UMA INTRUSA EM CREPÚSCULO escrita por Jace Jane


Capítulo 14
Capitulo 14º - Bree Turner


Notas iniciais do capítulo

Atrasei um pouco por puro descuido, foi mal. Mas aqui esta mais um capitulo. Antes de começar gostaria de agradecer a Dayanadaiana123, CatrinaEvans, Natty Farias Freitas e NSBraido por comentarem no ultimo capitulo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/776190/chapter/14

 Em algum momento eu apaguei, com a presença fria do Marcus ao meu lado. Graças aos céus meu sono foi sem sonhos, podendo assim acalmar minha mente. Ao abrir meus olhos presenciei o por do sol pela janela da varanda do meu quarto, o céu estava alaranjado, aquela visão era relaxante depois do trauma que sofri.

Vocccê me prrrometeu um paláaacio!— Por um momento havia esquecido que morava com uma cobra. – E tudo que fizzz até agora foi caçarrr ratosss no seu porão.

Eu mau acordo e você já reclama.— Esfreguei os olhos para limpar a sujeira que se acumulou durante o sono em quanto me levantava.

A cobra rastejou até a minha perna e levantou sua cabeça feita uma naja.

Eu ainda não te dei um nome né.— Observei.

— O que esta resmungando? – Perguntou uma voz grossa ao meu lado. A voz era do Marcus, sua expressão era confusa.

— Eu não te contei ainda né. – Virei meu rosto para encarar seus olhos vermelhos – Eu falo com as cobras. Descobri esses dias, mas não é muito importante.

— Você esta falando com uma cobra, e isso não é relevante? – Suas grossas sobrancelhas estavam arqueadas, julgando minhas absurdas palavras.

— Pra quem viaja pelo multiverso através de superfícies refletivas, saber falar com as cobras não é tão significante assim. – Expliquei.

— Falando assim.

Respirei fundo em quanto esperava pela esperada pergunta “Porque eu estava chorando?”, se pudesse queria evitar, mas não dava para fugir, uma hora teria que contar.

— Fui comunicado que você fugiu de sua guarda, quando eu cheguei você estava chorando, o que aconteceu? – Colocou sua mão por cima da minha, o que me relaxou para contar.

— Minha vinda para este mundo não foi um ato aleatório. – Revelei – O ser que me trouxe aqui, Loki, pretendia me obrigar a fazer uma coisa para ela em troca de me levar para o meu mundo original. A tarefa era de eu liberta-la de sua prisão, mas eu me neguei a fazer, e com isso eu continuei neste mundo. Para mim não era ruim, o começo foi por estar sozinha, mas estar com você me fez querer ficar. – Dei uma pausa antes de continuar. – Ela voltou a aparecer para mim tempos depois de renega-lá, em meus sonhos ou como uma projeção. Só fazia breves comentários, eu era uma mera distração para o seu sofrimento, até hoje. – Com a minha outra mão a coloquei sobre a sua a segurando com força, em quanto reprimia minha vontade de chorar. – Eu pretendia fazer uma visita ao Magnus, seria rápido, só para mostrar que eu to viva, mas ao atravessar o espelho eu não estava na sala dele, mas no meu quarto, eu tentei voltar pra cá, mas não conseguia, fiquei presa lá, foi quando ela apareceu, estava irritada, Loki foi libertada de sua prisão e começou o acerto de contas. – Não consegui impedir as lagrimas de saírem. Senti seus braços me cercarem, encostei minha cabeça em seu ombro e assim fiquei até me acalmar.

— Ela lhe feriu? – Perguntou preocupado.

— Só o meu psicológico. – Respondi. – Ela também me deu uma tarefa, ta mais para uma ordem, e não é bom desafiar um deus, principalmente o da trapaça.

— O que você tem que fazer?

— Salvar uma garota chamada Bree Turner, que será morta por um Volturi. – Saí de seus braços para encará-lo. – Preciso da sua permissão para salvá-la.

— Se ela descumpriu nossas leis terá que pagar. – Avisou.

— Ela foi criada por uma vampira com sede de vingança por ter seu companheiro morto, nunca chegou a ser instruída, ela só precisa de uma chance. – Implorei.

— Preciso informar ao Aro e o Caius.

— Então vamos! – Corri para o armário e peguei um casaco grosso e enrolei a cobra em meu pescoço. Um lugar perigoso para transportá-la? Sim e muito, mas em quanto tivéssemos um acordo eu estaria segura.

***

Aro ficou a par de toda a situação ao tocar a mão de Marcus. Alguns vampiros desenvolve um dom depois da transformação, a do Aro era ler todos os pensamentos que a pessoa já teve com um toque. Assim que ficou atualizado o vi me encarar espantado.

