Zombie AU escrita por Penelope


Capítulo 16
As coisas podem mudar




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Merida Dunbroch

— Eles eram canibais – Peter disse com raiva nos olhos, e sangue no pequeno corte da boca. Ao longe podíamos ver amanhecendo, Jamie dormindo no colo de Rapunzel e as outras crianças na sala deitadas de algum jeito no sofá. - Eu não consigo tirar da cabeça aqueles corpos. E sei que vocês também não – Ele tocou a mão de Alice. Nós estávamos na cozinha conversando, como dormir depois dos dois terem voltado? Tipo, agora? Não mesmo.

— Eu não tenho certeza se aqui é um bom lugar pra ficarmos. - Violeta comentou e eu vi o olhar dela ir para as crianças na sala.

— Espera que fiquemos o tempo todo vagando por aí? Vih, o Zezé já tá pesado, não conseguimos ficar carregando ele e também ele anda devagar.

— Compreendo o seu argumento, Peter. Mas, não sei se vamos durar aqui. E se aqueles piratas nos encontrarem? O que vai ser das crianças? Dos meus irmãos? Eu já perdi meus pais. - Ela começou a chorar e eu a abracei.

— Todos perderam alguém, Vih. - Afastei seu cabelo. - Quem garante que vamos durar na estrada?  É mais perigoso. - Parei pra olhar para Hiccup, que mais cedo me falou de uma ideia.

— Eu pensei que de repete podemos erguer um muro em volta. Eu e Merida conversamos, eu acho que podemos ir procurar alguns materiais, e no deposito desta casa tem alguns. Em busca de alimentos podemos procurar material e

— Estou bem preocupada com essa situação em que estamos. - Alice interrompeu-o. - Mas, apesar de estar preocupada e não fazer ideia do que vamos fazer em seguida. Eu acho uma ótima ideia – Sorrimos e concordamos.

Alice terminou de cuidar dos ferimentos de Peter. E chamou Jack, perguntando ao nosso líder com os olhos o que ele achava.

— Eu confio no Hic. Ele é brilhante, sei que da conta a parada – Sorriram um para o outro. – Mas, e você Peter? Punzel? A opinião de vocês também importa. – Desde que Punzel voltou, Jack não soltou a mão dela. Era bonito. Os dois gostavam mesmo um do outro.

— Que tipo de materiais você encontrou? – Peter perguntou a Hic e ele olhou para mim.

— Uns 15 sacos de cimento, e acho que 20 de areia.

— Tem algumas pedras também. Acho que eles já tinham isso em mente. – completei – construir algo, só não sabemos se era antes ou depois do fim do mundo – rimos com fraqueza. E então Peter pensou e perguntou mais.

— Acha que dá?

— Talvez. Tem que calcular e saber direito o que fazer. Eu ia calcular e ter um plano mais formado antes e contar pra vocês. Mas, também estou feliz que contei agora. Assim eu e Merida não temos que queimar as cabeças sozinhas.  – Parecia que Peter não tinha mais nenhuma pergunta. Então, olhamos para Rapunzel que parecia pensar em o que perguntar. – Punzel, er, é segurou. Vamos conseguir e-

— Não é isso. Eu sei que podemos conseguir. Só estou preocupada por que se pegarmos para trabalhar nisso todos os dias. A gente vai se sujar muito e eu não gosto de dormir cheia de cimento né. – Rimos 

— Ela quer estar limpinha para deitar com o Frostiota. – Alice disse e depois um papel amassado voou na direção dela. Era Jack, ela conseguiu desviar. Ficamos rindo da situação.

Quando vimos algum carro passar em alta velocidade na estrada, quem estava de contas para janela pode não ter visto, mas ouviu. Abaixamos em sinal de medo. Poderiam ser eles. Ouvimos uma batida. Olhei para Vi e Alice. Elas entenderam e começaram a pegar as crianças e ir para o porão. Zezé ameaçou chorar, mas Vi conseguia se virar.

Pegamos alguns objetos que transformamos em armas, e Jack segurava a espingarda. Hiccup ficou na casa perto do porão e pedi para Peter ficar escondido, na entrada da casa. Eu, Jack e Rapunzel fomos ver o que era.  Jack contornou pela floreta enquanto eu e Punzel fomos direto pela estrada em direção a uma camionete batida.

Vimos uma garota sair cambaleando do carro. Mirei meu arco nela. Rapunzel chamou minha atenção levantando a mão.

— OLAF! – A garota gritou e olhou dentro do carro. – ELE VIROU, ELE – Ela chorava ao mesmo tempo em que gritava, ela entrou no carro. Reparamos no Jack, na beira da floreta a frente do carro. A garota saiu e outra pessoa saiu também, e mais uma pelo outro lado. Eles pareciam não perceber nós duas. Antes que o garoto tivesse a chance de dar a volta, Jack o impediu.

