Modus Operandi: Dias Negros de Ocultgard escrita por Nemo, WSU


Capítulo 7
Sem Alma


Notas iniciais do capítulo

O Capitulo de hoje promete muitas tretas! Desde já grato pela sua atenção e carinho ^^



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Se os olhos são as janelas da alma, o que esperar de um olhar vazio? ” — Helen Cardylac.

 

— O que acham dessa missão? — questionou Ashak, enquanto conduzia a carroça alegremente.

— Perigosa. — respondeu um rapaz sentado contra a beirada esquerda.

— Ainda não entendo, os Guardiões são nossos aliados, por que desafiá-los? — questionou outro, também sentado, mas mais para o fundo e do lado direito.

— Por que, o que eles estão tentando fazer desafia a ordem natural das coisas. — explicou um homem mais velho sentado no fundo, ele respirava e expirava profundamente, buscando as palavras certas — E sim eles são aliados, mas não são dos mais amistosos.

— A diferença dos Guardiões conosco, é que eles priorizam a ordem acima de tudo, pois ordem traz segurança. — disse o rapaz moreno, perto da condutora, ele ajeitou o chapéu na cabeça — Enquanto nós priorizamos o direito de liberdade individual, uma vida plena e justa.

— Isso é o básico Hadack. — falou o homem da parte traseira para o jovem próximo a si. Enquanto ajeitava seu manto laranja desgastado, que no momento tornava tanto o chão, quanto as laterais da carroça um pouco mais confortáveis.

— Eu sei qual o nosso objetivo, só não sabia que essa era a prioridade deles. — respondeu o rapaz de traços asiáticos, retirando o capuz que encobria seu rosto.

— Com todo o respeito, comandante, por que estamos interferindo na ordem Guardiã? E qual o nosso plano? Você e lorde Alayhin não deram detalhes — interrogou a condutora, uma brisa passou refrescando o típico calor da floresta de Jarnyan.

— Ashak, os detalhes exatos nós desconhecemos, mas o curto resumo é que os meios excederam os fins, eles estavam criando monstros, verdadeiras abominações, mas se entendi direito, descobrimos algo muito pior…

 

 

 

 

Ainda no reino de Jarnyan

 

“Que seria? — questionou o rapaz perto da condutora”.

“Eles criaram os Valkgards, Kay”.

 

— Você acha que os Karnadyanos, realmente vão levantar uma nova guerra? — questionou um soldado.

— Não exatamente, quem anda se armando é o conde Marcus, ele é quem deseja expandir seu território. — respondeu o outro.

— Entendo, vamos notificar o rei então? Ele com certeza não vai tolerar essas ameaças, temos o direito de nos defender.

— O problema é que existem aldeias naquela região. — falou uma mulher para os dois — Se um conflito, estourar vidas serão perdidas, talvez isso incite a rivalidade dos reinos, será devastador… não há como obter um acordo?

— Ele tem duzentos homens armados, e prontos para atacar, que opção nós temos, Inter-reinos? — perguntou o capitão do grupo de escolta.

— Diplomacia, tenho certeza que o rei de Karnadyan, não vai tolerar essa traição vinda de Marcus. — retrucou ela com firmeza.

— O conde Nard, já tomou sua decisão, vai conversar com nosso rei. Vamos recepcionar esses desgraçados com o melhor que temos.

— Claro, se a guerra estourar… ele vai lucrar bastante com isso. — Ela murmurou com desdém.

— Você não tem nacionalidade Inter-reinos, não tem como você entender nada disso, além do mais você é de origem Irydiana, não sabe quanto sofrimento o reino de Karnadyan trouxe, seria melhor se fossem todos dizimados.

— Por que está aqui alias? Você não pertence a tropa…

— Comandante! — gritou uma soldada da retaguarda.

— O que é Miryan?

— É o conde Marcus! — respondeu ela acelerando o trote de seu animal. Apontava para um homem de manto azul — O mensageiro aqui, diz que foi assassinado a uma semana!

