Ebriedade sóbria, abismo e fragmentos escrita por João Antônio G S
Pureza
A pureza fêmea anunciada pelo romantismo não existe.
Impuro também é o homem com sua ilusão iluminista
Impura é toda castração do Ser por sua ignorância puritana.
A única pureza,
É a de não existir nada mais puro
Que a energia de uma fusão nuclear
Onde tudo é indiscriminado
A EVOLUÇÃO DIPLOMÁTICA DO SER E O RECEIO DO FIM SOLAR
Há tempos anciãos
Se corria em noite densa,
Escura.
Halo lunar:
A luz decadente guiava-nos
Em direção à prima luz do raiar vermelho sangrento
No horizonte nascente.
Chegada a luz
—não mais escarlate—
Dourada
A banhar-nos em sabedoria.
Era tarde.
Solaris,
Deus atômico:
Dai-nos a vida.
Priva-nos: trazes a decadência final.
Destruição cósmica: fomos nada;
E por tempo pouco fomos tudo.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!