Uma história de Amor. escrita por Gabs


Capítulo 3
2016 - Parte II


Notas iniciais do capítulo

Já dizia Dani Russo: "ó quem voltou"



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Setembro, 2016

Rose amava sua tia/madrinha Gina, mas tinha um lado ruim em tê-la como treinadora, seus pais sempre sabiam quando ela tinha um tempo livre, coisa rara quando estavam em temporada, então assim que Hermione soube que o treino foi cancelado tratou de marcar um jantar de família. Hermione Granger, adorava qualquer desculpa para reunir a família, o que nem sempre era fácil, visto que ela própria estava sempre ocupada no Ministério de Magia, e Ronald se dividia entre ajudar Harry no departamento de aurores e ajudar George e Fred II, na, Gemialidades Weasley’s, ademais, Hugo estava quase sempre viajando a trabalho (ele trabalhava no ministério de relações exteriores).

—Então Rose como vão os treinos, Gina disse que você continua a mesma, quase sempre chegando atrasado. Já disse que tem de ser mais responsável nesse ponto filha, não pode ficar abusando do fato da sua tia ser a treinadora.

Rose e Hugo olharam um para o outro, cúmplices.

—Pelo que conheço da tia Gina, acho que Rose não tem vantagem nenhuma em ser sobrinha.

—Não mesmo. E, tenho certeza que ela adora me ver chegando atrasada, que outra desculpa ela teria para me fazer executar o triplo de exercícios do resto do time.

—Com o seu talento filha, você poderia ajudar os Cannon’s a vencer o campeonato…

—Papai, a Rose é uma ótima jogadora, mas ainda não faz milagres.

Comentou Hugo fazendo as orelhas do seu pai ficarem vermelhas.

—Ainda não entendo como pude ter um filho que torce para os Montrose Magpies. Onde nós erramos Mione?

Hermione revirou os olhos, nunca entendeu a relação que a família tinha pelo quadribol.

—Chega de falar sobre quadribol. Vamos mudar de assunto, já vi que meus dois filhos estão com a carreira praticamente determinada, a questão agora é saber como anda a vida amorosa, desses dois.

—Tudo bem, mãe. A senhora quer saber minha vida amorosa em que país.

Hugo disse orgulhoso. Ele sempre foi um cafajeste de primeira, conseguia ganhar até mesmo do seu primo James. Hermione, revirou os olhos para o filho.

—Um dia, Hugo, você vai conhecer uma mulher, e ela vai te deixar louco.

—Mas até achar essa mulher, a gente tem que se divertir com as outras.

—O garoto tem um bom argumento, Mione.

Ronald disse rindo da expressão da esposa.

—Eu queria ter essa sua confiança quando tinha sua idade, filho.

—Como é, Ronald Weasley?

Hermione perguntou com uma voz esganiçada.

—Calma amor, mas é que se eu tivesse essa confiança que o Hugo tem, eu teria pedido você em namoro muito antes, no quarto ano para ser mais exato.

Hermione beijou o marido carinhosamente. Ronaldo piscou para os filhos que riram da cena.

—Mas e você maninha, como anda o coração depois do Magnifico. (Magnifico era como a torcida francesa chamava Gustav).

—Na verdade, estou bem. Muito bem.

Rose respondeu. E surpreendeu-se quando percebeu, que de fato ela estava bem, e que a simples menção do nome não fazia seu coração se apertar como antes.

—Opa. Temos um novo carinha na área?

Rose quis dizer que sim, apesar de não gostar de passar todo o tempo livre com a família, não escondia nada deles, mas Scorpius era um assunto delicado, tanto por ela não saber ainda o que de fato estava acontecendo entre os dois quanto pelo fato dele ser um Malfoy. É claro que após a última grande guerra bruxa, as duas famílias não eram rivais declaradas como um dia foram, no entanto, era uma rixa latente. Além disso, apesar dela e Scorpius não serem inimigos na época de Hogwarts, sua família adorava aprontar prendas contra ele, e por vezes Hugo estava no meio.

—Não tem nenhum novo cara na área, Hugo. Uma mulher não precisa de um homem para estar bem.

—Isso significa que ainda há chances de voltar com Gustav? Filha ele era tão bom para você e...

