Crônicas de Gelo e Neve escrita por Haruyuki


Capítulo 6
Livro 2 - Herança de Neve - Parte II




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# Terceira Noite

 

## Quarto Desconhecido n° 02

 

“Ótimo. Qualquer coisa, me mande mensagem no celular. Até mais.” E ele retira o fone do ouvido, o colocando em cima da mesa, junto com o boné e sua mochila.

“Água?” Victor pergunta, estendendo um copo com água e gelo para ele.

“Muito obrigado.” Yuuri diz, bebendo um pouco e lambendo os lábios ao abaixar o copo.

“Então?”

Yuuri respira fundo e pega sua mochila pelas alças.

“O que vocês sobre a família Romanov?” Ele pergunta, se sentando no sofá com a mochila ao seu lado.

“Você está se referindo a antiga Família Imperial Russa?” Victor pergunta, surpreso ao ver Yuuri afirmar com a cabeça.

“De fato. A mesma família cuja história diz que último czar e sua família foram assassinados em Ecaterimburgo. E onde boatos surgiram falando sobre a sobrevivência de uma das filhas dele, chamada Anastácia.” Yuuri diz, respirando fundo.

“Mas isso são só boatos.” O agente se senta no sofá, de frente para o outro, que o olha seriamente. “Não são?”

“Não exatamente. A morte de Nikolai II e sua família realmente aconteceu. Acontece que Anastásia Romanova sobreviveu, e com medo, decidiu mudar de nome e viver como uma atriz de rua, viajando de cidade em cidade, enquanto escrevia tudo em seu caderno. Ela conheceu um homem e com ele, fez sua família. Semanas atrás, logo após nossa despedida, um dos descendentes dela fez uma visita em meu museu e me pediu ajuda para encontrar seu neto, recuperar um dos tesouros de que foram perdidos naquela noite.” Yuuri então coloca sua mochila no colo e a abre, revelando o ovo que ele acabou de roubar. “Este ovo pertence a família Romanov, e é um objeto que faz parte da herança de Anastácia Romanov para seus descendentes e que apenas eles são capazes de descobrir o que realmente tem dentro dele.”

“Como você conseguiu este ovo?” O agente de cabelos prateados pergunta, de olhos arregalados.

“Pegando?” Yuuri responde, dando de ombros.

“Não me diga que você roubou ele…”

“Tee-hee?” Yuuri dá uma piscadela para ele, que leva a mão no rosto.

“Não me venha com ‘Tee-hee’. Isso é assustador demais para mim.” Victor diz, fazendo Yuuri dar risadas.

“Gomen, gomen.” Ele diz, guardando o ovo de volta e dando risadas.

Victor solta um longo suspiro, deslizando a mão para seu colo.

“O que você sabe sobre a máfia russa?” Ele pergunta, fazendo Yuuri o olhar seriamente.

“O suficiente.” Ele responde, fazendo o agente russo afirmar com a cabeça.

“E se eu te disser que a máfia russa está infiltrada nesse navio, e que planeja o afundar com a maioria dos passageiros dentro?” Victor pergunta, e Yuuri franze a testa.

“É claro que planejam isso. Afinal boa parte das pessoas que estão aqui são representantes ou familiares de pessoas influentes pelo mundo.” Yuuri rola os olhos, e finaliza de beber sua água. “Imagino que você tenha algumas idéias de como eles pretendem fazer isso.”

“Você não quer saber?” Victor o olha com surpresa, não esperando aquele tipo de reação dele.

“Se você puder me contar, tudo bem. Se não, quem sou eu para te fazer desobedecer ordens?” Yuuri coloca o copo em cima da mesa e se levanta do sofá, colocando a mochila nas costas. “Obrigado pela água.”

O agente russo o observa ajeitar o macacão em seu corpo e colocar o boné em sua cabeça.

“Até mais, Victor…” Ele diz, sendo interrompido pelo agente russo, que o pega no braço e o puxa para si, o abraçando.

“Saia deste navio, Yuuri. O quanto antes.” Victor pede, o olhando com preocupação.

