Shadow escrita por Course


Capítulo 14
XIII - Impaciente


Notas iniciais do capítulo

Oi, leitores maravilhosos!

1º: sim, eu sei que não respondi a nenhum comentário. Mas eu tive que pensar no que os agradaria mais, já que estou sem tempo: um capítulo novo ou só uma resposta minha. Pensei que a proposta de postar um capítulo venceu.
Eu já li todos os comentários, pra ser sincera. E amo SEMPRE que alguém pergunta dos lobos.
Lady Niki, bem-vinda ao grupo maravilhoso de comentaristas de Shadow. Obrigada pelo comentário!
Meninas que ainda comentam: vocês são guerreiras, incríveis e que a cada dia me apaixono mais um pouco por vocês. Obrigada por existirem!

Um capítulo com um curto pulo de tempo (ainda em sequência ao anterior, na verdade). Eve confrontará Alice e ficará exaltada com a reação da irmã.

Aproveitem!
Um capítulo



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Impaciente

― Eu tentei te avisar para aceitar ir ao jogo.

― Não, Alice! Você mandou uma mensagem para o meu celular. Avisar é bem diferente.

― Eve, que absurdo! É a mesma coisa.

― Não para alguém como eu que só estou lidando com isso aqui há alguns dias. ― Eu erguia o celular em sua direção enquanto ela terminava de fritar o frango.

Aparentemente, minha família estava obstinada a me manter saciada, então, reforçaram a alimentação na geladeira, garantindo refeição para até o fim do ano. Claro que, naquele instante, o fato dela estar tentando preparar algo para eu comer era apenas uma tentativa de se desculpar por seu erro torrencial mais cedo.

― Ele não parece ser tão ruim. ― Comentou Jasper, sentado em uma das banquetas que ficavam disposta a frente da ilha na cozinha.

Revirei os olhos instantaneamente.

― Ele chamou nossa família de bizarra. ― Relembrei as palavras utilizadas por Ethan.

Esme assistia a tudo calada, analisando atentamente minha relação com meus irmãos, enquanto terminava de desenhar o acabamento das prateleiras do meu closet. Parecia que simplesmente o projeto de me acomodar na casa era um acalento para o fato de que Edward agora passava a maior parte do dia fora de casa, pois vivia perseguindo a namorada.

Aparentemente Isabella ganhou um castigo eterno, impedindo-a de sair de casa para frequentar locais que não fossem a escola e seu trabalho em meio expediente num armazém no centro. Com isso, Edward prosseguia fazendo-a companhia em todos os momentos, sejam eles na escola ou em casa, quase nunca retornando para ficar com a família.

― Não foi ele quem ganhou aquele diploma de bom cidadão no ano passado? ― Emmett surgiu, segurando uma boa de futebol americano em mãos convidativamente.

― Sim. ― Alice confirmou.

― Ele chamou nossa família de bizarra. ― Repeti achando que a super audição dos meus irmãos, de repente, apresentou alguma falha.

― E nós somos isso mesmo, não é? ― Emmett sorria ― Para os humanos, nossa insistência em permanecer longe pode ser meio bizarro. Aposto que Edward leu na mente daqueles adolescentes coisa pior.

― Argh! ― Grunhi, enfurecida, jogando meu celular no centro da ilha na cozinha e sentando-me ao lado de Jasper.

Alice estava terminando de retirar as coxas empanadas, depositando-as em um papel para absorver a gordura e o cheiro de fritura me atingiu imediatamente, triplicando a minha fome.

― Eve, eu só te disse que ele e você irão para o baile juntos. Não necessariamente estou afirmando que casarão e terão filhos. Já disse, as minhas visões não mostram vocês como um casal.

― Mas é claro que não! Deuses! Aquele garoto é um humano. Jamais faria uma coisa dessas. Colocar vocês em risco de novo só por uma coisa supérflua? ― Bufei no fim da frase e não me impedi de revirar os olhos.

― Claro, porque já temos Edward na família que encarrega deste fardo. ― Jasper comentou sorrateiro e piscou em minha direção ― Não seria muito legal da sua parte chegar aqui e sair roubando a posição dos outros na família. Tirando a minha, é claro. Eu gosto de pensar que a cada segundo, Alice está vigiando seu futuro para saber se você não vai morder alguém.

O problema de ser humana por tanto tempo era o fato de que os sentimentos se misturavam demais: a fome tornava-se raiva por tudo e qualquer coisa, a tentativa de defender minha família misturava-se à incapacidade que eu me deparava de proteger meus familiares de comentários bobos e comuns de outros humanos. Talvez a ideia de experimentar essa vida humana e vegetariana não fosse lá uma boa coisa.

