafa de cerveja para ele e para Sam. 

— Hum… Nós não temos idade para beber — Steve disse, parecendo nunca sequer ter tocado em algo alcoólico antes. 

— Não somos policiais e estamos na minha casa, pode ficar tranquilo, Rogers — Natasha achou cômico ver a incerteza nos olhos do jovem, porém não riu porque sabia que ele estava tendo uma noite difícil.

— Não precisa beber se não estiver confortável, Steve — Pepper logo disse, também percebendo a hesitação dele. 

Ele deu um sorriso para garantir à ela que estava tudo bem e tomou um gole pequeno para experimentar a bebida. Não esperava sentir o gosto estranho e amargo, consequentemente não conteve a creta que apareceu em seu rosto. 

— O que é isso? — ele perguntou, dando uma leve tossida. 

— É só cerveja, Rogers. Se não aguenta isso, temo que não vai aguentar muita coisa — Natasha sorriu vendo a careta do loiro. — Mas fica tranquilo, saindo comigo vai aprender rapidinho. 

— Não deixe a Nat te levar para o mau caminho — Pepper comentou, bebendo a coca com rum que havia trazido da cozinha. 

— Vou apresentar para ele seus drinks chiques também, não se preocupe — ela piscou para a outra ruiva, que revirou os olhos. — Mas sério, nunca tinha bebido uma cerveja antes?

— Não, eu não tenho idade para beber. 

— Temos dezoito anos, Steve, logo vamos estar indo para a faculdade e você nunca tomou um porre. Como espera sobreviver às festinhas? 

— Sou mais o cara que fica no quarto estudando para as provas do que o que sai para festinhas — Steve bebeu outro gole da cerveja quando pensou que Tony era exatamente o tipo de ir para as tais festinhas, encher a cara e transar com um estranho. 

Agora a amargura não lhe incomodava tanto, só queria algo para tirar sua mente do Stark. 

— Era o que eu temia — Natasha bebeu um gole de sua vodka com soda antes de continuar. — Você não vive a vida ao máximo, fica preso demais às regras. É seu último ano antes de entrar no começo da vida adulta, Steve, você precisa curtir mais. 

— Concordo, precisa se divertir de vez em quando — Sam comentou. 

— Veja a Pepper por exemplo, — Natasha apontou para a amiga, que estreitou os olhos como um aviso para ela tomar cuidado com o que iria dizer. — Ela é muito à favor de seguir regras, ela é monitora em cinco matérias e nunca faltou um único dia de aula. Ao mesmo tempo, ela adora sair com nosso grupo para dançar de vez em quando, ela só bebe o suficiente para deixá-la mais relaxada e se diverte muito quando quer. 

— O segredo é não se preocupar demais, manter um equilíbrio. Se não, vai perder parte da sua juventude trancado dentro de casa — Sam completou, vendo Steve assentir. 

— Não me importaria de sair com vocês mais vezes — o loiro sorriu. 

— É assim que se fala. Vamos começar te ensinando algo que você nunca pensou que faria, mas que tem vontade de aprender — Natasha viu Pepper fazer uma careta. — Você pensou besteira, eu juro que foi um comentário inocente. 

— Eu adoro motos, mas meus pais iriam ficar doidos se me vissem em uma. Eles acham perigoso demais. 

— Que sorte! Eu tenho uma moto — a ruiva apontou para sua garagem. — Quando não estivermos alcoolizados, ficarei feliz em te ensinar a andar nela. 

— Se não for incomodar — Steve a viu revirar os olhos e lhe dar um leve empurrão. 

— Pare de ser tão legal, não é justo. Não posso me apaixonar por você. 

— Mesmo que se apaixonasse, acho que ele só teria olhos para o Barnes — Sam brincou, fazendo as duas se aproximarem do loiro. 

— James Barnes? — Pepper sorriu quando ele assentiu. — Ele é um cavalheiro. Me lembro quando ajudou com a decoração do baile de primavera no ano passado. 

— E ele parece bem interessado no Steve, hoje apertou a mão dele por uns dois minutos sem parar. 

— Não foram dois minutos — Steve deu uma risada e tentou esconder que estava corando com outro gole. Ele realmente precisava parar de beber aquilo, era horrível. — Ele parece legal, mas não sei… 

— Vamos direto ao ponto; Esquece o Stark, ele é um lixo — Natasha disse, sem hesitar. — James não só é uma ótima pessoa, como também já teve o coração partido, então nunca faria isso com outra pessoa. 

— Pois é, no dia em que a Nat terminou com ele na quinta série foi muito triste. O coitadinho chorou por horas — Pepper riu e Natasha lhe tacou uma almofada do sofá.

— Você já ficou mesmo com todos os caras que estão interessados no Steve agora? — Sam perguntou para a Romanoff, ela apenas deu de ombros. 

— Acho que temos gostos parecidos, Rogers. 