Hermione foi interrompida por Rose.

—E só estava comigo porque fazia bem para a imagem dele.

Confessou Rose pela primeira para a família.

—O que quer dizer com isso Rose?

Ronald perguntou visivelmente irritado. Ele sempre fora protetor com os filhos e pensar que sua filha havia sido usada por alguém lhe irritava.

—Isso que vocês ouviram. Ele gostava mais da imprensa do que de mim

—Por que não nos contou antes? E, pensar que a forçamos a jantar com ele... Me perdoe filha.

Hermione desculpou-se abraçando a filha.

—Porque fiquei com vergonha... por não ter percebido antes.

Rose confessou ficando vermelha.

—Não tem porque se envergonhar maninha. Mas ele que se cuide porque quando eu o ver...

Hugo afirmou ameaçador. Rose revirou os olhos, mas sorria para o irmão, tal como Ronald ele era bastante protetor.

—Já cuidei dele Hugo. Além disso, eu só quero passar um pano por cima disso tudo.

Novembro 2016

Um mês havia se passado e os dois ainda não haviam se encontrado novamente devido a turbulência do início da temporada. Na terceira semana Zabine cansado da pequena depressão do amigo o obrigou a ligar para a ruiva.

Enquanto o telefone chamava, Scorpius andava nervoso de um lado a outro da sala, sob o olhar atento de Zabine que ria do amigo. Rose por outro lado mordia os lábios nervosa com o telefone na mão, pensara que o loiro havia se assustado com ela e com o último encontro deles, e, começou a pensar que talvez ele não quisesse que ela passasse o fim de semana no apartamento dele, havia, inclusivo dito a Judith que evitaria contado com ele. No entanto, não conseguia ignorar a ligação, e, num ato de impulso atendeu a ligação.

—Scorpius? Oie.

—Rose. Oie.

E durante alguns segundos os dois permaneceram em silêncio sem saber de fato como continuar. Ao fundo Rose pensou ter ouvido alguém dizendo “Estou indo”.

—Quem está falando no fundo?

Questionou curiosa. Por breves segundos pensou ser alguém da imprensa. Será que ele havia contato para alguém da imprensa?

—É meu amigo Luke Zabine. – A ruiva não podia vê-lo, mas Scorpius estava vermelho como um pimentão – Deve se lembrar dele de Hogwarts. Ou não. Ele era da Sonserina e andava comigo.

Ela lembrava-se bem de Luke. Os dois sempre andavam juntos.

—Acho que me recordo dele.

Disse ela aliviando-se um pouco e sentindo um tanto paranoica. Scorpius não era Gustav, não a usaria para crescer na carreira.

—Porque me ligou... achei que tinha desisto de mim.

Provocou.

—Sinto muito. Eu não tinha.... O meu calendário está uma loucura.

Rose odiava desculpinhas e havia ficado apreensiva quando ele não entrou em contato após o fim de semana que haviam passado, mas pegou-se dizendo.

—Perdoado.

—Consegui um dia livre na minha agenda e queria saber se queria sair comigo.

—Hm... Agora ficou interessante.

—Zabine, vai dar uma pequena festa de aniversário, algo bem intimo com umas 6 pessoas no máximo. E, eu queria saber se você queria participar. Sei que não o conhece, mas ele não se importa. Além disso vou usar o único tempo livre que terei esse mês indo a...

—Eu aceito.

—Sério?

—Parece surpreso.

—Estou. Você não o conhece.

—Porque está tentando me convencer a não ir para a festa que acaba de me convidar?

—Eu não sei.

Confessou Scorpius rindo. E, ela riu junto com ele.

—Então será na quarta. Aqui no meu apartamento. Por volta das 21hs.

FESTA DO ZABINE.

Scorpius estava nervoso. Ele costumava avaliar todas as possibilidades para todas as decisões que tomava e não conseguia ter nenhum vislumbre sobre o que poderia acontecer juntando seus amigos com Rose. Os convidados para o aniversário de Luke eram 4 pessoas além de Scorpius. Marshal e Jonh, amigos do trabalho de Luke, além de Michele esposa de Marshal e Liz prima de Luke.

