UMA INTRUSA EM CREPÚSCULO escrita por Jace Jane


Capítulo 15
Capitulo 15º - Sina dos Viajantes


Notas iniciais do capítulo

Sinto muito pela demora, com o site em manutenção foi impossível atualizar a fic. Gostaria de avisar que até o momento os capítulos terão em média 1.000 palavras, mas a partir do 17 terá capítulos um pouco maiores.

Agradeço a CatrinaEvans, Natty Farias Freitas, NSBraido e Kalyn por seus maravilhosos comentários no capitulo anterior ♥



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 Entramos no cômodo e ele foi revirar as gavetas da escrivaninha de madeira, e da lá tirou uma garrafa que julguei ser whisky, me sentei na cadeira a sua frente, ele pegou um copo no armário atrás da escrivaninha e se serviu, e se sentou. Em quanto isso eu o observei.

— Caius pediu que eu a orienta-se. – Iniciou – Ser uma viajante pode vir a ser estressante, ainda mais se tiver deixado algo importante para trás.

— Eu estou bem com isso. – Cruzei as pernas e esperei que ele desse continuidade ao diálogo.

— Loki tentou fazer um acordo com a senhorita?  - Ao esperar por resposta decidiu tomar um gole de sua bebida.

— Sim, sua liberdade em troca de me levar de volta ao meu mundo. – Expliquei.

— Sua resposta..?

— Neguei, pensei que não fosse sábio começar o Ragnarok, só para voltar para casa. – Minha resposta o surpreendeu, ele devia esperar uma resposta diferente.

— Ele apareceu novamente? – Entre perguntas e respostas ele havia bebido todo o conteúdo do copo e se preparava para colocar mais uma dose.

— Ela. Varias vezes, em sonho e em uma ilusão. – Respondi.

— Ela parece ter um interesse especial na senhorita. – Disse em tom suspeito.

— Sou a novela mexicana dela, ou era. – Encostei as costas na cadeira ficando mais a vontade, cruzei as pernas prevendo um interrogatório. – Eu já estou aqui há um tempo, me enturmei com o pessoal na base de flertes regado a petulância, Caius que o diga.

— Era?

— Talvez ela não acesse minha mente, já que ela foi libertada, imagino que vai ficar muito ocupada com o acerto de contas. – Respondi distraída.

Sua surpresa foi tão grande que cuspiu a bebida de sua boca. Eu dei um pulo com a reação do viajante

— Loki esta solto? – Ele queria confirmar com todas as letras.

— Sim.

— Quem foi o maluco? Loki enjaulado já era problemático, agora que esta solto vai ser um inferno! – Dessa vez dispensou o copo e bebeu direto da garrafa.

— Nem me fala, a desgraçada me ameaçou na maior cara de pau, mesmo depois de ter dito que eu era sua favorita! – Era o cumulo! Mas eu já devia esperar afinal ela é a deusa da trapaça.

— Se puder fique longe dos deuses!!

A conversa com o Asten me deixou confusa, mas decidi deixar isso pra lá, não da para pensar com o estomago vazio né?

Uma das primeiras coisas que eu pratiquei com o livro de feitiços do Magnus foram magias que facilitariam minha vida que incluía o feitiço que o alto feiticeiro usava para convocar comida – Me pouparia uma boa grana. – Fui para o quarto do Marcus e lá invoquei uma pizza fresquinha e um refrigerante. Comi quase a metade da pizza, acabei sendo obrigada a abrir o botão da minha roupa, minha barriga precisava de espaço.

— Satisfeita!

Já teve uma crise de ansiedade? Seu coração dispara e sua respiração fica pesada, e você começa a sentir falta de ar, é angustiante, não é algo que se possa controlar só sentir, o que eu sinto agora é desesperador. Começou com uma pontada no peito, uma queimação se espalhou pela minha corrente sanguínea como fogo. Minha cabeça parecia estar prestes a explodir, seja lá o que estivesse preso em mim foi libertado e tudo a minha volta explodiu, meu corpo caiu em meio aos destroços. Da mesma forma que a queimação veio ela se foi. Tanto meu corpo quanto minha mente não suportou tanto estresse, a poeira do mármore foi a ultima coisa que vi, depois de mergulhar na escuridão.

Minha visão estava turva quando abri os olhos, mas dava para ver claramente quem estava na minha frente. – Jonathan! – Mas o que saiu da minha boca foi bem diferente do que eu pensei.

