Hermione POV

Logo depois do espetáculo na sala de jantar, levantei-me da cadeira. Como o sono havia ido embora, pedi por uma visita pelo castelo a Severus e Alvo para conhecê-lo. Quando chegamos nas escadas da ala oeste, eles tentaram chamar a minha atenção sobre a biblioteca. Então, enquanto eles iam em uma direção, segui pela ala oeste. Pude ver que aquela parte do castelo era mais sombria. Cheguei a um quarto que estava todo quebrado e vi o retrato rasgado de um rapaz. Quando ia tentar olhar melhor a pintura, um brilho me chamou a atenção e fui em direção a ele, vendo uma rosa protegida por uma redoma de cristal.

Antes que pudesse tirar a redoma, Fenrir apareceu me assustando e me expulsando do quarto.

Por causa do susto, saí correndo do castelo, montei em Crookshanks e fugi. Entrando na floresta, um bando de lobos nos atacou, peguei minha varinha para me defender e apontei para o primeiro lobo.

− Estupefaça! − o feitiço atingiu o primeiro lobo lançando-o longe.

− Petrificus Totalus! Eu lancei um feitiço paralisante em outro lobo. Eu não vi, mas tinha um lobo pronto para morder meu braço, eu teria lançado outro feitiço, mas fui defendida por Tom, que os afugentou.

Fenrir caiu no chão ferido, pensei em fugir, mas não podia deixá-lo, depois de salvar minha vida.

− Wingardium Leviosa − lancei o feitiço, fazendo-o levitar, e coloquei-o em cima do cavalo. Voltei ao castelo, puxando Crookshanks pela corda do cabresto.

Os empregados do castelo, ao me ver chegando com o mestre ferido, prepararam tudo para cuidar dos ferimentos. Usei o feitiço de levitação e o levei até uma poltrona, ele acordou no meio do caminho. Coloquei-o no chão e consegui acalmá-lo, dizendo que respondia às suas perguntas depois, fazendo-o sentar na poltrona.

Peguei um pano que eles haviam trazido e molhei na água morna. Quando cheguei perto dele e coloquei o pano em cima do ferimento no braço, urrou.

− ISSO DÓI!

− Se ficar quieto, não vai doer tanto.

− Se não tivesse fugido, isso não teria acontecido.

− Se não tivesse me assustado, eu não teria fugido.

− Ora… e você não deveria ter ido a ala oeste.

− E você deveria aprender a controlar seus nervos… Agora fique quieto, isso pode arder.

Eu disse e passei o pano pelo ferimento e ele virou o rosto com uma expressão de dor.

− A propósito, obrigada… Por salvar minha vida.

− Disponha.

Continuei limpando o ferimento sem mais problemas.

− Como fez aquilo? Você também é uma bruxa? – ele me fazia várias perguntas ao mesmo tempo, deixando-me tonta.

− Respondendo suas perguntas. Sim, sou uma bruxa − eu parei em minhas respostas quando percebi algo − Como assim também? Você também é um? – perguntei, confusa, a ele.

− Eu era, mas quando foi jogada a maldição em mim, eu fui incapaz de praticar magia. − ele respondeu melancólico, o que eu entendia, já que a magia faz parte de mim. − Você pode tirar a maldição de mim? − ele perguntou, esperançoso.

− Não, eu só sei feitiços simples de defesa. Sinto muito. – falei isso olhando para baixo, sentindo-me inútil.

− Não me peças desculpas. Não é culpa sua − ele disse calmo pra mim. Logo ficando com uma expressão confusa. − Porque você nunca me atacou? Você poderia ter me atordoado e fugido. − ele falou.

− No início, foi porque eu não havia prometido que ficaria no lugar do meu pai. Mas depois… eu nunca poderia me ver machucando você – respondi, corando levemente ao final da frase. Tive a impressão de que ele também corou, mas não tive certeza, já que havia virado o rosto.

Depois disso, ficamos em silêncio, enquanto eu cuidava de seus ferimentos.