Shadow escrita por Course


Capítulo 15
XIX - Apego


Notas iniciais do capítulo

Olá, leitores incríveis!
Bom, acontece que eu tive um dia corrido ontem e não consegui postar esse capítulo.

Fiquei realmente pensando se estava pronta para dar esse passo e moldar a história como assim será feita. Esse capítulo é extremamente importante. Pode, ou não, mudar a ideia de muitos com relação a muita coisa.

Eu poderia realmente reescrevê-lo e mudar algumas coisas, mas... a história é essa e eu preciso aceitar que todos os personagens possuem características próprias e que eu não posso simplesmente muda-las, por receio do que acharão. (estou falando como se eles tivessem vida de verdade e eu juro que têm. Eve, por exemplo, está aqui do meu lado me encarando chateada porque não atualizei a história ontem).

Aproveitem o capítulo e, mais do que nunca, comentem, ao final, o que acharam.



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Apego

Nunca pensei que uma vida estudantil pudesse ser tão difícil.

Se me oferecessem voltar à Volterra e ser trancafiada por mais dois séculos, preciso ousar admitir que a remota ideia de preferir o cárcere à aquela aula me passou pela cabeça totalmente.

Aparentemente, eu, enquanto humana, não fui feita para corridas.

Não que meu professor de Educação Física, o senhor Montgomery, tenha ligado muito quando eu mencionei ser aluna nova e não estar usando sapatos adequados para a atividade. Como a fada da Cinderela, ele me arranjara um par de tênis de corrida que coubera perfeitamente e me forçou a assumir minha posição na fila de alunos que era obrigada a realizar dez voltas entorno do campo de futebol, na pista de corrida.

― Eu... odeio... Educação física. ― Apesar de me esforçar a poupar fôlego, vez ou outra deixava meus grunhidos de represália à atividade escaparem para Alessa, que compartilhava do mesmo tempo da disciplina naquela sexta-feira.

― Você é a primeira dos Cullens que eu vejo não se dar bem em alguma coisa. ― Animada, ela comentava enquanto me acompanhava no ritmo lento, no fim da fila, provavelmente há uns quinze metros de distância do outro grupo de alunos que corria mais à frente.

Eu queria odiá-la também pelo fato de ser humana e estar se dando melhor do que eu naquilo.

Na verdade, sabia que ela só estava tão atrasada, porque preferia a minha companhia à das garotas do time de futebol que lideravam a corrida e ficavam se exibindo, gritando palavras de incentivo para os idiotas que as seguiam enquanto elas corriam rebolando.

― Não... tinha... isso... na Itália. ― Tentei explicar aos ofegos enquanto reduzia, mais uma vez, o ritmo da corrida, pois percebi que o professor estava bem preocupado com alguma coisa na tela do seu celular.

― Ethan contou que você nem frequentava a escola por lá. ― E, com isso, Alessa terminou de deteriorar minha corrida.

No dia anterior, eu havia feito um trato com ela na aula de matemática financeira que compartilhávamos. Nada de falar do irmão gêmeo dela. Ainda estava relutante quanto a compartilhar a presença deles no almoço, então optei por passar a levar comida de casa e comer na arquibancada sozinha, por medidas protetivas.

Fui freando minhas passadas de pernas até reduzir a um mero caminhar e esforçava para conter minha respiração o melhor possível. O short vermelho curto de ginástica, junto da camisa branca larga e suada eram meu uniforme no momento. De certa forma, agradecia por estar usando aquela roupa, afinal, o look que Alice escolhera para meu dia não era lá tão apreciativo para uma aula como aquela.

― Opa! Desculpa. Eu sei que prometi nunca mais citar o nome dele. ― Acompanhando meu ritmo, Alessa ergueu ambas as mãos, rendendo-se, exatamente como seu gêmeo fez há dois dias.

Havia feito a promessa de parar de pensar em Ethan e no que ele tinha a me oferecer para aceitar ser sua companhia no baile, mas era meio impossível. Simplesmente, porque a todo instante, eu estava dando voltas e mais voltas na minha conversa da quarta-feira com a Alice em que ela deixou claro que não haveria malícia na nossa aproximação.

