Amor Imortal escrita por Mary Kate


Capítulo 5
Tiro ao Alvo.


Notas iniciais do capítulo

Olá minhas queridas!!!
Peço desculpas por ter sumido esse tempo,
mas esse cap é muito fofo!
Além do que no final tem uma surpresinha para vcs!
Espero que gostem, ótima leitura ;*



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É o terceiro dia da viagem, estou no carro com Ross, Johnson e Sawyer. Estamos indo para o aeroporto, porque felizmente conseguimos resolver tudo para que eu volte um dia mais cedo para minha filha. Estou feliz por ter conseguido cumprir o que prometi a ela, não queria decepciona-la. Mas também estou tranquilo porque sei que ela passou dias felizes com nossos familiares, todas as vezes em que conversamos por telefone ela estava alegre, espoleta e cheia de energia como é da sua natureza. Phoebe é uma criança maravilhosa, cercada de amor e cuidado por pessoas que só querem o bem dela, isso me faz ficar mais em paz, saber que meus esforços para que ela tenha uma boa infância estão dando certo. Claro que temos as nossas tristezas, momentos difíceis, que são principalmente em torno da falta que a Ana faz, mas eu acho que no futuro minha filha vai poder dizer que eu fiz o meu melhor. Estou com muita saudade dela, não vejo a hora de chegar em casa para abraça-la, acarinhar seus cabelos, sentir seu cheirinho, suas mãozinhas enrolando meu cabelo... quando estou com a minha filha me sinto em paz, tranquilo, em casa! Passamos pelas avenidas cheias de carros e então contornamos um parque de diversões em uma enorme área, olho para aquele lugar que está bem movimentado e lembranças tão doces me vem a mente, um dia feliz, um dia maravilhoso, o nosso começo.

*Flashback ON*

Encontrei Anastácia em frente ao restaurante como tínhamos combinado pontualmente. Então resolvi leva-la a um parque de diversões. O que melhor para fazer a tarde?! Primeiro ela achou graça, mas depois se empolgou com a ideia. Estamos na barraca de tiro ao alvo e eu acabei de acertar quatro dos cinco tiros e ganhei uma pelúcia grande de cachorro que dei para ela, que me olhou meio desapontada, foi o que me pareceu, então disse.

— É minha vez! – Fala de forma animada, entrega uma ficha para o homem do balcão que a olha com pré-julgamento e me entrega o cachorro de pelúcia para que eu o segure. O homem com certeza acha que ela não vai acertar um. Eu pelo contrário, sabendo como ela é determinada e altiva, mesmo a conhecendo pouco, acho que ela vai se sair bem. Nesse momento ele dá a espingarda para ela que a pega com jeito, posiciona muito bem, com certeza ela já fez isso antes. Então a linda mulher dá os cinco tiros perfeitos, ainda por cima nos alvos mais variados e difíceis. Fico admirado e balanço a cabeça com essa expressão. Ela ri vitoriosa e faz uma cara de esnobação para o atendente que a olha chocado. Ele fala para que ela escolha o prêmio e a mesma escolhe o enorme urso de pelúcia branco, é o maior da barraca e ela o ganhou com total mérito.

— Parabéns! Mas aonde aprendeu a atirar assim? – Pergunto enquanto caminhamos para longe do lugar, eu carregando o que ganhei e ela o que ela ganhou, já que ela agarrou seu prêmio com todo amor.

— Meu pai é policial, atualmente delegado na verdade, ele me ensinou na adolescência para que eu soubesse me defender se precisasse. A gente sempre treinava no interior, quando viajávamos para a fazenda dos meus avós. – Explica contente, mas depois parece um pouco triste.

— O que foi? – Pergunto realmente interessado, ela me interessa, instiga e perturba como nenhuma mulher antes.