—Malfoy, pega essa cerveja amanteigada e ver se relaxa.

Jonh exclamou divertido. Não era típico de Scorpius se comportar daquela maneira.

—Ele está assim por causa da tal ruiva?

Michele perguntou para Luke que apenas assentiu causando risos em todos.

—Scorpius apaixonado... quem diria.

Marshal disse entrando na brincadeira.

—Vocês prometeram que iam se comportar.

Scorpius lembrou.

—Só quando ela chegasse e ela nem chegou ainda.

Luke respondeu piscando para o amigo.

—Isso se ela vier.

Liz falou para encher a paciência do amigo.

—Odeio vocês.

...

Rose estava nervosa. Ela lembrava-se do Zabine, ele e Scorpius eram inseparáveis em Hogwarts, mas nunca haviam conversado. A verdade é que ela só aceitou o convite porque queria muito sair com Scorpius e já tinha dado um fora, ficou com medo dele demorar ainda mais para chama-la novamente caso desse outro fora. E, por isso ela estava ali.

Scorpius abriu a porta para ela e assim que viu Rose esqueceu o porquê estava nervoso, a reação foi a mesma para a ruiva, no momento que o viu sabia que se ele a tivesse convidado para assaltar um banco ela iria... Scorpius era inebriante.

—Gente, essa é a Rose. Rose esse são Luke, Jonh, Marshal a esposa dele Michele e Liz.

Luke já sabia quem era a “ruiva” que Scorpius estava a fim, os demais não, então ele se divertiu vendo a reação dos demais. Todos estavam muito surpresos, mas tratam de fingir que não havia nada demais ela está ali.

—Rose, é um prazer.

Michele a mais sensata de todo o grupo foi a primeira a reagir. E, os demais a seguiram.

—É um prazer Rose.

...

—Luke. Parabéns. Eu não sabia o que comprar... Então lembrei que uma vez em Hogwarts você gritou para toda a turma que seu maior sonho era ter umas revistas trouxas que tinham mulheres nuas.

Rose disse entregando um embrulho para Luke. O moreno abriu um sorriso.

—Eu gostei dela Scorpius. Cuidado. Todos sabem que as mulheres têm uma preferência pelos morenos.

Luke piscou para Rose que sorriu se divertindo.

—Então Luke, desde Hogwarts precisava de uma revista para ver uma mulher nua?

Marshal perguntou causando risos.

...

O jantar ocorreu naturalmente, Rose nem parecia ter acabado de conhecer todos, em menos de uma hora todos já estavam enfeitiçados por ela.

—Rose você parece ser uma mulher incrível... o que faz com o Malfoy?

Liz perguntou.

—Eu voto em Imperius.

Marshal respondeu antes de Rose.

—É uma boa explicação, mas a verdade é que eu perdi uma aposta.

Rose respondeu causando risos.

—Algo a dizer Scorpius?

Michele questionou rindo da reação do amigo.

—Se só está comigo para ganhar uma aposta... só tenho de dizer que o prazer é meu.

Pela primeira vez naquela noite Rose havia ficado sem jeito, as suas orelhas ficaram vermelhas, mas ninguém havia percebido, só Scorpius.

—Até porque sua aposta o fez sair com a paixonite da adolescência dele.

Luke falou.

—Ela não era minha paixonite!

Scorpius defendeu-se rápido demais.

—Como não? Vivia encarando-a. Ia aos treinos da Grifinória para vê-la. Seu desempenho nas aulas que dividia com ela era infinitamente superior as outras. Quando ela começava a namorar passava dias bravos com a vida e quando ela terminava ficava dias feliz do nada.

—Ele está bêbado. Eu não fazia essas coisas.

Scorpius disse para Rose, que sorria. “Ele gostava dela no tempo de Hogwarts?”.

—Mas não é quando se está bêbado que as verdades saem?

Jonh falou rindo do amigo.

...

Todos haviam ido embora só sobraram Scorpius e Rose.

—Então... eu era sua paixonite?

Rose perguntou quando os dois sentaram-se no sofá, após ajuda-lo a arrumar as coisas.

—Um conselho sobre Luke. Não dê atenção ao que ele diz.

—Mas é verdade?

Quis saber.

