Amor Imortal escrita por Mary Kate


Capítulo 7
Tudo Azul.


Notas iniciais do capítulo

Minhas queridas leitoras!!!
Esse cap é DEMAAAIS!
Leiam as notas finais e tenham uma:
Excelente leitura ;*



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As semanas passaram rápido como nunca e tenho que ir as Bahamas ver o início das obras do Resort que será construído em uma de suas ilhas. Como tinha prometido vou levar a minha pequena comigo, afinal suas aulas já terminaram e eu não poderia descumprir a minha promessa de leva-la em minha próxima viagem. Abandonamos o inverno já intenso de Seattle para o clima quente e tropical dos trópicos, vai ser algo inédito para Phoebe, estou ansioso para ver como ela vai ficar empolgada. Estamos no jato, confesso que isso ainda me deixa extremamente nervoso. Não gosto da sensação de entrar em aeronaves e muito menos quando estou com a minha filha, é aterrorizante para mim, só me sinto em paz quando chegamos ao destino e estamos já fora do avião. Ela ao contrário de mim se diverte, gosta de saber de tudo, o que cada coisa faz, fica mudando de lugar quando podemos soltar os cintos e ama conversar com a tripulação. Não contamos para ela como foi que a Anastácia faleceu, não seria nada bom para uma criança crescer com esse tipo de trauma, ela poderia criar fobias, se tornar uma pessoa reclusa e com medo do mundo. Um dia quando ela estiver grande o bastante a contarei, mas até lá espero que tudo já tenha sido descoberto e os culpados pagado pelo que fizeram, antes disso não terei paz para ter uma vida normal ou seguir em frente.

— Papai olha as nuvens, elas são lindas! Tão fofinhas! Será que são doce que nem algodão doce?! – Me pergunta animada apontando pela janela. Olho para ela com ternura, sorrio pela primeira vez dentro desse ambiente confinado e amedrontador.

— As nuvens podem ser do que você quiser princesa! – A respondo com carinho, acho bom cultivar esses bons sentimentos nela, imaginação, pureza, coisas de criança. Afinal eu não tive nada disso e não quero priva-la de nada, quero que a minha filha tenha a melhor infância do mundo.

— Então eu acho que elas tem cheiro de pirulito e gosto de algodão doce! Mas elas não desmancham rapidão quando a gente coloca na boca, elas duram para sempre! – Fala admirando as nuvens como nunca vi ninguém olhar para elas antes, é magico olhar seu encantamento, me sinto feliz, meu coração até se aquece. Logo mais estaremos pousando e me sinto mais ansioso e ao mesmo tempo mais aliviado. – Como é o nome da aonde a gente tá indo mesmo papai?! – Me pergunta agora olhando para mim.

— Estamos indo para ficarmos hospedados em Nassau, que é a capital e uma ilha das Bahamas. Mas nós também vamos passear em outra ilha que se chama Bimini, o papai vai começar um empreendimento lá lembra?! – A recordo, Phoebe balança a cabeça que sim e se volta para as nuvens de novo.

— Quero muito ver a praia papai! – Fala com muita empolgação, sorrio e aliso sua bochecha.

— Claro meu amor, vamos aproveitar muito todas as praias esses dias! – Digo empolgado, ela sorri dando pulinhos na poltrona e se volta para a janela novamente.

...***...

Estamos em Bimini em uma linda praia, estou sentado na areia com Phoebe, Taylor e Gail estão sentados em cadeiras de praia atrás de nós. A visão é de tirar o fôlego de tão linda, a areia é extremamente branca e suave, o mar é de um azul único, o céu parece se encontrar com ele. Esse céu que hoje se parece ainda mais com os olhos da minha Anastácia e da minha pequena preciosidade. Eu e minha filha fazemos um enorme castelo de areia, ela está muito empolgada desde que desembarcamos, assim que chegamos no hotel tive que ajuda-la com seu maiô de babados lilás, já que a mesma com tanta pressa acabou ficando com ele preso na cabeça ao tentar vesti-lo. Deixamos nossos pertences lá e então pegamos a embarcação que eu peguei emprestada de um amigo por esses dias, para virmos direto para essa outra ilha. A facilidade de ter um iate pequeno a disposição, vai nos permitir locomoção a vontade entre as ilhas que tenho que visitar.

— Papai! Vamos colocar uma concha aqui, vou procurar uma bem linda! – Diz já se levantando e olhando pela areia a nossa volta. Contínuo montando mais uma torre do castelo que está bem alta. Estou de calção de banho azul marinho e óculos escuros, minha pequena está com seu maiô e um chapéu também lilás. Além de tê-la entupido de protetor solar, afinal não estamos acostumados com esse solzão e tanto calor. Eu estava tão preocupado com isso que Gail teve que me acalmar e falar para eu parar de dar água para a Phoebe a cada cinco minutos.