— Agradeço pelo apoio de vocês, mas realmente não quero pensar em ficar com alguém tão cedo. James é um cara muito legal, não tenho dúvidas, só não… — ele sentiu as palavras engasgadas em sua garganta. — Preciso parar de sentir tanto antes de começar algo novo com alguém. No momento eu só quero esquecer. 

— Então bebe mais porque vai demorar — Natasha tomou um gole longo de sua própria bebida e a terminou. — Vou pegar mais. Steve, quer provar algo que não faça seu rostinho lindo ficar todo franzido? 

— Por favor — ele se levantou e a acompanhou para dentro. 

Natasha estava preparando algo que ela disse ter um gosto mil vezes melhor do que cerveja quando eles ouviram o som de uma buzina na frente da casa. Sam e Pepper saíram da varanda dos fundos, encontrando os dois na cozinha, querendo saber quem estava fazendo aquele barulho. 

Quando se aproximaram da entrada, viram que o carro velho e acabado dos rapazes estava estacionado do outro lado da rua. 

— Ah, não — Pepper respirou fundo. — Eu vou matar ele. 

 

***

 

Tony queria morrer. Não só porque estava bêbado demais para perceber o que Clint estava fazendo, mas também porque não notou quando chegaram até a frente da casa de Natasha e Scott começou a gritar o nome de Steve. E quando ele o empurrou para que se sentasse novamente no banco, já havia sido tarde demais. 

— Steeeeve, o Tony tá triste sem você! — Scott berrou, também bêbado o suficiente para ignorar os socos que o Stark estava desferindo em seu braço. 

— Cala a boca, Lang! — ele vociferou.

— Você está! Nem zoou o time de basquete com a gente quando passamos por ele agora a pouco! — o moreno se defendeu, agora rolando para o lado para se afastar de Tony. 

— Deixa ele, se eu tivesse fodido uma bunda daquelas, também iria querer mais-Aii! — Clint riu recebendo um tapa na nuca dado pelo amigo.

— Vamos embora. Isso não é um pedido, vamos sair daqui — a voz do moreno saiu séria e cansada. O que só atiçou ainda mais seus amigos. 

— O Tony tá bolado mesmo porque o loiro gostoso deu um fora nele! — Scott gritou, e dessa vez, o Stark cobriu sua boca com força. 

Clint buzinou mais uma vez e Tony realmente queria estar morto. 

Por sorte, só viu Natasha abrir a porta da frente e se aproximar do portão. 

— Meio tarde para uma volta num carro tão feio, não acham, meninos? — ela disse, um sorriso malicioso nos lábios. 

— Não pude resistir, o universo me atrai até você — Clint estava sorrindo como um idiota e Thor soltou uma gargalhada ao notar isso. — Que tal vir dar uma volta na nossa lata velha? Esperava passar mais tempo com você, mas saiu cedo da festa. 

— Tive que arrumar a bagunça que seu amigo otário causou — ela se virou para Tony, que estava com seus óculos escuros no meio da noite, tentando ao máximo se afundar no banco do passageiro. — Se chegar perto dele de novo, vou cortar suas bolas, Stark. 

— Não precisamos de tanta violência, por mais que ele mereça — Rhodes comentou. 

— Traidor! — Tony murmurou, não tendo nem paciência para gritar. 

— Então, você vem? — Clint uniu ambas as mãos como se implorasse e ela tocou o queixo com o indicador, fingindo pensar. 

— Se livre dos seus amigos que eu vou com você aonde quiser, Barton — ela usou um tom mais baixo e sensual, que fez Clint imediatamente abrir a porta do passageiro onde Thor estava. 

— Fora, fora, fora! Todo mundo, fora — ele empurrou o loiro mais alto para que saísse mais rápido. 

— Ah, qual é, Clint?! — Scott reclamou, também sendo empurrado quando Rhodes saiu, depois de revirar os olhos. — Vai nos trocar por ela?

— Trocaria vocês por um biscoito de chocolate — ele nem precisou enxotar Tony, já que o bilionário saiu com as mãos nos bolsos e começou a andar para longe do grupo. 

Natasha andou até o banco do passageiro e entrou no carro, dando um beijo em Clint que com certeza o fez ver estrelas. 

— Natasha Romanoff! — Pepper andou extremamente zangada até o portão, chamando a amiga. 

— Volto em duas horas! Podem ver um filme enquanto não volto — Natasha acenou e Clint arrancou com o carro. 

Tony realmente não se importava, já estava puto com seus amigos e com ele mesmo pelo que aconteceu. Não conseguia tirar a imagem do quão machucado Steve ficou de sua mente. Ele odiava vê-lo chorar, havia feito uma promessa a si mesmo que não deixaria que o loiro chorasse de tristeza novamente, desde que o viu chorando pela primeira vez no verão. Havia quebrado aquela promessa da pior forma possível naquela noite. 

