Capítulo 4 – Talvez um novo pensamento?

O caminho de volta para casa foi normal, a não ser por uma coisa...

Além da Alicia, está louquinha para "sem querer" esbarrar com o Justin, parece que ele resolveu adivinhar isso e ficar na frente da casinha dele, tocando violão e cantando com mais dois amiguinhos dele.

É CLARO que a Alicia pirou, a garota quase desmaiou, já eu, como estava irritadíssima com ele, continuei andando deixando a coitada para trás, foi ilária a cara que ela fez - to falando preciso me lembrar de tirar fotos nessas horas, eu posso precisar de alguma coisa no futuro e fazer uma chantagem, mas... -, ela apertou o passo e veio até mim, que a essas horas já estava dentro de casa pensando em como estragar o momento do Justin Bieber, e é claro que a minha mente não demorou muito para pensar em alguma coisa produtiva. Logo peguei a minha guitarra e comecei a tocar Slow Ride, só que dessa vez dentro do meu quarto para não levar ovada - deve existir essa palavra, eu acho -, aproveitei que a minha mãe não estava em casa e coloquei o som MUIITOO alto. Acho que não demorou três minutos para que tocassem a minha campainha, é claro que eu não ouvi mas começaram a gritar lá em abaixo e eu e Alicia descemos.

Eu estava com um super sorriso, para mim com certeza seria Justin reclamando e eu acertei.

- Olha, já percebi que você quer me irritar, dá pra você parar de fazer barulho, já é de noite. - ele disse irritado, com um dos garotos atrás dele.

- Um... - eu disse olhando para o meu relógio - aqui no meu relógio ainda não deu dez horas, o que quer dizer que eu ainda posso fazer barulho sem ninguém reclamar, mas é claro que se você pedir desculpas pelo ovo eu posso pensar em parar de tocar.

- Eu não tenho que pedir desculpas, você me provocou! E outra, pode ficar tocando a sua guitarrinha! - ele disse virando as costas e saindo.

- Arrg, eu estou realmente irritada agora, vamos assistir um filme?

- Não Sammy, eu tenho que ir pra casa agora, vem comigo por favor eu não quero ir sozinha... - Alicia disse manhosa.

- Querida usa o cérebro, se eu for com você eu vou voltar sozinha!

- Ah, mas ninguém mexe com você Sammy, se não você bate neles!

- Ok, eu vou!

Nós saímos da minha casa e fomos em direção à casa da Alicia, estava realmente escuro e a iluminação estava meio ruim na rua. A Alicia estava morrendo de medo, eu não sei do que porque moramos em um bairro rico, não tem trombadinhas. Nós continuamos andando em silêncio, não sei porque mais a Alicia estava estranhamente quieta, acho que era o medo. Do nada, do nada mesmo, a gente ouviu um grito e quando viramos para trás tinha um ser com uma máscara horrenda de Halloween na cara gritando, a Alicia começou a gritar como uma louca desesperada, tudo bem, eu também tomei um susto mas não é pra tanto né!

- Cara, você precisava ver a sua cara garota! Nossa foi muito engraçada! Você ia gritar, muito mas aí a sua amiguinha gritou mais! - o Justin disse se matando de rir.

- Ha-ha, por que então você não volta pra sua casinha e pensa em  uma outra forma de me assustar porque essa não deu muito certo? - eu disse convenciada.

- Porque eu posso fazer isso mais tarde. É perigoso duas garotas andando assim sozinhas na rua, eu acompanho vocês! - o Justin disse andando ao meu lado.

- Ah, qual é? O que eu fiz hein? - eu disse olhando pro céu.

- Mas é verdade Samantha, é perigoso! - a Alicia disse, a minha vontade foi de pular no pescoço dela e esganar.

- Hum... o seu nome é Samantha então... - o Justin disse.

- É, guarde esse nome para o seu pesadelo! - eu disse.

- E qual é o seu nome? - ele disse se referindo à Alicia.

A garota não conseguiu responder, acho que ela tem algum problema quando está perto dele, então eu tive que responder.

- É Alicia, liga não ela não é muito normal.

- Hey, para com isso Sammy! - ela protestou.

Chegamos até a casa dela, nos despedimos com um "tchau" gritado e eu fui voltando para casa como se não existisse ninguém além de mim ali, a não ser um garoto chato dando uma de meu segurança particular, mas pra falar a verdade até que tava sendo legal.

Ele começou a cantar só para me irritar.

"Love me, love me say that you love me fool me, fool me oh how you do me kiss me, kiss me say that you miss me tell me what I wanna hear tell me you love me"

- Para, para, para. - eu repetia.

Eu quanto mais eu falava para ele parar mais ele cantava, eu estava me controlando então para não bater nele resolvi cantar também.

"Why'd you have to go and make things so complicated?  see the way you're acting like you're somebody else gets me frustrated  Life's like this you  You fall and you crawl and you break  and you take what you get and you turn it into  honesty you promise me I'm never gonna find you fake it  no no no. Chill out whatcha yelling for?  Lay back, it's all been done before  And if you could only let it be  You will see "

Foi bem engraçado, apesar de a gente não estar cantando músicas de acordo com a situação foi engraçado. Eu continuava odiando ele, mas parecia que ele não me odiava.

Chegamos até a minha casa, e o carro da minha mãe estava na garagem, imediatamente eu disse:

- Merda, a minha mãe chegou e eu não estava em casa, to ferrada.

- Por que?

- Simplesmente porque os vizinhos antigos viviam reclamando de mim, primeiro ela arrancou a porta do meu quarto e agora eu não posso ficar saindo de casa de noite.

- Jura que ela tirou a porta do seu quarto?

- Sim, eu to ferrada.

- Vai lá então.

- Tchau. - eu disse enquanto saía correndo.

- Tchau. - o Justin gritou indo pra casa dele.