— Ei! – Ele destravou a espingarda. – Mãos para cima!

— Ele tá machucado. Por favor, se acalme. – Rapunzel segurava um machado. Chegamos perto e eles repararam. Eu apontava para a garota que segurava outro cara nos braços. Jack ficava atento para o outro do outro lado.

— Põem ele com cuidado no chão. – A garota chorava e estava com a testa sangrando. Ela olhou para o rapaz do outro lado e o garoto acenou com a cabeça, e a garota fez o que Rapunzel pediu – Agora vai pra frente do carro. Segui a garota que tinha as mãos levantadas.

— Você também. – Jack falou com o cara – Devagar. Os dois. – E Eles fizeram. Olhei para Rapunzel por um minuto, que antes de abaixar a guarda para ver o cara ferido no chão, perguntou.

— Ele foi mordido?

— Não.

— Algum de vocês foi? – Perguntei.

— O Weselton! Mas, er, eu, eu matei – O Rapaz respondeu. Assenti para Rapunzel e ela abaixou para ver o cara no chão.

— Quem são vocês? Trabalham para os piratas? – Jack perguntou.

— Nós só, - a garota tentou dá uns passos para frente, mas eu a impedi. – Só estamos de passagem. EU juro. Juramos que não trabalhamos para ninguém. Weselton era nosso mentor, um colega de –

— Anna! Deixa! Eles não vão acreditar. – O garoto ao lado disse. – Como está o Olaf? – Ele gritou perguntando para Rapunzel. Ela não respondeu. – se quiserem nós esvaziamos os bolsos. Tudo. Podem revistar tudo, só cuidem do Olaf para podermos ir.  – Olhei para Jack. E ele assentiu. Mirei para o céu e soltei uma flecha, para dar sinal para Peter vim até nós.

Menos de dois minutos ele estava perto de Rapunzel. Disseram algo e ele foi até a gente. Pedi para esvaziarem os bolsos e Peter revistá-los e revistar o carro. Logo juntou em um canto coisas destes forasteiros.

Nessa pilha tinha três bolsas grandes, uma com vários tipos de frascos e remédios, outra alimentos e a outra roupas, eles tinham 4 armas exatamente. Uma pistola para cada e nenhuma munição, achei bem estranho.  E também tinham 3 cobertores e combustível.

— O amigo de vocês quebrou a perna e talvez uma costela.  – Rapunzel disse enquanto segurava a cabeça do amigo deles no colo – Vai sobreviver. – Peter levou o que podia para a casa. E Jack começou a carregar pelos ombros o amigo dele, quando Peter voltou e pegou sua arma. Rapunzel levou o resto das coisas, e os outros dois forasteiros, de mão para cima, andaram em direção a casa.

Jack o colocou no sofá e olhou para Hiccup que iria abaixar a guarda, mas viu os outros dois entrando na cabana.

— Hic. Amarre-os. – Hiccup fez o que Jack pediu e logo os dois estavam sentados no chão de frente para o sofá, vendo Rapunzel pegar o Kit de enfermagem. Fui até a cozinha com Jack e Hiccup.

— O que vocês acham? – perguntei.

— Acho que eles não têm nada a ver com os piratas. Os piratas estão bem longe. – Hic falou.

— É, mas Peter e Rapunzel nos encontraram. Eles também podem. Com as mensagens.

— Eu apaguei. – Rapunzel chegou com as mãos com um pouco de sangue – Depois da segunda mensagem, quando eu finalmente entendi. Eu apaguei. Com essa ideia, que talvez eles seguissem as mensagens, ou qualquer pessoa. – Ela lavou as mãos e voltou para lá.

— Jack? A gente pode cuidar deles. Conversar eu não sei, só sei que, Norte fazia isso. Ele tentava sempre ajudar as pessoas. E podemos fazer isso – Conversei sentando-se à mesa. EU queria ajudar. Algo me dizia para ajudar.

— Hic? – Ele esperava uma resposta de Hiccup. Hiccup olhou para mim, ele sabia que eu queria ajudar. Ele sabe como eu sou.

— Por mim sim. Fazemos umas perguntas – Ele massageou meus ombros – e se eles quiserem podem ficar.

— Tenho que perguntar aos outros. – Assentimos e vimos Jack descer pro porão. Peguei a arma de Peter e ele foi falar com Hiccup.

