Beat Again - Quando chama o coração escrita por Val Rodrigues


Capítulo 1
Capitulo Um




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As lembranças povoam seus sonhos como num pesadelo. Memórias de sua infância. Dolorosas e cruéis. Da mesma forma que fora sua infância. Viu sua mãe sofrer e chorar a noite quando pensava que ele há estava dormindo. Depois da morte do seu pai eles perderam sua casa. Veio então à descoberta de fraude e lavagem  de dinheiro. Seu tio assumiu a empresa e por uma razão desconhecida na época os obrigou a ficar longe de tudo o que seu pai havia dedicado para construir. 

Edward recordava bem como havia sido duro para sua mãe. Ela tentou. Ele reconhecia isso. Mas o trabalho exagerado para mante-los, o sentimento de perca da família, de tudo o que possuam foi demais para ela. Uma lágrima caiu quando ele recordou o momento que encontro dia mãe sem vida no pequeno quarto onde moravam. Aquelas memórias eram dolorosas. Mas também eram a chama que ardia em seu peito. Vingança. Era por isso que ele levantava toda manhã. Foi por isso que chegou onde estava. Estudou muito. Trabalhou mais ainda. Ganhou prestigio. Tudo com um único propósito:  Chegar ate a empresa que um dia fora do seu pai. A empresa que foi o motivo do fim de sua família e destruir seu tio em meio a sua ganância que o levou a trair seu próprio irmão. No seu mundo não havia regras, nem barreiras. Tudo que queria, conseguia. Qualquer pessoa ou barreia que lhe tinha a frente eram friamente removidas, da forma que precisasse fazer, sem se importar com as consequências. Como poderia? Quem havia se importado com ele? O mundo era injusto.

Levou a mão ao coração, sentindo a dificuldade de respirar.

— Aguente só mais um pouco. Sussurrou para si mesmo lembrando se das palavras do seu médico.

Cardiomiopatia hipertrófica. A única  coisa que havia herdade do seu pai. Geralmente matava em cinco anos, fora informado. O que o dava pouco tempo para concluir seus Planos. Sua última consulta pela manhã o havia abalado mais do que ele poderia admitir.

(Lembrança)

— Pode ser honesto doutor. Quanto tempo ainda eu tenho?

— Edward. 

— Por favor. Não precisa suavizar as coisas.

— Está bem. Suspirou. _ Seu ventrículo direito está falhando.

— O que isso significa?

— Significa que seu coração esta arriscado a parar.

— Quanto tempo?

— Cerca de um mês. 

— Certo. Disse sentindo o impacto das palavras. Respirou fundo absorvendo sem querer se abater. Pegou seu casaco.

­_ Onde está indo Edward?

— Você sabe onde vou. Preciso trabalhar ainda mais. Disse que não tenho muito tempo.

— Sabe disso e continua pensando em trabalhar? Ele perguntou levantando.  

— Nem pense que vai me internar. A menos que tenha um coração novo para mim. Falou prevendo suas próximas palavras.

O Doutor Hector suspirou claramente contrariado. Era um bom médico. Havia cuidado de seu pai no passado. E agora cuidava dele.

— Edward. Vamos torcer para haver um doador. Não perca a fé.

Ele riu.

— Está aí uma coisa que eu não tenho doutor. Já aceitei minha situação. Só tenho um por cento de chance de conseguir o transplante. Só um por cento. Não vou apostar minha vida nisso. Colocou a mão em seu ombro. _ Obrigada por tudo Doutor. Agradeceu percebendo a tristeza em seu olhar. _ Até mais. 

Ao contrario do que seu medico pensava Edward não tinha tempo para curtir seus últimos dias. O que ele mais ansiava era concluir seus planos: Ver a ruína daqueles que foram responsáveis pela ruína de sua família.


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Notas finais do capítulo

Se desejar, deixe seu comentário. Sera de grande valia.
Bjs