Uma história de Amor. escrita por Gabs


Capítulo 2
2016 - Parte 1




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Agosto 2016

Rose tinha ido buscar as vestimentas do time, no beco diagonal.

—A senhora Bings, está lá atrás cuidando de uma cliente. Pediu-me que a aguardasse aqui.

Disse uma garota, loira, de olhos azuis.

—Obrigada. Acho que devo voltar depois…

—Espere, você é Rose Weasley? Artilheira das Harpias? Pode me dar um autógrafo? Merda… não tenho nenhum papel aqui…

Rose sorriu para menina e conjurou um bloco e uma caneta.  Athena sorriu e abraçou sua ídola do quadribol.

—Claro que lhe dou um autógrafo. Qual o seu nome?

Perguntou já com a caneta nas mãos.

—Athena. Athena Malfoy.

Rose a encarou, e foi basicamente impossível não pensar em Scorpius, não o viu desde que dormiram juntos.

—É torcedora das Harpias?

—Não. Dos Falcons, mas adoro você. Sério. Você é a melhor jogadora de quadribol…da história.

—Obrigado, pela parte que me toca.

Scorpius interrompeu a conversa. Assim que os olhos dela se encontraram com os deles, lembranças da noite que dividiram juntos invadiram a mente dos dois.

—Desculpa Scorp, mas você sabe que sou muito fã da Rose.

—Minha irmãzinha é realmente muito fã de você. Vive lendo revistas sobre você. É um saco.

Comentou Scorpius, ainda sem tirar os olhos da ruiva.

—Assim que ela vê você jogando na Liga, você vai se tornar o jogador preferido dela.

Rose comentou, tentando ao máximo controlar seu tom de voz, mas estava estranhamente nervosa.

—Já viu meu irmão jogando?

—Em Hogwarts. E ele era um excelente jogador.

—Fala como se fosse difícil se destacar naquele time da Sonserina.

Athena comentou, fazendo Rose rir.

—Tem certeza que ela é sua irmã?

Perguntou Rose.

—Ela é adotada, mas não sabe ainda.

Scorpius disse piscando para a ruiva.

Athena olhava o irmão com curiosidade, o tom que ele usava, o modo como ele estava se comportando. Ele estava estranho.

—Oh, senhorita Weasley, imagino que sua tia tenha lhe enviado. Vou atender primeiro a senhorita Malfoy, e logo conversamos.

Athena e ela, saíram para dentro da loja, deixando Scorpius e Rose sozinhos.

—Vi, em uma das revistas de Athena, que voltou com Gustav. Fico feliz que tenham se acertado.

Rose o observou, apesar de parabenizar o “relacionamento” dela, ele não parecia muito alegre com a notícia. Perceber isso a divertiu, ela não entendeu o porquê, mas a divertiu;

—Você teve um bom ano de estreia Artilheiro da Liga 2.  Responsável por mais da pontuação total do seu time. Você vai ficar famoso Scorpius, logo os torcedores e jornais perceberam o quanto você é bom e, estarão te colocando na capa dos jornais, e então vai entender que não deve acreditar em tudo que ler.

Scorpius a fitou sem entender o que ela queria dizer, mesmo assim seu coração se aqueceu ao saber que ela o vira jogar.

—Depois de tudo que contei, achou mesmo que voltaria com ele?

Continuou Rose percebendo que ele não tinha entendido.

—Você parecia o amar muito, e…

—Amor próprio acima de tudo.

—É um bom lema.

Comentou ele sorrindo e, daquela vez, pelo menos para Rose, parecia sincero.

—Scorpius… sobre aquela manhã…

—Tudo bem, Rose. Você estava em um péssimo momento e bêbada… Corações partidos nos fazem cometer erro. Fico feliz que tenha sido comigo e não com algum idiota.

—Não vejo você como um erro Malfoy, sei que as circunstâncias não foram as mais adequadas, mesmo assim, quando lembro do que aconteceu não vejo como erro. Na verdade, eu nunca tinha feito sexo casual antes, sempre tive um relacionamento anterior com quem fiz sexo. Quando falei que a gente se via por aí, só que diz que a gente ia se ver por aí, não estava te dando um fora, ou que não queria mais te ver.

Os dois se fitaram.  Rose queria que ele entendesse que não foi o que eles tiveram não foi um erro, que os dois não cometeram um erro.

