Paradise Coast escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 11
Armadilha




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P.O.V. Lisa.

Homens são tão fáceis de se enganar que é quase patético. Depois de passar a vida toda sendo uma total nerd, de assistir Natasha Romanoff, em ação, Katherine Pierce enganando os trouxas dos irmãos Salvatore é muito fácil.

Invadi muitas mentes, mentes de militares, atiradores, cientistas etc, etc. Quando invadi suas mentes naveguei por suas lembranças, absorvi seu conhecimento.

Estávamos num avião militar, um C-17. Usado para transportar tropas e armamento.

Havia armamento dentro do avião, paraquedas.

P.O.V. Jeremy.

Notei que os olhos de Lisa se moviam, ela estava olhando em volta provavelmente estudando o ambiente. É difícil saber o quanto ela sabe.

Então, Lisa fechou os olhos e apoiou a cabeça na parede do avião. Parecia estar tentando dormir, mas tenho quase certeza de que não é isso.

P.O.V. Lisa.

Sem quase nenhum esforço consegui me conectar com a frequência de rádio do avião. Comecei a ouvir a conversa.

Estávamos indo para uma base militar na Ilha da Ascensão. E o Próprio Presidente dos Lordes, o membro mais importante do Parlamento inglês Sir Edward Fowler vai estar lá só para me ver.

Que surpresa agradável.

P.O.V. Jeremy.

Quando vi o sorriso que ela deu, aquele sorrisinho de canto. Eu soube que estava certo. Lisa tinha um plano.

Aterrissamos e estávamos ainda algemados. Fomos levados até uma casa super-fortificada na Ilha da Ascensão.

Levaram a Lisa em outra direção.

—Lisa! Lisa!

—Cale a boca traidor.

Fui levado até uma sala onde estava o Presidente dos Lordes.

—Jeremy Peterson, o primeiro de sua turma. O espião mais talentoso de toda a Grã-Bretanha.

Disse ele servindo uísque em um copo.

—Eu sei tudo sobre a sua reputação. E você foi derrotado por um rabo de saia. Quem diria?

—Você não conhece a Lisa. Ela é uma boa pessoa que teve sua vida destruída por gente como nós. Pessoas como você. Não sente remorso? Ela tinha uma mãe, ia para a faculdade. Ela até tentou salvar o Henry de ser morto por um tubarão.

—E como ela salvaria o Agente Truman de ser morto por um tubarão?

—Ela viu o ataque. Antes mesmo de acontecer. Primeiro ela teve um... mau pressentimento. Pediu, implorou para nós não entrarmos na água. Mas, Henry decidiu... não ouvir. E então, Lisa teve convulsões. Durante as convulsões ela previu o ataque. Gritou para que o Agente Truman saísse da água. Henry coçou a perna, abriu um ferimento qualquer. O sangue na água atraiu um tubarão enorme. O maior tubarão que eu já vi e o Agente Truman foi devorado. Lisa chorou, se desculpou para mim, sentiu-se culpada por não ter podido salvá-lo.

—Tocante.

Disse Sir Edward com sarcasmo.

—Mas, você não teve a menor consideração para com ela ou sua família. Russos, americanos, britânicos somos todos iguais. Lisa era a luz mais brilhante do mundo e nós apagamos ela. Mas, criamos uma arma em destruição em massa muito mais potente do que qualquer outra já inventada. Um brinde a isso, Sir.

P.O.V. Lisa.

O meu interrogador estava falando, falando.

—Oh, General, você é tão tolo. Sabe, foi tão fácil te enganar que eu quase fico com pena.

—Sério?

Soltei-me das algemas, invadi a mente dele e como sempre...

—Obrigado por compartilhar.

Enfiei minhas novas presas no pescoço dele e ele morreu. Sai da sala e vinte pescoços quebrados mais vinte cérebros derretidos depois, eu estava na sala onde estavam Jeremy e o Sir Edward.

—Onde ela está se escondendo?

—Eu não me escondo de ninguém. 

Ouvi os ossos dele quebrando.

—Especialmente não de um falso Rei da Inglaterra. 

Me virei e desalgemei o Jeremy. O metidinho tentou fugir, mas eu tranquei todas as saídas.

—Para um britânico. Um cidadão de um dos poucos países que ainda tem uma família Real, a sua educação é muito deficiente. Não sabe o que tem que fazer diante de uma Rainha?