Uma expressão de surpresa (e satisfação), permeou todos os membros da escolta. A Inter-reinos sentiu em um misto de horror e alívio com a morte do conde, mas ainda temia algo.

A carruagem parou e a porta se abriu. Um nobre desceu dali e foi ao encontrou com o mensageiro.

— A casa de Marcos, pede perdão pelas ações de seu falecido senhor, não haverá mais conflito milorde.

— Entendo, mas que garantia você me dá Guardião? Quem me garante a veracidade de suas palavras, continuarei seguindo para o rei! — observou o conde com um cínico sorriso no rosto.

Após ouvir estas palavras, o Guardião abaixou a cabeça, como se uma sentença fosse dada, e se retirou devagar. A Inter-reinos tentou falar com o conde, mas foi barrada pelo comandante e seus homens, que a afastaram da carroça, enquanto a mesma começa a se mover.

 

 

 

*******

 

— Mestre os Valkgards, são apenas uma lenda criada para assustar aspirantes a soldados. — replicou Kay.

— Não estamos todos cercados de lendas? — indagou Ashak, confabulosa. — A existência de guerreiros extraordinários, e que carregam habilidades únicas não é tão surreal se pararmos para pensar no que conhecemos…

— O comandante da luz, Vakeynar. — disse Hadack emendando — Destruidor de exércitos.

— E o assassino Draghard. — completou Kay, mas em tom de ironia — O soldado fantasma. Se existissem realmente seres assim, a gente teria testemunhas ou provas.

— Mas talvez, não haja justamente por isso. — O mestre replicou sombrio — Sem sobreviventes para contar a história, exceto aqueles que trabalham com ele, isso faz sentido… — O homem olha seu aprendiz nos olhos — Não se preocupe, se tudo for verdade, toparemos com, pelo menos, um deles e eu até faço uma ideia de qual…

 

 

*******

 

— Agora, se nós dá licença, Inter-reinos, nós temos que entregar uma mensagem ao rei. — falou o comandante vitorioso. — Caia fora do nosso camin…

Uma flecha zuniu no ar, perfurando a garganta do comandante, que tentou de forma débil se salvar, colocando ambas as mãos na garganta, mas caiu do cavalo rolando. O chão dos homens se perdeu, levou um tempo para que digerissem a informação, se voltaram para a direção de onde a flecha tinha partido, mas eis que da parte oposta mais duas apareceram e acertando os capitães da escolta, deixando os soldados sem liderança.

Outra veio, desta vez na direção da Inter-reinos, mas estava focada o suficiente para desviar do disparo.

— Homens comigo! — ordenou ela, para os oito soldados restantes, além do condutor da carroça, que havia se escondido debaixo da mesma. Nesse momento, era a autoridade máxima ali e com certeza a mais experiente.

Ela tornou um tom de voz baixo:

— Quem quer que sejam, querem o Conde e sua família. A prioridade é encontrar os inimigos, atrasá-los para que a carruagem possa seguir em frente, devemos manter nossa posição até termos novas informaçõ…

Mais flechas aparecem de diferentes direções, os soldados desviam ou se protegem com escudos, mas haviam feridos. Em contrapartida dois arqueiros retalharam, disparando nessas direções mata adentro, mais duas surgiram do lugar, atingindo um no braço, e outra na barriga do companheiro, tudo por que eles ainda desviaram. Não havia como atacar mais a distância, a escolta estava de mãos atadas.

Malditos, primeiro destruíram a liderança, depois nosso contra-ataque, temos que sair daqui ou seremos destruídos. Calculou a líder.

— Vocês dois. — disse ela, apontando para dois homens com escudos. — Peguem a carruagem e se afastem ao máximo, protejam ao cocheiro! Nós faremos o melhor.

Eles assentiram pulando para o controle da carruagem, diferentemente dos outros, estes usavam cotas de malha, bem resistentes a disparos de flecha, além dos escudos que concediam mais proteção. Enquanto o veículo partia a toda a velocidade, flechas continuavam vindo contra os homens, que agora se refugiavam na mata.