— Nada... é que sinto falta dos meus avós, não consigo vê-los com frequência, minha avó tem Parkinson e ela está em estágio três... Mas meus pais estão bem, eles são casados há trinta anos! Um amor roxo! – Diz um pouco melancólica, mas depois sorri ao falar dos pais. – E a sua família? – Pergunta me olhando nos olhos.

— Meus pais são divorciados, o casamento durou até... a minha adolescência. Mas apesar disso são muito unidos, sempre se veem e são felizes... Meu pai se casou algumas outras vezes desde o divórcio com a minha mãe, mas todos duraram menos de um ano. Minha mãe se casou de novo também, anos depois, porém durou uns cinco anos e desde então está sozinha. Só tenho uma avó ainda, ela é incrível, todos a mimamos e amamos muito! Tenho dois irmãos, Mia é a caçula e Elliot é quatro anos mais novo do que eu. – Explico, penso em contar que sou adotado e que foi pela minha adoção que meus pais se divorciaram, mas então penso que esse é um assunto para uns encontros a frente. – Você tem irmãos? – Pergunto para mudar um pouco o foco.

— Não, mas tenho dois melhores amigos, Kate e Ethan que são irmãos e como irmãos para mim! Nós crescemos juntos, fomos vizinhos a vida inteira então foi meio que simples. Depois que os pais deles se divorciaram na infância nós ficamos mais próximos ainda, mas o engraçado é que alguns anos depois eles se casaram novamente. – Conta mais detalhes sobre a vida dela de forma natural e espontânea, gosto demais disso.

— Eles se casaram um com o outro de novo? – Pergunto surpreso, achei interessante.

— Sim, casaram de novo depois de oito anos do divórcio, foi uma festona inclusive! A Kate e eu moramos juntas em Seattle e o Ethan mora em NY, ele é editor-chefe de um jornal importante. Katherine é sommelier de vinhos formada, ela dá aulas e monta as cartas de vinhos para grandes restaurantes. Geralmente quando fecho eventos para fazer ela vai como sommelier para me ajudar a compor os menus. – Conta satisfeita, posso ver o orgulho quando ela fala das pessoas que são importantes para ela.

— Minha irmã é estudante de designe de moda, trabalha como assistente no ateliê Versace, um dia ela pretende ter a própria grife. Elliot é paisagista, ele faz as áreas externas de mansões e também de grandes empreendimentos, as vezes de alguns locais públicos também, como parques... ele tem a própria empresa de paisagismo. – Conto feliz também, amo meus irmãos e minha família, são tudo que eu tenho de mais valioso, foi a salvação que a vida me deu de presente.

— Que legal! E vocês se parecem? – Ela pergunta com naturalidade enquanto caminhamos a passos leves pelo parque.

— Na verdade não muito... o que acha de comermos algodão doce? – Mudo de assunto apontando para a barraca do doce que chama a atenção a alguns metros de nós. Não quero contar o lado dramático da minha vida logo de cara, isso pode afasta-la, colocar uma visão equivocada de mim em sua mente. Ela olha para lá então se volta para mim.

— Na verdade queria cachorro-quente, o que você acha?! – Pergunta levantando as sobrancelhas. Concordo e partimos para a barraca da comida. Comemos sentados em frente ao trailer, ela acaba escolhendo como deve ser montado nossos lanches, já que são varias opções. Comemos hot-dogs com molho simples, catchup e mostarda a parte. Conversamos sobre coisas frívolas, bebemos coca-cola e depois sugiro que guardemos os ursos no meu carro. Quando chegamos ao veículo e colocamos as pelúcias no banco de trás não resisto e me aproximo dela. A encosto lentamente na lateral do carro e aproximo meu rosto do seu devagar, olhando em seus olhos azuis tão vibrantes. Ela sorri para mim de forma encantadora e tudo o que mais quero no mundo nesse momento é sentir seu beijo mais uma vez. Nossos lábios se encostam e nosso beijo é delicado e suave, mas ao mesmo tempo quente e logo se torna afoito, então me afasto a contragosto. Não quero dar a impressão de que só quero leva-la para a cama, logo é melhor ir com calma.  

