Depois daquele amor escrita por ChattBug


Capítulo 7
A batalha


Notas iniciais do capítulo

Olá! Aqui está o sétimo capítulo. Espero que gostem!



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Chat Noir ficou alguns segundos encarando sua lady de longe. Ela estava escondida em um telhado enquanto observava o local em que a mais nova vítima dos akumas de Hawk Moth se encontrava. O loiro sentiu seus batimentos acelerarem mais ainda quando a garota notou sua presença. Porém, ela permaneceu em silêncio e continuou olhando para o lugar onde o akumatizado estava.

Chat usou seu bastão para se aproximar do telhado em que Ladybug se escondia, mas, quando chegou lá, a menina segurou seu braço e o puxou, fazendo com que ficasse deitado ao lado dela.

— Por que você… — Ele deixou a frase morrer quando notou a proximidade da joaninha, não ficavam assim desde o dia em que revelaram suas identidades e se beijaram em um telhado. Mas, segundos depois, ela desviou o olhar, voltando-se para a obra do poder da borboleta negra. Foi apenas nesse momento que o loiro viu a enorme construção que ela tanto encarava. — Esse é o…

— Hotel Le Grand Paris. Bom, pelo menos era. — Ladybug completou e pôde ver a expressão confusa do parceiro — Pelo que a Alya falou no blog, parece que uma hóspede não teve um bom atendimento e acabou sendo akumatizada.

— Mas… e esse castelo?

— Pelo visto, a tal hóspede queria ser tratada como alguém da realeza e transformou o hotel em um castelo. — Olhou para o loiro, percebendo que ele queria perguntar alguma coisa, mas estava hesitando. — Não fomos lá ainda por causa daquilo. — Ela apontou para diversos guardas vestidos com trajes medievais na frente da construção e Chat ficou surpreso com o fato da azulada saber exatamente o que queria perguntar. — Não acho uma boa ideia lutar com eles porque são muitos e, se conseguirem nos capturar, vamos virar súditos da vilã. — Ele se surpreendeu por ela ter lido seus pensamentos novamente.

— E tem alguma forma de entrar lá sem ser visto? Aqueles caras parecem estar por todos os lugares. — A joaninha pensou durante alguns segundos.

— Sei lá, acho que precisaríamos de alguma distração. — Sussurou para si e, quando olhou para baixo, notou que uma pessoa curiosa se aproximava do local, fazendo os guardas lhe darem atenção.

— Já conseguimos. — O gato afirmou e eles passaram por uma pequena janela da construção.

Quando entraram no local, que os dois heróis perceberam que era iluminado com alguns candelabros e tochas, se esconderam de mais guardas. Ladybug começou a caminhar pelos corredores do castelo e Chat Noir a seguiu, mas parecia que estavam andando em círculos.

— Acho que já passamos por aqui. — A azulada murmurou.

— Esse lugar é um labirinto! Como vamos achar… — A joaninha viu que um dos súditos da vilã estava ali perto e que veria o herói. Imediatamente, ela jogou o ioiô no braço do loiro e o puxou para si, fazendo novamente com que ficassem próximos. Quando seus olhos se encontraram, Adrien percebeu que Marinette, assim como ele, sentia falta de momentos como esse, que nunca mais tinham acontecido desde o dia em que se beijaram. Porém, segundos depois, a menina soltou o fio do ioiô do braço dele e voltaria a andar, mas, antes que o fizesse, Chat a impediu. — Por que não lutamos com ele? Era apenas um dessa vez.

— É perda de tempo lutar com esses guardas, temos que ir direto no akuma. — Disse, fazendo-o perceber que ela queria sair dali o mais rápido possível.

— Aposto que a vilã está na parte mais alta do castelo. — Ele falou e a azulada assentiu. — Mas como vamos chegar até lá? — Nesse momento, os dois olharam para uma pequena janela e decidiram ir pelo lado de fora da construção, já que a parte interna do castelo era um verdadeiro labirinto.

Quando chegaram à torre mais alta, encontraram mais um corredor, porém conseguiram escutar vozes vindas do final dele. Andaram rapidamente até achar um vão que, para a felicidade de ambos, levava até a akumatizada.

— Mais rápido! — Ordenou a vilã para seus súditos.

— Sim, minha rainha. — Respondeu um deles, abanando a mulher sentada no trono adornado.

— O que estamos esperando? Ela está ali! — Chat sussurrou para a menina que estava parada na sua frente.

— Está… muito fácil.

— Como assim muito fácil? E todos aqueles guardas? — Assim que o gato terminou de falar, toda a iluminação do castelo desapareceu e, pela visão noturna, ele percebeu vários súditos da akumatizada se aproximando.

