Amor Imortal escrita por Mary Kate


Capítulo 6
Passarinho no ninho.


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amoresss!
Fiquei muito feliz com os comentários, pela interação de vcs,
então cá estou com mais um cap para nossa alegria!
Esqueci de mencionar que o próximo capítulo está
DEMAAAAAIS! Então apareçam fantasminhas!
Tenham uma ótima leitura ;*



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Estou chegando em casa morrendo de saudades da minha filha, me sinto extremamente feliz por estar chegando ainda pela tarde, assim poderemos brincar, jantar juntos mais tarde e conversar sobre os três dias que ficamos sem nos ver. Ela deve ter acabado de chegar da escola, penso enquanto adentro os portões chegando ao pátio. Estou com Sawyer ao invés de Taylor, porque prefiro que o meu amigo de maior confiança esteja com a minha pequena enquanto estou fora. A avisto brincando com Lisa, estão correndo perto das árvores, no nosso enorme gramado mais à frente. Saio do carro, ela me vê então sorri enorme e corre vindo em minha direção, a seguro rapidamente e a jogo para cima, como sempre fazia quando ela era menor, a minha princesa ri, repito mais duas vezes e então a seguro em meus braços. Nos abraçamos, ela se agarra ao meu pescoço.

— Olá princesa! Como você está? – Digo e ela já está enrolando um cacho do meu cabelo como de costume, com a cabecinha em meu ombro.

— Estava com saudade papai... – Ela diz um pouco chorosa, acaricio seus cabelos e respiro fundo, sinto seu cheirinho de morango e sorrio por estar com ela em meus braços.

— Eu sei, mas passou rápido não foi?! – Atesto, realmente foram dias bem rápidos. Geralmente quando estou longe de casa um dia parece uma eternidade, mas dessa vez senti que o tempo passou melhor. Talvez seja porque as coisas foram muito bem em Paris e no próximo mês já começaremos as obras do Resort nas Bahamas.

— Sim, até que foi. – Ela diz ainda enrolando meu cabelo com os dedinhos e com o rosto escondido em meu pescoço.

— Mas e como foi com os seus avós?! – Pergunto curioso, apesar de termos nos falado todos os dias em que estive fora, as ligações foram rápidas pois sempre acabava sendo no horário dela dormir e não conseguíamos conversar tanto. Quando estou viajando prefiro me comunicar ao longo do dia por mensagens com as pessoas que estão com a Phoebe, assim evito de ficar ligando para ela não perder a atenção na sua rotina normal e ficar focada em minha ausência.  Além do mais gosto de ouvi-la me contando sobre as coisas com seu ponto de vista. Então ela me solta e se ajeita em meus braços para me olhar enquanto fala.

— Foi muuuuito legal! – Diz arregalando um pouquinho os olhos e fazendo uma boquinha exagerada no muito, sua expressão é divertida, beijo a ponta do seu nariz e ela ri.

— Ah é mesmo?! Eu quero saber tuuuuudo senhorita! – Digo a imitando e o que a faz rir mais ainda.

— Primeiro a vovó Grace me buscou na escola, a gente foi no aquário e eu vi um peixão! Eu chamei ele de bonitão, ele é o meu bonitão! Você compra o bonitão para mim papai? – Fala tudo com alegria, espontaneidade e rapidez, fico surpreso com a pergunta.

— Por que quer um peixão?! – Pergunto com curiosidade e bom humor.

— Ele é tão lindo... quero soltar ele no mar! A vovó disse que a casa dele era o oceano, então eu quero que ele vá para casa, ele pode tá com saudade da mãezinha dele não acha?! – Fico comovido com sua inocência, pureza e amor. Sorrio e acaricio sua bochecha, ela permanece me olhando esperando a resposta.