— Você esta bem, Aro? – Perguntei preocupada, ele parecia chocado. Ai meus Deus! Ele sabe, ele sabe da mim e do Marcus. – Não fique tão espantado, sua esposa já deve ter feito isso em você.

— O que a Sulpicia já deve ter feito? – Perguntou Caius atravessando a sala do trono, acompanhado de um homem muito parecido com ele, o contraste era enorme. De que século aquele cara veio?

Meu rosto ficou vermelho com a pergunta.

— Nada! – Cortei. Olhei para o Marcus e para minha surpresa ele estava serio.

Aro balançou a cabeça, devia querer tirar a imagem da mente, tadinho, traumatizei o cara.

— Então? – Perguntou Marcus ao Aro.

Ele não o respondeu, mas olhou para a duplicata de Caius.

— Você já teve que obedecer alguma ordem de Loki? – Perguntou Aro. Eu o encarei surpresa, porque ele faria esse tipo de pergunta para aquele cara, será que ele era como eu?

— Já, e não foram poucas, o desgraçado sabe como te manipular – Respondeu a duplicata.

— Explique. – Pediu Aro.

— Quando eu rejeitei sua primeira ordem ele me fez ter pesadelos por semanas, me privei do sono e quase fui à loucura – Ele fazia caretas ao relembrar. – Outra vez ele matou minha namorada, depois minha amante e depois o meu outro amante. Não é muito sábio contrariá-lo.

Aro nos deu as costas e ficou refletindo.

Em quanto ele pensava em qual decisão tomar eu decidi analisar a duplicata. Em questão de físico ele era um pouco mais magro que o Caius, seus cabelos eram mais escuros, sua camisa aberta revelava algumas tatuagens, incluindo a ouroboros que nos identifica como viajantes que não tinha percebido antes.

— Mais que bela dama temos aqui. – Sua expressão seria foi substituída para uma mais amena e simpática. Caminhou até a minha frente e delicadamente pegou minha mão e depositou um beijo. Olhei de relance para o Marcus e ele encarava o homem com suspeita. – Meu nome é Asten Leviathan, o seu seria?

— Megan Rodrigues – Me apresentei um pouco acanhada.

— Megan – Repetiu saboreando o meu nome – Posso passar no seu quarto mais tarde?

Abri a boca chocada, quanta audácia!

Essse cara tem caraa de mulherengo, foge Megan, foge! — Disse a cobra enrolada no meu pescoço. Asten riu, ele deveria falar a língua das cobras como eu.

— Uma dama não pode receber um cavalheiro em seu quarto sendo comprometida. – Puxei minha mão e ele se afastou.

— Isso nunca foi um problema para mim – Comentou com um sorriso malicioso nos lábios.

— O ultimo homem que tentou algo contra mim levou uma surra do meu namorado. – Lancei um sorriso para o Caius, que franziu a testa com a péssima lembrança.

— Asten perceba as entrelinhas. – Gritou Caius irritado. – Não esta vendo que o Marcus esta quase voando em cima de você?

— O que? – Gritou o homem espantado – O viúvo conseguiu uma namorada? Impossível!

— Eu teria cuidado com suas próximas palavras, Asten. – Falou Marcus lançando um olhar mortífero para viajante.

— Eu decidi! – Falou Aro dispersando a atmosfera tensa que foi criada com a ameaça do Marcus. – Traga essa Bree Turner para os Volturi.

Sorri animada.

— Obrigada Aro! – Agradeci. – Eu vou buscá-la pessoalmente, e não Marcus, você não vai me impedir – Logo deixei claro. – Minha guarda vai comigo.

— Asten vai com ela. – Pediu Marcus, nos deixando espantados.

— Claro, protejo sua dama com prazer, com todo o respeito! – Adiantou o viajante, para o Marcus não avançasse contra ele. – Pra onde vamos? – Perguntou para mim.

— Forks! Sidney, Lili e Jonathan, deem as mãos – Pedi estendendo as minhas para Jonathan e Asten, o viajante segurou a da Sidney para fechar o circulo.

— Para quê isso? – Perguntou Asten curioso.

— Para o teleporte – Fechei os olhos e senti a energia estática me cobrindo e se espalhando para os outros. O nosso destino seria um lago que ficava perto da localização da Bree, e o único lugar que daria para eu atravessar, não havia nenhuma área próxima que atendia os requisitos para o transporte. A sensação de atravessar a água apareceu e quando abri os olhos estávamos na margem do lago, meus pés ficaram molhados em contato com a água. – É só seguir o cheiro de cachorro molhado! – Apontei.

Jonathan me pegou no colo e correu pela montanha, o vento batia no meu rosto como uma navalha. Fechei os olhos e esperei ele parar, acho que vomitaria. Quando coloquei os meus pés no chão dei graças a Deus.

