UMA INTRUSA EM CREPÚSCULO escrita por Jace Jane


Capítulo 17
Capitulo 17º - Espírito


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpa pela demora, iniciei um projeto que se passa neste universo compartilhado de "Intrusa..", acabei me distraindo.

Gostaria de agradecer a Katy Tonnel e a Natty Farias Freitas pelo comentário deixado no capitulo anterior.



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As palavras saíram da minha boca antes mesmo que percebesse. Oficialmente eu não era uma Volturi, não era casada com o Marcus e nem fui convidada a entrar para o clã – até porque ele era um clã para vampiros – por algum motivo eu já me considerava parte daquele clã bizarramente poderoso. Masha não se importou em seguir minhas ordens, o frio era intenso para os sentidos sobre-humanos que possuía.

— Irei chamar alguém para me substituir – Disse Jonathan depois que a Voda se trancou no banheiro.

— Sabe, eu não irei a lugar algum nesse estado – Apontei o dedo para onde estava o meu ferimento. – E estamos em uma fortaleza com inúmeros vampiros, não preciso de segurança vinte e quatro horas.

O vampiro deu um sorriso de canto e disse a mesma coisa que eu falei a Masha.

— Só estou seguindo ordens. – Dei um suspiro longo.

— Aro? – O vampiro negou, com certeza era o Marcus.

— Converso com o Marcus depois, é melhor você ir se trocar. Vocês dois molharam todo o chão.

— Mandarei alguém limpar.

Jonathan perguntou se eu queria ajuda para ir para cama, eu neguei, ficaria por ali mesmo, antes de sair o vampiro deu mais uma olhada em mim e se foi. Com a minha magia fiz um dos meus livros de magia aparecer em minhas mãos, à pequena Moroi demoraria uns quarenta minutos no chuveiro e eu precisaria me distrair nesse tempo, nada como colocar meus estudos mágicos em dia, estava bem atrasada. Pude treinar alguns feitiços simples antes da garota sair do banheiro enrolada em um roupão com uma toalha enrolada nos cabelos, suas bochechas estavam coradas, dando um belo contraste com sua pele naturalmente pálida.

— A água estava ótima! – Sorriu a jovem Moroi.

— Que bom. – Sorri em resposta. Apontei para o armário indicando como ela deveria prosseguir. – Pode pegar qualquer roupa, a maioria é nova, na gaveta tem roupas de baixo, também são novas. Tenho mais corpo que você mais acho que servirá.

— Desde que esteja seca para mim esta ótima. – Ela se vestiu bem rápido.

Depois de pentear os cabelos molhados se sentou nos pés da cama de frente para mim. 

— Já que estamos dentro de um clã de vampiros – Sua voz estava hesitante, parecia receosa com suas próximas palavras, me deixando inquieta. – imagino que tenham provedores.

O que eram provedores na cultura dos Moroi? A resposta veio rapidamente, ela estava com fome, precisava de um provedor de sangue. Como faziam isso aqui mesmo? Oh céus.

Olhei pra porta já imaginando que teria um vampiro atrás dela e falei em um tom um pouco acima do normal.

— Se tem um vampiro atrás da porta poderia tentar arrumar alguém que sirva de alimento para a vampira aqui no meu quarto. – Mesmo que o vampiro misterioso não pudesse me ver, eu ainda apontei o dedo para a Voda.

— Me dê um instante. – O vampiro em questão era nada mais nada menos que Liliana. – Sorri – A vampira tinha subido em meus conceitos ao me consolar depois das ameaças de Loki.

— Obrigada Lili.

A Moroi me lançou um sorriso envergonhado.

— Não precisa ficar assim, você é vampira e vampiros tem sede – Tentei tranquilizá-la.

— Falando em sangue. – Disse hesitante – Você esta machucada né? Você disse que a marca tentou te matar.

— Não foi bonito. – Interrompi – Uma barra de ferro atravessou meu abdômen, por isso o Jonathan foi lhe buscar, eu não posso me esforçar.

Masha mordeu os lábios nervosa, parecia pensar em fazer alguma coisa, mas tinha duvidas.

— Não sei se sabe, mas os Moroi podem não só manipular os quatro elementos naturais como um chamado espírito, sua capacidade total é desconhecida. – Arqueei a sobrancelha interessada. Eu tinha o conhecimento desse elemento, ele era poderoso e muito perigoso para o seu portador, podendo o levar a loucura. – Eu o tenho. Se quiser eu posso curar seu ferimento.

— Não é perigoso para você? – Perguntei preocupada.

