O Senador Rebelde escrita por André Tornado


Capítulo 36
O recomeço




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Estar em Chandrila como última etapa da viagem que se iniciara em Coruscant, no dia em que fora dissolvido o Senado Imperial, era irónico. De uma ironia hilariante, para ser mais exato.

Os dois mundos eram megalópolis majestosas, edifícios rutilantes de aço e de vidro, profusamente iluminados, símbolo da mais alta civilidade galáctica. Transportadores esguios e silenciosos cruzavam os céus cor-de-rosa do sofisticado pôr-do-sol. As estradas enrolavam-se entre os prédios como serpentes dianoga elegantes tecendo uma harmoniosa rede viária. A beleza da enorme cidade transmitia uma sensação inestimável de beleza e de prosperidade.

Ele observava a paisagem urbana desde o terraço do seu hotel, onde tomava um whisky corelliano e fumava um charuto cigarra. Ali não existia o cinismo e a falsidade que ele sempre filtrara de Coruscant, por isso achava que seria um excelente começo.

Chandrila fora escolhida como a sede do primeiro governo da Nova República que passaria a ser rotativa. Os senadores foram eleitos e estes tinham apontado Mon Mothma como Chanceler. Uma decisão sábia e acertada. E Mon Mothma, por sua vez, tinha-o contactado para que fosse seu conselheiro. O convite da Chanceler tinha-o deixado, num primeiro momento, boquiaberto. Nunca pensou que ainda se lembrassem dele, que tão pouco tinha feito pela Aliança e menos ainda fizera quando alguns almirantes do moribundo Império Galáctico tinham se insurgido e provocado um novo conflito que resultara em batalhas sangrentas. Mas tudo terminara, finalmente, na batalha de Jakku. Nos desertos quentes desse planeta remoto ficaram os destroços retorcidos e causticados do Império, para enferrujar numa imensa sucateira a céu aberto.

A paz fora assinada com o documento chamado Concordância Galáctica e passados esses anos de turbulência após a batalha de Endor podia-se afirmar que a República estava firmemente implantada como governo mais justo, igualitário e representativo da diversidade de povos, raças, espécies e sistemas que compunham a galáxia.

Sentia-se tranquilo, confiante e feliz. Regressava à linha da frente, ocupava o seu posto na trincheira da luta política e partia de coração aberto e motivação alta para essa nova fase da sua vida, ao lado de Mon Mothma.

De resto, era quase como o passo natural que teria de dar depois de se ter aborrecido na escrita das suas memórias. O manuscrito começara de forma empolgada, rebuscada, com alguma fantasia e empolamento dos factos a seu favor, pois era obrigatório que ele saísse como o herói trágico a desbravar o seu caminho pelo meio de desafios impossíveis, que o atrasavam e desviavam do seu magno objetivo. Foi quando se pôs a pensar em que objetivo seria esse, que esmoreceu a sua sanha criativa. Pois, na realidade, não o tinha. Ainda considerou a derrota do Império em Endor, mas havia mais história depois disso. E ele achava que a sua vida não se tinha esgotado em Endor – afinal, conservava o calor tépido da Força no peito e a esperança intacta.

Esteve sempre em Corulag e continuou a dar as suas festas, que tinham agora novos convidados, pois ele passara a ser um herói da Aliança. Recebera a sua medalha, que reconhecia os seus feitos rebeldes e exibia-a na lapela do seu fato quando se apresentava em público. Achava que não a tinha merecido, mas na euforia do rescaldo da grande vitória de Endor, não se importou com a homenagem excessiva e ele sempre tinha sido um homem vaidoso, que apreciava colecionar troféus, comendas e outras inutilidades que lhe enriqueciam o currículo.