— Filha eu compraria qualquer coisa para você, principalmente sabendo da sua tão linda intenção. Mas os peixes do aquário não estão a venda. E depois eles só estão lá para serem cuidados, quando ficam bons de qualquer enfermidade ou machucado que tenham eles são devolvidos para o oceano. – Tento ser esperançoso na minha resposta, não tenho certeza do que disse, mas eu realmente espero que seja assim. Ela faz uma expressão de entendimento e alivio. – Me conte mais e depois?! – Quero saber de cada detalhe, de tudo que ela vivenciou, aprendeu e cresceu nesses dias. É impressionante como esses detalhes se tornam importantes quando somos pais, um dia para uma criança pequena pode ser tão cheio, cada dia é único em seu crescimento e ela está crescendo tão rápido, não quero perder nada.

— Aí a gente veio para casa, eu comi macarrão com queijo! Hmmmm tava gostoso! Depois o vovô Carrick chegou, a gente brincou, eu fiz lição de casa e dormi. Aí  eu fui para escola, a vovó Karla me buscou e eu almocei no restaurante da mamãe. Lá tem sempre aquele cheiro gostoso! – Ela tagarela feliz, depois fecha os olhinhos quando fala do AFive, inala o ar como se sentisse o que me diz. – Eu vim para casa depois com a vovó Grace, mas a noite foi a vovó Karla e o vovô Ray que ficaram aqui. Foi tão divertido! – Ao falar que foi divertido ela dá risada, já imagino. Karla e Ray são mais liberais, deixam ela ficar acordada até mais tarde, comer bobagens e até doce a noite, acabo não reclamando porque eles são excelentes avós, meus pais também, só que em jeitos diferentes. – E ontem eu fui para escola de novo, a tia Mia me buscou e eu fui para casa da tia Kate... brinquei com os meus primos, os gêmeos choram muito! – Ela fala variando de expressão, na hora em que cita os priminhos gêmeos que são filhos da Mia faz careta e cruza os braços.

— É porque eles ainda são muito pequenos, só tem um pouco mais de dois anos! Você teve paciência com eles não foi?! – Pergunto esperando que ela tenha sido a boa menina de sempre.

— Eu sei... sim, mas depois eu e a Ava brincamos de boneca sozinhas. Aí eu vim para casa com a vovó Grace e o vovô Carrick, jantei sopa e dormi. – Ela fica incomodada quando fala da sopa.

— Por que fez careta ao falar da sopa? – Pergunto intrigado.

— Eu não queria... mas a vovó Grace disse que eu tinha comido muita bobagem já... eu não gosto de sopa! – Acabo rindo da sua expressão de desagrado, então beijo sua bochecha já que ela não compreende porque estou rindo.

— E hoje? – Pergunto querendo saber mais.

— A escola foi legal, a tia Gail foi me buscar com o tio Taylor... aí eu almocei com a Lisa, lasanha com molho branco e saladinha! Tava tãããão bom! Depois a gente fez lição e um tempinho para cá viemos brincar aqui fora! – Ela encerra se esticando colocando os bracinhos para cima de forma vitoriosa, sorrio e a abraço. Ela me aperta e então me dá um beijo na bochecha, dou risada.

— Fico imensamente feliz que tenha passado bons momentos pequena! Agora pode ir brincar com a Lisa, mais tarde vamos para a sua sala de brinquedos e brincamos de a ilha das princesas! – Digo feliz e ela sorri e bate palmas, ela ama essa brincadeira. Phoebe escolhe uma princesa para ela e uma para mim, nós dois temos que nos vestir e encenar. Se um dia me contassem que eu faria isso, jamais iria acreditar! Fico hilário com aquelas saias de babado por cima dos meus pijamas ou moletons, que é o que geralmente visto quando estou em casa, ela passa uma maquiagem toda borrada no meu rosto e assim eu faço tudo o que ela diz que uma boa princesa tem que fazer: tomamos chá, eu faço penteados nela e nas bonecas, que saem horríveis por sinal, dançamos pela sala, assistimos filmes das Princesas Disney e damos boas risadas, na maioria das vezes ela acaba pegando no sono, confesso que muitas vezes eu também. Penso com humor e a beijo na testa, ela me abraça mais uma vez. – Te amo minha filha! – Digo a olhando nos olhos.