— A primeira vez que corri nas costas de um vampiro também foi desagradável. – Comentou Asten sendo solidário.

— Ainda bem que não comi antes de sair de casa. – Me recompus e entramos na clareira. Felix estava prestes a matar a vampira que eu deveria salvar. – Felix não!

O Volturi segurou o pescoço de Bree e me encarou surpreso, corri em sua direção e o encarei.

— Tenho autorização de Aro para levar a garota para Volterra.

— Isso é verdade Jonathan? – Perguntou Jane para o vampiro atrás de mim.

— É verdade. - Confirmou

— Largue-a Felix. – Ordenou Jane contra gosto. – Me pergunto qual seria o interesse do mestre Aro em uma recém-criada.

— Nenhuma – Respondi – Quem tem interesse sou eu.

— É claro, ele só esta fazendo a sua vontade. – Falou Jane com um tom petulante.

— É uma das vantagens de namorar um dos três lordes Volturi, sua palavra passa a ter valor, sendo mortal ou não. – Disse no mesmo tom, seus olhos contraíram de raiva, embora o resto de seu rosto não mostrasse nada.

— Certamente.

Olhei para os vampiros de olhos amarelos que observavam nossas gentis trocas de farpas, Alice, Bella e o namorado dela estavam entre eles, os outros eram rostos novos para mim.

— Essa é a segunda vez que nos encontramos em situação de risco, Alice. – Comentei para a vampira, ela estava tensa, os Volturi possuem uma autoridade que amedrontava qualquer um vampiro. – Espero que não vire um habito.

— Também espero. – Disse Alice.

— Bree Turner, venha se quiser viver – Estendi minha mão em sua direção e com cautela ela se pós a minha frente. – Você será instruída sobre as leis do mundo dos vampiros, qualquer infração a elas você será condenada a morte. – Ela morria de medo, mas faria qualquer coisa para manter sua cabeça em cima do pescoço. – Deve estar com sede, quando chegarmos a Volterra será alimentada, até lá não mate ninguém. – A vampira concordou sem pensar duas vezes.

— Onde esta sua educação? – Repreendeu-me Asten.

— É claro, sou Megan Rodrigues..

— Futura Volturi – Cortou Asten com um sorriso no rosto. – Eu sou Asten Leviathan. Esses atrás da gente são Sidney, Liliana e Jonathan, os guarda-costas da Megan.

— Sou Carlisle Cullen – Apresentou-se o mais velho dos vampiros de olhos amarelos. Seus cabelos eram loiros iguais ao do Caius. – Essa é a minha mulher Esme, e esses são os meus filhos, Jasper, Emmett, Rosalie, Alice e Edward. – Sua expressão era simpática, embora parecesse ansioso com alguma coisa.

— Espero vê-los em circunstancias mais agradáveis, agora precisamos ir.

— Dessa vez me permita realizar nosso teletransporte? – Pediu Asten.

— Claro. – O encarei curiosa. Será que seria em estilo Magnus Bane ou Clarissa Morgenstern?

Asten estendeu a mão para frente movimentou os dedos em um circulo, em quanto a sua frente formava um circulo luminoso que lembrava a quando colocava fogo em uma esponja de aço. Do outro lado estava a sala do trono, Aro e Caius nos encaravam abismados.

— Estilo Doutor Estranho então. – Asten se virou para mim e deu um sorriso.

— As damas vêm primeiro. – Puxei a Bree e tomamos a frente, Sidney e Liliana nos seguiram, os rapazes vieram logo atrás. O portal foi fechado assim que Asten passou por ele. – Melhor do que molhar os pés!

Revirei os olhos com o comentário, se eu soube-se nos teletransportar de outra forma eu teria feito.

— Bree! – A vampira logo se encolheu com o meu chamado. Segurei seus ombros e a empurrei para o Aro que segurou uma de suas mãos. – Ele tem um dom e ta usando em você, para saber se cometeu algum crime punível com a morte.

— Isso era para acalmá-la? – Disse Asten pasmo.

— Mas não é isso que ele esta fazendo? – Rebati.

— Bem vinda aos Volturi, Bree Turner. – Desejou Aro ao soltar as mãos da vampira. – Renata, alimente esta recém-criada. – Ordenou Aro para uma vampira da guarda, depois a oriente.

— Se nos derem licença, eu e essa bela dama precisamos conversar. – Disse Asten colocando as mãos nos meus ombros e me guiando até a porta. Olhei para trás e Caius cochichava algo no ouvido do Marcus. O deixei me levar até a sala que Aro costumava usar para conversas sigilosas, o cômodo era aprova de som. O que ele queria falar eu não fazia ideia, só esperava que não viesse com galanteios pra cima de mim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "UMA INTRUSA EM CREPÚSCULO" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.