“Isso eu não posso fazer. Não enquanto ainda tiver que completar meu objetivo.” Yuuri responde, se afastando dele e saindo do quarto.

“Mari? Mudança de planos. Preciso que chame bastante a atenção. Membros da bratva russa estão neste navio, e eu quero que me ajude a identificar de que grupo eles pertencem.”

“E como você conseguiu essa informação, meu querido irmão?”

“Eu tenho meus meios, nee-san.”

 

## Quarto desconhecido n° 02

 

Victor não acredita que Yuuri também está naquele navio. Victor leva a mão na altura de seu coração, o sentindo bater cada vez mais forte à medida que relembra as memórias dele com o rapaz japonês, inclusive a confissão que ele fez no aeroporto. Da varanda, ele observa o dia amanhecer e solta um longo suspiro. As coisas vão ficar feias em breve…

Yuuri Murakami. Você se abriu para mim, mas ainda guarda segredos sobre si. Por isso, não posso confiar meus sentimentos a você. Eu sou um agente secreto. Eu não deveria ser capaz de amar alguém. Mas aqui estou, sonhando diversas vezes sobre aquela noite, com ele.

~x~

Victor se vê no cassino, andando por entre as mesas e observando as pessoas ali presentes. Com seus óculos inteligentes de armação cor azul marinha, que não tem nada a ver com os óculos usados por Yuuri quando estavam passeando em Tóquio, ele captura as faces das pessoas e determina suas identidades e quem pertence ou não pertence a máfia russa. Ele congela ao ver que uma das mulheres que está sentada jogando poker é Mari Katsuki, líder de uma família mafiosa japonesa que atua na região de Kyushu.

O que ela está fazendo aqui?

Será que… é por causa de Yuuri?

“Vamos! Não tem ninguém mais para me desafiar?! Que tédio… eu esperava encontrar adversários à altura, mas tudo o que vejo são um bando de fracassados que vivem às custas dos pais. Eu sou Mari Katsuki, e exijo ser tratada com respeito. Ou eu posso muito bem meter bala na cabeça de qualquer um por aqui, sem nenhum problema.” Ela fala alto, retirando uma arma prateada de sua bolsa e apontando para cima, dando um tiro que assusta as pessoas ali perto.

“Senhorita, por favor, coloque a arma no chão e erga as mãos para o alto.” Um dos seguranças diz, olhando para ela apavorado.

“Você realmente acha que pode me madar fazer o que quiser? Eu sou uma líder Yakuza, meu querido. Então se curve para mim, ser inferior, e só abra a boca quando for ordenado.” Ela diz, olhando imediatamente para uma grande movimentação que surge na entrada do cassino.

“Ora, ora. Quem diria que a ilustre Mari Katsuki, a cisne negra da Yakuza, também estava entre nós.” Um homem de cabelos ruivos e terno preto se aproxima, junto com outros integrantes do grupo mafioso russo.

“Ivanovich.” Mari diz, fazendo cara de desgosto. “Eu não sabia que gente de sua laia era nobre o suficiente para ser passageiro de um cruzeiro como este.”

“Cala a boca, vadia!” Um homem que se encontra perto de Ivanovich a xinga, cuspindo no chão.

“Imagino como foi que permitiram a entrada de lixo. Talvez eu devesse ter uma palavrinha com os proprietários deste navio.” Ela diz, usando a mão direita para mexer nos cabelos.

“Maldita…”

“Calma, Sergei. Nós não podemos perder a cabeça.” Ivanovich comenta, abrindo um largo sorriso para a mulher. “Afinal nossas rotas para o Japão só existem graças a aliança entre Senhorita Katsuki e nossa Pakhan.”

“Aliás, Irina sabe da presença de vocês aqui neste navio? Ela me contou, após uma boa noite de sexo comigo, que ela estava planejando uma reunião surpresa com todos os funcionários dela para discutir sobre certas irregularidades que ela percebeu envolvendo os pagamentos das mercadorias que seu grupo.” Ela diz e Victor se choca ao saber que duas líderes mafiosas são também amantes.