— Eu também te amo papai! – Diz sorrindo e a coloco no chão, e lá vai ela correndo em direção a Lisa que está com um galho seco na mão apontando para tudo que é lado, elas duas começam a brincar e eu vou em direção a Gail que está sentada em um sofá da varanda observando as meninas.

— Olá Gail! Muito obrigado por ter cuidado da minha filha! – A cumprimento e agradeço a abraçando, ela me abraça de volta com carinho, alisando as minhas costas.

— Não tem o que agradecer! Nós amamos a Phoebe! – Ela diz ao nos soltarmos do abraço, sorrio e aliso seu ombro então vou rumo a porta principal da casa. – O senhor gostaria de um lanche? – Ouço sua voz, então me viro.

— Sim Gail, algo leve por favor. Pode levar no escritório em meia hora para mim. – A explico como gostaria, já que vou tomar um banho e trabalhar de casa mais um pouco hoje. Entro, passo pela sala de estar e vou direto subir as escadas para ir para o meu quarto. Essa casa é enorme, todos os cômodos são gigantes. Tem oito suítes, sendo três no andar de baixo e cinco em cima. No andar de cima ainda tem mais um espaço que ficou como uma sala de tv e brincadeiras, pois tem uma tv enorme de plasma, sofás confortáveis e muito espaço. Tem o fraldário que era para o nosso plano de ter muitos filhos, uma varanda enorme com lareira para passarmos bons momentos em família, tem ainda o roupeiro que é onde as roupas são organizadas para serem mandadas para os seus devidos lugares, já que além da minha roupa e da Phoebe, tem muita roupa de cama, toalhas, cortinas e afins nessa casa. Todas as suítes são realmente grandes, com banheiros enormes com banheira. Na parte de baixo as outras suítes seguem o mesmo estilo. No térreo ainda tem a sala de brinquedos da Phoebe que é imensa, tem o meu escritório que é bem espaçoso, o salão de jogos dos adultos, onde fica a mesa de sinuca, um bar superequipado, som estéreo integrado ao ambiente, jukebox, guitar hero e muitas outras parafernálias para diversão. Tem também a sala de tv que é integrada ao cinema, atravessando uma porta que divide os dois ambientes também muito espaçosos e confortáveis. Ainda tem a sala de jantar formal com a mesa para vinte e quatro pessoas, a copa e a cozinha que foi totalmente escolhida pela Ana. É imensa, com todo tipo de utensilio e eletrodoméstico, parece uma segunda cozinha de restaurante feita especialmente para ela. Ao fundo da casa tem a lavanderia que também é muito grande e ao fundo lateral a casa tem a academia, ela é toda em paredes de vidro assim pode-se ver a área da piscina lá fora, onde também tem a área gourmet, quiosque e churrasqueira. O primeiro espaço da casa é a sala de estar que é o maior cômodo da residência, tem vários sofás, uma lareira a lenha bem tradicional, enormes janelas de vidro com cortinas que vão até o chão. É onde nos reuníamos nos Natais e festas importantes, toda a família vinha para cá, mas desde a tragédia eu não consigo mais realizar eventos naquela sala, é insuportável para mim só de pensar. Por isso eu e a Phoebe desde então nos reunimos com os outros na casa dos outros membros da família e todos compreendem e respeitam isso. O terreno onde a casa fica é gigantesco, são quilômetros de propriedade, com muitas árvores e ainda o rio a nossa frente. O gramado é ótimo, em um dos lados tem um parquinho para as crianças e uma casa na árvore que eu fiz questão de participar da obra para poder presentear a minha filha.