—Talvez se você tirasse esse sorriso convencido do rosto eu posso confirmar ou negar algo.

Rose alargou ainda mais o sorriso.

—Sabe... eu tinha uma paixonite em Hogwarts, mas eu nunca dei trela porque eu não tinha a menor chance. Eu sempre ficava olhando para ele pelos corredores e eu adorava participar das aulas que ele estava, ele não fazia o tipo que gostava de holofotes e, as vezes eu ficava horas na biblioteca só para ficar olhando-o a distância.

—Eu sei que não estamos namorando, nem nada. Mas não estou gostando desse papo.

Rose sorriu.

—Esse cara era sonserino e o melhor artilheiro do time.

—Você gostava de mim?

Scorpius perguntou sem acreditar.

—Quem está com o sorriso convencido agora ein.

—Isso é verdade?

—É. Não que eu assumisse qualquer um desses fatos, mas a verdade é que você sempre me atraiu.

Disse ela lhe dando um beijo. Scorpius a enlaçou pela cintura.

—Quer sair comigo de novo?

—Esse encontro nem terminou e já está pensando no próximo.

—Estou falando um encontro de verdade. Um jantar. Velas. Um restaurante chique. Tudo que você tem direito.

—Eu vou contigo para qualquer lugar.

Scorpius a beijou. Havia algo em Rose, ele não sabia o que era, mas ele precisava dela.

 

24 de Dezembro, 2016

Rose Weasley adorava o natal. Gostava do clima natalino. E amava sobretudo passar o natal na casa da sua vó Molly Weasley. Tradicionalmente todos os Weasley’s se reuniam na Toca para celebrara as festividades de fim de ano. Apesar dos feitiços de extensão e da reforma a Toca ainda não suportava todos de uma vez, por isso a festa era feita no quintal e os familiares que não moravam em Londres se dividam na Toca e na casa daqueles que moravam em Londres.

Naquele ano Hugo optou por ficar no apartamento de Rose e não na casa dos pais. Os dois haviam se esquecido de como era conviver um com o outro por muito tempo já que Hugo passava a maior parte do tempo viajando a trabalho. Diferentemente do que acontecia quando eram menores, mesmo durante Hogwarts, eles não brigaram tanto.

—Judith nos chamou para uma festa após a meia noite.

Rose comentou bebericando o café.

—Essa festa terá muitas jogadoras de quadribol?

Hugo questionou com um olhar safado para irmã, que apenas revirou os olhos.

—Provavelmente. Não que você vá se importar muito já que todo mundo sabe que vai terminar a noite com a Jud.

As orelhas de Hugo ficaram vermelhas com a insinuação de Rose. O ruivo e a melhor amiga de Rose sempre ficam juntos quando ele está na cidade. Os dois não tem nenhum tipo de relacionamento, como gostam de frisar, porém sempre que estão na mesma cidade acabam na mesma cama.

—Pensei que ela estava namorando o idiota do Ned Wilson. O que é um erro se quer saber, ela merece mais que o um apanhador de meia tigela.

Rose riu do irmão.

—Cuidado Hugo. Se eu não te conhecesse poderia dizer que está com ciúmes.

—Não estou com ciúmes. Não tenho porque ter ciúmes. Jud e eu nunca tivemos nada. Mas é um fato que ela merece mais.

—Acho que ela pensa o mesmo já que os dois terminaram ontem. -Rose disse piscando para o irmão – Agora tenho que ir para pegar meu vestido.

...

Rose e Judith estavam almoçando em um restaurante no Beco Diagonal. Quando as duas estavam terminando de almoçar Scorpius e sua mãe Astoria entraram no mesmo restaurante. Os dois, Scorpius e Rose, haviam saído algumas vezes no último mês e a cada encontro descobriam o quanto combinam um com o outro, no entanto, ainda continuavam “indefinidos”, mas tanto na cabeça de Scorpius quanto no coração de Rose a definição do que havia entre os dois estava muito clara.

Scorpius travou rapidamente quando viu Rose, não esperava vê-la naquele dia e sorriu discretamente para a ruiva que balançava seu coração. Rose esperou ser discreta, mas duvidava muito que tivesse conseguido, ela estava numa fase que não conseguia ver Scorpius sem sorrir instantaneamente.

