Os quatro reinos escrita por Estefanie Priscila


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

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Caminho pelas ruas estreitas até chegar ao bar. Mais um turno longo se passa e quando acaba vou para casa. Passo em uma vendedora de doces e compro um pedaço de chocolate que me custa quase todas as gorjetas do dia. Chego em casa e abro a porta da sala. Quando acendo a luz encontro o outro rapaz do bar.

—Ola Arya – diz ele.

—O que você esta fazendo na minha casa?

—Precisamos conversar.

—Não, não precisamos – digo – saia da minha casa ou vou chamar a policia.

—Não acredito em você – ele diz enquanto vou a cozinha colocar minha bolsa. Quando volto o observo irritada.

—Porque estão me perseguindo?

—Não estamos – diz ele – a estávamos procurando e achamos.

—Por quê?

Ele levanta uma carta.

—Seu pai senhor Oliver dos Santos nos enviou isto.

Puxo da sua mãe a carta.

—Pode ler, reconhecera que é a caligrafia dele.

Puxo a para ler. Quando termina olho furiosa para o rapaz.

—Porque ele faria isso?

—Queria que voltasse.

—Eu não vou voltar.

—Arya você é uma nobre, precisa voltar.

—Não preciso, eu não sou nobre, sou mestiça. Nobres são puros.

—As coisas mudaram a leste.

—Duvido muito – digo irritada – acredito que essa carta é do meu pai, porque ele a enviaria a vocês?

—Porque Erlian é seu ultimo parente vivo.

—Ele é o que? Meu avô?

—Não me ofenda – diz Erlian enquanto desce as escadas.

—Que diabos você estava fazendo no meu quarto?

—Preciso que volte para casa – diz ele – irmã.

Abro a boca e a fecho umas três vezes sem conseguir raciocinar.

                                                           ***

—Eu não acredito em vocês, ta legal? – começo a andar pela sala irritada – entendo que meu pai enviou a carta, e ta pode ser que a gente realmente seja parente, mas isso não significa que vou voltar.

—Aqui não tem nada para você e você sabe disso – diz Erlian.

—E você por acaso nunca soube de que tinha uma irmã? – pergunto muito irritada com tudo aquilo.

—Não – diz ele – mas suspeitava – Você é filha da mulher ao qual nosso pai se apaixonou. Somos meio irmãos na verdade. Minha mãe foi uma nobre que ele foi obrigado a se casar e a sua uma humana da região.

—Você não parece puro para mim – ele sorri.

—Não fico na forma que somos, aprendi a aparecer como vocês.

—As linhagens mudaram então – digo.

—Muita coisa mudou, você vive longe há anos. Você não sabe o que esta acontecendo lá ou o que já aconteceu. Sua mãe a criou como humana e não te instruiu a ser quem você é.

—Eu não preciso estar lá – digo irritada – eu fui criada aqui. No meio de humanos.

—Eu sei – diz ele – eu pesquisei tudo a respeito de você. Já faz dois anos Arya que seu pai morreu e 15 que sua mãe veio a falecer. Você não tem parentes vivos, e apenas poucos amigos. Você mal tem dinheiro.

Olho para ele com muita raiva.

—E porque qual razão você decidiu acreditar no meu pai? Acreditar que somos irmãos e que tenho serventia para você.

—Sua mãe era uma humana, mas sua avó não – ele diz – a linguagem nunca se esvai, só fica mais distante quando misturada a sangue humano. A linguagem pulou da sua bisavó para você.

—Esta dizendo o que?

—Costuma ser raro quando isso acontece, mas temo que você seja metade olho de vidro e metade soldado de aço.

—Isso é impossível ta legal? Eu nunca tive habilidades deles.

—Isso é porque só funciona no leste.

—Desde quando?

—Desde sempre?

—Isso é mentira, é impossível ser duas coisas.

—É possível. Você não tem total controle ou poder como um sangue puro de uma única habilidade. Mas você tem a junção das duas. Há reinos que não se misturam porque é totalmente perigoso. Você sabe. Nobres são com nobres e humanos com humanos. Entretanto quando se mistura um nobre com outro de outro reino o bebê costuma ser deficiente de alguma coisa e eles são mortos logo depois. Por isso é proibido reino se casar com outro reino sendo espécies diferentes.

—Tá, eu não sou deficiente – quero arremessar algo na cara dele.

—Eu sei – ele sorri – me permite? – ele se aproxima – Eu posso tentar algo para mostrar a você que é um olho de vidro?

—Eu sei que sou.

—Espere – ele pega na minha mão e passa os dedos pelo braço. Um risco azul cintilante segue meu braço até a ponta dos meus dedos.  Aquilo é sinal de uma olho de vidro. Lembro-me muito bem quando minha mãe me mostrou aos oito anos de idade – isso te prova ser uma olho de vidro, e assim como é necessário um puro sangue para fazer isso há a necessidade de irmos ao reino Soldado de aço para sabermos a verdade.

—Porque meu pai desconfiaria de algo assim?

—Deve ter um motivo para que ele achasse isso – ele me olha pensativo – ele não diz na carta. Mas você deveria saber.

—Eu nunca vi nada fora do comum acontecer comigo – digo irritada.

Ele se senta no sofá como se estivesse em casa. Olho para o peito de ferro que apenas me analisa sem dizer uma única palavra.

—Quem é ele? – aponto para o estranho no sofá.

—É um amigo – diz Erlian.

—Claro – digo irritada.


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Notas finais do capítulo

Continua



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