— Eu gosto demais de te beijar! – Aliso seu rosto enquanto digo me afastando do seu corpo.

— Eu acho que estou gostando também! – Ana diz e me surpreende ficando nas pontas dos pés me beijando com paixão, ela aperta a minha nuca, aperta seu corpo contra o meu, nossas línguas se encontram afoitas e desesperadas. De repente assim como ela me beijou com surpresa, também para o beijo me dando um selinho e se afastando. Começa a caminhar em direção oposta de onde estamos, então somente vira o rosto para trás colocando a mão no bolso de trás de sua calça jeans e fala. – Ora! Vamos ainda tenho vários brinquedos para ganhar de você! – Sorrio e corro até ela, estendo minha mão para sua frente, ela olha em meus olhos depois para minha mão, pensa um pouco, depois meneia a cabeça e sorri sem mostrar os dentes, segurando em minha mão com convicção. Vejo ali algo intrínseco, é como se tivéssemos selado nosso destino naquele instante, nosso laço eterno de amor e companheirismo, é como se naquele segundo ela tivesse me dito sim, o sim que o nosso amor seria para a vida inteira, como se tudo tivesse ficado acordado de que seriamos um do outro para sempre. Prosseguimos caminhando de mãos dadas rumo ao parque novamente onde passamos uma tarde inteira incrível, as horas voaram como nunca, de tão bom que foi. Nós rimos de bobagens, achamos muitos gostos parecidos, assim como detalhes que nos tornavam completamente opostos, o que nos divertiu e aproximou ainda mais. Comemos toda a porcariada que tem em comum nos parques de diversões, ela me ensinou a degustar de forma a sentir o sabor particular de cada ingrediente no alimento, mesmo que fosse uma jujuba. Nos beijamos mais outras várias vezes e cada um foi único, como o primeiro e só me dava ainda mais vontade de estar com ela. Ao anoitecer tivemos que nos despedir, a deixei na porta do Le Huitième Art para que ela pudesse ir trabalhar e eu fui para o hotel passar toda a noite pensando nela sem parar. A partir desse dia não deixamos de nos falar mais, eram mensagens e mais mensagens, ligações de horas, encontros maravilhosos. Começamos a namorar em um mês, ela voltou para Seattle e em seis meses nos casamos.

*Flashback Off*

Dou mais uma última olhada naquele parque que já vai sumindo da minha visão e assim como estou distante dele, me sinto distante da felicidade que sentia com ela. O tempo passa e saudade só aumenta, a falta que a Ana me faz em cada minuto dos meus dias e a cada segundo das minhas noites não se aplaca com nada. Essas lembranças são confortadoras ao mesmo tempo em que quando saio delas me sinto arrasado. É um misto de sentimentos, é sorrir no paraíso e acordar no purgatório. Talvez um dia as coisas mudem, já que todos dizem que o tempo cura tudo, tenho que continuar dando chances a ele.

 


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Notas finais do capítulo

Gente eu quis colocar essa foto, que montei com todo carinho para
compensar vcs pela minha ausência e para vocês verem a nossa pequena
espoleta Phoebe e os ursos que eles ganharam no parque!
A única mudança que quero acrescentar é que a Phoebe tem os olhos
muito azuis como os da Anastácia!
E então ela é como vocês já a imaginaram???
Eu acho esse primeiro encontro deles tão fofo!!!
E aí o que acharam???
Me desculpem pelo sumiço, não foi nada proposital!
Mas de qualquer forma só na primeira semana já foram postados
4 capítulos, então o andamento está bom.
Conforme a participação de vocês posso vir com mais
um cap especial antes de terça-feira!
Tô amando os comentários!!!
Uma linda quinta-feira para todossss!!!
Bjinhuuuss ;*



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