—Minha prima tem uma cafeteria… Linne. Já ouviu falar? Lá é muito bom e se você quiser nós podemos ir lá.

—Você ainda o ama?

Perguntou. Ele não queria meter os pés pelas mãos como antes, queria começar direito daquela vez. Se é que estavam começando alguma coisa, questionou uma vozinha na sua cabeça;

—Menos a cada dia.

Admitiu Rose.

Scorpius avaliou a resposta dela.

—Isso é um sim, certo?

Rose assentiu. Pensou por um instante que deveria ter mentido, mas não queria mentir para ele.

—Eu gostaria muito de ir a qualquer lugar com você Rose, de verdade, no entanto, se nós saímos novamente, quero que seja tudo certinho, e você ainda não está pronta. Você amou muito o Gustav, e ainda tem sentimentos fortes por ele, não quero ser, um tapa buraco para você Rose. Quem sabe em outro momento podemos nos encontrar no Linne. Agora, você não está preparada, e não quero ser seu tapa buraco.

Scorpius pegou o pequeno bloco de notas que Rose havia conjurado e que agora estava em cima do balcão. Anotou um número e deu a ela.

—Me ligue, quando estiver pronta.

—Sabe qual o seu problema, Malfoy?

—Eu me menosprezo muito.

Respondeu ele fazendo referência ao café que tomaram juntos. Ela sorriu.

—Também, e de certa forma está fazendo isso agora. Mas, você acha que me conhece, que sabe o que se passa na minha cabeça, sem contudo, me deixar tentar mostrar a você. Primeiro deduziu que eu achava que tudo o que aconteceu entre nós dois havia sido um erro, e agora, supõe que eu queira te usar como tampa buraco…

—Não é isso, Rose. Pense bem, nós claramente mexemos um com o outro, só não quero que apressemos isso, porque se de fato nós atraímos, então uma hora ou outra vamos nos esbarrar, em um momento muito mais propício a nos relacionar.

—Eu estava enganada sobre você. Não é que você se menospreza, é que você pensa demais.

Pegou o papel onde estava anotado o número dele, e anotou o dela.

—Que tal você me ligar, quando quiser finalmente se arriscar um pouco.

Scorpius não tivera tempo de responder Rose, pois Athenas e a senhora Bings.

—Vou atendê-la agora senhorita Weasley. Mande lembranças para sua mãe, Scorpius.

—O que ficou conversando com a Rose Weasley quando saí?

Perguntou Athena tomando um sorvete com o irmão.

—Nada demais. Só alguns comentários sobre Hogwarts, algumas fofocas sobre o pessoal do nosso ano.

—Hm… Vocês eram amigos, quando estudavam?

—Não. Na verdade, foram poucas as vezes que conversamos, e nem tinha frases suficientes para ser uma conversa.

—Que estranho, tive a sensação que vocês se conheciam.

—E nos conhecemos, em Hogwarts.

—Não assim, mas como se fossem amigos, sabe. Você ficou estranho perto dela.

—Estranho como?

—Sei lá, só estranho.

—Eu o encontrei hoje.

Rose disse para Judith enquanto corriam em volta do campo.

—Encontrou com quem?

—Com Scorpius. Ele estava na loja quando fui pegar os novos uniformes.

—O que aconteceu?

—Nós conversamos. Expliquei que não tinha intenção de dar um fora nele, e meio que o convidei para sair, mas ele me dispensou. Disse que eu não estava preparada para tentar algo novo, que eu ainda tinha sentimentos pelo meu ex, que ele não queria ser um tapa buraco na minha vida. Então eu disse que ele pensava demais e dei meu número para ele me ligar quando tivesse coragem de se arriscar.

—Você fez o quê?

Rose estava solteira há pouco mais de um ano e ainda não tinha dado o número para ninguém, não tinha ido a nenhum encontro, exceto um com o próprio Gustav, mas que havia sido armado pelos pais delas.

—Eu sei, fui super impulsiva, mas precisava ver como ele estava racionalizando tudo…

—O que ele disse?

—Nada, quando dei meu número a irmã dele, que estava sendo atendida lá dentro, voltou com a senhora Bings, e eles foram embora.

—Isso foi hoje de manhã, Rose. Relaxa, ele deve te ligar mais tarde.

Judith a tranquilizou, percebendo que a amiga estava nervosa.