Estranho, deveria haver inimigos aqui, afinal as flechas também vieram deste lado. Pensou ela.

— Inter-reinos. — chamou um arqueiro ferido no braço, agora com a flecha removida e ensanguentada em uma das mãos. Sua voz era arfante e dificultosa — Essa flecha, fui eu que fabriquei, foi aquela que disparei a pouco.

Um arrepio percorre a espinha de Helen.

Como? Ela se perguntava, mas não havia uma explicação lógica, nada que ela conhecesse poderia fazer aqui. A magia élfica não faz isso, nem as de aura. A menos... que seja um Hankar. Uma lendária habilidade que surge em alguns indivíduos, ou ainda herdada dos progenitores. Pelos Deuses, não há como saber o que é, mas a base é a aura, com certeza. Espere, se for assim... ele nos enganou!

— As flechas pararam. — observou Miryan.

Foi nesse curto intervalo, que a esperança de salvação foi despedaçada. Dois metros adiante da carroça e acima dela, surgiu, algo disforme, e bruxuleante de energia vermelha. Um vulto saltou dali com uma espada em punho, e danificou a parte que prendia a roda a carroça, sem poder se manter, o veículo foi raspando por terra, até parar completamente.

Ele se levantou aos poucos, vestia roupas negras, com uma ou outra peça com coloração diferente desgastada, ou mais fraca a exemplo de seu peitoral e botas. Seu manto rasgado ondulava com o vento, enquanto se colocava de pé, seus olhos castanhos e sem brilho fitavam os inimigos, causando um arrepio nos mais jovens.

O terror domou cada um deles, eles eram apenas soldados, não eram preparados para enfrentar esse tipo de monstro, mas tinham que fazê-lo. Já estava claro que não poderiam escapar, a habilidade tornava a fuga praticamente impossível. Se houvesse esperança, isso estava na Inter-Reinos.

Os escudeiros vieram pela retaguarda, para tentar um ataque surpresa, enquanto o condutor tentava retirar a família dali. Ele percebeu a aproximação dos dois. Com uma espada larga em punho, e com o escudo na outra mão, tentaram um ataque fora de sincronia para quebrar sua movimentação. Um com um corte mais à esquerda horizontal, e outro com um ataque perfurante no pulmão.

O inimigo por sua vez saltou para trás, enquanto girava o corpo com sua espada em punho, era uma ação idiota e insana à primeira vista, mas quando a distorção apareceu, tudo fez sentido.

— Atrás de vocês! — gritou Helen, mas já era tarde, ele cortou a nuca de ambos os escudeiros. A Inter-reinos compreendeu não só o poder do inimigo, mas sua identidade. O Draghard, então não só existe, como também tem um Hankar, e esse Hankar te leva a distorcer o espaço e encurtando a distância entre os pontos por meio de brechas. Ela continua sua reflexão, enquanto segue em frente a ele.

E o melhor, se funciona a base de aura, você vai se cansar se usar muito, afinal deve exigir bastante energia, outro detalhe, tenho quase certeza que você precisa saber ou pelo menos ter uma noção de para onde vai, se te cegarmos, temos uma chance.

A escolta poderia não saber lidar com monstros, mas ela sim. Era uma cavaleira Inter-reinos, tinha conhecimento, experiência e o mais importante, tinha o necessário para fazer frente ao Draghard: Dominava a magia Aura, possuindo vantagem naquele ambiente, além da outra vantagem numérica.

Ela avançou devagar medindo o monstro a sua frente, aquela seria a batalha de sua vida, por sua vida. O Valkgard fez o mesmo, indo devagar, avaliando a curiosa oponente, fazendo e quebrando teorias do que ela poderia fazer, e qual era o melhor jeito de eliminá-la.

De repente ambos aceleraram, Helen, não poderia se dar ao luxo de receber um golpe assim, pelas lendas os Valkgards eram fortes, ela comprovou isso quando suas espadas se cruzaram, e foi impiedosamente repelida para trás.