—Nossa! Você está mesmo apaixonada.

Judith comentou.

—Cala a boca, Jud.

Rose respondeu quase imediatamente.

—Vou me calar quando admitir que está perdidamente apaixonada por um certo loiro.

—Não estou nada. A única coisa que vou admitir é que tenho sentimentos fortes por ele.

—Chama como quiser Rose. Mas seus olhos praticamente brilharam quando ele entrou.

—Da mesma forma, que os seus olhos brilham quando ver Hugo?

—Sério? Vai jogar Hugo na roda? Pois bem, a atração física entre o Hugo e eu não é segredo para ninguém minha cara Rose. Seu irmão é muito gostoso, aquele corpo, isso porque você não sabe como ele é bom...

—Tá bom. Tá bom. Entendi. Te odeio.

Rose declarou balançando a cabeça com expressão de nojo.

...

Do outro lado do restaurante.

Scorpius tentava prestar atenção ao que Astoria estava falando, porém, toda sua energia estava sendo gasta para evitar ficar olhando para Rose com cara de bobo. Assim que o pedido deles chegaram a viu levantando-se em direção ao banheiro, e, o loiro não perdeu a oportunidade. Verificou com antecedência que só ela estava no banheiro feminino e então entrou.

Rose o encarou sorrindo encostada pia.

—Você é um safado Malfoy. Parece um adolescente não consegue se controlar por muito tempo.

Scorpius jogou um feitiço na porta para que não fossem interrompidos e beijou Rose.

—Merlim como adoro te beijar.

Declarou-se Scorpius.

—Também estava com saudades dos seus beijos.

—Quando seu irmão vai embora?

Perguntou Scorpius assim que os dois se separam. O único tempo que os dois tinham nas últimas semanas era a noite, e, Rose não gostava de ficar até muito tarde na casa de Scorpius, para não levantar perguntas do irmão.

Rose sorriu notando as intenções dele.

—Espero que o mais rápido possível.

E novamente o beijou. Pegou-se pensando em quão boba ela parecia naquele momento. Desesperadamente desejando a boca de Scorpius junto a sua. Desejando as mãos dele pelo seu corpo.

—Merlim, nós estamos em um banheiro de um restaurante. Você está almoçando com a sua mãe!

Scorpius sorria internamente enquanto observava Rose arrumar os cabelos, e retocar a maquiagem na frente do espelho. Adorava o poder que tinha de fazê-la perder a noção das coisas.

—Encontro você amanhã, após a meia noite.

Disse dando mais um beijo na ruiva. E saiu antes que alguém desse conta do sumiço dos dois.

...

—Sério Rose? Se agarrando no banheiro do restaurante? Quase que fui bater na porta pra mandar vocês arrumarem um quarto.

Judith disse fazendo a amiga corar.

—Cala a boca, Jud.

—Já pediu a conta?

—Já até paguei a conta.

As duas foram embora, não sem antes Rose olhar em direção do loiro e sorri discretamente.

—Admita de uma vez.

Judith insistiu assim que as duas saíram chegaram no apartamento de Rose.

—Ok. Admito. Estou apaixonada...

—Por quem?

Perguntou Hugo curioso. Rose e Jud congelaram.

—Você não deveria estar na casa dos nossos pais?

—Estou indo agora. Senhorita apaixonada... mas, sério não vai me dizer o nome dele?

—Não é ele. Eu estava convencendo sua irmã a admitir que ela ama orelhas extensíveis.

Hugo riu da desculpa de Judith.

—Só pra constar -disse antes de sair- também herdei a inteligência da nossa mãe.

..

NATAL

Scorpius como sempre passou o natal na Mansão dos Malfoy’s. Junto a família Zabine. O jantar nunca acontecia a meia noite, mas sim as 20h em ponto. Após as 21 horas todos os mais velhos iam para sala de estar conversar sobre o passado, e como seus filhos estavam crescendo. Os mais novos Athena, Luke, Zabine e Liz, depois que cresceram iam para o bar, e enchiam a cara, menos Athenas, que ficava só escutando as besteiras dos três. As 23h os mais velhos iam embora dormir. E os três procuravam alguma festa para encerrar a noite.

