Evidências escrita por Aunt Apple
"... O que você faria se meu coração se partisse em dois?
Mais do que palavras para mostrar que você sente
Que seu amor por mim é verdadeiro
O que você diria se eu jogasse aquelas palavras fora?
Então você não poderia criar coisas novas
Simplesmente dizendo: Eu te amo..."
Extreme - More Than Words
Pov Sasuke...
— Okay — disse Sakura. — O que aconteceu aqui?
— Eu não sei — admiti.
Nós dois estávamos em choque, ainda parados no hall de entrada, onde meu pai nos recebeu.
Eu juro que não entendi nada. Pensei que Fugaku ia dar um chilique e fazer o maior escândalo por eu não reatar com Miha, mas aí ele age como um pai normal, e diz que eu não podia ter feito uma escolha melhor para namorada. Fiquei tipo Wtf?!
Mas, tentando me recuperar do estupor, convidei Sakura pra conhecer a casa. Ela me seguiu pelos cômodos ouvindo atentamente, e fazendo algum comentário engraçado de vez em quando.
— E aqui é o único lugar desse inferno, que eu posso chamar de meu — contei, com a mão na maçaneta. — O meu quarto.
Abri a porta do meu refúgio, deixando Sakura entrar. Ela deu uma olhada em volta, e sorriu, se virando pra mim.
— Aqui tem o seu cheiro — disse, indo em direção a minha coleção de games, mangás e HQ's. — Ah, Sasuke! Olha só isso aqui! Call Of Duty, Resident Evil, Mortal Kombat.
Ela parecia ser uma criancinha que acabou de ganhar o primeiro brinquedo. Seu sorriso sincero e doce não saía do seu rosto delicado, e eu me sentia completamente bem, ao deixar ela explorar aquele lugar que era só meu.
Aos meus olhos, Sakura era a única pessoa que se encaixava perfeitamente ali. Sem tirar ou adicionar nada nela.
— Sabe dançar, Sr. Uchiha? — ela me pegou de surpresa, ao colocar uma música pra tocar.
— Não — respondi, mas a rosada apenas riu, segurando as minhas mãos. — O que está fazendo?
— Vou te ensinar a dançar, ué — ela piscou um dos olhos, ainda rindo.
Ela colocou as minhas duas mãos na sua cintura, e apoiou as suas no meu pescoço. A proximidade fez meu corpo ficar meio tenso, e minhas mãos começaram a suar frio. Arrisquei olhar para baixo, pra me certificar de não pisar nos pés dela, mas Sakura deu um puxão leve nos meus cabelos da nuca.
— Você tem que olhar nos meus olhos, Sasuke — disse, suavemente.
Engoli em seco, fazendo o que ela disse. Seus olhos verdes brilhavam, cheios de humor e ternura ao mesmo tempo. Mas então sua expressão mudou do nada.
— Posso te contar um segredo? — ela sussurrou, ficando meio entristecida.
— Pode — olhei seu rosto com atenção.
— Eu não moro com a minha mãe, porque ela está internada num hospital psiquiátrico — contou, na medida que seus olhos se inundavam. — Ela não tem mais cura.
— Mas seu pai...
— Está morto — ela murmurou. — Por isso que minha mãe enlouqueceu. Ela já mal se lembra de mim.
— Eu lamento — passei a mão no seu rosto.
Sakura me abraçou, e afundou o rosto no meu peito. Senti suas lágrimas molharem minha camisa, mas não dei importância.
— Minha mãe morreu — contei, porque precisava desabafar, e sabia que ela era de confiança. — Quando eu nasci. Acho que meu pai me culpa pela morte dela. Ele nunca me tratou bem. Sempre tive problemas com ele.
— Parece que nós dois temos demônios dentro de nós — ela me olhou. — Estamos fodidos na vida.
— Pois é. — tirei as duas mãos da sua cintura, e a olhei. — Mas agora eu quero ver um sorriso no seu rosto.
Ela franziu a testa, mas entendeu tarde demais as minhas intenções.
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