Certamente que eu não era adepta a interações íntimas com humanos, assim como Edward presumidamente apoiava, então, o bichinho da curiosidade me consumia cada vez mais.

― Aí, Eve! Olha só quem está vindo lá! ― Arrumando os fios de cabelo que escaparam do seu apertado rabo de cavalo, Alessa parecia tentar melhorar a aparência para o loiro alto que se aproximava de nós, pela lateral da pista.

Eu sabia quem era aquele.

Mike Newton.

Amigo da Bella e novo colega de Edward, era o capitão do time de basquete e, aparentemente, desejo de consumo permanente da Alessa e o garoto que ela explicara ser um dos motivos da sua tentativa de emagrecimento.

Eu esbarrei com ele, no dia anterior, enquanto fazia um tour pela escola na companhia de um outro amigo da Bella, Eric Yorkie, responsável pela comitiva de recepção de novos alunos que simplesmente esquecera de me apresentar a escola no primeiro dia de aula.

Aparentemente, de acordo com Alessa, Mike, Eric, um tal de Tyler, e diversos outros alunos tentaram alguma coisa com a Bella em seu primeiro ano na escola. Obviamente, o vencedor da competição fora meu irmão, já que o destino era meio sacana com a gente.

― Meninas, e aí! ― Ele nos saudou e começou a nos acompanhar na caminhada.

― Oi, Mike! ― Exaltada, Alessa sorria copiosamente para o garoto, quase como se tentasse mostrar toda sua arcada dentária.

Limitei-me, como de costume, apenas a acenar com a cabeça.

Outra coisa que aprendi do jeito difícil era que eu tinha dificuldades para forçar simpatia na forma humana. Era como se todo o meu caráter fosse moldado para assumir uma Eve carrancuda e quase sempre na defensiva.

― Vocês irão no jogo amanhã? ― O loiro perguntou, provavelmente na tentativa de puxar assunto.

Olhei para o outro lado do campo, onde o professor estava ainda orbitando na tela do celular e percebi, mesmo que fosse proibido à Mike sua permanência ali, ninguém o impediria de ficar.

― É claro que sim! ― Alessa falou o que era óbvio.

Todos na escola, até mesmo eu que só frequentava há 3 dias, sabiam que Alessa assistia a todos os jogos do irmão, como incentivo e torcida. Então, comecei a achar interessante o rumo que Mike estava tentando levar o assunto. Talvez, no fim das contas, ele havia finalmente notado a garota ruiva.

Mas, nem tudo parece ser o que é.

― E você, Cullen? Pretende acompanhar as competições da nossa escola? Garanto que nosso time é muito bom. ― Encarando o garoto, o pegue sorrindo para mim, deixando pequenas rugas se formarem entorno de seus olhos.

Mike tinha bochechas de bebê e aquilo era engraçado, em minha opinião e nada convidativo. Talvez Alessa curtisse garotos com aparências joviais demais.

― Não gosto de lacrosse. ― Falei, simplesmente.

― Ah... ― apesar do suspiro em surpresa, ele pareceu naquele momento me analisar atentamente ― Bem... não saberia me dizer se a Bella irá, não é mesmo?

Freei instantaneamente e o encarei surpresa com a pergunta.

Era sério aquilo? O garoto estava perguntando para a cunhada se Isabella iria à um jogo?

― Não seja bobo, Mike. ― Sorriu embasbacada Alessa ― Sabe que Bella Swan não curte esportes.

― Bella está de castigo. ― Preferi esclarecer, sem rodeios ― Pensei que você fosse amigo dela e saberia disso.

Suas bochechas rechonchudas começaram a ficar vermelhas por ter sido pego.

― Hm... Meio que andamos afastados esses dias. Parece que ela tem muito papo para por em dia com o Edward que desapareceu por meses.

Captei uma certa acidez em sua voz ao citar o nome do meu irmão, então, esforcei-me para agir com a maior naturalidade e, ao mesmo tempo, dar-lhe uma resposta à altura.

― Bom, ela tem todo direito de ficar de papo com ele, afinal, são namorados, não é mesmo?

