P.O.V. Clarissa.

Esses filhos da puta estão atacando a minha casa. Estão atacando minha família e minha filha!

Está uma confusão, granadas de verbena explodindo, rajadas de  magia sendo lançadas contra os agressores, pescoços quebrados, corações arrancados.

Mas, quando Melissa viu uma das mulheres do outro lado. Ela gritou:

—Parem! 

Nada aconteceu.

—Eu disse parem!

Com aquela rajada de magia tudo parou. Como se tivessem apertado o botão de pause do controle remoto.

—Porque estão atacando a gente? Se querem sangue de vampiro, porque não usar a Doutora Howe? Afinal, eu mesma a transformei.

Mel estalou os dedos e tudo voltou a se mover.

—Você é uma vampira?

—Vocês não sabiam? Eu transformei você, te poupei e ainda assim você me traiu.

—Não é verdade.

—Não é? Então, porque você não programou o ataque para de manhã ou de tarde? Ah, é... porque enquanto uma vampira sem aliados e sem proteção não pode sair no sol sem virar torrada.

—Ela está mentindo.

—Você escolheu se alimentar e completar a transição, senhora Howe. Você escolheu virar uma vampira.

Então, a Melissa atirou uma granada de verbena que estourou na cara da mulher e ela queimou.

—Veem? Vampira. Já tem uma vampira para usar de saco de sangue ambulante. Então, o que estão fazendo aqui?

O povo dela a agarrou.

—Não podem fazer isso comigo! Não podem! Foi ideia minha!

—Você não é mais uma de nós.

—É isso o que ganha pela sua cobiça desenfreada e deslealdade.

Ela foi sedada e levada.

—Não podem fazer isso! É a minha mãe!

—E o sangue dela é a cura para o...

A médica não conseguiu responder porque minha filha enfiou a mão no peito dela e lhe arrancou o coração. E se alimentou dos que sobraram.

—É isso ai. Ela pode ser uma vaca, mas ela é minha sogra.

P.O.V. Jeremy.

Melissa é uma coisa.

—É isso ai. Ela pode ser uma vaca, mas ela é minha sogra.

E cara, ela tinha razão. Eu amo minha mãe, mas ela foi longe demais. Eu era parte do plano maluco dela.