Pela manhã, Mack chama Daisy na sua sala. Ele lhe entregou a ficha de uma missão que seria da May, que não vai poder ir porque acabou de chegar de uma missão. Era uma missão de reconhecimento em um local em que possivelmente, novos inumanos estariam sendo criados.

Ao ler a lista da equipe escalada para a missão, ela percebeu que teria que ir com Fitz e Davis. Davis era tranquilo, não falava muito, mas sua melhor qualidade era o fato de não tê-la amarrado contra vontade e arrancado, dolorosamente, um equipamento em sua cabeça.

Daisy saiu da sala sem dizer uma palavra; foi ao depósito pegar alguns equipamentos, mesmo acreditando que o LEOPOLD FITZ já tenha pegado o equipamento que ele iria usar.

Dentro do carro o silencio era tenso. Se fosse só pelo Davis, estaria ótimo, era só colocar a musica e pronto. Mas mesmo de começar a tocar a playlist de rocks favoritos do Davis, o clima de tensão estava no ar.

Quando começou Hey Jude dos Beatles, Fitz percebeu que era a deixa de tentar conversar com Daisy.

—Daisy, sei que o que meu outro eu te fez passar foi cruel. Não vou tentar pedir perdão jogando a culpa nos meus problemas ou dizendo que foi em outra linha temporal. Eu sou o responsável pelo o que aconteceu. Vou ser sincero. Eu, mesmo sem a influencia do Doutor ou agora que estou de volta, entendo que era preciso remover seu inibidor, e você com toda certeza não iria deixar em situações normais. Lamento pela forma como aconteceu tudo. – suspiro. Fitz olha pra Daisy e continua – Gostaria que soubesse que você não é a destruidora de mundos, você é a salvadora de mundos! Você é, atualmente, a única de nós capaz de sacrificar tudo para salvar todos. Eu te admiro e não é só por isso. Sei que nossa amizade não será mais a mesma. Mas sentimos sua falta. Sentimos sua falta na base e nas nossas vidas. Falo por mim e também pela Jemma.

Daisy estava no Banco de trás, logo atrás do Davis, enquanto Fitz estava do outro lado.

Fitz ficou olhando pra ela, enquanto ela encarava a janela sem dizer uma palavra. Parecia que não estava com a cabeça ali.

Fitz se perguntou se ela havia ouvido o que tinha dito, já que o som estava em volume tão baixo.

Ele suspirou e decidiu deixar ela em paz. Teria que tentar falar com ela de novo. Voltou-se para a janela do seu lado direito e suspirou. “é, ao menos estou tentando” pensou.

Ele sentiu uma mão apertar seu ombro esquerdo. Inicialmente pensou que estaria delirando até que olhou e viu a mão de Daisy. Ela ainda encarava a janela, enquanto ele esperava que ela falasse algo. Logo depois ela olhou para ele, com olhos marejados e um sorriso forçado para tentar abafar toda a barragem de lágrimas que ameaçavam brotar.

Não precisava falar nada. Fitz pelou na mão da amiga e apertou forte enquanto assentia.

Nada mais precisava ser dito. Daisy sabia que era necessário remover o inibidor. Ela sabia disso. Só estava magoada com o curso dos acontecimentos.

6 anos na S.H.I.E.L.D. ainda não a fizeram imune ao luto ou tristeza. Todo esse tempo longe só mostrou pra ela que se afastar não era a solução. Ela teria que aceitar as coisas e seguir, por mais difícil que seja.