Alessa olhou-me de supetão, como se tentasse me conter com seus olhos.

Francamente, eu havia sido até amistosa com minhas palavras. Ela queria o que? Que eu permitisse qualquer injúria contra minha família. Estava na hora daquela gente parar de desdenhar tanto dos meus irmãos.

― É. Sim, claro. São namorados. ― Constrangido, ele proferiu as palavras olhando para o horizonte, tentando disfarçar o vermelho de suas bochechas.

― Cullen! Mitchell! O que houve? Estão achando que estão num Shopping?! Eu quero ver as duas correndo imediatamente! ― O professor, nos pegando desprevenida, começou a gritar do outro lado ― NEWTON! O que faz aqui?! Sua aula é na quadra de basquete! Saia já daqui ou vou ter que chamar o inspetor!

Grunhindo, comecei novamente à corrida no ritmo anterior, decidida a contar os minutos para o final de semana, em que deixaria minha sombra cair e iria, finalmente, poder correr de verdade, como seu que sou capaz. Newton teve que se afastar, seguindo o caminho em direção ao ginásio e, logo vi que o clima entre mim e Alessa pareceu esfriar um pouco, já que, ao retomar a corrida, ela avançou bons passos à minha frente, afastando-se da minha posição.

Eu nunca fui do tipo de me abalar fácil com a forma que as pessoas optavam por lidar com os problemas, então tentei simplesmente não ligar muito para a atitude da ruiva.

Segui correndo, rezando para que aquela tortura acabasse logo.

⚜⚜⚜

 

Com o passar dos dias, eu começara a notar algumas falhas na instituição escolar. Como a de, por exemplo, a aula de Educação não ser a última do dia. Por sorte de uma grade horária mal planejada, eu ainda teria o último tempo de francês logo em seguida e ponderei inventar uma desculpa para me ausentar, pois, assim que saí do vestiário feminino, já usando minhas próprias roupas, tinha quase certeza de que não estava sentindo uma parte do meu pé.

Ethan, apesar de frequentar a mesma aula, passou a me ignorar totalmente. E, de fato, era uma reação recíproca às minhas investidas e fingir que ele não existia.

Para ele, provavelmente, era fútil o motivo de mantê-lo distante, mas, por eu saber que havia a probabilidade de nos dois aparecermos juntos no baile que ocorreria no mês seguinte., ainda permitia que minha insegurança o afastasse totalmente de mim.

― Bom, pessoa. Antes de eu liberá-los, preciso combinar o trabalho que terá um peso considerável na média final de vocês. Como sou um professor gentil, decidi que atenderei à solicitação da Jenneffer e permitirei que sejam formadas duplas. ― Um silvo de comemoração pode ser ouvido de alguns alunos ― Ei, ei! Silence! Je demande le silence, étudiants!

Demorou um pouco para a turma voltar a se conter, mas, finalmente, o professor pode continuar a falar:

― Vocês não estão mais nos primeiros anos de estudo. Precisam ficar cientes de que nem tudo é tão bom quanto vocês acham ser. Esta é uma turma de nível três em francês. Repito: Classe de troisième niveau. O que significa que não posso permitir que se formem este ano sabendo tão pouco, só porque seu parceiro ou parceira de trabalho lhe ajudará. Então, eu mesmo já realizei a divisão de duplas. ― Assim, agora a turma fez um coro em desaprovação, mas não demoraram muito a fazerem silêncio dessa vez.

Eu pouco me importava com nomes ou trabalhos em grupo. Como estava ali há poucos dias, qualquer um que fizesse dupla comigo seria uma opção aleatória, visto que era a única turma, até o momento, que não me enturmara com ninguém especificamente.

Enquanto o professor ditava a proposta do trabalho, que consistia em escolher alguma cena de um filme ou livro e reencenar, em francês para a turma. O prazo estava estipulado para dali há duas semanas e deveria ser entregue um pequeno roteiro ao professor no momento da apresentação. Parecia ser algo fácil, apesar de eu nunca ter tentado atuar na vida. Quem sabe seja tão fácil quanto mentir? Afinal, se eu era boa em mentir, poderia ser boa em fingir ser alguém que não sou. Exatamente como já estava fazendo, sendo uma aluna de Ensino Médio, totalmente normal.