— O que acha daquela ali? – Vejo uma linda concha branca e salmão, alguns passos a direita de onde ela está e aponto para ela, minha pequena sorri animada ao olhar para ela a pega e vem correndo até o castelo, coloca a concha em cima de uma das torres.

— Não sei... acho que tá faltando alguma coisa... – Ela diz pensativa olhando tudo já pronto, acho engraçado como ela está levando a sério seu projeto de castelo de areia.

— No que está pensando? – Pergunto olhando para ela que analisa com seriedade toda a construção.

— Hmmmm... uma princesa!!! – Ela dá um pulinho ao constatar isso e corre até sua bolsa de praia e pega uma boneca Barbie vestida de princesa, a traz e coloca em frente ao castelo, a boneca cai e ela se irrita, aperta os lábios e franze as sobrancelhas. – Fica! Fica princesa! – Fala tentando manter a boneca em pé, depois de mais uma tentativa frustrada ela enterra metade das pernas da boneca na areia e tudo fica bem. – Pronto! Ficou lindo papai! – Ela diz se afastando e olhando de longe tudo. Me levanto limpando a areia do meu traseiro.

— Sim! Fizemos um excelente trabalho, acho que já podem nos contratar como empreiteiros! – Dou a volta no castelo de areia e paro ao seu lado.

— Agora água! Quero ir no mar de novo! – Fala pulando e olhando para mim, é que só permito que ela ente no mar com acompanhante mesmo que ela saiba nadar muito bem, pois faz natação desde bebê. Mas o oceano é outra coisa, não me sinto seguro em deixa-la nem na beirada sozinha. Ainda mais que minha pequenina parece um peixinho, se pudesse não saía mais de dentro da água. Coloco meus óculos em cima da sua bolsa de praia, juntamente com seu chapeuzinho que já tirei dela e volto caminhando para a mesma. Seguro em sua mãozinha e vamos em direção ao mar. Primeiro pisamos na beirada, ela pula e ri brincando com a água que molha até seus tornozelos, como o mar nessa área é totalmente tranquilo acho que posso deixa-la mais livre.

— Vou soltar sua mão, mas você não pode sair do meu lado! Nada de correr para o mar e se por algum acaso uma onda surgir você corre para o papai! – Olho para ela e falo com muita atenção para que ela me obedeça, mesmo achando meio difícil que uma onda surja do nada. Seus olhinhos ficam arregalados e brilhando, sei que ela amou a novidade.

— Sim papai! – Fala rápido e eu solto a sua mão, ela pula sem parar, depois se agacha para pegar na água, pula, rodopia, senta aonde estamos, brinca com a água de todo jeito por alguns minutos.

— Vamos nadar um pouco?! – Pergunto e ela concorda com a cabeça. Pego minha filha no colo e adentro o mar até estar em minha cintura, a água é calma e morna. Com ela em meus braços mergulho, a seguro para que nade um pouquinho, mantenho a segurando e a coloco para boiar. Passamos vários minutos assim, brincando na água, então acho melhor coloca-la para descansar um pouco em baixo do sombreiro. Começo a sair da água.

— Não papai! Quero ficar aqui! – Ela diz ao perceber que estamos saindo da água, quando já estou com água nos pés a coloco no chão para caminharmos, mas seguro em sua mão, ela me puxa. – Eu quero brincar no mar! – Diz alto, mantendo as perninhas firmes no chão, olho para ela fazendo uma careta.

— Phoebe! Está bom por enquanto, vamos para de baixo do sombreiro esfriar um pouco. – A advirto, ela faz uma careta de desagrado com raiva e grita puxando o braço e batendo os pés no chão.

— Eu não quero! Quero ficar no mar, eu gosto da água! – Sinto o estresse subir em mim, a pego no colo e ela bate as pernas.

— Phoebe Rose pare com isso agora! Se não vamos embora da praia! – Digo a segurando e olhando para seu rosto com autoridade, ela para, mas faz carinha de choro e então logo começa a chorar enquanto já caminho pela areia.

— Eu não quero ir embora da praia. – Fala chorando, sinto meu coração ficar apertado, seco suas lágrimas, ela me abraça e coloca o rostinho em meu ombro.

— Oh querida, nós não vamos embora da praia, mas você tem que se comportar e obedecer o papai. É muito feio fazer birra! – Aliso seus cabelinhos molhados e já chegamos em frente a Taylor e Gail.

— Desculpa papai. – Ela diz fungando, a coloco no chão e ela vai direto para o colo de Gail que a pega com uma enorme toalha do filme Frozen. Gail a enrola e a coloca sentada em seu colo, a jovem senhora me olha sorrindo com carinho, faço uma cara de confusão, as vezes é tão difícil lidar com uma criança.