— Eu sabia que tinha alguma coisa errada. — A azulada afirmou e Chat Noir começou a lutar contra os vilões, mas, sem a ajuda de sua parceira, que não enxergava nada por conta da escuridão, ele não conseguiria.

— Tem muitos. — Falou enquanto atacava um dos guardas e, quando olhou para trás, viu que um deles estava quase pegando os brincos de Ladybug. O loiro conseguiu manter o vilão longe com o bastão, mas outros aproveitaram sua distração para se aproximar mais da dupla de heróis. — Corre!

— Como? Esqueceu que não tenho visão noturna? — O loiro segurou a mão da parceira e os dois correram o mais rápido que podiam, mas logo chegaram ao outro lado do corredor. — Não tem saída! — Ela exclamou enquanto tocava a parede atrás de si. — Chat viu os guardas se aproximarem e notou a azulada apertar sua mão. Ele deu um passo para trás, mas sentiu que seus pés tocaram algo, como se fosse um botão ou alavanca. Imediatamente, grades apareceram ao redor dos heróis e as velas acenderam, mas, estranhamente, os vilões permaneceram parados.

— Bom trabalho, Rainha. — Hawk Moth disse para a akumatizada que estava um pouco distante dos heróis, na sala do trono. — Agora pegue os miraculous para mim.

— E quem é você para me dar ordens? Eu sou a rainha! Vou pegar os miraculous quando eu quiser! — A garota gritou, deixando Gabriel furioso. Aquela garota era muito teimosa.

— Eu uso meu poder para tirar essas grades? — O loiro sussurrou assim que percebeu que os guardas só faziam o que a vilã ordenava.

— Não, ainda não. Precisamos de um plano. — Foi apenas nesse momento que os dois perceberam que ainda estavam de mãos dadas. Adrien coçou a nuca quando notou as bochechas coradas da menina.

— E qual é o seu plano, my lady? — Disse ele segundos depois e a garota corou mais ainda com o apelido que não escutava há meses.

— Preciso do seu cataclismo para destruir o objeto em que o akuma está. — Ela fez uma pausa e tocou as grades estreitas — A Rainha terá que nos tirar daqui se quiser nossos miraculous. — O gato entendeu o que ela quis dizer.

— Teremos que ser rápidos.

— Me dê os miraculous ou retiro os seus poderes! — Hawk Moth gritou e a menina sentiu a magia dada pela akumatização se enfraquecer.

— Está bem, eu já vou! — Disse a akumatizada e ordenou os guardas a pegarem o que o vilão tanto pedia, mas, para isso, precisariam libertar os dois jovens, já que as grades eram estreitas.

Assim que a jaula saiu, os dois heróis lutaram com muita dificuldade com os guardas, mas conseguiram chegar até a rainha. E não demorou muito para que derrotassem a vilã. Chat encarou a parceira, pensando se faria ou não o cumprimento com as mãos que deixaram de fazer há dois meses. Sentiu nessa batalha o que não sentia há várias semanas: que ele ainda tinha uma chance de consertar tudo com Marinette. Porém, antes que se aproximasse dela, a menina ouviu seu miraculous apitar e saiu, fazendo o loiro lembrar que ela deveria ir para a escola.

A azulada pensou em voltar para o colégio com os trajes de Ladybug, pois assim chegaria mais rápido, mas percebeu que não conseguiria ir até o local antes que sua transformação acabasse, então entraria em um quarto vazio do hotel para se transformar de volta. Mas encontrou uma pessoa que não esperava na porta do quarto.

— Alya? O que você está fazendo aqui? Não devia estar na escola? — Falou, esquecendo que estava com o traje de Ladybug.

— Ah não, está na hora do almoço. E eu vim aqui para filmar a luta, mas acabei virando súdita da rainha. — A joaninha sentiu seu coração acelerar, tinha ficado tanto tempo assim naquela batalha? Tinha saído do colégio bem antes do horário do almoço.

Chat Noir encontrou um bom esconderijo, já que seu anel também estava apitando. Teria que alimentar Plagg e se transformar novamente para voltar à mansão de forma discreta. Após se transformar e dar um pedaço de queijo para o kwami, ouviu algumas vozes vindas do quarto ao lado, que reconheceu como sendo de Ladybug e Alya.

Adrien ouviu algumas frases, mas não conseguiu entender muito bem o que as garotas diziam. Quando notou que Plagg havia terminado de comer, se transformou novamente e começou a caminhar para sair do local, mas ouviu algo no quarto ao lado que chamou sua atenção.

— Olha, estou há um tempo querendo te perguntar uma coisa. — Disse a morena.

— Pode falar. — Respondeu a joaninha.