Citando os nomes das duplas, o professor ia liberando os alunos conforme falava, então, eu já estava guardando todo o material na bolsa e aguardando minha vez.

― Cullen e Mitchell.

Paralisei.

Eu jurava que podia sentir meu coração palpitar tão forte que parecia querer pular para fora do meu peito. Como aquilo poderia ser possível?

Encarando pelo canto do olho, pude ver Ethan tão surpreso quanto eu. E, da mesma forma que eu fiz, ele permaneceu sentado, paralisado, olhando o professor como se aquilo fosse uma espécie de castigo.

Fiquei esperando a turma esvaziar totalmente e, quando tive a minha chance, atravessei a alça da minha bolsa pelo peito e andei em passos firmes até o professor, que guardava suas coisas.

― Nem pense em pedir para trocar de turma, senhorita Cullen. ― Antes que eu dissesse qualquer coisa, ele logo se prontificou a esclarecer os pontos. Olhando-me por cima da haste de seus óculos que pendiam em seu nariz, ele prosseguiu: ― A inspetora Flammer, disse que você e o senhor Mitchell tiveram um pequeno desentendimento no seu primeiro dia. As palavras que vocês trocaram no corredor parece que foram interpretadas de forma agressiva por alguns alunos e, conversando com o conselho ontem, decidimos que ao invés de entender seu empurrão e a ameaça como algo negativo, iremos propor uma tentativa de reconciliação. Assim, peço que pense bem em suas próximas palavras, afinal, sua atitude no primeiro dia pode muito bem ser considerada algo passivo de detenção ou, até mesmo, suspensão.

Claramente, ele notou que me pegara desprevenida com suas palavras, pois, como se nada o abalasse, continuou a colocar o material dentro da sua pasta de couro.

― Eu ameacei o matar. ― Resolvi tentar a abordagem mais grossa ― Acham mesmo que é uma boa ideia nos manter juntos?

Novamente me olhado, ele rebateu:

― Posso entender isso como uma ameaça, senhorita Cullen? ― Ostentando superioridade ele me olhava de cima, evidentemente se aproveitando dos bons centímetros de altura em vantagem: ― Sabe, seu pai, o Dr. Cullen, é uma pessoa maravilhosa e muito conceituada na cidade. Seria uma pena ter que informa-lo que sua filha precisou ser suspensa por mau comportamento, justamente em seu terceiro dia de aula.

No fundo, eu sabia que todo aquele drama estava especificamente relacionado à apenas uma coisa, então, ciente de que havia perdido a batalha contra o professor, tudo o que eu pude fazer fora apenas uma coisa.

― Ethan. Você e eu. No baile. Nunca vai acontecer. ― Apontei o dedo em direção ao moreno que estava de pé no fundo da sala e, furiosa, comecei a marchar para fora da sala, consciente do quão louca eu havia parecido naquele momento.

Na verdade, pouco me importava se ele me acharia bizarra ou qualquer coisa do tipo. Agora, com os pingos nos is, sabia que aquela minha atitude dificultaria totalmente uma relação amigável entre nós dois e qualquer aproximação fraternal, na verdade.

Eu não sabia o porquê, mas sentia que uma possível amizade entre nós dois não poderia surtir bom efeito. Talvez fosse porque Bella Swan me apresentara um lado horrível em se estabelecer afeto com humanos e, assim, sentia-me temerosa de por em risco a vida de qualquer outra pessoa.

Ah, não! Eu não havia pensado naquilo.

Desde quando me importava com a segurança de outros humanos?

Tudo bem, a Bella praticamente já fazia parte do clã Cullen, mas, desde quando qualquer outro humano tinha valor para mim?

De repente, comecei a perceber que ficar esse pouco tempo com os Cullens, simplesmente, estava começando a me afetar mais do que eu esperava e em um período curto demais. Não que eu sempre fora um monstro que não me importava com a vida humana, mas... sentir apego por alguém que mal conhecia? Era, definitivamente, uma surpresa assustadora e ilógica.