— Está tudo bem Phoe? – Gail pergunta a minha pequena, que só balança a cabeça em afirmação. – Oh princesa! Depois você vai para água de novo, mas tem que descansar um pouquinho do sol. – Ela diz com tranquilidade. Phoebe a olha e então concorda com a cabeça mais uma vez.

— Que tal sorvete?! – Digo animado, minha pequena então olha para mim já mudando sua expressão para uma carinha de felicidade.

— Eu vou buscar os sorvetes. – Taylor diz se levantando. Mas eu faço um gesto com a mão para que ele se sente e vou até a bolsa pegar meus óculos, coloco uma camiseta de mangas curtas branca e respondo.

— Fiquem aí, eu vou buscar sorvetes para todos! Querem de quê? – Pergunto e eles me respondem com: um picolé de pistache para Gail, um de alguma fruta tropical para o Taylor e minha princesa quer um sorvete de tomar de colher como ela mesma falou. Pedidos feitos, caminho rumo ao calçadão, onde o carro dos seguranças Sawyer e Johnson está estacionado, mas eles estão em um quiosque onde podem observar tudo, guardam o perímetro à distância para que possamos ter um dia mais normal. Nem preciso me preocupar em levar carteira, já que estou com o dispositivo que é como um relógio e me facilita fazer compras em qualquer estabelecimento que aceite cartão.

 Vou andando pelo calçadão quando sinto um cheiro familiar, é estranho porque é como se não fosse um perfume, é como se fosse um cheiro próprio, particular, como uma névoa escondida, algo que se sente e não se vê, é real e irreal, sensorial e impalpável. Olho para todos os lados e uma agonia me aflige, meu coração está acelerado e eu nem mesmo compreendo o que está havendo. Ando mais rápido pois quero logo voltar a praia para ver Phoebe, então ao andar mais rápido sinto o odor vir mais forte com o vento, a sensação ficar ainda mais intensa. Ao avistar um número maior de pessoas lá mais a frente, andando de bicicleta, paradas no calçadão conversando, outras em frente a restaurantes. Vejo uma silhueta de uma linda mulher que anda como se flutuasse entre as pessoas, tem lindos cabelos castanhos grossos e lisos que caem por suas costas chegando a sua cintura, uma parte deles está presa por uma presilha de borboleta os deixando com um penteado meio despojado. Está de chinelos de tiras, um vestido de pano leve azul que deixa suas costas a mostra, carrega nas mãos uma cesta de flores, sinto que preciso me aproximar. É tão estranho, mas sinto em meu intimo que preciso vê-la de perto, então um rapaz passa por ela de bicicleta e a cumprimenta, como ele passa por ela seguindo, a mesma é obrigada a virar para poder responder. Então ela se vira e é como se tudo acontecesse em câmera lenta. Seus cabelos voam com o vento, assim como seu vestido que se cola mais ao seu corpo, uma das flores voa do cesto, ela sorri para o rapaz e o responde. Ao olhar para aquele rosto sinto todas as emoções do mundo passarem por mim ao mesmo tempo, não sei quem eu sou, onde estou ou se posso cair da cama e acordar a qualquer momento. Então corro, corro o mais rápido que consigo enquanto a vejo com aquele sorriso perfeito se virar para prosseguir novamente. Meu coração parece que vai sair pela boca, meus olhos ardem e eu corro com toda a energia que existe em mim por mais que sinta que posso desmaiar a qualquer momento. Finalmente a alcanço e não sei se consigo abrir a boca ou toca-la. Mas acabo gritando a suas costas.

— Anastácia! – Minha voz sai desesperada, ela não se vira, sinto-me apavorado. – Anastácia! – Digo mais alto, as pessoas em nossa volta olham para mim e ela nada. Então a seguro pelo braço e a viro para mim. Ela me olha assustada, seus olhos de céu que nem por um único instante saíram da minha memória me encaram arregalados. – Anastácia! – Digo estarrecido, emocionado, desesperado, perdido, confuso. Ela me olha séria, fica estática. Ficamos assim por poucos segundos que para mim são como esses três longos anos que nos separaram.


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Notas finais do capítulo

Gente eu estava muito ansiosa para trazer esse capítulo para vcs!!!
E aí o que acharam????
Quero muitos comentários!!!
Não esqueçam de favoritar e acompanhar a fic!
Daqui para frente é segura o coração que só vem
emoções fortes demais!!!

P.S: Gente eu sei que o momento no nosso país não é fácil, imagino que
possam ter leitoras minhas que vivam no Rio de Janeiro. Por isso quero
dizer que sinto muito pelos acontecidos, mas creio que os corações e
orações de todos nós estão com vocês! Muita energia positiva que
tudo vai ficar bem!!!
Semana iluminada para todos, beijinhuuuuss ;*



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