Beat Again - Quando chama o coração escrita por Val Rodrigues


Capítulo 22
Capitulo Vinte e Dois


Notas iniciais do capítulo

Domingo... friozinho... Ideal para agarrar o notebook e preparar os capitulos. kkk.
Como voces estao meus amores?



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Isabella jantava com Jacob pouco a vontade.

— Não é como eu imaginei que seria. Jacob falou olhando-a. Isabella soltou um suspiro.

— Por que estamos aqui Jacob?

— Me faça parar Isabella. Eu já fui longe demais para parar sozinho, mas basta uma palavra sua e eu paro com tudo isso. Tudo o que eu quero é você do meu lado.

— Não funciona assim.

— Por que não? A ideia de me ter em sua vida é ter em sua vida é tão ruim assim? Isabella suspirou não querendo prolongar aquela conversa.

— Não faça isso Jacob.

— Por que ele Isabella? Por que não eu? Por que justamente ele? Ele perguntou e por um momento Isabella sentiu pena do homem a sua frente.

— Sinto muito Jacob. De verdade. O celular dela tocou interrompendo a conversa.

— Sim. Falou ainda olhando para Jacob.

— Isabella. Edward soou do outro lado.

 _ Aconteceu alguma coisa? Ela perguntou.

— Sim. Perdi minhas chaves e não consigo entrar em casa. Você pode me ajudar?  Perguntou sentindo uma pontada de culpa na voz pela pequena mentira, mas não suportava a ideia de que ela estivesse com Jacob. E se ele a pedisse em casamento? O que faria?

— Estou indo. Ela respondeu encerrando a ligação.

Ela olhou para Jacob que não desgrudava os olhos dela nem por um instante.

— Eu preciso ir. Disse se levantando.

— Escute bem isso. Não vou deixar que ele vença, vou fazer com que ele perca tudo. Ele vai se arrepender de ter atravessado o meu caminho.

— Jacob.

— Ele vai me pagar. Murmurou com o olhar cheio de ódio fazendo Isabella se assustar e sair o mais rápido que podia daquele lugar.  Quando conseguiu um taxi contatou o seguro residencial e combinou de encontra-lo na casa de Edward que a esperava em frente a casa com as mãos nos bolsos e o rosto ansioso.

— Eu liguei para o seguro, eles vão estar aqui em 40 minutos.

Edward a analisou com atenção buscando alguma mudança em seu comportamento.

 _ Como foi perder a chave assim? Ela perguntou quando ele permaneceu calado.

— Ficou incomodada de ter sair no meio do jantar com o Jacob? Atrapalhei sua diversão? E novamente estava la, o ciúmes queimando no peito dele.

— Como sabe que eu estava jantando com o Jacob?

— Você me contou... murmurou pego em flagrante.

— Não contei.

— Claro que sim. Insistiu. _ O que ele queria?

— Nada demais. Respondeu simplesmente. Ela não podia contar as ameaças que ele fez quando estava saindo.

— Não devia aceitar sair para jantar com ele. Esqueceu o que ele te fez passar? Isabella, ele não é quem você pensa. Disse se exaltando sentindo um gosto amargo na boca.

— Claro que não. Mas fomos amigos por muito tempo.

— Então vai aceitar a proposta daquele canalha? Perguntou retirando as mãos do bolso e com isso derrubando a chave que estava guardada ali.

— Que tipo de proposta você esta falando? Ela perguntou confusa e olhou para baixo quando o som de algo caindo no chão chamou sua atenção. _ Esta não é sua chave? Perguntou se abaixando para pegá-la do chão.

Percebendo o que fizera Edward levou as mãos aos bolsos a procura da chave, mas ela não estava mais ali.

— Não. Negou rapidamente.

— É sim. Insistiu.

— Não é. Ele repetiu.

Ela o encarou com incredulidade.

— Vamos tentar abrir a porta então. Desafiou.

— Não. Já disse que não é essa. Edward retrucou tentando pegar a chave da mão dela.

— Me deixa tentar. Insistiu quando Edward se colocou a sua frente. Ela tentou passar por ele, mas foi bloqueada pelo seu corpo. Tentou mais uma vez pelo o outro lado e ele a impediu novamente.

— Você esta muito estranho. Disse tentando passar por ele que a impedia toda vez que se movia se colocando a sua frente. Sem perceber, o pé dela tropeçou em algo e ela cambaleou. Edward tentou segura-la, mas o impacto do peso dela sobre ele fez seu corpo se desequilibrar e os dois irem ao chão. _ Desculpe. Ela murmurou tentando se levantar. _ O que esta fazendo? Perguntou quando ele a impediu de se levantar a abraçando. O coração dele batia freneticamente contra seu ouvido.

— Esta ouvindo? É o meu coração batendo. É por isso que estou indo a loucura.

Ela sentiu seu rosto queimar. Edward despertava nela sentimentos assim. Tudo com ele era profundo e intenso.

