Outbreak escrita por snowzzrra


Capítulo 7
Volume 2 - Ato 2


Notas iniciais do capítulo

Mais um ato!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/775723/chapter/7

Um dia antes do surto viral.  

   

  Desligo o monitor e me viro de costas, o lugar que eu estava parecia uma estação de desembarque de metrô, ele não parecia ter sido muito danificado durante essas duas horas.  

    

  Caminho pelo corredor completamente branco e mal iluminado até ver um corpo na minha frente, uso o meu pé para empurra-lo caso ele seja um infectado adormecido.  

    

  O corpo só cai de lado e eu percebo que era seguro se aproximar, e é o que eu faço.  

    

  Ao chegar mais perto eu vejo que esse corpo era do motorista do helicóptero que trouxe os outros agentes aqui, aparentemente ele entrou aqui depois que demoramos de voltar. Vejo o seu pescoço e tinha uma marca de bala, mas quem mataria ele e por que? Não tinha sinais de infecção.  

    

  Olho para a mão dele e logo ao lado tem uma das amostras, quebrada e todo o seu conteúdo estava derramado no chão, seria muito fácil pra ser verdade.  

    

  Me levanto e logo entro no próximo corredor, e no chão eu vejo um homem vestido de cientista devorando um corpo, mesmo já tendo visto eles antes essa visão ainda me assustava.  

    

  Lentamente me aproximando do infectado, eu pego a minha pistola e aponto para a cabeça dele, antes de dar um tiro certeiro que o faz cair de frente no corpo devorado.  

    

  Já ignorando a situação, estava prestes a abrir uma porta quando vejo que o infectado se levanta novamente.  

    

  Eu tenho CERTEZA que aquele tiro atingiu o cérebro dele, não é possível ele ainda estar de pé!  

    

  Novamente me surpreendendo, ele corre em minha direção e pula para cima de mim antes de tomar outro tiro na cabeça.  

    

  Dessa vez ele se mexe mais lentamente no chão, então eu dou outro tiro para garantir que ele teria morrido dessa vez, de infectados lentos e que morriam em um único tiro na cabeça, para infectados que correm, pulam e aguentam três tiros na cabeça.  

    

  Ligo o monitor e ligo para o Diretor, ele poderia ter me avisado desses monstros hein?  

    

— Navarro, tudo bem?  

   

— Senhor, teria alguma chance de os infectados comuns terem evoluído?  

   

— Na verdade, agora que você falou, eles realmente evoluíram.  

   

— Entendo, tem muita coisa que eu deva saber sobre?  

   

— Faça o que sempre fez quando enfrentou eles antes: Evite-os, não seja mordida.  

   

— Obrigado senhor — digo enquanto queria poder estar matando-o, algo me diz que eu vou me surpreender ainda mais.  

   

  Abro a porta que eu teria aberto antes do novo infectado me atacar e me deparo com uma sala enorme, e no centro dela havia um elevador de carga.  

    

  Aparentemente eu poderia usar ele para voltar aos laboratórios, porém as chances de ser assim tão fácil são baixas.  

    

  Puxo a alavanca e como esperado, uma luz vermelha pisca e o elevador não ativa, eu aparentemente precisava de um cartão de acesso para ativar, então eu tento usar o meu, mas não funciona.  

    

  Vejo um papel em cima de uma caixa em cima do elevador e o leio.  

    

  "Chris, o elevador deu pau de novo, vai demorar muito pra aquele cara da manutenção trazer as peças eletrônicas de lá do deposito? Preciso de duas dessa vez, a gente precisa transportar uma carga e não dá pra ser na mão."  

    

  Peças eletrônicas E um cartão de acesso, ficou melhor.  

    

  Bem, pelo menos dessa vez eu sabia que estava no deposito, então eu já vou até a porta do outro lado da sala e a abro, apenas para ver um dos agentes infectados andando no corredor.  

    

  Sem chance que eu iria enfrentar ele apenas com a minha pistola, então eu fecho a porta lentamente e espero ele passar.  

    

  Depois de alguns segundos eu paro de ouvir os passos pesados dele e eu vou até o corredor que ele estava, ouço uma goteira e continuo andando sem problema nenhum, mas não precisou muita caminhada para eu ver um bicho que eu nunca achei que fosse ver.  

    

  Ele era claramente humano, mas estava agarrado no teto e suas pernas eram curtas, assim como os seus braços, a cabeça dele era completamente deformada e na sua mandíbula parecia ter bilhões de dentes.  