Emile Omonda fora detido por colaborar com o Império e acabara por ser condenado por corrupção. Ficou provado que utilizara o seu cargo na magistratura de Curamelle para fazer perseguições políticas e para mandar executar inocentes, o que ia totalmente contra o cargo de juiz que ocupava. Heskey declinou ser testemunha de acusação, mas assistiu à sua deportação para uma colónia penal na Orla Exterior. Não foi um momento bonito, nem preencheu qualquer necessidade pessoal escondida. Descobriu que, no fim, já nem se importava com todo o mal que Omonda lhe tinha feito e que o seu objetivo de vingança se tinha diluído com o tempo.

Num dia, inesperadamente, recebeu a visita de Ambarine, a pirata espacial de Kodadde. Foi com perplexidade e satisfação que a recebeu na sua mansão. Ofereceu-lhe um jantar que foi um autêntico banquete devido a um rei. Em troca só lhe pediu que contasse como estava o seu patético grupo de mercenários.

Ambarine riu-se muito e ele perdoou-lhe todos os insultos e as faltas de delicadeza. Tanto quando fora raptado por ela, como naquele jantar. Nunca a tinha acusado perante a justiça, como pensara fazê-lo na tal arrecadação minúscula a bordo do cargueiro da pirata e também naquele caso a vingança lhe pareceu desditosa e inútil.

Ficou a saber que Ambarine tinha criado uma empresa oficial que operava em rotas da Orla Média, a transportar matéria-prima necessária para a reconstrução de bairros residenciais. Deixara-se da clandestinidade e do contrabando. Os dois nikto e alguns gamorreanos permaneciam com ela, como seus empregados. Os primeiros como negociadores e guarda-costas, pois continuavam a existir perigos e gente sem escrúpulos, os últimos como força de braço, pois havia mercadoria pesada para carregar.

Lishma, o gotal, regressara a casa, à lua Antar Quatro, e estava a trabalhar numa grande oficina de reparação de naves, outra ocupação dentro da lei e bastante normal. Os dois pilotos dresselianos, Panno e Lenna, montaram também uma companhia em seu nome e faziam cruzeiros de turismo no sistema de Cyannoine, conhecido pelas suas cascatas deslumbrantes.

Com o fim da guerra havia muito trabalho nos setores que apostavam na organização galáctica e toda a gente tentava uma nova oportunidade, porque havia uma confiança quase ingénua no futuro. A riqueza era fácil de obter se se trabalhasse bastante e muitos dos antigos contrabandistas tinham optado por legalizar o seu ofício. As vantagens eram maiores e isso atraía novos empreendedores com vícios antigos que desejavam muito corrigir. Heskey gostou de saber que Ambarine estava empenhada em emendar o seu percurso e que tinha encontrado o seu lugar na galáxia renovada. O mesmo para os outros mercenários que ele conheceu de perto. Não lhe disso isso, claro. Sabia que a mulher kodadde iria negar qualquer alteração na sua vida, apenas tinha mudado de ramo de negócio e não via nada de extraordinário ou de assinalável nisso.

— Ouvi dizer que estivestes na batalha de Endor. É verdade? – perguntara Ambarine, fascinada, a trincar bagos de uvas de Hectan.

— Sim, é verdade. Assisti à explosão da Estrela da Morte e, portanto, assisti à morte do imperador Palpatine. E também ao desaparecimento de Darth Vader.

— E em Jakku?

— Ajudei apenas nas negociações com os aliados, na redação dos contratos com as contrapartidas para a aquisição das naves. Uma guerra não se faz apenas com boas intenções e ideais, há toda uma vertente prática que é preciso assegurar, nos bastidores. Pode ser chocante para alguns, mas a guerra também se negoceia. Não assisti à batalha, como aconteceu em Endor.

— Afinal, tornaste-te num herói rebelde.

— Posso agradecer-te, minha querida. Começou tudo com o teu rapto, a bordo do teu cargueiro.

— Pfff! Continuas com a mania irritante de não me tratar pelo nome. Sabes como isso é condescendente e desnecessário?

— Sei. Gosto de te ver perder as estribeiras comigo.

— Continuo armada. Tem cuidado.