—Não sei, e se assustei ele? E, mesmo que eu não o tenha assustado, não daríamos certo juntos. Ele é muito certinho, metódico e eu, bom, sabe como eu sou…

—Rose, quem é que está racionalizando as coisas agora? Merlim, se acalma. Se ele não ligar, é porque ele é um babaca e não te merece, e se ele ligar… é só não ficar analisando se vocês têm ou não um futuro, mas só deixa rolar.

—Eu sei, estou ficando louca. Não sou assim, Judith, não sou de ficar me preocupando se o cara vai ou não ligar, se vamos ou não dar certo. Não ficava assim nem com o Gustav…

—Ro, eu já disse, o que você precisa é ir para farra comigo e as meninas nesse fim de semana. É o único final de semana que teremos livre em meses, sabe bem que depois que começa a temporada já era.

—Tudo bem.

Concordou Rose revirando os olhos. Desde do fim do namoro estava evitando as festas.

Rose estava terminando de se arrumar quando o seu celular enfim tocou.

—Alô.

—Oi. Sou eu Scorpius.

Respondeu ele enquanto caminhava nervosamente pela sala do seu apartamento.

—Scorpius?

—Você tinha razão, eu penso demais… desculpe, estou ligando em um bom momento?

—Eu… é., mais ou menos.

—Ligo depois então.

—Não! Quer dizer, é que estou indo para um lugar e eu estou em cima da hora, mas não sou muito de chegar no horário, então que você dizia sobre eu ter razão?

Scorpius sorriu do outro lado da linha.

—Gosta de ter razão, não é mesmo?

—Todos gostamos, Malfoy.

—Eu penso demais, analiso tudo antes de tomar qualquer decisão, principalmente quando tem a ver com meus sentimentos, mas você tem razão quando diz que preciso me arriscar… então, o que acha de sairmos qualquer dia desses?

—Eu adoraria… na verdade se quiser mesmo entrar nessa vibe de se arriscar estarei hoje na boate Flex, conhece?

Quando Scorpius chegou na Flex, não demorou muito para encontrar Rose, ela estava com um grupo de garotas, provavelmente do seu time. Ela parecia radiante, vários homens pareciam babar por ela e com razão, ela estava linda. Por um momento ele pensou eu dar as costas e voltar para casa, precisava passar as táticas do próximo jogo, mas algo em Rose o fez ficar ali, parado no bar, corajoso o bastante para não ir embora, covarde demais para ir até lá.

Na verdade, ele não tinha certeza se quando ela o chamara estava só brincando ou se de fato o queria ali, enquanto a observava a distância percebeu que se tratava de uma pequena comemoração com as amigas, e que a ruiva, pouco dava atenção para os marmanjos que arriscavam uma chance com ela. Enquanto a observava, Scorpius percebeu algo que de certo modo já sabia, Rose não era uma mulher comum, e ele nunca conseguiria algo com ela se continuasse a se manter em sua zona de conforto.

—Eu sou a melhor amiga que você já teve e terá pelo resto da sua vida

Comentou Judith, para Rose assim que ela se sentou para descansar um pouco na mesa.

—Do que está falando?

—Sabe quem está ali no bar?

—Quem?

—Scorpius Malfoy.

Rose virou-se imediatamente para o bar.

—Há quanto tempo?

—Faz tempo já. É divertido vê-lo. Ele fica sentado um tempo, aí começa a caminhar na tua direção, aí volta pro bar, aí vai novamente determinado na tua direção… acho que ele está com medo de ti, porque ainda não te ligou.

—Na verdade, ele me ligou, quando eu estava me arrumando para vir para cá.

Judith sorriu, e apontou novamente para Scorpius.

—Agora, ele está preocupado, porque não sabe onde você está.

Rose sorriu da expressão de Scorpius enquanto vasculhava o local a procura dela.

—Talvez eu devesse ir até lá. Ou estaria sendo muito atirada? Será que ele vai me achar muito atirada se eu for?

—Eu acho que você vai ter que ir lá se quiser alguma coisa, porque se não vamos ficar a noite toda aqui… Ele parece gostar de ti, mas acho que não sabe chegar em ti, pelo menos não quando você está rodeada de pessoas.

—Acho que sim, na festa ele veio falar comigo quando eu estava sozinha….

—Mudança de planos, não precisar ir até ele…

—Porque acha…

Judith, no entanto, não esperou que Rose terminasse a frase e se levantou da mesa, indo para o meio da pista junto com as demais garotas.

—Oi.