― Por que raios minha decisão de não ir ao jogo simplesmente me fez, de repente, parceira de baile daquele garoto?

Eu sabia como as visões da Alice funcionavam. Uma decisão não realizada imediatamente fazia com que o futuro mudasse drasticamente. Aparentemente, havia uma versão em que eu abria meu celular, lia as mensagens dela e aceitaria ir ao jogo, ficando livre de ir ao baile. Teoricamente, nesta nova versão temporal, eu estava sendo guiada pelas decisões que tomava a aceitar ir à festividade na companhia do humano rabugento.

― Bom, e aí está a pergunta que fará com que você decida ir ao baile. Eu a vi fazendo exatamente isso. Está preparada?

Alice empurrou a cesta com frangos e as duas pequenas vasilhas com molhos caseiros para eu me esbaldar.

Antes de responder a sua pergunta, peguei uma das coxas, mergulhei fundo no molho rosé e mordi bruscamente a carne, dando um tempo para meu cérebro oxigenar-se o suficiente para ponderar minhas opções. Eu não era do tipo curiosa, mas sabia que havia a remota possibilidade de eu me recusar a saber a resposta e, ainda assim, não alterar meu futuro.

Olhava atentamente para a baixinha a minha frente que percebera que havia ganhado a discussão.

― Eu odeio você. ― Resmunguei, ainda de boca cheia e arranquei um sorriso de fada dela, entregando-lhe a vitória.

― Pare de ser tão rabugenta e aproveite a aventura, Eve. Sua primeira vez longe dos olhares presunçosos de Caius e Sulpicia. Sem os gêmeos aberração ou até mesmo aquele namorado perseguidor. ― Jasper falou, em defesa da namorada, enquanto ela subia em seu colo.

― Ex-namorado. ― Corrigi-o instantaneamente, apontando o osso da coxa que eu devorara.

Emmett, aparentemente indisposto a ficar e ouvir mais da nossa discussão, lançou a bola para Jasper obviamente em um convite.

― Por favor, vamos deixar as moças debaterem sobre vestidos para o baile e vamos lá pra fora jogar ― pediu ― Eve e essa história tediosa com o Mitchell já está cansando.

Alice, parecendo compartilhar da opinião de nosso irmão ou simplesmente encontrou uma maneira de fugir do meu mau humor, seguiu ambos os rapazes para fora, pulando pela varanda da cozinha em direção ao gramado nos fundos. Assim, acabei na companhia de uma Esme silenciosa e reflexiva sobre os móveis a serem organizados em meu closet.

Aproveitando que fui deixada à mercê do frango, organizei tudo em uma bandeja e carreguei pelo corredor que me direcionaria à biblioteca, onde eu havia condecorado o meu local de lazer, refúgio e sala de estudos.

Enquanto meu quarto ainda estava em construção, com os móveis encomendados ainda por chegar, junto da obra no closet e banheiro que Emmett havia se encarregado, eu decidira passar as minhas noites enquanto humana em uma cama improvisada no divã da biblioteca, pois lá eu sabia que seria pouco frequentado pelos outros. Minha bolsa estava lá me aguardando com todos os cadernos e livros repletos de atividades que eu precisava estudar para me recuperar até os testes chegarem. Deixei a bandeja na mesa de centro, próxima ao divã e terminar com minha refeição o mais rápido possível para mergulhar nos livros e me livrar das leituras que eu precisava fazer.

No fim, as aulas, em geral, não pareciam tão ruins ou complicadas, para minha total surpresa. O modo como fui recebida pelos professores que pareciam totalmente preparados para me darem suportes de leitura, além de tirarem dúvidas sobre algumas explicações mal elaboradas fez-me odiar menos a ideia de frequentar a escola.

Era preciso muita disciplina para não desistir daquele plano, afinal, eu estava totalmente sozinha, já que, alocada em um ano atrás dos meus irmãos e com horário de intervalo e almoço completamente distintos, precisaria socializar com os humanos para não me sentir totalmente excluída da experiência. Ou me tornar uma antissocial, como Ethan presumira que eu era.

Ainda era cedo, mesmo para os humanos, então, eu sabia que haveria tempo o suficiente, até meu corpo se cansar dos estudos para me empenhar em correr atrás do prejuízo. Ao término da minha refeição, não perdi tempo e logo iniciei as tarefas que considerei como as mais complicadas: as de Física. Estabeleci um ritmo confortável de estudo, usando a mesa de escritório ao centro da sala como apoio aos livros e aproveitando o conforto da cadeira estofada.

Infelizmente, após alguns instantes corrigindo algumas falhas em cálculos, meu cérebro acabava voltando para algumas situações recentes e eu me perdia em pensamentos, voltando-me diretamente para refletir sobre Demetri e o que Edward conversara comigo dias atrás.