— Vejo bem. Para que serve o chicote preso no teu cinto? Nunca o usaste quando estivemos em Ferth. Foi tudo resolvido aos tiros laser.

— Não queiras saber, senador! – Ela trincou outro bago de uva de Hectan. Sorria-lhe. – Não me dês os créditos, por favor. Creio que sempre foste um rebelde e isso aconteceu por influência de Bail Organa de Alderaan.

— Bail Organa dispensou a faísca e tu ensinaste-me a usá-la para atear o incêndio. Foi a tua mão que me guiou. Na altura, não percebi isso. Levei um certo tempo a compreender que só estava a fugir do que sempre me fora destinado, do que era suposto realizar e deixar a minha contribuição, ainda que anónima, no grande esquema galáctico. Não foram os anos de loucura juvenil nas cantinas da Orla Média a tocar guitarra, a cantar as dores do crescimento e a experimentar os prazeres do vinho. Não foram os anos a falar com uma voz que ninguém ouvia no Senado Imperial. Foram aqueles pequenos momentos em que fui capaz de pensar para além de mim próprio e de ajudar, com toda a humildade, a implantar um sonho de liberdade.

— Gostei do discurso, senador.

— Obrigado… Ambarine. Se eu me candidatar…

— Não farei campanha e nem votarei em ti. A política cansa-me! Só quero fazer dinheiro e depois retirar-me para uma casa destas, igual à tua. Ter criados e viver dos rendimentos sem outras preocupações a não ser a cor do vestido que irei usar nessa noite, numa festa.

— Ah, esse é o teu objetivo principal?

— Sou uma mulher, gosto de vestidos. E depois, só depois, poderei descartar o chicote.

No fim, Ambarine tornou-se sua amiga e mantiveram o contacto. Ela iria estar em Chandrila durante a posse dos senadores, convidada por ele. Trazia consigo os seus mercenários, ele fizera questão que estivessem todos presentes. Os dois dresselianos, o par de niktos, o gotal, os gamorreanos. Seria como um reencontro, mas em melhores circunstâncias e ele já não estaria rabugento. E tinha prometido a Ambarine dançar com ela.

— Sou um excelente bailarino!

Ela gargalhara alto.

Fizera muitos amigos na guerra civil, via agora com um sorriso nostálgico, puxando uma passa do seu charuto cigarra, o olhar perdido no horizonte recortado pelos arranha-céus de Chandrila.

De vez em quando encontrava Luke Skywalker e sempre que se viam falavam sobre a Força. Han Solo casara-se com Leia Organa. Convidaram-no para o casamento, mas ele adoecera, desta feita de verdade, e não pudera estar presente na cerimónia simples. A princesa não toleraria a exuberância e o exagero de um matrimónio real, embora pertencesse à realeza galáctica e tivesse direito a uma festa grandiosa. Fizera o ultimato de que só se casaria se o momento não envolvesse pompa e exagero e assim aconteceu. Apesar de ausente, enviara-lhes uma lembrança magnífica – vinho de Alderaan da sua adega particular.

Também se encontrava de vez em quando com o general Solo que se mostrava assustado e eufórico com a perspetiva de ser pai. Leia estava grávida. Fora recentemente eleita para o novo Senado e revelara que o bebé, um rapaz, iria nascer ali mesmo, em Chandrila. Han não a pudera demover, nem sequer aconselhá-la a descansar antes do nascimento. Leia continuava a ser senhora de si e a fazer o que bem entendia.

Jotassete era ainda o seu androide e agora divertia-se com os dados inúteis que ele armazenava na sua imensa memória. Comunicava-se com Artoo Detoo com regularidade e se não fossem duas máquinas, ele diria que a sua unidade J7-21 se tinha apaixonado pelo astromecânico do cavaleiro Jedi. Threepio também achava aquela amizade disparatada e absurda, mas como era habitual ninguém ligava aos queixumes do androide protocolar.

— Senhor?