Talvez fosse meu excesso de tempo envolvida na forma humana e compartilhando momentos com humanos, quem sabe? Eu queria ter com quem conversar sobre isso, mas a única pessoa que eu imaginava pensar em vivenciar algo parecido levaria muito tempo se auto afirmando como alguém que sofreu por ter sido transformada em vampira, certamente, me fazendo perder muito tempo e, no fim das contas, de nada me serviria nossa conversa, já que tudo se voltaria para ela imediatamente.

Não, eu não podia conversar com Rosalie.

―  Eve! ― ouvindo o grito indesejado, não tive outra escolha, senão, interromper minha corrida e me munir de proteções para discutir meus termos com Ethan.

Dei meia volta e aguardei por ele, que terminava de atravessar a saída do prédio três que daria no pátio principal.

― Olha, nenhum de nós está satisfeito com essa droga, tá legal? ― Ele começou seu discurso ― Se está gostando de bancar a pose de marrenta, igual seus outros irmãos, por mim, tudo bem! Só, por favor, preciso que me garanta que não vai deixar seu ódio por mim, atrapalhar minha média final. Porque não estou muito afim de ficar pensando em como vou me ferrar nesse ano porque uma dos Cullens decidiu que me detesta só porque fiz um comentário estúpido.

Ele estava gritando.

Ele estava gritando, no pátio central, na frente de todos.

Ele estava gritando, no pátio central, na frente de todos, comigo.

― Eu já me desculpei por ser um escroto pelo comentário, você decidiu que me detesta e eu estou aprendendo a retribuir. Você ameaçou me matar, simulou um empurrão no seu primeiro dia de aula e agiu como se eu estivesse errado o tempo todo. Tenho todos os motivos do mundo para te detestar também, mas, no momento, prefiro apenas acreditar que você está muito sobrecarregada com toda essa coisa de adoção, mudança de país e primeira experiência na escola para notar que sua postura é, no mínimo, ridícula. Então, Eve... só, por favor, me garanta que vai dar o melhor para nos sairmos bem nesse trabalho.

Ainda paralisada, o vi olhar-me com os olhos quase saltando da órbita.

Como se estivesse querendo ganhar a discussão que fatalmente já era sua, ele decidiu puxar a alça da mochila e seguir seu caminho para longe. Mas, antes, ainda garantindo-me surpresas, parou no meio do caminho e fuzilou-me com os olhos.

― E, ah, já que estou num momento de sinceridade. Na quarta, eu realmente estava afim de ser seu a-mi-go. Porque, Eve, se você fosse mesmo inteligente, perceberia que eu sou gay.

E ali, definitivamente naquele momento, eu entendi que Alice estivera certa por concluir que Ethan e eu nunca seríamos um casal. Mas, tudo o que eu só conseguia pensar era no fato de suas palavras serem tão cortantes ao ponto de eu sentir minhas bochechas arderem ferozmente, como se houve múltiplas feridas abertas e expondo minha verdadeira máscara.

Se, por acaso, eu estivesse mesmo pensando que estava causando uma boa impressão naquela escola, percebi naquele instante que eu tinha muito mais similar com meus irmãos do que eu gostaria de admitir.


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Notas finais do capítulo

"Nossa, mas é mesmo o clichêzão do trabalho em dupla?"
GENTE, sim! É esse clichêzão, porque tem uma lógica por trás muito importante que só lá na frente vocês compreenderão.
Mas vou dar uma dica: Tudo o que os Cullens querem é, efetivamente, fazerem a Eve experimentar as diferentes facetas da vida humana.

Eu não tomarei nenhuma medida sem ter um desfecho coerente, prometo isso à vocês. Principalmente todo esse diálogo, toda essa reflexão da Eve. Absolutamente tudo está a moldando e, enquanto possui o seu cérebro humano (com menos capacidade para pensamento), as coisas meio que demoram ou então explodem de uma forma muito desproporcional. Ela ainda está se adaptando, gente. Deem um desconto para nossa vampira-humana predileta!



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