― Ele se importa com você, ao modo dele. ― Foi o que Edward falara, quando o prensei contra a parede não literalmente na sala de estar, quando ainda estávamos sozinhos.

― Então, significa que você pode, simplesmente, confiar nas intenções dele? Acha mesmo que se eu pedisse para ele abanar o rabo, feito um cachorro, ele o faria? Pensei que você fosse mais esperto que isso.

― Eve, na verdade, o que eu acho, é que ele fará o possível para mantê-la segura. Se você optar por ficar ao lado da nossa família e manter Isabella sã e salva, significando isso a permanência da extensão do prazo da mortalidade dela, terá o apoio dele.

Estávamos no nosso segundo dia em Forks, e Edward voltou em casa apenas para se trocar, pois passou a noite inteira com Isabella e, logo mais, ele teria que ir para a escola.

― Não estou dizendo que a ama, Eve, sinceramente, tampouco acho que algum Volturi além de você saiba o que é isso. Mas sei que, ao longo dos duzentos anos juntos, Demetri realmente tem um sentimento de forte por você. Garanto que ele a protegeria. Não por apego à status ou a qualquer outra coisa do tipo, mas por tê-la como uma criança que precisa de alguém para cuidar. Ele sabe que há membros na corte que desejam a sua morte, então, faz o possível para garantir que não haja nada contra você que eles possam usar.

― E isso tudo você conseguiu checar em vinte minutos? ― Indaguei, forçando-me a permanecer descrente.

― Sim. ―  E, naquele dia, foi tudo o que recebi em retorno.

Voltando ao presente, decidi abdicar um pouco dos estudos para pegar a caixa que eu escondia embaixo do divã, repleta de itens pessoais que eu havia levado. A caixa forrada com tecido negro era um culminado de presentes que eu recebera pelo meu 265º ano de vida e que Demetri recuperara para mim.

Agora, sem o vestido, o volume de coisas em seu interior reduzira visivelmente. Apenas as joias e a tulipa estavam ali dentro. Eu preferia manter os objetos lá dentro até o meu quarto ficar pronto, pois, assim, sentiria que eles estavam no lugar certo: perto de mim.

Ao longo dos anos, almejei fielmente manter minha família segura das garras dos Volturis e, com o que Edward me falara, refleti sobre a possibilidade de Demetri também ter colaborado para que minhas fugas para a leitura ou envio de cartas permanecessem nas sombras. Meu irmão tinha razão quanto a uma coisa: Dem era o melhor e mais impetuoso dos rastreadores de toda nossa espécie. Não precisava, necessariamente, sentir o rastro através do cheiro de ninguém. Ele me explicou que cada pessoa, viva ou não, possuía um código genético específico e que ele conseguia sentir, feito um radar de longa escala, a localização de qualquer um, desde que tivesse contato de proximidade com este.

Naquele momento, estava me esforçando para abrir uma brecha no coração e permitir sentir, mesmo que o mínimo, de pena de Demetri, mas, simplesmente era impossível. Não podia aceitar o discurso de Edward como verdade absoluta só porque ele era capaz de ler mentes. Demetri nunca negara as traições e o fato de me usar como bode expiatório na tentativa de crescer e conseguir uma posição mais alta entre os Volturi. Pensando nisso, empurrei para o fundo da minha mente essa ideia e decidi me forcar em outras coisas.

Como a Bella, por exemplo.

Aparentemente, o seu bloqueio era ainda mais forte e eficaz que minha sombra, o que poderia significar que ela também era mais rara aos olhos de Aro. Assim, eu direcionava, novamente, meus pensamentos às preocupações com relação à concordar com a transformação dela.

Era complicado discernir o que seria melhor a ser feito. Eu possuía o prazo de cinco meses para pensar, mas nunca gostei de deixar para depois algo que estava consumindo minhas energias. Conversei sobre ela com Alice e Rose quando saímos para Port Angeles, na intenção de fazer compras, e ouvi de ambas que Isabella realmente parecia ter as melhores intenções com nossa família, sempre optando por proteger nosso segredo ou garantir a segurança dos Cullens. Com isso, ela ganhava um voto de confiança e eu a permitiria viver um pouco mais sem a minha sombra avaliativa a todo instante a perseguindo. O problema era que ainda estava insegura sobre o interesse da corte nos poderes de Edward e Alice, o que significaria um ataque à este clã com a mínima falha aparente, para que fosse justificada a tomada de decisão da morte dos demais e a oferta de rendição aos meus irmãos com a possibilidade de juntarem-se aos Volturi.