Ele apagou o charuto cigarra no cinzeiro. Bebeu um último gole do whisky corelliano. Deixou o copo no parapeito, junto ao cinzeiro. Voltou-se para o seu assistente pessoal, fazendo rodopiar a sua capa nova. O hábito de usar aquela peça de vestuário mantivera-se, fazia parte da sua imagem, do seu estilo, da sua personalidade. O perfume da roupa nova seria sempre um dos seus prazeres secretos.

— Vamos, Onca. Como estou?

A brisa do entardecer mexeu-lhe com os cabelos que ele usava agora mais longos, em impecáveis caracóis grisalhos que lhe emolduravam o rosto anguloso, sobressaindo-lhe os olhos de um azul intenso.

— Estás régio, senhor.

— Oh, não quero ser régio. Ainda julgam que pretendo ser um novo imperador. Quero apenas estar apresentável.

— Estás apresentável – emendou o ithoriano.

Seguiu atrás do seu assistente pelas galerias do edifício onde iria funcionar o Novo Senado da República. À sua esquerda desfilava a impressionante silhueta de Chandrila, recortada nos seus múltiplos prédios imponentes.

O céu violeta iluminou-se com o fogo de artifício que inaugurava a nova era política da galáxia. Mon Mothma passou, rodeada pelas suas açafatas, numa galeria mais adiante. À sua direita ele entreviu os senadores e os seus assistentes que se juntavam para a investidura, num átrio onde acontecia a receção aos novos políticos. Androides serviam aperitivos, tocava uma música suave, distribuíam-se pequenas lembranças de boas-vindas. Mais ao fundo estavam os convidados e entre eles deviam estar Ambarine e os seus amigos. Ele sabia que Han Solo também estaria presente, com o seu wookie Chewbacca. O Jedi Skywalker estava a ser acolhido com honras dignas.

O dia acabava de ser decretado como feriado oficial para comemorar a paz na galáxia e havia aquele frenesim típico do início dos grandes momentos históricos. Heskey parou para cumprimentar Pottsy, uma jovem que tinha sido eleita senadora por Corulag e que ele tinha decidido apoiar, tornando-se no seu patrono. A mulher estava felicíssima por ter conseguido o cargo e prometeu-lhe que iria trabalhar muito para justificar o seu apoio. Desdobrou-se em agradecimentos e disse-lhe que iria ter bastante orgulho nela. Deu-lhe um beijo na face e depois afastou-se.

E foi quando Pottsy se afastou que Heskey a viu.

Ela estava parada à sua frente, com as mãos unidas junto à saia do vestido azul, diáfana como uma visão. Por instantes julgou que se tratava de um holograma. De uma brincadeira. De uma alucinação. De uma mentira.

A loucura a apoderar-se da sua mente que continuava fragilizada.

— Feliz dia da paz, senador.

— Kiiara…

— Olá. Seu velho tonto.

Era Kiiara, mais bela, jovem e perfeita do que a sua memória a guardava.

O seu coração, dividido em dois, desatou a bater loucamente.

Heskey balbuciou:

— Estás de volta. Estás na minha cabeça. Todas as minhas memórias… estão de volta.

A boca de Kiiara arrepiou-se num sorriso.

— Não te esqueças de mim outra vez, pois, francamente… isso foi ofensivo.

Ele inspirou uma grande porção de ar. Abanou a cabeça para se obrigar a despertar do transe.

— Não. Não me estás a entender… Nunca me esqueci de ti. Como poderia, Kiiara? Mas as memórias, tudo o que vivemos juntos, estavam sepultadas para evitar que enlouquecesse. E agora, tu voltas… e as memórias voltam contigo. Estás aqui. Estás… realmente aqui. Em Chandrila. No dia da paz.

— Sim, sou eu, velho tonto.

— Não foste desintegrada!

— Não sou um mero androide defeituoso – rebateu ela, arrebitando o nariz.

— Certamente que não, minha querida. Creio que terás uma grande história para me contar.

— Se me fizeres o convite para ser a tua companheira, neste dia, irei aceitar. E talvez tenhamos tempo para te contar essa história… e tu provavelmente terás tempo para me escutares.