    

  Ainda distraída analisando o monstro, eu acabo pisando numa poça de água e faz muito barulho, mesmo assim ele não se vira em minha direção.  

    

  Vejo bem onde deveria estar seu ouvido e parecia não ter nada, então eu bato palmas para testar a audição dele e felizmente, era surdo.  

    

  Sigo andando então evitando ser vista, como que um único vírus conseguiria criar esse tipo de monstro? Não faz nem sentido isso.  

    

  Entro numa porta na direita do corredor e vejo um monte de lixo num buraco e aproximadamente dez metros de profundidade, nos lados haviam placas de metal.  

    

  Apertando o botão ao meu lado as placas abrem e começa a sair fogo, então eu desligo novamente.  

    

— Você devia se jogar aí, vai doer um pouco, mas é melhor que esperar um monstro te devorar ou amassar a sua cabeça — ouço aquela Outra Elizabeth falando.  

   

  Ignoro ela e abro a porta que me leva de volta até o corredor, tento abrir a porta na minha frente, mas ela estava trancada.  

   

  Me viro de lado e vejo um buraco na parede, não tinha outro jeito, então eu começo a passar pelo buraco fazendo muito esforço, era uma passagem estreita demais.  

   

  Caminhando de lado consigo olhar por algumas frestas da parede inacabada, e depois de um tempo eu ouço gente gritando, logo depois aparecem três pessoas correndo.  

   

  Atrás deles estava aquele mesmo agente infectado, que pega um pelo pescoço e joga no outro, o terceiro corre na minha direção e começa a gritar.  

   

— SOCORRO! EU SEI QUE VOCÊ TÁ AI, POR FAVOR, ATIRA NELE, VOCÊ TEM UMA ARMA? POR FAVOR!  

   

  Antes de fazer qualquer coisa, o monstro utiliza um pedaço de ferro para atravessar a cabeça dele e a parede que eu estava, mas eu sai da frente bem a tempo.  

   

  Ele tira o pedaço de ferro da parede e utiliza a mão para tentar me agarrar, mas novamente eu escapo.  

   

  Usando dessa vez o pedaço de ferro novamente, ele golpeia várias vezes a parede e erra todas as vezes.  

   

  Num último golpe, ele atravessa o pedaço de ferro pela parede e começa a puxar ele na minha direção, mas eu passo por baixo e chego em outro corredor.  

   

  Me limpando de toda aquela sujeira, ando com um pouco de pressa e passo por vários corpos com a cabeça esmagada, alguns cortados ao meio e infectados que eu decido não parar para enfrentar.  

   

  Abrindo a porta no final do corredor, a luz faz os meus olhos doerem um pouco, era uma sala maior do que a do elevador e era em formato cilíndrico, no meio havia um guindaste que levava até a superfície, ao redor desse guindaste haviam contêineres empilhados.  

   

  Olhando para cima vejo que já estava amanhecendo, de lá de cima não parecia que aqui era tão baixo, o que me impressiona é a velocidade da construção desse lugar.  

   

  Ouço uma porta abrindo e já saco a minha pistola apontando para a direção do som.  

   

— Quem é? 

   

— Posso te fazer a mesma pergunta — um homem responde.  

   

— Se aproxima sem fazer graça, preciso ver se você está infectado.  

   

— Você está vestida de segurança, mas eu nunca te vi aqui, o que é estranho porque eu lembraria de uma mulher como você.  

   

— Sou do FBI, enviada por causa dos monstros nesse lugar.  

   

— E vestida como segurança daqui? Tem algo a mais nessa história.  

   

— Não é você que faz as perguntas, se aproxime sem graça e eu não dou um tiro na sua cabeça.  

   

— A senhora que manda.  

   

  Saindo das sombras, um homem loiro, alto e com uma barba grande aparece com as mãos para cima.  

   

  Quando ele se aproxima mais eu procuro alguma marca de mordida no corpo dele, mas não vejo nenhuma.  

   

— Certo, pode abaixar as mãos.  

   

— O governo sabe como foi que isso aconteceu?  

   

— Não, temos relatos de apenas duas horas atrás, por isso vim investigar.  

   

— Impressionante.  

   

— Sabe algum jeito de ir para o laboratório?  

   

—- Depois que o elevador central foi pra casa do caralho, o único jeito é pelo elevador de carga, e ele tá...   

   

— Quebrado, eu sei — o interrompo.  