Naquele ano, contudo, Astoria resolveu mudar as coisas e fazer uma festa. Chamou vários amigos íntimos, Athenas também chamou alguns amigos, assim como Luke e Liz. Scorpius queria chamar alguns amigos do seu time, porém com medo que Draco fizesse algo para envergonhá-lo acabou não chamando ninguém.

Marshal, Michele e Jonh estavam lá como convidados de Luke. E não perderam tempo para perguntar sobre a “Ruiva”. Felizmente, pensou Scorpius, tiveram o bom senso de não citarem nomes.

—Como vai com a ruiva, Scorp?

Michele perguntou curiosa. Não viu nada em nenhuma revista ou jornal sobre a aproximação dos dois.

—Não deu em nada.

Desconversou Scorpius, forçando um sorriso.

—Que pena. Ela era legal. – Jonh disse dando tapinhas no ombro dele – Se importa se eu tentar alguma coisa com ela?

Scorpius não viu, mas fechou a cara. Fazendo os amigos rirem.

—Pelo visto nosso querido amigo ainda não superou a ruiva.

Marshal disse sorrindo.

—Mas vai superar agora! -Liz disse chegando toda animada. Scorpius estranhou a animação da amiga – Eu trouxe a garota perfeita para você, Scorp.

—Duvido muito que tenha a achado.

Afirmou Scorpius.

—É Cecile.

Contou Liz para Michele.

—Meu Merlim. Cecile? Aqui? Ela é perfeita para você Scorpius.

Mas antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, Luke chegou apresentando Celile para todos. E, Scorpius tinha que admitir, se tivesse conhecido a garota antes ela seria perfeita. Tinha tudo aquilo que ele sempre desejou. Cecile era uma mulher com personalidade, inteligente, com uma língua afiadíssima, entendia de esportes trouxas, e os dois passaram algum tempo conversando sobre esportes e bebendo. Descobriram, inclusive, pulavam de paraquedas no mesmo lugar. Ela tinha um sorriso encantador, era extremamente simpática, não atoa todos seus amigos pareciam ter gostado dela.

Discretamente, no meio de algum assunto, Liz, Luke, Jonh, Marshal e Michele haviam deixado os dois a sós. Os dois conversaram e beberam quase a noite toda e ficaram surpresos quando alguém – provavelmente bêbado – gritou no meio do salão de dança: “Feliz Natal”.

—Admita, ela é a mulher perfeita.

Liz disse animada quando abraçou desejando feliz natal.

—Não crie expectativas.

Respondeu ele no ouvido da amiga.

Mas já era tarde demais. Liz e Michele estavam planejando o casamento dos dois.  Scorpius por outro lado havia adorado Cecile, mas por mais incrível que ela fosse, não era Rose. Cecile era sua versão feminina, Rose era seu completo oposto... talvez fosse verdade aquela história de que os opostos se atraiam.

Era 1h da manhã quando Scorpius se deu conta disso ou pelo menos assumiu isso pela primeira vez.  Ele estava perdidamente e completamente apaixonado por Rose Weasley. Percebeu isso, porque Cecile pediu que ele lhe deixasse em casa, pois estava muito bêbada. Ele também estava bêbado, mas não poderia deixa-la sozinha naquele estado. Perguntou para Liz como chegar na casa dela e a levou.

—Não quer entrar?

Perguntou ela quando abriu a porta.

—Não. Está muito tarde. E você está muito bêbada.

Respondeu com sinceridade. Cecile entendeu, mas antes de entrar aproximou-se de Scorpius e lhe deu um beijo.

No momento em que sentiu os lábios de Cecile nos seus, ele sentiu-se mal. Uma sensação estranha o invadiu. Seu cérebro dizia que aquele era um beijo, de uma mulher feita sob medida para ele, mesmo assim seu coração e o restante de seu corpo, diziam que aquilo era um erro e gritavam, na verdade, exigiam o beijo de Rose.

Ele ligou para ela assim que Cecile entrou. Havia um barulho muito alto no fundo.

—Ei. Não vou conseguir te escutar. Muito barulho. Estou na Flex. Vem para cá. Deixei teu nome na lista.

..


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