Meu pai não odiava os Cullens ou desejava Edward e Alice pelo simples acaso. Eu sabia que, no fundo, era o remorso da opção de Carlisle nos abandonar em Volterra e abdicar da nossa escolha de vida. Desde o dia em que ele partira, nunca mais foi permitido dentro de nossa fortaleza o comentário sobre aquele momento. Aro simplesmente se negava a ouvir a menção da escolha feita pelo meu outro pai e dedicou bons dias a perseguir, capturar e assassinar qualquer um na corte ou na guarda que mencionasse o fato. Assim, aprendi a dura lição de não lhe confidenciar que trocava correspondência com meu pai que se instalara nos Estados Unidos.

Aos poucos, fui aprendendo que era mais fácil simplesmente fingir e mentir meus sentimentos. Quando alguém me perguntava sobre saudades, simplesmente a negava. Quando questionavam sobre rancor, eu sorria e fazia piadas. Quando tentavam me incitar a falar sobre raiva, eu fazia questão de demonstrar frieza. E, aos poucos, fui me moldando da melhor maneira possível, para evitar transparecer qualquer sentimento real a qualquer um na fortaleza.

Contudo, quando estou na forma humana, os sentimentos parecem se embaralhar e buscarem alguma forma para a exposição imediata. Era meio sufocante perder o controle e eu só me esforçava para prosseguir com aquele plano imbecil, porque estava tentando agradar meu pai Carlisle.

 

Quando terminei de guardar novamente a minha caixa abaixo do divã, Rosalie apareceu na biblioteca, pedindo licença antes de entrar e segurando uma caneca com algum líquido flamejante.

― Achei que pudesse gostar de um chocolate quente para ajuda-la a estudar. ― Ela ofereceu a cabeça azul e eu aceitei, pegando com cuidado pela alça, temendo uma queimadura ― Está tudo bem, Eve?

Provavelmente ela notara alguma coisa em minhas feições, então presumi que bebericar o chocolate quente antes de lhe responder, me daria tempo para pensar em conversar ou não sobre meus sentimentos.

― Apenas pensando sobre o passado. ― Sorri, tentando soar tranquila.

― Eu acabei ouvindo sua discussão com a Alice sobre esse tal de Ethan, mas resolvi te dar um tempo para pensar. Fiquei com medo de opinar e, de alguma maneira, acabar usando demais o meu ponto de vista.

Assenti, porque sabia que seria exatamente isso que ela faria, já que fazia parte do gene dela se esforçar para ser o centro das atenções, mesmo que não-intencionalmente.

― Acho que vou acabar descobrindo o papel desse humano na minha vida. ― Dei de ombros e, em seguida, voltei-me para meu chocolate-quente.

― Quer falar sobre isso ou prefere minha ajuda com física?

Eu sabia que aquilo era extremamente difícil para Rosalie fazer: colocar-se em uma posição em que respeita totalmente a posição e os problemas dos outros, buscando uma forma de dar voz aos problemas alheios à sua vida. E, por saber que ela tinha essa consideração por mim, resolvi que lhe daria uma colher de chá e alivia-la da pressão de lidar com os meus problemas.

― Pode, por favor, me ajudar a entender onde eu estou errando nessa questão? ― Puxando meu caderno da mesa, apontei para o enunciado onde eu falhara miseráveis duas vezes.

Com meu cérebro totalmente livre do peso da sombra, com toda certeza, ficaria mais fácil raciocinar sobre a questão, mas, com as minhas limitações mentais, meu cérebro parecia reduzir potencialmente a função dos neurônios e eu simplesmente me pegava errando diversas vezes uma simples questão matemática.

Rosalie e eu ficamos lá, no fim das contas, passando todo o restante da tarde e noite estudando e revisando as matérias que eu precisaria para me dar bem na escola, naquele ano. Ela mostrou-se uma ótima professora e passamos, surpreendentemente, um bom tempo nos divertindo na tentativa de levar as questões de física para o nosso universo sobrenatural.

Quando escureceu totalmente, Esme surgiu na porta, perguntando se a minha fome tinha voltado e, como assenti prontamente, ela disse que havia acabado de preparar macarrão italiano especialmente para mim, imaginando que minha resposta fosse aquela.

Enquanto eu jantava, na companhia de Esme e Rosalie que não tocaram na massa, eu comecei a sentir que, talvez, futuramente, poderia me adaptar as sensações de limitação que a vida humana me proporcionaria. Assim, conseguiria garantir que ficaria ali por mais tempo, sem causar problemas, e viveria uma vida tranquila, no prazo de um ano, ao lado da minha família.

Tudo o que eu precisava era me esforçar controlar meus impulsos de frustração e ter paciência.


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Notas finais do capítulo

O que estão achando até agora?

As reações com relação ao Ethan são bem divergentes. Tem o grupo que acha fofo, tem o grupo que já tem ranço dele.

Aguardem pela continuação!



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