Desviou do fatal golpe perfurante, atacando com um lateral na tentativa de se defender, mas ele não recuou, avançou sem medo, bloqueando um golpe de cima para baixo, ela fez o mesmo interrompendo um lateral para cima, mas a situação estava muito desigual.

Percebendo isso aqueles que ainda podiam lutar rumaram em auxilio a sua comandante, ela intensificou seu ataque impedindo o inimigo de fugir, e logo ele se defrontou com mais cinco espadas furiosas, sua mente cruel percebeu o obvio: Em vez de tirar a capitã de seus soldados, ele iria tirar os soldados de sua capitã.

Saltou para trás, mesmo sendo cortado por dois homens, um corte profundo e largo nas costas, e outro na costela. Ele não gritou nem gemeu, só ganhou mais distância. Aquilo não sentia dor, mas o eu, o verdadeiro dono do corpo sim, pois ferir o corpo é ferir a mente, neste caso a verdadeira consciência.

Duas flechas zuniram pelo seu ponto cego, e atravessaram penetrando seu dorso, enquanto ele lutava para se manter de pé, mais duas vieram, ele conseguiu bloquear uma com a lâmina, mas a outra se cravou em seu peito. Percebendo sua possível derrota, decidiu operar com tudo, mas algo interrompeu seus movimentos.

Atrás de si, os galhos e raízes de uma árvore próxima, tinham não só crescido anormalmente como também sendo manipulados por Helen que usava o elemento natureza,

Os galhos transpassaram seus braços e pernas, restringindo seus movimentos e fazendo jorrar seu sangue rubro, era o fim do Draghard. Se se movesse isso agravaria os ferimentos, mas se ficasse mais tempo ali morreria esvaído, isso se os homens não o matassem primeiro.

— Para quem você trabalha? — indagou Helen imperiosa.

O assassino misterioso nada disse, apenas fechou seus olhos, e algo emanou a partir dele, algo vermelho e quente, algo que queimou as raízes que perfuravam seu corpo, algo que deixou Helen petrificada, mas não menos surpresa:

É um maldito Elemental de fogo, por isso, suas distorções são vermelhas, seu Hankar, é um reflexo da sua aura. Mas até onde você domina é outra história... Racionou Helen, enquanto gesticulava com as mãos alguns movimentos, aos quais eram seguidos pelas raízes, ele só podia tentar desviar. Definitivamente não era um bom dia para ele.

Vejamos, transformou sua energia interna, em seu elemento, queimando por dentro e por fora as raízes. No mínimo domina a Projeção, é um profissional nisso, mas a questão é, o que pode fazer com essas chagas?

O Draghard continuava desviando, para baixo, ora dando um salto, ou de lado, mas o peso dos ferimentos fazia seus movimentos ficarem lentos, o levando a ser cortado e perfurado em diversas regiões pelas raízes perseguidoras. O objetivo da missão ficava mais distante e o fracasso mais perto.

Sem muitas opções, decidiu lutar de igual para igual com Helen, usando sua projeção Elemental, diferente dela que usava a manipulação do elemento existente. Ambos eram dois dos seis campos das habilidades de Aura, sendo que nesse sistema existiam sete tipos distintos, um para cada indivíduo.

A energia foi se formando em volta das mãos de forma bruxuleante, em tons de um vermelho claro, tão cristalinos e suaves, parecia estar vivo, e talvez estivesse. Ela começou a assumir um formato rotativo em forma de estaca e quando o Draghard, moveu de forma abrupta uma das mãos, a energia se condensou formando o fogo, numa torrente avassaladora na direção de Helen.

Ela se protegeu por trás de uma árvore, embora alguns fios de seu cabelo não tivessem a mesma sorte, podia sentir o calor pesado passando pelos lados do tronco, enquanto a pobre árvore começava a arder. Até que a torrente parou e ela pode ouvir os gritos de desespero de seus homens.

Ao sair dali, contemplou com horror alguns correndo em desespero, outros, rolando no chão enquanto tentavam apagar as chamas, eles certamente tinham investido na intenção de protegê-la distraindo o inimigo, que agora acabara de traspassar o peito de um homem em fuga, com os dedos retos, tomando sua adaga e soltando o corpo no chão.