— Como estou sempre te acompanhando, percebi que… essas últimas batalhas estão sendo mais difíceis. Não apenas porque os vilões estão mais fortes, mas porque a dupla de heróis mais querida da cidade está… diferente. O que aconteceu entre você e o Chat Noir? — Ladybug sentiu um frio inexplicável percorrer seu corpo e, com o coração acelerado, ela tentava entender por que uma simples pergunta tinha causado aquele efeito. Quer dizer, certamente respondê-la não seria tão simples assim, até porque nem ela sabia explicar o que realmente tinha acontecido durante aqueles dois meses em que não falou com Adrien direito. Mas… por que estava tão nervosa? Alya era sua fã e melhor amiga, podia confiar nela tanto com a máscara como sem ela. Ao ouvir o apito dos brincos que indicava que tinha apenas três minutos, ela notou que não conseguiria contar tudo.

— Não aconteceu nada, e-eu… não entendi por que você pensou isso — Gaguejou, ainda nervosa, e encarou a porta. Mas, para sua surpresa, Alya colocou as duas mãos sobre seus ombros.

— Não se preocupe, eu não vou sair por aí espalhando ou postando no blog. — Ela percebeu que a joaninha mudou um pouco de expressão — Pode confiar. — Imediatamente, Marinette lembrou do dia em que entregou o miraculous da Rena Rouge para a morena e disse que confiava nela. Pensou em contar logo o que Alya queria saber, talvez falar sobre isso fizesse ela mesma entender o que sentia.

Na sala ao lado, Adrien caminhou lentamente até a parede e aproximou-se o máximo que conseguiu para ouvir melhor a conversa. Fazia tanto tempo que queria saber o que Ladybug pensava de toda aquela situação e agora poderia finalmente descobrir. E, quando escutou a voz de sua parceira, seu coração deu um pulo.

Percebendo que a joaninha ainda estava um pouco indecisa, a morena continuou falando.

— Sabe… você e o Chat Noir eram como uma dupla de músicos. — A azulada levantou o olhar — Eram tão sincronizados e todo mundo notava a harmonia de vocês. Só que agora… parece que a dupla se separou e vocês estão tocando músicas diferentes, mas no mesmo palco. De longe dá para notar que alguma coisa está errada. — Ladybug continuou em silêncio, pensando no que a amiga tinha dito sobre a música. Foi inevitável não lembrar de Nino. Ainda não tinha esquecido das palavras do garoto no pequeno discurso que fez em sua festa de aniversário, dizendo que Alya era a letra em sua melodia. Foi naquela noite que tinha dançado com Adrien. A azulada despertou de seu transe com um apito dos brincos. Queria contar tudo para a amiga, mas não podia colocar sua identidade secreta em risco novamente. Quanto mais pessoas soubessem, pior seria.

— E-eu… tenho que ir. Só faltam dois minutos. — Disse ela, fazendo a morena tirar as mãos de seus ombros e logo a joaninha começou a caminhar até a porta.

— Pensei que confiasse em mim. — Alya afirmou um pouco cabisbaixa e Ladybug parou de andar. Ela confiava na amiga, mas não sabia como contar aquilo sem revelar sua identidade ou a de Chat Noir. Se contasse que descobriram quem eram por trás das máscaras, talvez Alya pedisse para saber também, afinal ela já tinha descoberto a de Carapace, a de Queen Bee não era segredo para ninguém e um dos maiores desejos dela, desde o dia em que Ladybug apareceu, era de descobrir sua identidade. Por outro lado, a azulada reconhecia que falar sobre isso com a amiga poderia ajudar, talvez ela tivesse algum conselho. Marinette suspirou e voltou-se para a morena. Deixando de lado as incertezas, a menina voltou a lembrar de tudo o que tinha acontecido e finalmente revelou para alguém o que provocou uma grande mudança na relação dos heróis da cidade.

— Há dois meses, eu e o Chat Noir quebramos uma promessa e… desde então paramos de nos falar. Só conversamos sobre o que é realmente necessário. Não chegamos a discutir de verdade, sabe? Mas… — Ela respirou fundo e fez uma pausa durante alguns segundos, lembrando do dia em que beijou Adrien em um telhado e do silêncio que os envolveu depois disso — Eu estava acostumada a falar com ele sempre e aí, de repente, tive que me contentar com apenas algumas palavras trocadas durante a batalha. Nem o nosso cumprimento que fazíamos depois das lutas fazemos mais. Nunca imaginei que fôssemos nos distanciar assim. — Alya encarou o olhar triste de Ladybug e percebeu que ela havia ocultado muita coisa daquela história. Mas apenas pelos olhos da azulada conseguiu deduzir algo que muitas pessoas desejavam há muito tempo: um possível romance entre os heróis.

— Você… o ama?


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? O próximo capítulo será postado na segunda-feira. Obrigada por ler!



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