Ele lembrou-se que o ithoriano estava ali, com eles.

— Onca?

— A senhorita Kiiara já está inscrita na qualidade de tua acompanhante.

— Tu sabias? Tu tinhas conhecimento de que ela viria?

— Obviamente. Não se admitem improvisos numa cerimónia desta magnitude, senhor.

Ele sentiu uma pequena raiva queimar-lhe o estômago.

— E não me disseste nada?!

— Para quê? Para estragar este excelente momento de reencontro?

— Quem mais sabia?

— Oh… Jotassete, o seu amigo Artoo e o seu outro amigo, Threepio. Creio que Leia Organa, Han Solo, Chewbacca. O nobre Jedi Luke Skywalker, que foi quem a recebeu e que gentilmente dispensou os seus alojamentos para que ela se preparasse… ninguém vai investigar o quarto de um Jedi celibatário. Mon Mothma que achou a senhorita Kiiara encantadora. O almirante Gial Ackbar, o general Carlist Rieekan… Ambarine que lhe contou sobre o seu chicote. Os dois nikto, o gotal, os gamorreanos. Lenna e Panno, que estão noivos, a propósito. Temos de lhes enviar um presente em breve, mas ainda não distribuíram os convites para o matrimónio. Espero que não adoeças desta vez, senhor. Darias a impressão errada de que evitas casamentos.

— Toda a gente sabia… menos eu?!

Onca fez uma curta pausa.

— Assim parece.

Heskey ficou sem palavras. Abriu a boca diversas vezes, mas não lhe saiu qualquer palavra. Era incapaz de se indignar, quando a raiva se esvaía em torpor e em doce enlevo. Kiiara enroscou-se no seu braço.

— Estamos atrasados. Esta discussão será inútil.

— Estamos efetivamente atrasados, senhor.

O ithoriano retomou a marcha e ele deixou-se arrastar por Kiiara. Capturou-lhe a mão dela com a sua, que pousava suavemente na curva do seu cotovelo.

— Estás mesmo aqui – murmurou, atordoado.

— Sim, Heskey. Se ainda quiseres ficar comigo.

Ele parou. Abraçou-a para lhe sentir a consistência, de que ela era real, que os seus olhos não o estavam a enganar.

— Claro que quero ficar contigo. É o que mais quero. Voltar a unir o meu coração.

— Heskey… está toda a gente a olhar para nós!

— Não me importo. Se há presente precioso do fim da guerra e do Império Galáctico… esse presente és tu. Conseguiste sobreviver e conseguiste voltar para mim. Não quero mais nada nesta vida.

— Ah, mas queres! Vais querer dar o teu melhor como conselheiro da Chanceler Mon Mothma. Vais querer voltar às luzes da ribalta. Vais querer ser reconhecido, famoso e mimado. O teu orgulho assim o exige.

Encararam-se, nos braços um do outro.

— Hoje é um dia feriado, o dia da paz. Iremos comemorá-lo com vinho de Alderaan. Fiz-te a promessa nas florestas de bambu de Kallis do Sul.

— Oh, ainda te lembras disso?

— Das florestas de bambu, do teu magnífico sorriso nesse dia ou da promessa?

— De tudo!

— Como poderia cometer o sacrilégio de apagar de mim o melhor dia da minha vida? Agarrei-me a essa lembrança quente. De vez em quando, retirava-a do túmulo onde a tinha guardada e conseguia alento para ultrapassar mais um dia. Depois, apagava a memória e foi assim que fui sobrevivendo sem ti.

— Heskey…

— Kiiara. Eu amo-te.

— Eu também te amo.

Selaram os lábios com um beijo demorado.

Sobre eles, o fogo de artifício explodia em cores, cintilações e alegria.

E foi o início da mais bela história da galáxia longínqua.


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Notas finais do capítulo

Muito obrigado pela leitura!
Vemo-nos na próxima história.



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