Os quatro reinos escrita por Estefanie Priscila
Notas iniciais do capítulo
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Caminho pelas ruas estreitas até chegar ao bar. Mais um turno longo se passa e quando acaba vou para casa. Passo em uma vendedora de doces e compro um pedaço de chocolate que me custa quase todas as gorjetas do dia. Chego em casa e abro a porta da sala. Quando acendo a luz encontro o outro rapaz do bar.
—Ola Arya – diz ele.
—O que você esta fazendo na minha casa?
—Precisamos conversar.
—Não, não precisamos – digo – saia da minha casa ou vou chamar a policia.
—Não acredito em você – ele diz enquanto vou a cozinha colocar minha bolsa. Quando volto o observo irritada.
—Porque estão me perseguindo?
—Não estamos – diz ele – a estávamos procurando e achamos.
—Por quê?
Ele levanta uma carta.
—Seu pai senhor Oliver dos Santos nos enviou isto.
Puxo da sua mãe a carta.
—Pode ler, reconhecera que é a caligrafia dele.
Puxo a para ler. Quando termina olho furiosa para o rapaz.
—Porque ele faria isso?
—Queria que voltasse.
—Eu não vou voltar.
—Arya você é uma nobre, precisa voltar.
—Não preciso, eu não sou nobre, sou mestiça. Nobres são puros.
—As coisas mudaram a leste.
—Duvido muito – digo irritada – acredito que essa carta é do meu pai, porque ele a enviaria a vocês?
—Porque Erlian é seu ultimo parente vivo.
—Ele é o que? Meu avô?
—Não me ofenda – diz Erlian enquanto desce as escadas.
—Que diabos você estava fazendo no meu quarto?
—Preciso que volte para casa – diz ele – irmã.
Abro a boca e a fecho umas três vezes sem conseguir raciocinar.
***
—Eu não acredito em vocês, ta legal? – começo a andar pela sala irritada – entendo que meu pai enviou a carta, e ta pode ser que a gente realmente seja parente, mas isso não significa que vou voltar.
—Aqui não tem nada para você e você sabe disso – diz Erlian.
—E você por acaso nunca soube de que tinha uma irmã? – pergunto muito irritada com tudo aquilo.
—Não – diz ele – mas suspeitava – Você é filha da mulher ao qual nosso pai se apaixonou. Somos meio irmãos na verdade. Minha mãe foi uma nobre que ele foi obrigado a se casar e a sua uma humana da região.
—Você não parece puro para mim – ele sorri.
—Não fico na forma que somos, aprendi a aparecer como vocês.
—As linhagens mudaram então – digo.
—Muita coisa mudou, você vive longe há anos. Você não sabe o que esta acontecendo lá ou o que já aconteceu. Sua mãe a criou como humana e não te instruiu a ser quem você é.
—Eu não preciso estar lá – digo irritada – eu fui criada aqui. No meio de humanos.
—Eu sei – diz ele – eu pesquisei tudo a respeito de você. Já faz dois anos Arya que seu pai morreu e 15 que sua mãe veio a falecer. Você não tem parentes vivos, e apenas poucos amigos. Você mal tem dinheiro.
Olho para ele com muita raiva.
—E porque qual razão você decidiu acreditar no meu pai? Acreditar que somos irmãos e que tenho serventia para você.
—Sua mãe era uma humana, mas sua avó não – ele diz – a linguagem nunca se esvai, só fica mais distante quando misturada a sangue humano. A linguagem pulou da sua bisavó para você.
—Esta dizendo o que?
—Costuma ser raro quando isso acontece, mas temo que você seja metade olho de vidro e metade soldado de aço.
—Isso é impossível ta legal? Eu nunca tive habilidades deles.
—Isso é porque só funciona no leste.
—Desde quando?
—Desde sempre?
—Isso é mentira, é impossível ser duas coisas.
—É possível. Você não tem total controle ou poder como um sangue puro de uma única habilidade. Mas você tem a junção das duas. Há reinos que não se misturam porque é totalmente perigoso. Você sabe. Nobres são com nobres e humanos com humanos. Entretanto quando se mistura um nobre com outro de outro reino o bebê costuma ser deficiente de alguma coisa e eles são mortos logo depois. Por isso é proibido reino se casar com outro reino sendo espécies diferentes.
—Tá, eu não sou deficiente – quero arremessar algo na cara dele.
—Eu sei – ele sorri – me permite? – ele se aproxima – Eu posso tentar algo para mostrar a você que é um olho de vidro?
—Eu sei que sou.
—Espere – ele pega na minha mão e passa os dedos pelo braço. Um risco azul cintilante segue meu braço até a ponta dos meus dedos. Aquilo é sinal de uma olho de vidro. Lembro-me muito bem quando minha mãe me mostrou aos oito anos de idade – isso te prova ser uma olho de vidro, e assim como é necessário um puro sangue para fazer isso há a necessidade de irmos ao reino Soldado de aço para sabermos a verdade.
—Porque meu pai desconfiaria de algo assim?
—Deve ter um motivo para que ele achasse isso – ele me olha pensativo – ele não diz na carta. Mas você deveria saber.
—Eu nunca vi nada fora do comum acontecer comigo – digo irritada.
Ele se senta no sofá como se estivesse em casa. Olho para o peito de ferro que apenas me analisa sem dizer uma única palavra.
—Quem é ele? – aponto para o estranho no sofá.
—É um amigo – diz Erlian.
—Claro – digo irritada.
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Continua