—Você se tem um muita alta conta.

—Na verdade, é você que se tem em muita alta conta. Vamos ver o quão forte é a sua mente.

Ele tentou resistir, mas foi inútil. Entrei na mente dele e roubei seu conhecimento. Infelizmente como ele resistiu, sangrou.

—Patético. Sir.

P.O.V. Sir Edward.

A garota de vestido preto e salto alto acabou com os meus guardas, minha força de elite, os melhores, mais bens treinados.

E um pequeno grupo veio escoltando a minha esposa.

—Querido, o que está acontecendo?

—Margaret?

—Você tirou de mim, a última família que eu tinha. Apesar da tia Jo e eu não sermos parentes, ela era minha madrinha. E agora, vou tirar a sua família de você. Seu britânico metido.

—Soldados, atirem na garota.

Ela deu um sorriso de canto, de deboche.

—Mirem no Sir Edward.

Meus homens apontaram as armas para mim.

—Posso controlar mentes. Eles meus agora.

—Edward, o que está havendo?

Perguntou a minha mulher assustada.

—Oh, você realmente não sabe? Então, permita-me explicar. Meu nome é Lisa Carlton e eu tenho... habilidades. Dons especiais que todos os Governos do mundo querem controlar. O governo russo mandou o atirador que matou a minha mãe. O governo americano me sequestrou, me manteve numa base militar por meses e neste tempo todo em que estive fugindo, tinha um espião britânico mandado pelo seu adorável marido bem debaixo do meu nariz. Um dos soldados dele atirou na minha madrinha. E me sequestrou, me trouxe para cá de refém. Agora, o seu maridinho vai sentir a minha dor. E você também.

—O que? Não. Por favor eu tenho uma filha, eu tenho uma filhinha.

A garota respirou fundo.

—Eles roubaram a minha família, meus sonhos, minha inocência e agora estou roubando a família, os sonhos e a inocência de outra pessoa. Se eu fizer isso... então não serei melhor que o seu marido.

Ela chamou os soldados de volta.

—Escoltem a senhora Presidente de volta para casa e então estão livres.

Eles fizeram o que a garota mandou.

—Bem, agora eu vejo o porque o Agente Peterson nos traiu.

—Aquele que trai um dia será traído. Agora eu sei tudo sobre o seu País, cada plano, cada local estratégico, cada plano de contingência. Sei onde estão suas armas, seu estoque de comida, tudo. Meu nome é Lisa Carlton, sou a única da minha espécie. Eu fui feita num laboratório, sou fruto de uma experiência do governo americano e de um pai louco. Que não é humano. Eu nasci para ser uma arma e luto todo dia para ser boa. E é por isso que não vou matar você. Nunca fui uma ameaça até vocês imaginarem que eu era.

Apontei uma arma para ela. E ela sorriu, olhou para mim com pena.

—Você é um homem pequeno. Tudo o que te torna você, é primitivo, um nível de evolução tão baixo que dá pena. Não consegue ver o que está ao seu redor, não consegue ver o que está bem na sua frente todos os dias. Pobre criatura da escuridão.

Atirei nela, mas ela absorveu as balas.

—Bobinho.

Senti seu dedo na minha testa. E comecei a ver coisas. Imagens.

Uma mulher ruiva como ela. Um homem negro, policial, uma garota loira. Viagens, passeios, brigas, reconciliações, abraços, beijos, apertos de mão. As duas garotas surfando juntas, rindo, tomando suco, sorvete. Dançando.

—Gostou? Eu gostava. Mas, aqui vai a parte boa.

Militares americanos invadindo o apartamento, apontando armas para ela, para o Agente Peterson e a garota. O assassinato da mãe, o sequestro, a instalação militar, a fuga, a morte da tal tia Jo, a viajem para cá.

Então ela tirou o dedo da minha testa.

—Como se sentiria, se fosse a sua esposa no lugar da minha mãe e a sua filha no meu?

E logo passou tudo de novo, só que desta vez Margaret e Victória eram as protagonistas.

Não conseguia responder, não conseguia falar.

—Você não precisa falar. Só precisa pensar. Coloque-se no meu lugar.

Eu a ouvi respirar fundo mais uma vez.

—Vou lhes fornecer abrigo, asilo e tudo mais que precisarem.

—Obrigado.

Numa fração de segundo, com um olhar ela curou os meus ossos quebrados. Como mágica.


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