Scorpius cumprimentou Rose sem jeito. Ele odiava o quanto ficava sem jeito perto dela.

—Você veio!

—Parece surpresa.

—De fato estou. Não pensei que viria. E pelo que Judith me contou não achei que viria conversar comigo.

—O que Judith disse?

Perguntou sem entender.

—Que está faz algum tempo no bar, e que ora se levantar para ir até mim, e voltar para o bar, aí faz de novo.

—Fui pego no flagra… na verdade, fiquei um pouco apreensivo porque achei que tivesse sido uma brincadeira sua…

—Tudo bem, acho que isso aqui está muito longe da sua zona de conforto.

—Sim. Quer dizer nem tanto, mas confesso que lugares fechados com músicas altas não são meus locais preferidos. Mas vale a pena por você, inclusive, você está linda, muito mesmo.

—Obrigada. Então já que quase não vai há baladas o que faz para se divertir?

—Jogo quadribol.

—Não vale, isso é trabalho.

—Saio com minha irmã, quando ela está de férias.

—Não vale, obrigação familiar.

Scorpius sorriu.

—Eu vou em algumas festas.

—Pensei que não gostasse…

—Não festas como essa, festas de amigos, de pessoas conhecidas, nas quais é possível ter uma conversa sem precisar gritar.

—Ok. Festas de amigos, anotado. Diga mais.

—Sei lá, sou viciado em esportes trouxas, futebol, futebol americano, tênis… adoro pular paraquedas…

—Espera… Esportes trouxas? Isso é sério? E paraquedas?

—Sim. Eu namorei uma trouxa – explicou ele sem jeito – e ela me apresentou a esses esportes eu simplesmente me apaixonei.

—Namorada trouxa? Ainda tem contado com ela?

—Não. Foi assim que sai de Hogwarts. Depois dela tive alguns casos, mas nada íntimo, só casual mesmo. E você?

—De importante, só tive o Gustav. Quando digo importante, eu estou falando sobre relacionamentos, não estou dizendo que o que tivemos…

—Entendi Rose, não precisa se explicar… então você sempre vem em festas desse tipo?

—Eu adoro. Gosto de tudo que me alegra. E isso aqui me anima…

—Percebi, é quase impossível tirar os olhos de você, principalmente quando está no meu da pista dançando.

—Você dança?

—Eu? Um pouco, talvez minha mãe tenha me forçado a fazer aulas de dança quando era criança.

—Merlim! Está falando sério?

—Sim, mas devo avisar que fui expulso da escola.

—Era tão ruim assim que foi expulso?

—Na verdade, fui expulso por que coisas estranhas sempre aconteciam e eu estava por perto.

—Mas isso não é argumento para expulsão!

Rose disse indignada.

—Não, mas foi a que deram. Minha mãe ficou irritadíssima, eu apenas agradeci. Odiava aquelas aulas.

—Vem, vamos dançar.

Convidou ela.

—Não ouviu a parte que eu disse que fui expulso…?

—Expulso, mas não pelos seus talentos como dançarino.

—Porque não existe esse talento.

Mas Rose já não o escutava, e o arrastava para a pista de dança.

E ele foi, havia algo nela que o contagiasse, provavelmente se ela o tivesse chamado para roubar o Gringots ele iria sem questionar, Rose era inebriante.

Os dois tinham sincronia na pista de dança, Scorpius não era um exímio dançarino, mas Rose o adorou, ele tinha ritmo e parecia se divertir. No meio da terceira música os dois já estavam se beijando. No fim da sexta música eles já aparatavam do Flex direto no apartamento de Scorpius.

Scorpius e Rose estavam ofegantes, um do lado do outro na cama, olhando para o teto, os dois tentando entender o que estava acontecendo ali.

—Talvez eu devesse ir embora…

Rose disse se levantando.

—Não faça isso, Rose.

—Ir para minha casa?

Scorpius deitou de lado, encarando os olhos azuis de Rose.

—Não pense demais.

Rose o encarou de volta. Ela não havia percebido o quanto gostava dos olhos de Scorpius, havia uma tranquilidade neles, uma calmaria, que ela não estava acostumada, mas que de alguma forma fazia bem.

—Você é diferente.

Confessou Rose.

—Diferente bom ou ruim?

—Sinceramente? Não tenho ideia. Só sei que você me deixa desconsertada.

—Acho que é o contrário.

