P.O.V. Jered.

Eles começaram a dançar. E era uma música meio macabra, a dança era cheia de giros, tinha uma certa conotação sexual, mas até ai.

A garota que estava fantasiada de sereia também dançava e tinha conchas enfeitando o cabelo loiro com mechas azuis. Era mais do que dançar, era algo ancestral, como uma tradição ou um ritual.

E quando a dança acabou, começou uma confusão. Fogo para todos os lugares, aquelas criaturas horripilantes cheias de tatuagens atirando nas  pessoas e então, eu percebi que Bev estava certa. Não eram fantasias.

Nenhum ser humano conseguiria correr tão rápido, escalar com tanta facilidade, pular tão alto e cair com aquela graça.

—Parem!

Sil abaixou a manga do vestido.

—Isso é o que vocês querem. Sou eu. Então venham me pegar seus filhos da puta!

As criaturas apontaram as armas para ela, mas algo aconteceu.

—Seus tolos. Se colocarem contra nós no nosso dia mais sagrado, nosso local de poder, na nossa hora mais forte! Bruxas de Londres, esta cidade conhece a violência á muito mais tempo do que conhece a nossa magia. E foi por isso que á séculos atrás os nossos ancestrais, criar o lugar ancestral. Assim poderíamos ter algo, algum tipo de poder... para podermos sobreviver neste lugar! Mas, eu percebi que o nosso vínculo com este Poder está ficando muito, muito tóxico. Neste momento, nossos ancestrais estão vivendo em horror! Neste momento, nossos ancestrais não tem nenhuma paz! E é por isso que esta noite. Na noite de Todos os Santos, nós vamos libertá-los! Assim cada um dos nossos mortos, será livre!

Ela começou a andar no meio daquele povo.

—Quando libertarmos o Poder ancestral, nossos ancestrais vão encontrar paz, mas nossa magia vai mudar para sempre. Nosso Poder vai vir da própria terra, da natureza. E não tem volta. Então, vamos mandar pau. 

Eles começaram a se dar as mãos.

—Niv avec new. Niv avec new.

Enquanto eles entoavam aquele cântico havia uma luz, uma esfera de luz gigante saindo do chão, brotando de lá.

—Continuem. Não parem.

Aquele povo continuava recitando aquele cântico, então ela virou-se para as criaturas que lhe apontavam armas.

—Agora, seu líder massacrou o povo da minha mãe. E Hino morreu em nome da pureza, pela sua crença resoluta e inabalável de que os Morganianos são a única e verdadeira espécie. Agora, vocês que o apoiaram vão compartilhar o destino dele.

Ela desarmou os bichos. E eles ficaram encurralados.

—Eu vou adorar isso.

O homem de olhos vermelhos colocou a mão no ombro dela.

—Vai lá querida, coloca tudo pra fora.

E enquanto os outros bruxos faziam aquele ritual, com um grito super potente, Sil liberou essa quantidade massiva de energia, aquela luz azul e fria que chacinou as criaturas. Um a um eles caíram mortos. Os olhos vazados, como se o cérebro tivesse derretido.

—Puta merda.

Disse a Bev.

—Ei, querida, você está bem?

—Eu... nã... nam...

—É vou tomar isso como um não.

—Eles estão todos... mortos?

—Sim. Temo que sim.