   

— Eu sei onde fica uma das peças eletrônicas, não a do deposito, a outra.  

   

— Certo, você pega essa e eu vou até a do deposito, ainda vamos precisar de um cartão de acesso.  

   

— A senhora que manda.  

   

  Ele diz antes de caminhar até outra porta e eu perder ele de vista, na hora que ele sai eu ligo o meu monitor e vou ver como o garoto tá.  

   

  Usando um pequeno chip que implantei nele, vejo que acabou de acordar.  

   

— E se você morrer, como que ele fica? Espera, como que fica TODA a cidade? — novamente, a Outra Elizabeth.  

   

  Infelizmente ela estava certa, eu precisava avisar ele caso algo desse errado comigo, então eu começo a gravar um vídeo.  

   

— Garoto, eu sei que você não lembra de mim, mas eu preciso que me ouça, você precisa sair da cidade o mais cedo possível, vá com a Emma ou o Mason, eles vão te ajudar.  

   

  Mesmo sabendo que ele não tinha motivo nenhum para acreditar em mim, programo o vídeo para ser enviado caso eu morra e sigo andando um pouco mais aliviada por pelo menos ter avisado.  

   

  Depois de enviar, ouço o barulho de um trem e vou verificar, e me encontro em outra daquelas estações.  

    

  Entro no trem, esperando que vá até perto do deposito pelo menos, e me sento em uma das cadeiras.  

    

  Estava tudo estranhamente intacto naquele trem, a esse ponto já estar cheio de monstros.  

    

  Enquanto eu estava sentada começo a parar para pensar, vim com cinco agentes, sem incluir o motorista, e todos os cinco foram infectados.  

    

  Minhas ordens são de matar todos os cinco, mas como que eu vou fazer isso com o armamento que eu tenho? É um novo vírus que eu não tenho IDEIA da capacidade, se um infectado comum já aguenta três tiros na cabeça, quanto um infectado daquele porte aguenta?  

    

  Ouço o barulho de algo caindo no vagão ao lado, então eu abro a porta e vou até ele preparada.  

    

  Parecia estar tudo limpo, porém um infectado sai de baixo de um banco e pula em minha direção.  

    

  Ele me derruba no chão e eu começo a segurar o pescoço dele com uma mão, e com a outra eu tento pegar a minha pistola.  

    

  Chuto o infectado e finalmente consigo pegar a pistola e acertar um tiro na cabeça dele, mas ele se levanta novamente e corre até mim.  

    

  Novamente seguro ele pelo pescoço e abro a porta do vagão, puxo o infectado e o empurro para fora do trem.  

    

  Repentinamente muitos infectados derrubam a uma porta para o próximo vagão e vem até a minha direção, alguns correndo e outros apenas rastejando.  

    

  Atiro na cabeça de alguns e vejo que são mais de trinta, então eu volto para onde estava sentada enquanto sou perseguida.  

    

  Soco um dos infectados corredores vindo em minha direção e ele me segura pela perna enquanto quase cai do trem, então eu chuto a cabeça dele até ele me soltar e ser atropelado.  

    

  Mais um corre em minha direção e toma um tiro na cabeça, descarregando a minha pistola completamente.  

    

  Tentando não ser arrastada por um deles, eu uso meu pé para chutar a cabeça do infectado e vejo um daqueles "infectados crocodilos" logo atrás dele, então eu precisaria correr logo antes que ele chegue e me devore com todos aqueles dentes.  

    

  Quando outro vem até mim, eu fecho a porta na cara dele antes de mexer no painel logo ao lado da porta.  

    

  Uso o meu cartão no trem e dessa vez funciona, mas não no elevador, impressionante.  

    

  Tranco a porta e recuo um pouco, antes do trem parar em uma estação e eu saio dele correndo dos infectados que também vieram.  

    

  Um dos que correm me alcança e eu o derrubo, fazendo boa parte dos que estavam atrás cair.  

    

  Ainda sendo perseguida, vou até um corredor e pulo por cima de um buraco que já tiraria os comuns de perto, mas não os que correm.  

    

  Entro em uma sala, tranco ela e boto um armário na frente da porta para não entrarem.  

    

  Observo as paredes dessa sala, vejo uma placa acima da porta indicando a direção do deposito.  

    

  Já sei onde ir.   


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Novo personagem, e a volta dos agentes infectados, Peter matou dois.
Mas e os outros três?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Outbreak" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.