— Esta frio aqui. Ela murmurou depois de um tempo que permaneceram na mesma posição. Edward a soltou e os dois se levantaram.

— Não vou me desculpar por atrapalhar seu jantar.

— Não pedi que fizesse isso. Revidou. _ Se não precisa de mais nada eu já vou. E saiu sem dar tempo para discussões.

— Você falhou na missão de se manter afastado dela hoje Edward. Murmurou para si mesmo com um suspiro resignado ao vê-la entrar em um taxi que passava por ali. 

Edward bocejou quando se encontrou com Ricardo na manha seguinte.

— Bom dia. Murmurou entrando no carro enquanto Ricardo dava a partida.

— Bom dia. Não conseguiu dormir? Edward soltou um suspiro irritado e começou a contar ao amigo sua pequena aventura na noite anterior.

— Você ficou maluco?

— Ei. Eu sei esta bem? Não foi inteligente. Mas o que mais eu podia fazer? Fiquei louco com a possibilidade dele a pedir em casamento. Não pensei direito. Argumentou.

— Precisa se concentrar na reunião de hoje. É muito importante. Ricardo estrategicamente mudou de assunto.

— Eu sei. Murmurou reavaliando suas planilhas. _ Nós estamos perdidos? Edward perguntou percebendo que estavam andando em voltas. Estavam indo para a Fábrica. Isabella havia organizado uma reunião com toda a gerência. Ricardo olhou o dispositivo de direção no painel.

— Eu não entendo. Já deveríamos ter chegado. Ricardo murmurou. _ Vamos parar e pedir ajuda. Decidiu. Edward olhou em volta.

— Este lugar me parece familiar. Edward falou sentindo uma sensação estranha e de repente lembrou-se de onde conhecia aquela estrada. _ É aqui que acontece o meu pesadelo. É neste lugar. Murmurou confuso. As lembranças dos sonhos voltando a mente tão forte fez com que suas pernas fraquejassem.

— Você está bem? Ricardo perguntou observando-o.

— Sim. Respondeu.

Ricardo percebeu alguém passando e o chamou. Billy que passava por ali foi até ele.

— Pode nos ajudar? Acho que estamos perdidos. Preciso checar a Fábrica Central da Hermia cosméticos, conhece?

— Sim. Estou indo para lá agora mesmo.

Então pode nos levar?

— Claro. Billy entrou no carro percebendo a presença de Edward ali.

— Não entendi o que aconteceu.

— Vocês estão no lado Oeste da Fábrica. Precisa ir a Leste para chegar a entrada.

— Ah. Ricardo murmurou em compreensão.

— Não ficar muito longe daqui. Disse dando as direções.

— Obrigado. Ricardo agradeceu colocando o carro em movimento novamente.

Quando Ricardo estacionou o carro em frente a Fábrica Isabella desceu os degraus para encontrá-los.

— Bom dia. Edward se perdeu no pequeno  sorriso que ela lançava.

— Bom dia. Ricardo respondeu já que Edward ficou a olha lá abobalhado.  Ela baixou o olhar envergonhada.

— Pai o que está fazendo aí? Jacob surgiu pelo o outro lado.

— Eles me deram uma carona.  Edward olhou para Jacob. 

— Ele é seu pai?

— Sim. Por que?                                 

— Não sabia que ele trabalhava aqui. Disse o analisando. _ Mesmo com seu pai trabalhando aqui ainda foi capaz de mandar aquelas homens.

— Como você acha que ele não estava aqui no momento? Jacob falou baixo não querendo que a história se espalhasse.

Isabella que havia se afastado para atender o celular  voltou preocupada.

— Temos um problema. Disse olhando diretamente para Edward que desviou o olhar dela em um questionamento silencioso para Jacob. O mesmo devolveu o olhar em um tipo de desafio.

— Não pense que vou facilitar para você Cullen.  E saiu levando o pai consigo.

— O que aconteceu? Perguntou a ela que suspirou e começou a caminhar para a sala de reunião. O Sr. Moura se juntou a eles quando estavam chegando.

— Por favor, mostre a ele. Ela pediu.

— Eles descobriram que você atrapalhou as rotas de distribuição da Fábrica para os shoppings. Por sua causa estamos neste problema. O Sr. Moura explicou. _ As provas de que tentou acabar com a Hermia estão se espalhando por todo o lado. Eles pensam que você só quer o poder para destruir completamente a Empresa.

— Não Sr. Moura.             

— Desista Isabella. Eles não confiam nele para conduzir a Empresa e honestamente, eu também não.

Edward ficou parado observando suas chances de apoio indo por água abaixo.

— Vamos dar um tempo a eles. Ela disse percebendo seu aborrecimento.

— Não posso culpa-los. Eu realmente fiz isso.

— Você mudou. Sei disso. Eles também vão perceber e vão aprender a confiar em você. Ele acenou esperando realmente que fosse verdade. Ricardo deu um tapinha no ombro de Edward encorajando-o.