É a casa perfeita, foi um presente dado com todo amor do mundo para a minha esposa. Nós escolhemos juntos tudo da casa, eu fiz questão que ela amasse cada cantinho, nós fizemos planos de enchê-la de amor, termos pelo menos três ou quatro filhos. Essa era a minha maior alegria, imaginar a nossa família crescendo, ver a minha doce Anastácia envelhecer ao meu lado, podendo dar o mundo a ela. Queria poder vê-la sorrindo todos os dias, também as broncas que me dava de vez em quando, sua risada espontânea, suas lagrimas de emoção quando via cada coisinha nova que a Phoebe fazia: sua primeira palavra, seus primeiros passos, seu aniversário de um ano, seu primeiro dentinho... Queria poder ver quando seu primeiro fio de cabelo branco aparecesse, sua primeira ruga... sei que são coisas que para muitos homens poderia parecer ridículo, ou a razão para a perda de tesão em suas esposas. Mas para mim isso seria tudo, é algo tão simples e comum, mas que seria a maior felicidade da minha vida. Pois seria a confirmação de que estaríamos passando a nossa vida inteira juntos, cada passo do caminho, até o último suspiro, quando nossos netos já fossem adultos de preferência.  Entro no meu quarto e é como se a desolação me abatesse mais uma vez, a solidão me abraça com força, me apertando, espremendo os meus ossos. É sufocante estar nesse quarto, mas ao mesmo tempo é como se ainda pudesse senti-la quando estou aqui, é como se ela pudesse aparecer a qualquer momento. Isso me conforta e me destrói. Por isso pensei muitas e muitas vezes em nos mudarmos, irmos para uma casa menor, ou até mesmo voltar para o Escala que era onde eu morava antes de nos casarmos. Mas nunca consegui levar a ideia a frente, pois sentia que seria como abandonar a Anastácia, os nossos sonhos, nossos planos, a memoria dela. Então não posso, Phoebe tem que crescer no ambiente que foi pensado para ela por nós com todo nosso amor.

...***...

Já estou deitado em minha cama tentando dormir, minha tarde e noite com Phoebe foram ótimas. Depois que trabalhei por algumas horas, nós fomos para a sua brinquedoteca e fizemos a ilha das princesas, depois jantamos, então assistimos desenho e a coloquei na cama. Já tem algum tempo que estou deitado rolando em minha cama, sem conseguir dormir. Então de repente ouço a porta se abrir devagar, levanto a cabeça e vejo minha pequena entrar rapidinho com um cachorro de pelúcia abraçado ao corpo, é exatamente o que eu ganhei no primeiro encontro com a Ana. Ela sobe na cama pelos pés rapidinho e eu me sento.

— O que foi filha?! – Pergunto e ela vem vindo em minha direção engatinhando.

— Não quero dormir sozinha, por favor papai deixa eu dormir aqui. – Diz dengosa, sorrio e a chamo com as mãos, a ajeito de baixo do edredom e ela me abraça com o cachorro entre nós, acho graça e me aconchego na cama.

— Só essa noite princesa. – A advirto, não posso deixar que se torne um costume afinal pelos livros que li sobre infância, além dos muitos outros que li antes sobre bebês, gravidez e parto, não é bom que a criança se acostume a dormir com os pais na cama deles, pois pode ser prejudicial para seu desenvolvimento emocional. Nesses momentos sinto ainda mais falta da Ana, pois ela saberia o certo a se fazer, qual decisão tomar, é difícil demais criar uma criança sozinho.

— Boa noite papai! – Ela diz e boceja, acaricio seus cabelos com carinho e respondo também bocejando.

— Boa noite meu anjinho! – Sinto que o sono começa a querer chegar, sua presença aqui me acalma assim como sei que a minha a tranquiliza, acho que foi bom para nós dois que ela viesse para cá. Antes de pegar no sono percebo que ela já está dormindo pesado, sua boquinha está aberta e sua respiração está totalmente relaxada, sorrio feliz por tê-la, foi o maior presente que a vida me deu, que a Ana me deu. Minha pequena mistura minha com o amor da minha vida. Só estou aqui hoje por ela, olhar para ela é a única coisa que me conforta e me faz ainda ter ânimo para viver. Quando estou com a minha filha tudo ao meu redor se transforma em amor. Com esses pensamentos bons e suaves começo a adormecer levemente para conseguir pela primeira vez em muito tempo ter uma boa noite de sono.


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam???
Amo ver o Chris com a Phoebe, ele é um paizão!
Favoritem a fic amoresss!
Comentem muito e em breve teremos mais caps especiais!
Um final de semana lindo para todosss!
Bjinhuuuussss ;*



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