— Papai! – Uma voz infantil saiu da minha boca, ele sorriu quando eu o chamei.

— Olá querida, onde estão indo com tanta pressa? – Sua expressão era gentil, mas seus olhos mostrava que estava irritado.

— Não sei, mamãe disse que tínhamos que ir. – Respondi inocente.

— Sua mãe deve ter se enganado, vocês não vão a lugar algum. – Seus olhos repousaram ao meu lado, onde vi minha mãe, ela estava apavorada.

— Bel, por favor – Implorou minha mãe. – Aqui não é lugar para ela crescer.

— Isso sou eu quem decide. – Duas criaturas aladas desceram do céu e agarram os ombros da minha mãe e a levaram para longe de mim.

— Mamãe! – Meus olhos se encheram de lagrimas.

Minha visão ficou escura novamente e quando eu despertei Jonathan me encarava amedrontado. Agarrei seu pescoço e comecei a gritar.

— O que você fez com a minha mãe? – Seu medo deu lugar à confusão.

— Senhorita Megan tente não se mexer. – Pediu em quanto afastava minha mão de seu pescoço delicadamente.

— Onde ela esta?

— Não sei do que esta falando. – Meus olhos voltaram a se fechar. Tive pequenos lapsos, Marcus me colocava em seus braços, em seguida o rosto de Asten me encarou, ele sorria.

Quando acordei não estava mais entre os destroços de que um dia foi os aposentos do Marcus, era um quarto diferente, mas tão luxuoso quanto. Uma mão gelada segurava minha mão, levantei a cabeça e vi meu Volturi favorito.

— Ei, desde quando uma fortaleza de vampiros tem camas em seus quartos.

Um sorriso escapou de seus lábios.

— A situação nos forçou a adquirir uma. – Disse Marcus. Seus olhos me encaravam com preocupação, anseio e amor.

— Quando minha mãe me dizia que eu era especial ela falava serio.

— Não devia falar tanto. – Recomendou.

— O que aconteceu comigo? – Ainda estava confusa, aconteceu tudo tão rápido, de forma tão dolorosa.

— A sina dos viajantes – De trás do Marcus apareceu o Asten, com sua roupa que lembrava a de um pirata. – A marca tentou te matar.

— A ouroboros? – Ele confirmou com a cabeça. – Como eu sobrevivi?

— Graças ao seu sangue demoníaco é claro. – Ele estava bêbado? Eu sou humana.

— Eu sou humana!

— Não é o que seus chifres dizem. – Disse Asten.

— O que?

Ele invocou um espelho e deu para Marcus, que ajeitou para mim e eu pude ver o meu reflexo. Realmente estava lá, um par de chifres saindo de cima das minhas orelhas e junto com os meus olhos sobrenaturais.

— Puta merda. – Não a mais nada a ser dita além disso. – Eu sou filha de um demônio?

Asten foi até o criado mudo onde tinha uma jarra com água e me serviu um copo. Minha garganta ficou grata.

— Não é tão ruim, a imortalidade não vai ser um problema para vocês dois. – Sorriu o feiticeiro – Feiticeiros são imortais, se você fosse humana teria que ser transformada para viver pela eternidade ao lado do Marcus, agora não será mais necessário, poderá aproveitar as maravilhas do mundo mortal como um bom porre!

— Isso não tem graça Asten! – O repreendi, mas ele deu de ombros. – Meu pai deveria ser só um bêbado fracassado e não um demônio.

— Se você tiver muita sorte seu pai pode não ser o mesmo que o meu, o que seria uma benção! – Ele parecia torcer por isso.

— Seu pai é tão ruim assim? – Perguntei fazendo uma careta.

— Ele é estranho, lembra um duende que eu conheci uma vez, sempre atrás dos bastidores manipulando as cordas das marionetes. – Parecia realmente um demônio desagradável.

— Não sei se eu tenho muita sorte.

— Já chega de conversa. – Interrompeu Marcus – Você precisa descansar.

— Farei isso com todo o prazer, depois que eu comer. – Mais uma vez tirei um sorriso da sua boca.

 


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Notas finais do capítulo

Não consegui colocar a imagem no capitulo, então aqui esta a verdadeira forma da Megan.
Link: https://imgur.com/a/dcYVkGa



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