Edward levantou o olhar encontrando Jacob parado a encara-lo. Um sorriso vitorioso brotava nos lábios dele confirmando as suspeita de Edward de que Jacob estava envolvido no assunto.

— Você e eu, la dentro, agora. Apontou a sala de reunião em desafio. Jacob o seguiu. _ Foi você não foi? Entregou as provas para aquelas pessoas só para que eles não confiassem em mim? Perguntou já sabendo a resposta.

— Você ainda não entendeu? Perguntou com presunção. _ Pensei que fosse mais esperto do que isso.

— Como é?

— Não esta lutando contra mim apenas, sua luta agora é contra a Gold Partners. Contra o seu passado. A única coisa que fiz foi contar a verdade a eles, nada mais.

— A verdade? Será que devo contar a verdade sobre você também?

— Você não será capaz. Se eu disser uma palavra sobre o que fez enquanto trabalhava na Gold Partners será processado imediatamente. Me pergunto se teria o suficiente para pagar sua defesa.

— Não sei.  Se continuar me irritando, sou capaz de ir para a cadeia só para acabar de vez com você. Você me conhece, comigo não tem meio termo. Edward falou encarando seriamente.

— Eu sei. E estou contando com isso. Falou com ar divertido em provocação.

— Sabe de uma coisa? Você e meu tio são realmente muito parecidos. Ambos são capazes de morrer pelo cargo de Presidente.

— Não quero só a Presidência. Quero a Isabella. Então você não devia ter dito que iria ficar com ela.

— Por que? Tem medo que eu a leve embora?

— Medo de você? Jacob sorriu. _ Vou garantir que não fique com ela, nem com a Presidência. Ameaçou e saiu.

Edward sentia que poderia quebrar a sala inteira de tanta frustração.

— Esta tudo bem? Isabella perguntou assim que Edward saiu.

— Por que todos se apaixonam por você?

— O que? Perguntou sem entender.

— Esqueça, não é nada. Isabella ia insistir quando percebeu o carro de Wendy parando ao lado deles.

— Wendy. Que surpresa. O que faz aqui?

— Precisamos conversar Isabella. Wendy falou e seu rosto tenso mostrava a seriedade da situação.

— Vamos entrar, podemos nos sentar no refeitório.

— Pode chamar O Sr. Moura também. Preciso que ele esteja com você.

— É melhor nos sentarmos. O Detetive Carter sugeriu quando todos se reuniram.

— O que esta acontecendo Wendy? Isabella perguntou aflita e Wendy fitou a amiga.

— O detetive Carter e eu estamos investigando o acidente de Mike.

— Por que? Foi um acidente, não foi? Isabella perguntou estranhando a situação.

— A verdade Isabella é que descobrimos que não foi um acidente. Mike estava no meio de uma investigação quando morreu. Suspeitamos que alguém o matou para encobrir seus rastros.

— O que quer dizer? O Sr. Moura perguntou sentindo a dor encher o seu coração. _ Não foi um acidente e sim um assassinato? Perguntou.

— Sim. Encontramos um homem, Willian Emerson, ele é uma testemunha do caso. Antes de sofrer um acidente ele deixou escapar que sabia quem era o assassino. Assim que ele acordar do coma, vamos descobrir quem matou o Mike. O detetive Carter explicou.

— Um acidente já é algo desesperador, agora um assassinato. O Sr. Moura falou inconsolável.

— Vamos pegar o culpado pela morte do Mike Sr. Moura. Não vamos descansar enquanto este criminoso não estiver pagando pelos seus crimes. Wendy garantiu.

— Obrigado. Eu agradeço por tudo o que estão fazendo. O Sr. Moura falou.

— Não precisa agradecer. Vamos manter contato para informar o andamento da investigação.

— Obrigado. O Sr. Moura repetiu. 

— Vamos. Te damos uma carona. Wendy ofereceu olhando Isabella que se mantinha quieta tentando segurar o choro.

Ela acenou concordando. Tinha medo de que se abrisse a boca para falar não conseguiria lidar com as lagrimas que prendia a todo custo.

O Sr. Moura fez a ultima inspeção na Fabrica antes de fecha-la e encerrar o expediente. Um barulho de caixas o fez virar-se para encontrar Billy tentando organiza-las no lugar.

— Ainda esta aqui? Perguntou surpreso. Já havia passado a hora dele largar o expediente.

— Me desculpe. Pediu e tentou empilhar as caixas novamente, porem sem sucesso.

— Você esta bem? Perguntou se aproximando já que Billy tremia enquanto tentava empilhar de volta as caixas.

— Sinto muito. Sinto muito mesmo. Eu não queria que isso acontecesse. Sua voz parecia também tremia.

— Esta tudo bem. Deixa que eu organizo as caixas. Parece que você precisa descansar, vá para casa. O Sr. Moura respondeu. O que ele não sabia era que enquanto conversava com os detetives Billy Lautner ouvia toda a conversa as escondidas.


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