— Ei, Tones! Nós vamos comer alguma coisa no Burger Diner, não vem? — ele ouviu Rhodey, mas nem se virou para responder. 

— Deixa ele, está com o coração partido porque perdeu o Steeeeeve! — Scott falou alto, Tony queria afogar ele em gasolina. 

Demorou alguns segundos para que percebesse que não estava indo para algum lugar em particular, só perambulando pela rua, talvez andando em círculos. Não se importava. Nem mesmo o álcool conseguiu fazer aquele sentimento de angústia deixá-lo, e estava certo de que havia bebido mais do que o suficiente, já que seu lanche ameaçava voltar com tudo enquanto andava. 

Não conseguiu segurar mais e apenas se debruçou sobre uma cerca e vomitou em todas as flores lindas que ficavam daquele lado do jardim. Foi um pouco doloroso, seu estômago não estava nem um pouco feliz com as decisões dele de beber muito e não comer quase nada. Mesmo assim, não doía mais do que pensar em Steve naquele momento. 

— Tony? — ele ouviu a voz familiar de Pepper atrás de si, seguida por uma mão em seu ombro. — Você está uma bagunça. 

— Minha vida é uma bagunça — ele murmurou, sentindo um refluxo subir até sua garganta, mas se forçou a engolir. Não queria passar mais vergonha do que já estava com sua amiga ali. 

— Você precisa se sentar — ela o levou até a calçada e se sentou ao lado dele, ainda o segurando pelo braço e passando a mão em suas costas. 

Tony olhou para ela e imediatamente reconheceu aquele olhar. Ela estava com pena dele. Em qualquer outra ocasião, ele iria preferir ser atropelado por um triciclo do que aceitar a pena dos outros. Agora, no entanto, estava se sentindo extremamente vulnerável. 

— Eu estraguei tudo — ele murmurou, passando a mão pelo rosto. — É o que eu sempre faço, não é? 

— Não vou passar a mão na sua cabeça, você realmente vacilou. Mas sei que não é aquela pessoa que fingiu ser hoje. Se fosse, não teria ajudado Bruce a pagar pela terapia e ajudado ele a controlar a raiva. Não teria inventado um aparelho auditivo mais moderno para o Clint quando o dele quebrou e os pais dele não podiam pagar por um novo — Pepper o trouxe para mais perto para que ele deitasse a cabeça em seu ombro. 

— Não sou uma pessoa boa, mas o Steve é — Tony colocaria a culpa na bebida, mas sentia algumas lágrimas se formarem em seus olhos. — Ele faz caridade, sabia? Ele leva brinquedos para crianças em hospitais, ele pega animais de rua e encontra um lar para eles. Ele é incrível! Eu não mereço ele, Peps. 

A ruiva se afastou um pouco e virou o rosto dele para o dela. 

— Quando viu Steve pela primeira vez hoje, vi algo nos seus olhos que não via há tantos anos, Tony. Você parecia genuinamente feliz, não estava só dando um sorriso de canto, você sorriu de verdade — ela acariciou a bochecha dele usando o dedão. — Eu quero te ver feliz daquela forma pelo resto da sua vida. Não trancado na sua oficina, ou fazendo merda com seus amigos. Quero que sorria como sorriu hoje todos os dias. E sei que Steve vai ser o único que vai conseguir fazer isso. 

— Eu não mereço ele — ele repetiu, negando com a cabeça. 

— Então faça por merecer. Pare com essa palhaçada de playboy pegador, esse não é você! Seja quem você é de verdade e eu garanto que vai perceber que você não só merece o Steve, como também é merecedor de receber o amor dele. 

Mudar de atitude para conseguir reconquistar Steve e provar que ele não era a pessoa que disse todas aquelas coisas horríveis? Parecia loucura, com certeza era, mas ele estava disposto a fazer qualquer loucura para poder ficar com o loiro. Se ele falasse que só ficaria com ele se Tony pulasse de um prédio, ele já estaria comprando um paraquedas para fazer isso e sobreviver!

Ele não queria fazer Steve sofrer novamente, então seguiria o conselho de Pepper e se tornaria digno de poder ficar com ele. Nem que isso apenas significasse que o loiro o perdoaria, Tony já seria o homem mais feliz do mundo. 

— Você é a melhor, sabia disso? — Tony deu um sorriso fraco para a amiga, que o abraçou. 

— Eu sei, eu sei — ela acariciou o cabelo dele enquanto o jovem alterado murmurava o quanto a amava. — Vou te colocar num táxi. 

E essa foi a última coisa que Tony se lembrava antes de acordar em sua cama só de cueca. A sensação era terrível, sua ressaca estava acabando com ele e seu estômago roncava ferozmente, mas não estava mais com aquela sensação ruim no peito. 

Havia tomado sua decisão. 

Ele mudaria por Steve. 


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Notas finais do capítulo

Me digam se a Pepper não é a melhor pessoa do mundo?? Ela é :3

O próximo vai sair logo!!



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