Mundos Colidindo escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 12
Happy Halloween




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P.O.V. Beverly.

Estou muito animada para a festa. Meu irmão está fantasiado de Príncipe Encantado, eu acho. Ele tinha uma espada, capa e tal.

—Porque você está fantasiado de Príncipe Encantado?

—É uma roupa histórica.

—Acho que é por causa da Sil.

Quando chegamos havia uma carruagem negra com cavalos mortos esperando.

—Uau! Arrasaram nos efeitos especiais.

E a condutora estava fantasiada de fantasma e era tão real.

—Por favor, senhoras e senhores mostrem seus convites.

Tiramos os convites dos bolsos e a porta da carruagem negra abriu sozinha.

—Bem-vindos.

Nós subimos e a carruagem começou a andar. Quando chegamos era uma mega mansão, mas haviam trepadeiras subindo pelos enormes muros de mármore branco, rachaduras, névoa para todo o lado e velas.

—Irado. Arrasaram na decoração.

Os portões estavam trancados.

—Acho que temos que mostrar o convite.

—Certo.

No momento em que mostramos os convites os enormes portões de ferro se abriram sozinhos. Nós entramos e passando a névoa havia um lago vasto e vítreo e de dentro do lago emergiu uma sereia.

—Caramba! Fantasia legal.

Ela olhou para mim como se eu estivesse falando a coisa mais absurda do mundo.

—Fantasia? Oh, é claro. Fantasia. Vocês devem ser os mundanos.

Então, Sil vem carregando uma bandeja.

—Eu trouxe comida, Aqua. Trouxe frutos do mar e peixe.

—Isso eu como todos os dias.

—Por isso também trouxe canapés, doce de abóbora e...

—É disso que estou falando.

—Aproveite.

Quando eu olhei para o que ela estava usando... 

—Caramba!

Blusa decotada, jaqueta, calça e botas de couro com salto e bico fino. A maior femme fatale de todas. Ela tinha uma baita comissão de frente e os olhos azuis brilhavam naquela penumbra.

—Nossa! Se eu tivesse essa sua comissão de frente eu tava feita.

—Vocês estão muito bem nestas fantasias. E o que temos aqui, um gladiador e uma princesa romana. E uma Branca de Neve e um Príncipe Encantado. Eu gostei.

P.O.V. Jered.

Estou tentando dizer alguma coisa, mas não consigo. Acho que estou babando. Não literalmente, ainda.

—Bom, Ian não quero te alarmar, mas você tem concorrência.

—Concorrência?

—Venham, vamos entrar.

Por dentro a casa parecia ainda mais... mal assombrada. Teias de aranha por todo lugar, velas, uns candelabros velhos de madeira, de metal, entalhados. A lareira de mármore entalhado estava acesa e tinha uma galera lá. As fantasias deles eram incríveis. Os olhos vermelhos, as presas saindo da boca e havia uma fonte de sangue falso que era demais.

—Maneiro!

Estava tocando música, tinha um DJ, mas também tinha uma orquestra.

—Porque a orquestra?

—Para a Valsa da meia noite. Prometo que vai arrepiar até o seu último fio de cabelo.

Havia uma mesa com comidinhas e doces, copos vermelhos de plástico e uma tigela de ponche. Peguei um cope e fui até aquela fonte enorme.

—Cara, que legal. É uma cascata de sangue falso!

P.O.V. Sil.

Eu estava dançando com o Jered quando vi pelo canto do olho o que a Beverly ia fazer.

—Beverly não!

Muito tarde. Ela já tinha levado o copo á boca.

Ela cuspiu de volta no copo. E veio correndo até onde eu estava.

—Vocês são loucos! Aquilo não é falso! Aquilo é sangue de verdade!

P.O.V. Beverly.

Ela não tava surpresa, nem chocada, nem horrorizada. Só deu um sorrisinho maligno para mim. E disse:

—Bem vinda ao submundo, Princesa.

Sil pegou um copo, pegou o sangue da fonte e bebeu.

—Delícia.

Quando ela sorriu, os caninos viraram presas.

—Você é uma vampira.

Olhei em volta e percebi que... todas as fantasias, não eram fantasias.

—Eles não estão fantasiados, estão?

—O que você acha? 

—Do que vocês duas estão falando?

—Eles não tão fantasiados Jered! Eles são mesmo, elfos e fadas e a sereia do lago é de verdade! É tudo real!

—Bom, é quase meia noite. Preciso trocar de roupa. Não dá pra valsar com uma roupa dessas. Vou precisar de um vestido longo e bufante. Com licença.

P.O.V. Jered.

O que diabos está acontecendo com a Bev?

—O que deu em você Bev?

—Jer, o sangue na fonte. Não é falso. Nada disso é falso. As fadas, os elfos, a sereia no lago. Eles são todos reais. Acho que é Sil é uma vampira!

—O que tinha no seu ponche?

—Olha em volta. Essas "fantasias" são boas de mais não são?

—E dai?

Ela pegou um copo de plástico, encheu na fonte e estendeu pra mim.

—Bebe.

—Beverly...

—Bebe, Jeremy.

Quando senti o gosto metálico na boca, fiquei meio chocado.

—Tá é sangue de verdade. Isso não prova nada.

Infelizmente a prova de que eu estava errado e ela certa não estava longe de nós. E foi horrível.

 


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