— Ele vai bem. A perna dele deve ficar melhor daqui a um tempo,  mas pode demorar por que não tenho equipamentos muito bons para uma perna quebrada– Rapunzel falou pros dois. – Querem que eu examine vocês? – Ela apontou para a garota, Anna. – Esse corte no seu rosto não ta bonito. – Ela assentiu e antes de começar a examina-la Jack a chamou.  Hiccup chegou perto de mim falando no meu ouvido que todos concordaram.

Hiccup foi lá e desamarraram-nos.

— Eu sou o Jack. – Ele apresentou a gente. E ainda não tinha comentado com eles que Alice, Violeta e as crianças estavam no porão. Eles se apresentaram. Anna, Kristoffer e Olaf. – EU quero fazer umas perguntas para vocês. – E ele fez. Peter e Hic complementavam às vezes e Punzel ainda cuidava dos ferimento deles.

De acordo com o que eles contaram. Eles foram à busca de suprimentos, mas seu colega de trabalho Weselton não avisou que foi mordido, então ele virou dentro do carro. Mas, antes que algo mais grave acontecesse Olaf atirou nele, fazendo Anna perder o controle do carro. 

— Se quiserem podem ficar conosco – Eu disse e eles se entreolharam, e antes que pudesse responder seu amigo Olaf acordou.

— Olaf você está bem? – Anna perguntou. – Como se sente?

— to bem, onde estamos?

— Umas pessoas que moram perto nos deram abrigo. – Kristoffer respondeu.

— Weselton desgraçado – Olaf se mexeu para sentar-se e vi Punzel sair pra pegar água na cozinha. – Porque ele escondeu isso da gente?!

— Sabe como ele é ganancioso e arrogante – Anna disse.

— Oi gente eu sou o Olaf – Ele se apresentou e ele tinha uma voz fofa. – Obrigada pelo abrigo, ninguém faria isso nas condições em que o mundo está – Rapunzel sorriu entregando água para ele – Obrigada – Ele sorriu com os olhos brilhando. – São só vocês?

— Não. – Fui rápida. – As crianças estão num lugar seguro. – Foi engraçado. Ninguém falou nada para me impedir. Jack nem Peter brigaram comigo.

— Vocês têm crianças? – Anna sorriu – Puxa faz muito tempo que não vejo uma criança – Ela riu mais com Olaf. – São seus filhos? – Rimos.

— Embora, Jamie ser muito colado com Jack e Rapunzel. Não. Eles não são filhos de ninguém. – Hiccup respondeu. – Filhos nesse mundo não dá.

— Fala isso para o Peter e pra Alice, parecem coelhos. – Jack mexeu com Peter.

— Olha quem fala. – Peter respondeu. Rimos junto com nossos convidados. – Eu vou preparar o jantar.

— Se quiser eu posso ajudar. – Anna se ofereceu, mas Peter disse que faria sozinho. Então, Jack e Rapunzel foram para o porão. Eu fique sentada na sala com Hiccup lendo. Enquanto os convidados conversavam entre si. Eu nunca soube se podia confiar em alguém, se antes do apocalipse era difícil, imagine agora.

No dia seguinte, Jack tinha decido levar as crianças para o andar de cima. Não poderia deixá-las lá tanto tempo. Então, apresentamos as crianças para eles.

E eles ficaram realmente deslumbrados, Anna tinha me dito que a última vez que viram crianças foi no começo de tudo. Onde eles passavam pela cidade para procurar abrigo. Passamos o dia na varanda se conhecendo. Já Rapunzel e Alice brincaram no quintal da casa com as crianças.

— Queremos contar algo para vocês – Era depois do jantar. E Anna se sentou no sofá com um olhar serio. Rapunzel estava com Zezé no colo, o garotinho é ótimo. Violeta chegou na sala e o pegou do colo da Rapunzel, levando-o lá para cima, pro seu quarto.

Jack também tinha acabado de descer por ele ter feito Jamie dormir. Ele se acomodou do lado da Punzel, e disse que Vi iria ficar lá em cima.

— Antes de o apocalipse começar fazíamos estágio num laboratório de controlo de doenças. O laboratório era dos pais de Anna. – Olaf começou a contar. – Quando começou os pais da Anna moveram o céu e a terá para conseguir tirar a gente da cidade e colocar no laboratório.

— Eles colocaram – Kristoffer disse abraçando Anna que tinha lágrimas nos olhos. – Com o preço do pai dela, morto.  Mais tarde, para testar um tipo de cura dentro do laboratório, a mãe de Anna também se sacrificou.

— Nós começamos a ficar sem recursos. E descobrimos um hospital e uma faculdade de laboratório não muito longe daqui. Então viemos para cá. – Olaf disse e eu já estava mais do que confusa. Ele iria continuar, mas Anna o interrompeu.

— O que estamos querendo dizer. É que queremos que todos vocês voltem conosco.


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