Ao mesmo tempo, homens perto de Ivanovich empalidecem ou ficam com o rosto vermelho. Ivanovich a olha com surpresa, claramente não esperando ouvir aquilo da parte dela.

“O que quer dizer com isso?” Ele pergunta, dando risadas. “Eu não acredito que nossa Pakhan tenha planejado algo assim.”

“Ah… chefe?” Alguém diz, e eles o observam estar com um celular erguido. “É a Pakhan. Ela está perguntando sobre nós.”

“O quê?” Ivanovich exclama, arrancando o aparelho da mão dele e o colocando no rosto. “Alô. Pakhan? Como… Espera um minuto, do que a senhorita está falando? Não, não. A senhorita nos deu folga, se lembra. Eh? Mas…”

Todo mundo observa Ivanovich ficar cada vez mais pálido e nervoso enquanto tenta conversar no telefone, mas acaba sendo interrompido diversas vezes.

“Ei, você aí de cabelos grisalhos.” Victor observa que Mari está se referindo a ele e arregala os olhos. “Se importa de jogar Poker comigo?”

“Meus cabelos são prateados!” Victor exclama, se aproximando dela com a festa franzida. “Tudo bem. Eu aceito seu desafio.”

De onde Victor se senta, ele consegue ver perfeitamente Ivanovich ainda discutindo no celular.

“Sabe, eu acho que já vi você de algum lugar.” Mari diz, o fazendo a olhar com a sobrancelha erguida.

“Mesmo? Porque eu não acho que tenha visto você antes.” Victor comenta, observando o garoto de cabelos loiros embaralhar as cartas.

“Maldição!” Eles escutam, e passam a observar Ivanovich, que está olhando para Mari Katsuki cheio de raiva. “Mulher maldita. Você vai me pagar por ter me feito fazer papel de idiota!”

Ele então segue um celular e aperta um botão. No momento, nada demais acontece até que…

Boom!!

E tudo fica no escuro, para o pavor das pessoas.

“Phichit, o que aconteceu?!” Mari exclama, e Victor percebe que ela está no telefone. “O quê? Yuuri estava…”

Yuuri? O que aconteceu com Yuuri?

“Entre em contato com a marinha russa e peça reforços para o resgate dos passageiros. Eu irei eliminar Ivanovich e seus aliados por terem desobedecido às ordens de Irina. O ‘Ovo’? Ele está aqui…” Mari Katsuki então olha para onde o rapaz que estava embaralhando as cartas e arregala os olhos. “Porra, ele sumiu. Tudo bem, eu vou procurar por ele. Tente voltar a entrar em contato com Yuuri o mais rápido possível e diga a ele que ele deve matar membros da Bratva.”

Ela saca sua arma e olha para Victor, o olhando com surpresa.

“Me deixe ajudar você. Eu também estou preocupado com Yuuri.” Ele diz, também com sua arma em mãos.

“Vamos lá.” Ela diz, afirmando com a cabeça. “Eu vou seguir para os barcos de emergência. Você deve ir atrás de Ivanovich.”

“Entendido.”

E os dois avançam com dificuldade, passando por pessoas que estão correndo de um lado para o outro, assustadas e se separam. Na mente de Victor, ele pensa em apenas um nome.

Yuuri.

 

## Sala de máquinas do cruzeiro SS Anastasya.

 

Ele pode sentir sua pele queimando. O sangue escorrer em sua testa e algo muito pesado pressionar suas duas pernas. Merda, está doendo muito.

Respirando fundo, Yuuri abre os olhos e pisca algumas vezes, esperando sua visão se estabilizar por completo. Controlando sua respiração, ele percebe que uma grande viga de aço está em cima de suas pernas e com dificuldade, encaixa suas mãos na parte de baixo e a ergue um pouco, o suficiente para tirar suas pernas de baixo. Bufando, ele analisa o estado que seu corpo se encontra.

“Tsk.” Ele faz, ao ver boa parte de suas roupas e pele queimadas, e suas pernas cheia de perfurações.

