O Fantasma da Ópera escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 33
The Portal




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P.O.V. Melissa.

Minha mãe me devolveu o meu colar. E me deu uma missão.

—Precisa partir agora.

—Não. Não vou sem o Jeremy e a Beverly.

—Querida, essa ataque não foi simplesmente pelo sangue. Eles vieram atrás da pedra, atrás do portal.

—Sem querer ofender, mas o que esse portal tem de tão especial?

Perguntou a Beverly que foi ignorada.

—Eu não posso partir. Não posso deixar você.

—Eu vou ficar bem. Você é mais poderosa do que imagina e eles tem medo que você descubra. Agora vai. A Madame vai ajudar vocês.

Tivemos que fugir e fomos parar num prédio abandonado caindo aos pedaços.

—Vamos entrar ai?

—Vamos.

Nós  entramos e tava tudo caindo aos pedaços, podre, a qualquer momento este prédio poderia cair na nossa cabeça.

—Me deem as mãos.

Jeremy e Bev pegaram cada um numa das minhas mãos. 

—Ilumina Obscuration.

P.O.V. Beverly.

Caramba! O prédio se reconstruiu todo. Tipo um filme na reversão!

—O que?!

—Feitiço de ocultação/ilusão. Vamos, temos que ver a Madame Rossini.

A mulher nos levou até um ateliê, cheio de manequins vestindo corpetes, vestidos, togas gregas penduradas em araras, perucas, apliques. Roupas das mais variadas épocas.

—E para onde vamos?

—Não onde, quando. Mil quatrocentos e sessenta e um. Sente-me menina, vai levar um tempo para eu arrumar esse seu cabelo, cherrie.

E depois de um tempo estávamos as duas devidamente vestidas e armadas até os dentes debaixo de todas aquelas roupas. Assim como Jeremy, com aquela casaca enorme e uma espada.

—Vocês devem partir.

Entramos num Chevrolet do modelo mais comum possível e Melissa dirigiu até o meio do nada e estacionou o carro.

—Porque estamos no meio do nada?

—Porque não é o meio do nada. Vamos.

Ela tirou a chave da ignição e lançou um feitiço que fez o carro sumir. Nós caminhamos em meio á aquela mata densa e verde, aquele monte de pinheiros amontoados. O espartilho me apertava as costelas e o longo vestido e a capa dificultavam a caminhada.

Caminhamos o dia todo até chegamos á uma caverna, parecia pequena, mas por dentro era um lugar enorme e labiríntico.

—Tá o maior breu.

—Desculpem. Esqueci que vocês não enxergam no escuro. Incendea.

Uma procissão de tochas se acendeu como um efeito dominó.

—Por favor, não me percam de vista. Este lugar foi feito não apenas para os mundanos se perderem, mas para enlouquecerem. Então fiquem focados em mim. Os feitiços vão mexer com as suas cabeças. 

E realmente. Foi como ir para o inferno. Nossos piores pesadelos e inseguranças paravam para nos assombrar á cada passo que dávamos.

—Beverly, não dê atenção. Não é a sua mãe. É apenas um feitiço de ilusão, não é real. É uma ilusão.

—Não consigo. Eu não posso.

—Estou aqui e ela não.

P.O.V. Melissa.

Foi uma batalha árdua atravessar os dois, mas consegui. Nós conseguimos. 

—Um abismo? Passamos pelo inferno, para acabar num abismo?!

Olhei bem para Beverly e disse:

—Não acredite em tudo o que você vê.

Então, eu atravessei. O chão se formou debaixo dos meus pés.

—Caramba!

Quando cheguei ao outro lado o chão sumiu novamente.

—Venham!

—E se a gente cair e morrer?

—Se acredita que o chão estará lá, ele estará lá. Acredite. Tenha fé.

P.O.V. Beverly.

Eu olhei para o Jeremy, nos demos as mãos, respiramos fundo e começamos a atravessar. Era inacreditável ver o nada, o abismo escuro dar lugar a uma ponte de pedra lisa feita da mesma rocha negra que havia nas paredes da caverna.

E no segundo em que chegamos do outro lado, a ponte se desfez em um milhão de pequenas rochas que caíram de volta no abismo escuro.

—Só falta mais um pouco.

Então, chegamos á um local onde haviam três pilares. Um pequeno, o maior no meio e o do outro lado era médio.

Melissa mudou alguma coisa nos pilares, então notei que eram marcadores, como os ponteiros de um relógio.

—Prontos? Mil quatrocentos e sessenta e um, ai vamos nós!

Ela tirou seu colar que era uma pedra azul amarrada num cordão e a colocou no encaixe encima do pilar central e então... aquela rajada de energia nos atingiu.

—Funcionou?

—Sim. Funcionou.

—Onde estamos?

—Londres. Embaixo da Bastilha. Nas catacumbas. Clássico. Vamos, temos que sair. Vou fazer um encantamento para ninguém nos ver, então... silêncio. Porque eles não vão poder nos ver, mas vão poder nos ouvir. Ignis Dissipare, ativalum.

—E? Como sabemos se funcionou?

—Vamos ter que descobrir do jeito difícil.

Nós subimos as escadas e felizmente passamos por aquele lugar nojento, escuro e detestável sem que ninguém nos visse. E acabamos num vilarejo.

—Pronto não tem ninguém aqui fora. Vou nos desencantar. Finite Incantatem. 

—E como sabemos se funcionou?

Pois é fomos assaltados.

—A minha pedra! Ele pegou! Fiquem aqui eu vou pegar a pedra.

P.O.V. Melissa.

Desgraçado, ele sumiu. E agora?


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