—Eu não estou nos analisando. É que eu não sou de fazer isso. Não sou o tipo de mulher que encontra um cara, beija e vai para casa dele ou o levo para minha, e mesmo assim não podemos ficar sozinhos que terminamos no mesmo lugar.

—Eu também não sou o tipo que vai para as baladas, muito menos dos que dançam em público, ou que ficam bebendo em um bar até altas horas.

—Acho que estou te levando pro lado negro da força.

Os dois se beijaram. Scorpius não admitiria em voz alta, mas também estava analisando sua situação com Rose. Também não passara despercebido em sua cabeça que sempre que os dois se encontravam rolava um clima incrível entre os dois.

—Espera, vocês passaram o fim de semana juntos?

Judith perguntou com um sorriso safado no rosto. As duas tinham aproveitado que o treino havia sido cancelado por conta do mau tempo e decidiram almoçarem juntas.

—Sim! Eu sei, parece uma loucura, mas quando formos perceber já era domingo.

—Nossa! Ele realmente mexe contigo Rose, nunca te vi desse jeito com um cara.

—Eu sei. Estou começando a ficar com medo.

—De que exatamente.

—Do tanto que ele mexe comigo.

—Cuidado Ro, se continuar falando isso vou achar que está apaixonada.

Rose revirou os olhos e negou tal hipótese.

—Você e a Weasley? Sério?! É meu caro, são poucos os que conseguem pegar as paixonites da adolescência.

Luke Zabine disse, fazendo Scorpius revirar os olhos. Os dois eram amigos desde Hogwarts.

—Eu não tinha uma paixonite por ela em Hogwarts!

Não tinha mesmo. É certo que Scorpius sempre achou Rose a mulher mais linda de Hogwarts, e não perdia a oportunidade de ficar admirando ela, mas isso não significava que ele era apaixonado por ela. Não mesmo.

Luke riu do amigo. Desde o primeiro ano em Hogwarts Scorpius era obcecado por Rose Weasley, ele costumava fingir ir aos jogos da Grifinória para “secar” quando ia mesmo para assistir ela jogar. Ele sempre foi um aluno razoável, e quase nunca levantava a mão durante as aulas, exceto quando a Sonserina tinha aulas com a Grifinória, e o Luke sempre tivera certeza que era para chamar atenção da ruiva, o que era muito difícil, ela sempre andava com uma legião de fãs atrás dela.

Rose era praticamente a Rainha de Hogwarts, o castelo girava em torno dela, ela era o centro das atenções onde quer que estivesse, e Scorpius? Ele sempre fugiu dos locais com muitas pessoas, sempre foi discreto e mesmo quando era assumidamente o único jogador que prestava no time da Sonserina e todas as garotas queriam sair com ele, mesmo assim ele era tímido, nunca gostou de atenção. Por isso Luke se divertia com a novidade do amigo, esse prometia ser, aos olhos do Zabine, um casal interessante.

—Tá bom, você não tinha uma queda por ela nos nossos saudosos tempos de Hogwarts, mas, com certeza, tem agora certo?

—Acho que sim. Mais ou menos. Não sei. Quer dizer, ela é maravilhosa, mas nós só saímos duas vezes, e tecnicamente nem foram saídas, foram duas pessoas se encontrando coincidentemente no mesmo lugar. Acho que estamos deixando acontecer.

— “Deixando acontecer”? Quem é você e o que fez com Scorpius Malfoy?

—Estou falando sério!

—Chama ela para sair, cara.

—Não sei se ela vai aceitar.

—Scorpius, ela mexe contigo, desde os tempos de Hogwarts, mesmo que você não admita isso. Então pega o seu “clelurar” e chama ela para sair.

Luke percebeu a insegurança do amigo.

—O que foi, Scorpius?

—Ela terminou há pouco tempo com o Gustav Esme, ela o amava, a acho que ainda tem sentimentos por ele.

—E daí? Nada melhor para esquecer um antigo amor do que o um novo.

—Não é tão simples. Ela é uma super-jogadora, ganhou o prêmio de melhor jogadora da temporada passada, e eu estou num time da Liga 2, meu apartamento é do tamanho do quarto dela…

—Pode parar de se menosprezar. Você é um ótimo jogador Scorpius, não deixe que os pensamentos negativos do teu pai te atinjam. E, mesmo que teu apartamento seja menor que o dela, ela não se importou de passar o fim de semana lá. Para de ficar inventando desculpas, Malfoy.


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