— Eu dou conta – Ela parecia bem despreocupada quanto a isso, o que me relaxou. Uma duvida surgiu na minha mente, eu deveria confiar nela? Até onde ela tinha entendido eu havia a sequestrado, mas aquela dor e a impotência eram irritantes, decidi arriscar.

— Se não se importa.

Com passos decididos ela veio até a mim, com suas mãos em cima do ferimento fez a sua mágica. Senti um formigamento na região e em poucos segundos a dor sumiu, eu estava inteira de novo. A vampira abriu espaço e eu pude levantar e colocar a prova o seu feito. Não pude deixar de sorrir. Corri para os seus braços e lhe dei um abraço.

— Muito obrigada! – Quando nos separamos pude ver que ela sorria também.

Antes que qualquer coisa pudesse ser dita ouvimos uma batida na porta, disse entre na mesma hora, era o Jonathan, vestindo vestes secas, Gianna vinha logo atrás, parecia confusa e me arriscaria dizer até com um pouco de medo.

— Por São Vladimir, ainda bem que chegaram, em Hogwarts não me deram nada. – Por um instante pensei que ela lamberia os lábios pelo jeito que encarava a secretária.

Revirei os olhos, era claro que não teria provedores de sangue lá, era uma escola para bruxos afinal.

— É melhor se sentar, Gi. – Disse.

A secretária ficou confusa, em duvida onde deveria se sentar.

— Na cama mesmo, querida. – Disse em um tom carinhoso. Ela tinha medo do que a aguardava, mal sabia ela que daqui uns segundos estaria chapada pelas endorfinas da mordida.

— Não preciso ensinar o padre a rezar a missa né? – A Moroi estranhou a gíria, mas entendeu do que eu falava.

— Nem precisa avisar. – Gianna sentou na cama e a Voda ficou na sua frente, apoiou uma das pernas na cama e mordeu o pescoço da secretária que acabou deixando a cabeça pender para trás, arfou de prazer.

Virei o rosto não querendo presenciar a cena, uma coisa era ler sobre aquilo, ver pessoalmente era bem diferente. Quando Masha acabou de se alimentar pude ver que o Jonathan e Liliana que estava na porta observando tudo encaravam a cena com estranheza, antes que eu pudesse explicar a vampira tomou a palavra.

— Os Moroi não drenam seus provedores, isso nos transformaria em Strigoi, vampiros imortais sem sentimentos, são bestas, se transformar em um deles é o nosso pior pesadelo. – Os Volturi ainda via com estranheza aquilo, mas não reclamaram, não precisariam substituir a Gianna, isso deveria ser bom. – E a nossa mordida libera endorfinas de prazer. – Da onde eu estava pude ver que suas bochechas pálidas estavam vermelhas ao dar a informação.

— Curioso.. – Comentou Liliana.

Depois que Jonathan levou Gianna embora não demorou muito para os mestres Volturi darem as caras, eu estava louca para mandar eles embora, mas não havia esquecido que eles eram a autoridade máxima do clã, eu teria que aguentá-los contra a minha vontade.

Aro ficou curioso quando Jonathan o informou sobre Masha, foi o próprio Aro que sugeriu que Gianna fosse à provedora dela. Ele estava bem interessado na descoberta de uma nova raça de vampiros. Os deixei conversarem no sofá e pulei para cama onde fiquei lendo o meu livro, dando umas olhadas por cima do livro uma vez ou outra para ver como seguia a conversa, depois de uns minutos de conversa vi Aro tocando nas mãos da Moroi, soube o que ele fazia no mesmo instante, não demorou dois segundos para que ele voltasse a si frustrado. Ele não pode ler um viajante.

Marcus se sentou ao meu lado, ele não tinha a mesma empolgação que seu irmão, embora olhasse para ela com curiosidade. Desisti de ler o livro depois que percebi que estava lendo o mesmo parágrafo pela terceira vez. Com isso Marcus começou a puxar papo.

— Porque a trouxe? – Perguntou sem olhar para mim.

— Ordens de Loki. – Respondi. O senti ficar tenso, ele gostava do deus tanto quanto eu. – Até que ele me pede coisas simples, como impedir uma recém-criada de ser morta e impedir que uma vampira Moroi mude a linha do tempo em Harry Potter, Deus sabe as consequências temporais que ela poderia causar. Sou formada em Doctor Who e sei que pode da uma merda bem grande.

Depois dos Volturi deixarem o meu quarto percebi que Masha estava dando alguns bocejos, sua espécie dormia quando o sol aparecia. A deixei dormir na minha cama e decidi tomar um banho. Quando ela acorda-se estaria pronta para leva-la para casa.


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Notas finais do capítulo

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