Ele precisa se recuperar primeiro, antes de voltar a se movimentar e investigar o que aconteceu. De sua mochila, que graças a deus está inteira, ele retira um frasco cheio de pílulas e retira duas de dentro, as jogando em sua boca e as engolindo. Enquanto ele espera as pílulas quadruplicar sua taxa de recuperação, ele tenta se lembrar o que aconteceu ali.

Okay, ele estava desativando as bombas que estavam espalhadas pela sala de máquinas do cruzeiro e quando se aproximou para mexer na última, ela acabou explodindo e o empurrando para trás.

“Eu acho que acabei levando tempo demais.” Yuuri comenta, se levantando com dificuldade e observando o estrago.

Parte do motor e da estrutura foi danificada.e está em chamas, o que significa que o navio não está mais se movimentando. O problema é a fumaça, que pode se concentrar por ali e espalhar as chamas para as outras máquinas.

“Preciso encontrar um extintor de incêndio.” Ele diz, começando a respirar com dificuldade.

Se pegando pelas paredes, ele se arrasta até o outro lado da sala de máquinas, segurando uma de suas pistolas na mão esquerda. Com a outra mão, ele abre a porta uma estranha facilidade e se vê de cara com um homem de cabelos ruivos.

“Quem é você?” O homem pergunta, franzindo a festa.

“Alguém.” Yuuri responde, no exato momento que ele percebe a arma em sua mão.

“Então foi você quem mexeu nas minhas bombas. Meus parabéns por ter conseguido desativar todas em tão pouco tempo. Mas não foi o suficiente.” O homem o olha de cima para baixo, dando altas risadas. “Estou vendo que você está bastante ferido, Coronel Yuuri Murakami. Eu poderia matar você agora, mas decidi que deixarei você viver o suficiente para ver a vadia da Mari Katsuki ser estuprada e morta por mim.”

“Você deve ter um ódio mortal por ela. Talvez por ela e a Pakhan de vocês serem um casal?” Yuuri diz, desviando com facilidade do soco do ruivo. “Mas já que você acha que pode nos matar tão facilmente, talvez eu devesse te dar um empurrãozinho.”

E então Yuuri atira na coxa direita dele, o fazendo gritar de dor e cair de joelho no chão.

“Já que você parece ser o responsável por toda a confusão que está acontecendo aqui, acho sensato você me responder qual o motivo de querer explodir este navio com tanta vontade.” Ele diz, se aproximando do ruivo e encostando o cano da pistola na cabeça dele.

“Eu não vou falar nada.” O homem diz, entre os dentes.

“Entendo. Então vou deixar isso nas mãos dele.” E ele gira a pistola em sua mão, agarrando o cano e dando uma forte coronhada nele, o fazendo desmaiar.

 

## Corredores internos do Cruzeiro SS Anastasya

 

Arrastando o homem desacordado com a mão esquerda, Yuuri avança pelos corredores do interior do navio, matando homens que aparecem e apontam armas para ele. Começando a ofegar, pois ainda não está completamente recuperado e está carregando um homem adulto, ele surge no corredor lateral do navio, notando que o dia está bastante claro. Por quanto tempo ele ficou desacordado? Ele escuta barulhos de tiros que ficam cada vez mais próximos e se vê cara a cara com Victor.

“Yuuri?” Ele pergunta, chocado ao ver o estado dele.

“Aqui.” Yuuri diz, soltando o corpo inconsciente, que cai no chão ao lado deles. “Ele é todo seu.”

“Meu deus, seus ferimentos!” O agente russo exclama, o pegando no braço, onde boa parte da pele ainda está queimada.

“Eu estou me recuperando.” Ele diz, se soltando de Victor. “Como anda a situação?”

“Barcos da Marinha russa estão ajudando no resgate das pessoas. Mari Katsuki está eliminando membros que se rebelaram por causa de Ivanovich. E…” Victor se interrompe, franzindo a testa.

“E…?” Yuuri repete, o olhando seriamente.

