Paradise Coast escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 10
Transformação




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P.O.V. Beverly.

Eu sei que a Lisa está preocupada com alguma coisa.

—Fala.

—O que?

—O que está te preocupando.

Estávamos no laboratório, cercadas de erlenmeyers, tubos e todas aquelas coisas científicas.

—Meus sonhos estão ficando piores. Continuo sentindo que algo, grande está prestes a acontecer. Não sei se é bom ou ruim. Só sei que é grande.

Olhando melhor pra ela vi que estava usando maquiagem.

—Alguém está usando maquiagem.

—Se tenho que ficar trancada num laboratório, pelo menos posso escolher se vou ficar bonita.

—Sei.

De repente, ela parou de sorrir. E fez cara de preocupada/raivosa.

—Eles estão aqui.

—Quem?

—Vai achar o Jeremy. Fala para ele se armar. Agora.

—Tá bem, tá bem.

Fui correndo que nem uma louca e achei o Jeremy no quarto dele.

—O que foi?

—Armas. Agora. Se arma. Ela disse que estão aqui.

Foi só eu fechar a boca que ouvi um disparo. Quando chegamos a Doutora Kim estava no chão.

—Tia Jo! Tia Jo!

—Hi.. Hibrida. Hibrida.

—O que? Não. Não tia Jo. Por favor. Por favor.

Lisa estava abraçando o corpo da Doutora Kim, implorando para ela não morrer. Então ela viu o sangue em suas mãos. Ficou encarando as mãos ensanguentadas.

E o que ela fez a seguir nos chocou.

P.O.V. Lisa.

Eu continuava ouvindo a voz na minha cabeça. E minhas mãos estavam sujas com o sangue da tia Jo.

Lambi o sangue da minha mão e vi coisas. A tia Jo ainda estava viva. Senti a dor na minha gengiva e então, olhei para ela e implorei:

—Sinto muito tia Jo. Por favor, me perdoe.

Então, eu mordi o pescoço dela. Bebi o seu sangue e enquanto bebia vi todas as memórias dela, vivi as memórias dela.

Hibrida. Eu era uma híbrida. Parte do meu D.N.A. era humano, mas noventa e nove por cento do mesmo não havia correspondência de nada daquilo em nenhum banco de dados do mundo.

—Cara, a Lisa é uma vampira.

Ouvi a Beverly falando.

—Não exatamente. Eu sou muitas coisas.

—Muitas coisas?

Os soldados britânicos todos apontaram suas armas pra mim. E atiraram.

—Não tem sentido atiraram em mim. Se tivessem feito isso á cinco segundos atrás, então... ai teria funcionado. Mas, agora?

Senti a minha raiva, o meu Poder atingir níveis que eu não pensei que fossem possíveis. Podia me sentir levitando, o ar a minha volta, podia ouvir os corações deles batendo, sentir o cheiro da adrenalina em suas veias. Podia ver através deles. Podia ver seus corpos camada por camada. A pele, a gordura, os músculos, os ossos.

Senti as moléculas se agrupando nas minhas mãos, as chamas acendendo.

—Eu não sou peão de ninguém! Eu sou o ser mais poderoso deste planeta de merda! Todas as lendas que já foram contadas, sussurradas são verdade. Sou a prova viva disso. Humana, mutante, dragão, fada, sereia, ninfa, vampira, lobisomem e a lista continua. Meu D.N.A. contém traços de D.N.A. de cada ser que existe neste planeta.

P.O.V. General Holland.

Abrimos fogo contra ela, mas as balas não a atingiram. Ela as absorveu.

—Caramba! Ela é um ser super-sobrenatural!

—No xadrez o Rei é a peça central, mas a Rainha pode fazer o movimento que ela quiser!

Muitos dos meus agentes foram queimados vivos, de dentro pra fora.

—Meu Deus!

—Não me curvarei! Não serei objeto, arma ou peão de ninguém! Diga isso ao seu presidente. Melhor ainda, porque não manda ele vir aqui? Ou ele não tem culhões para me enfrentar?

—Você falhou na sua missão Agente Peterson e porque?

—Porque ela é uma pessoa.

—Você chama isso de pessoa?

Ela soltou um grito alto, agudo que atingiu a Agente Bristol. As ondas sonoras eram tão concentradas que assim que atingiram a Agente Bristol ela foi despedaçada.

—Esqueci de mencionar. Eu também tenho D.N.A. de Banshee.

Ela estava andando em direção a eles e nem ligava que estavam apontando armas para ela.

—Que pena, que triste. Pobre Agente Bristol. Agora é só um saco de carne. Foi ela que atirou na tia Jo. Porque vocês mataram a tia Jo? Porque vocês estão destruindo a minha vida?! Acha que isso vai me fazer gostar de vocês? Bem, não vai. E agora, eu não tenho mais nada á perder. Os governos e os exércitos e até mesmo meu próprio pai tiraram tudo de mim. Minha mãe, minha família, minha casa, minha vontade de viver, minha habilidade de morrer. Eu era uma pessoa e agora sou um monstro. Graças a vocês e sua insaciável fome por Poder. Graças a vocês, eu tenho ódio, fúria e sede de vingança no meu coração e de quebra tenho todo o poder do mundo. Mas, vou te dar uma chance de tentar sobreviver.

Os pés dela estavam de novo no chão e ela estava desarmada.

—Combate. Corpo a corpo, se você vencer... eu te deixo viver.

—E se eu vencer?

—Você mandou a sua agente abrir fogo contra a tia Jo?

—Não.

—Você não vai vencer. Mas, se por algum milagre você vencer. Vou com você. Sem exitar ou reclamar.

E eu venci.

—Bem, parece que eu subestimei você. Um acordo é um acordo.

P.O.V. Jeremy.

Quando o General venceu, eu sabia que Lisa estava tramando alguma coisa.

—Algemem os dois. Agente Peterson, você está preso por alta traição.


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