UMA INTRUSA EM CREPÚSCULO escrita por Jace Jane


Capítulo 16
Capitulo 16º - Prostituta de Sangue


Notas iniciais do capítulo

Gostaria de agradecer a Katy Tonnel, CatrinaEvans e NSBraido, pelo comentário no capitulo anterior.



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Para a surpresa de todos Asten me serviu uma sopa que ele mesmo preparou especialmente para mim, pelos olhares que Marcus às vezes lançava para o feiticeiro parecia que ele queria reparar por alguma coisa, não estava com saco para isso, principalmente quando descobri o porquê estava de cama, quando a marca tentou me matar eu caí em meios aos destroços e uma barra de ferro atravessou o meu corpo, só estava mais ou menos inteira graças ao Asten, mas ainda era doloroso fazer movimentos bruscos, o que me obrigou a ficar na cama.

O feiticeiro levou o meu prato quando finalizei a refeição, me deixando a sós com o Marcus, que ficou sentado em uma poltrona do outro lado do quarto. Ele estava com aquele olhar que dizia que sua mente estava em outro lugar, me obrigando a chamar sua atenção.

— Porque você fulminava o Asten? – O encarei curiosa, alguma coisa aconteceu em quanto eu estava inconsciente.

— Nada para você se preocupar. – Seu olhar estava serio mesmo quando me dava um sorriso acolhedor.

— Você não me engana.. my love – Olhei para os seus olhos negros esperando por respostas mais satisfatórias.

Seus olhos perderam o foco por um segundo antes de voltar a encarar os meus.

— O ataque da marca poderia ter sido evitado se o Asten tivesse lhe avisado como deveria. – Respondeu serio. – Como viajante ele sabia o que lhe aguardava.

— Ele disse por que escondeu isso de mim? – Porque ele esconderia? Não faz sentido.

Marcus de um sorriso de escárnio e respondeu.

— Ele disse que era necessário e sabia que isso não iria lhe matar. – Estava ficando cada vez mais confusa.

— Como ele sabia?

— Os viajantes têm habilidades peculiares. – O clima de mistério foi jogado no ar.

Mesmo tendo passado algumas horas inconsciente logo o sono me abateu, me levando a encarar Loki em sua versão ruiva, sentada em um trono de ouro com um vestido bem típico dos asgardianos. Mesmo em sonho não pude deixar de suspirar. Ainda sentia medo por sua ameaça, mas não daria esse gostinho a ela.

— Porque me pediu para salvar Bree Turner? – Não era algo que martelava a minha cabeça, mas a curiosidade estava lá.

— Precisava saber se você sabe seguir ordens. – Sorriu Loki com malicia, zombando da minha cara. Bendito seja o dia que eu conseguir socar aquela cara maldita. – Agora que eu sei, tenho outra missão.

— Vai da não! – Interrompi – A marca acabou de tentar me matar, uma barra de ferro atravessou meu corpo, não posso ficar andando por aí não.

— Então eu vou matar o Marcus – Disse com ar entediado. – Não é muito difícil matar um vampiro, e eu gosto de ser criativa.

— Ta! Ta! Já entendi – Bufei – Qual é a missão?

— Tirar uma viajante do universo de Harry Potter em 1991. – Revelou Loki.

— Ela vai tentar mudar as coisas drasticamente, não é? – Nem precisava de confirmação, era obvio, se eu tivesse ido parar naquele universo faria a mesma coisa, devia ser por isso que os viajantes eram marcados, para nos impedir de causar muitos danos. – Trouxe tanta gente e agora precisa limpar a bagunça. – Seu olhar endureceu com o meu comentário. Deixei de encara-la e fiquei observando os detalhes do trono de ouro, era desconfortável encarar aqueles olhos mortíferos. – Como é essa viajante? Sabe a localização exata de onde ela esta?

Acordei com uma cobra azul me encarando.

Resolveu da às caras — Sorri fazendo carinho em sua cabeça – Lilith.

Ess-tava em um banquete – Sua língua escapou de sua boca por um breve instante, ela parecia animada. – Es-tou no paraíso.

Ri.

Lilith? — Repetiu confusa.

É o seu novo nome. – Expliquei — Onde estão os meus guarda-costas? — Se eu fosse cometer a loucura de viajar naquele estado precisava saber se teria alguém pra impedir. Claro que teria depois do que aconteceu. – Espera, quem esta lá fora?

Um macho — Respondeu Lilith me encarando curiosa. – Gos-sto dele.

No meu estado eu não poderia correr livremente, ia precisar de ajuda, e se eu fosse invadir um castelo seria bom ter um vampiro do meu lado, mesmo ele sendo idêntico ao meu pai demoníaco.

— Jonathan! – Assim que o chamei ele abriu a porta e se pôs ao meu lado. – Preciso ir a um lugar e eu quero que você me leve.

— Precisa de ajuda para ir ao banheiro? – Minhas bochechas ficaram vermelhas com a pergunta.

— Não, preciso ir para Hogwarts. – Respondi.

— A senhorita deve ficar em repouso até suas feridas melhorarem – Revirei os olhos.

— Preciso seguir ordens e impedir uma maluca de mudar a linha do tempo. – Sua expressão não havia mudado, ele não me deixaria sair daquela cama.