Acho que menosprezei sua resistência. Pensou ela empunhando sua espada e partindo para um confronto direto, sem aliados, só ela e a abominação.

Ela bloqueou o primeiro golpe lateral, dessa vez não sentindo uma força tão imperiosa quanto antes, atacou com um perfurante, e ele desviou movendo uma perna para o lado, por sua vez lançou sua adaga contra Helen, se cravando-a em seu ombro esquerdo.

Ele avançou e segurou seu punho direito, contendo a espada, ela chutou suas partes baixas, fazendo sua força sobrepujar a dele, e nesse desespero, ele pegou sua garganta a apertando como aço. Ela tentou chutar e arranhar, mas nada o fazia fraquejar, seu ar estava acabando devagar, seu punho com a espada começava a querer se abrir.

Helen viu sua vida passar diante de seus olhos, desde o momento em que era uma garotinha, até se formar na academia, os duros exames para ser uma Inter-reinos, dar orgulho para a família, inspirar seus irmãos mais novos, ela não podia deixar terminar assim. E então viu outra coisa, na face do inimigo havia um olhar.

Não um olhar de indiferença, nem de ódio, dor ou medo, era um olhar de súplica, seu aperto sobre seu pescoço se aliviou e suas mãos agora tremiam, seus lábios se mexeram e ele disse algo curto, mas ela desconhecia essa língua, então ele tentou de novo gaguejando:

— Me... me... mate.

Aquilo era demais para Helen, o assassino frio e sem humanidade, se revelava tão humano quanto ela, e com uma súplica tão incomum quanto digna de pena, mas o choque não durou muito, e ela fez o que era preciso. Retomou o controle da sua mão com a espada e encontrando um pouco de resistência, foi ganhando terreno até se aproximar de seu pescoço.

Então a lâmina perfurou fazendo jorrar sangue, o corpo pendeu a lâmina saiu, ela se segurou na única pessoa que poderia, em seu inimigo incomum. A espada caiu e Helen, contemplou com os olhos marejados, os confusos olhos do Valkgard, segurando-a em seus braços fraquejantes.

Só então o Draghard notou o assassino, o comandante da luz, Vakeynar, em suas lustrosas vestes de prata, agora ensanguentadas pelo sangue dos homens que escoltavam o nobre e sua família. Mas já não fazia mais diferença, o eu jazia novamente aprisionado em seus grilhões, sua única chance de ter paz, tinha sido anulada.

Helen, por sua vez agarrou as vestes ensanguentadas do Draghard, teimando em viver, mas o corte tinha sido fatal, e seus últimos pensamentos foram:

Pai, mãe... Elena e Pard, me desculpem... eu não pude manter minha promessa, mas eu...amo... vocês... e espero que vocês vivam bem, e que se lembrem de mim...

— Oficialmente, essa é a primeira vez que você falha. — disse Hafnyr surgindo da mata — Para sua sorte, eu e o comandante aqui estávamos de passagem para outra base, nada é melhor do que um Valkgard, para treinar os novatos, fora que alguns Trolls em um vilarejo próximo precisam ser exterminados.

Um silêncio pairou entre os três, o assassino encarou o homem à sua frente, o também sem vida Vakeynar, um pouco mais alto do que ele, que detinha seus 1,83 de altura, e mais encorpado. Vestindo não vestes leves, mas sim uma armadura incompleta, com direito a peitoral, ombreiras, botas e um elmo que permitia um bom grau de visão, enquanto escondia seus cabelos curtos e negros.

O Elfo fez uma cara de desgosto com a cena, o quanto menos aqueles dois ficassem juntos melhor seria:

— Sendo honesto, essa falta de personalidade de vocês é uma droga. Agora vá para as profundezas da mata, surgiu uma situação, e ele quer que você resolva.

Draghard seguiu pela mata com dificuldade, olhando pela última vez a única humana que tinha chegado perto o suficiente de matá-lo.


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