“O ‘Ovo’, segundo você e Katsuki, desapareceu quando a bomba explodiu.” Victor diz, observando Yuuri soltar um longo suspiro.

“Entendo.” Ele diz, fechando os olhos. “Eu acho que tenho um pirralho para caçar.”

“Yuuri?” O agente pergunta, preocupado.

“Me desculpa, Victor. Eu tenho que seguir em frente. Adeus.” Yuuri diz, respirando fundo e começando a correr, ignorando os gritos de surpresa dele.

 

# Quarta Noite

 

## Barcos de Resgate do Cruzeiro SS Anastasya

 

Já faz mais de dois dias que Mari viu seu irmão mais novo. Ela está cansada, estressada, irritada e principalmente, preocupada. Ela sabe que Yuuri não precisa da preocupação dela, mas ela é uma irmã mais velha. É dever dela como irmã mais velha, pelo amor de Deus.

“Katsuki.” Ela escuta e se vira para a direita, observando o agente secreto se aproximar arrastando o corpo de Ivanovich.

“Ele está morto?” Ela pergunta, o olhando seriamente.

“Não. Yuuri queria interrogar ele, mas parece que Ivanovich não quis abrir o bico. Ele o nocauteou e o deixou em minhas mãos.” Victor responde, a olhando.

“Então ele está vivo.” Ela comenta, o vendo afirmar com a cabeça. “Imagino que você deve ter dito para ele sobre o ‘Ovo.”

“Eu disse. Agora ele está procurando por todo o navio.” Victor novamente leva a mão para o coração, apertando a camisa que está vestindo com força, ao pensar em Yuuri continuando a ir em busca das obrigações dele.

Ele sente uma estranha dor ali, em seu coração.

“Você está bem?” Mari pergunta, o olhando com preocupação.

“Ei, Yuuri me disse semanas atrás que ele me ama. Ele diz isso para todo mundo?” Victor pergunta, mordendo os lábios a ver a expressão de surpresa no rosto dela.

“Yuuri disse que te ama?” Ela pergunta, de olhos arregalados.

“Sim.” Victor afirma. “Mas eu não entendo como alguém como ele é capaz de dizer que ama outra pessoa facilmente.”

“Primeiramente, Yuuri nunca se interessou romanticamente por ninguém. Ele mesmo me contou que tem muito medo de se apaixonar por alguém e essa pessoa se aproveitar dele. Por isso que eu estou surpresa em escutar isso de você. E segundo, o seu problema é que você está pensando demais usando aqui.” E ela o cutuca na testa três vezes, antes de descer a mão para o coração, o cutucando ali também. “E se esquecendo de que deveria pensar usando aqui. Amor é um sentimento muito forte. Se Yuuri diz que o ama, então valorize bem esses sentimentos. Agora, o que seu coração está te dizendo?”

Victor fecha os olhos e respira fundo. Quando ele os abre, ele a olha seriamente.

“Está me dizendo para interromper minha missão e ir atrás de Yuuri.” Ele responde, inclinando o rosto.

“Então está esperando o quê? Vá atrás da pessoa que te ama.” Ela diz, agarrando Ivanovich no lugar dele. “Pode deixar que eu cuidarei desse maldito aqui para você.”

“Obrigado.” E ele se afasta, sendo observado pela chefe da máfia japonesa da região de Kyushu.

Victor retorna aos corredores de onde veio, imediatamente se xingando por não ter seguido Yuuri e ter dado prioridade a sua missão. Segurando sua pistola, ele passa por onde se encontrou com Yuuri e avança na direção que ele viu o outro seguir. Em sua mente, ele repete as palavras de Katsuki, e percebe que ela tinha razão. Ele estava pensando demais sobre isso, sem levar em consideração o que seu coração estava querendo lhe dizer desde o início.

“Eu amo Yuuri.” Ele sussurra, começando a ficar ofegante.

E ele finalmente percebe seu coração bater forte, aceitando essa revelação.

Victor Nikiforov ama Yuuri Murakami.

 


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