— Eu posso trazê-la para cá e a senhorita poderá continuar em repouso. – Sugeriu. Até que não era uma má ideia, só precisava dar acesso através do espelho e sua velocidade permitiria que a encontra-se rapidamente.

— Esta bem, ela é uma viajante também, estará na enfermaria. – Repeti tudo o que Loki me disse sobre a garota, assim ele não perderia tempo a procurando. O tempo estipulado para ele entrar no castelo, encontrar a enfermaria e sequestrar a garota era de cinco minutos, era tempo mais do que o suficiente de acordo com ele. Minha parte era só da acesso a ele pelo espelho do quarto, no mundo de Harry Potter ele sairia no Lago negro, já que eu não me lembrava se tinha espelho no banheiro da Murta-que-geme. Com a ajuda do Volturi eu deixei a cama e fiquei de frente para o espelho, encostei minha mão na superfície, os pelos do meu braço se arrepiaram na mesma hora. Jonathan atravessou o espelho e eu fiquei sentada no sofá, esperando os minutos se passarem.

Tinha um celular no sofá, fiquei jogando puzzle de frutinha, quando deu quatro minutos eu realizei um feitiço de ilusão em mim, para que as minhas marcas de feiticeira ficassem escondidas. Batendo cinco minutos larguei o telefone e levantei,atravessei o meu braço no espelho e senti alguém o agarrando, puxei com toda a minha força – que era bem limitada – Jonathan atravessou o espelho com uma garota loira nos braços, que se debatia desesperada e gritava xingamentos. Ambos estavam encharcados, o Lago Negro foi uma péssima ideia.

— Cala boca garota! – Gritei para a viajante, ela me ignorou completamente, revirei os olhos. – Joga ela na cama.

Ela caiu na cama e parou de gritar com o susto, seus olhos percorreu pelo cômodo e parou na porta, em um pulo ela correu na direção a saída, mas Jonathan a barrou, ela ficou paralisada. Suspirei.

— Eu não serei sua prostituta de sangue, eu morro antes disso! – Jonathan me encarou confuso, demorei um pouco para entender o que aquela frase significava, até que caiu a ficha.

— Oh, você é uma Moroi. – Moroi é uma classe de vampiros de um livro de fantasia chamado Academia de Vampiros. Esses vampiros bebiam sangue, mas não eram imortais e nem pegavam fogo ao contato com luz solar, só ficavam desconfortáveis se fossem expostos por muito tempo, também possuíam magia elementar, podendo manipular os quatro elementos da natureza, sendo que podiam ter afinidade somente com um elemento. – E você pensa que o Jonathan é um Strigoi. – Strigoi é outra classe de vampiros, eles são infinitamente mais fortes que os Moroi, mas não possuem magia e nem podem ter contato com a luz solar. – Jonathan não é o bicho papão que você pensa. 

Ela não desgrudou seus olhos apavorados dele.

Com um movimento do meu dedo fiz a cortina se abrir, deixando o sol entrar pela janela e entrar em contato com a pele do vampiro, fazendo-a brilhar como um diamante.

— Isso é impossível. – Disse a garota o encarando pasma, era o que eu imaginava, não dava para eu vê-la direito na posição que estava. Sentei no sofá e cruzei as pernas.

— Ele é um vampiro, não como você, mas é um vampiro. – Não explicava muita coisa, mas era isso que tinha. – Ele não tem presas e nem queima com o sol.

— Estamos em Crepúsculo? – Perguntou finalmente olhando para mim. Fiquei surpresa por ela perceber tão rápido, mas confirmei. – Ele é um Volturi.

— Sim, e eu também. – Tirei o colar de dentro do pijama para ela ver – E como você eu sou uma viajante, alguém que não pertence a este mundo.

— Porque você me sequestrou? – Seu corpo estava encolhido com frio, esfregava os braços compulsivamente, como se pudesse aquecê-la, ela precisa de um banho quente.

— Para que não causasse estragos irreparáveis – Respondi – Se revela-se o futuro para eles mudaria totalmente a história, podendo trazer consequências ainda piores do que aconteceu na linha do tempo original.

— Se você estivesse no meu lugar teria feito diferente? – Não, faria de tudo para impedir a guerra.

Meu silencio respondeu sua pergunta. Suspirei.

— Se você abrir a boca você morre. – Ela deu um passo para trás de forma inconsciente. – Não estou dizendo que eu vou te matar, a marca vai, ela solta uma onda de magia que irá te matar em poucos segundos, eu sobrevivi a uma tentativa da marca, por muita sorte, mas não posso garantir o mesmo a você.

— Como você sobreviveu? – Perguntou assustada.

— Meu corpo de feiticeira contribuiu para amenizar o estrago. – Revelei

— Você pratica magia, mesmo sendo humana? – Seus olhos me encaravam com estranheza.

— Não sou inteiramente humana, mas deixamos isso para mais tarde, você precisa de um banho e roupas secas e o Jonathan também precisa se trocar. O banheiro fica ali – Apontei para o outro lado do quarto. – Pode pegar uma muda de roupa no meu guarda roupa depois.

— Obrigada, para uma sequestradora você até que é gentil.

— Desculpa por isso, só estava seguindo ordens, eu te levo pra casa depois. – Pedi.

— Sou Masha Voda. – Se apresentou.

— Megan Volturi.


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Notas finais do capítulo

Depois de vários capítulos o bichinho de estimação da Megan ganhou um nome! E mais uma personagem se junta a trama.



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