Sirenverse's Powerful escrita por Thomaz Moreira


Capítulo 11
Revenge


Notas iniciais do capítulo

Oláaa
Sei que tinha prometido publicar o capítulo novo o mais cedo possível, mas aconteceram umas coisinhas
gravações de vídeos e planejamento de roteiro para a minha web-série (inclusive vou falar sobre ela mais tarde)
O vídeo está disponível na internet: https://www.youtube.com/watch?v=VqfHn_Lerwk---- Aqui
tirem o (----) do link para acessar
Espero que gostem do vídeo e do capítulo



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            A quase vinte anos atrás uma grande batalha aconteceu. Esse evento ficou conhecido como “A Batalha de Black Lake”. Foi quando os Patriotas se reuniram oficialmente pela última vez. Uma grande luta contra o Nevil. Um clone do Wander com a mesma força que ele. O estrago causado nessa guerra foi tão grande que chamou atenção do governo. Por esse motivo foi criada a lei anti-vigilante.

            O motivo da tal guerra vem de uma rebelião de grandes super-vilões que estavam cansados de serem pegos. Então eles se juntaram para acabar de vez com os heróis. No final, cada um controlaria uma cidade, começando por Black Lake.

            A rebelião começou a desandar quando ela atingiu Gotham City, chamando atenção do Batman. Lá, a rebelião era liderada pelo próprio Bane e outros grandes vilões. Mesmo assim, Batman conseguiu dar um jeito com a ajuda de seus aliados.

            As pessoas contam que as ruas foram tomadas por detentos loucos do aliso Arkham e de outros lugares perigosos. Tudo foi um caos. Várias pessoas morreram no processo, mas no fim o bem prevaleceu.

            A reconstrução da cidade de Black Lake, que foi a mais afetada, levou anos, e com a ajuda da InoTec o processo foi bem mais rápido do que o esperado. No final, todos ficaram felizes, pelo menos nessa versão da história.

            Quando tudo acabou, Nevil não quis se dar por vencido. Seu ego e seu orgulho eram maiores do que a humildade. Ao seu lado estava Arlequina, essa que também não se dava como vencida. O seu motivo era mais pessoal ainda. Desde que o seu amado foi preso ela quis fazer de tudo para soltá-lo. E decidiu entrar na briga por isso. O problema é que com o desenvolvimento desse plano ao lado de Nevil as coisas começaram a ficar mais quentes. Arlequina começou a desenvolver um certo amor por Nevil. Ela via nele a mesma figura que via no palhaço. Nevil era psicopata louco que agia por impulso, características que chamavam a atenção de Arlequina.

            Durante a batalha o envolvimento dos dois foi ficando maior. Arlequina começou até a se questionar se soltar o palhaço seria o correto a se fazer, uma vez que ela já não sentia a mesma coisa por ele.

            As coisas foram ficando tão intensas que quando eles perderam a batalha declararam seu amor um pelo outro. Arlequina não parecia mais querer guerra. Era como se a sua parte sã estivesse voltando aos poucos. O desejo de ter uma família e viver em paz.

            Pouco antes do Nevil ser preso, ele bolou um esquema para livrar Arlequina das consequências. Deu uma identidade nova a ela e a tirou da criminalidade. E não foi só isso. Uma semente havia sido plantada. Tudo fazia parte do plano. Essa semente seria usada para um propósito maior, vingança. E foi aí que eu nasci.

            Eu me chamo Ethan Frances Harrington, e vivi a minha vida inteira com um propósito. Vingança. Eu carreguei nas minhas costas a bagagem de uma tremenda responsabilidade. Colocar em prática um plano que foi arquitetado por vários anos.

            A minha mãe teve tempo de sobra para elaborar o melhor plano. E com a ajuda do Nevil isso facilitou mais ainda. Ele é um clone do Wander, por esse motivo ele sabe de muita coisa que o Wander sabe. Identidades secretas e outras coisas. Descobrir que o Wander se esconde com o nome de Roy foi o início para descobrir muito mais. Aos poucos a minha mãe descobriu a identidade de todos os Patriotas e seus filhos. E o plano envolvia justamente eles. Um plano separado por fazes e a primeira estava prestes a se iniciar.

            A primeira fase, também conhecida como “Reconhecimento”, é a parte em que eu me aproximo dos filhos dos heróis. E por isso fui matriculado na mesma escola que eles.

            Era o meu primeiro dia de aula e eu precisava causar uma boa impressão. Por mais tarde que eu tivesse chego no ano letivo, ainda havia muito tempo.

            Era uma sexta-feria e eu estava em frente a escola. O sol batia no meu rosto sem dó alguma.

            No pátio as pessoas ficavam deitadas estudando sobre diversos assuntos. Outras apenas conversavam e brincavam. Isso fez com que eu passasse um tanto quanto despercebido por eles. Cruzei as portas da escola e dei de cara com o corredor cheio de armários. Por sorte, o meu era naquele mesmo corredor. Lá fui eu, caminhando até o meu armário. Coloquei algumas coisas lá dentro e então fechei, foi quando eu vi um garoto ao meu lado me encarando com seus olhos castanhos.

— Aluno novo? Numa sexta feira? — Disse ele ajeitando sua boina marrom que cobria seus cabelos escuros.

            Continuei a encara-lo sem dizer qualquer coisa. Eu não o conhecia e também não queria. Isso tinha ficado mais do que óbvio no meu rosto, mas não no dele. O menino sorriu e ajeitou seus óculos redondos. Um garoto estranho usando roupas de um senhor de setenta anos que gosta de ir à praça. — Um suéter xadrez, uma calça preta e um sapato social.

— Você fala? — Perguntou.

            Balancei a cabeça positivamente, foi o suficiente para ele se apresentar. Apertou a minha mão contra a minha vontade e disse:

— Me chamo Lucas, Lucas Steven.

            Continuei com o olhar sério até que uma garota surgiu atrás dele. Baixa, pele negra e cabelos encaracolados. Não me pareceu tão feliz quanto o tal Lucas.

— Vamos Lucas, deu pra perceber que esse cara é do tipo misterioso que não gosta de amizades. — Ela puxou ele pelo suéter.

— Ele me pareceu legal. — Ouvi ele cochichando.

— Tudo mundo parece legal para você. — Riu. — Vamos, a gente precisa pegar os convites para a festa do Toby.

            Foi aquilo que me chamou atenção. Aquele último nome. Era quase como um sinal do universo dizendo para eu falar com eles. Mesmo que eu não gostasse de nenhum deles, era um pequeno preço a se pegar.

— Ei! Espera! — Chamei.

            Os dois pararam de andar e voltaram. A garota suspeitando de algo, e o menino mantendo o sorriso no rosto.

— Foi falta de educação minha, me desculpa. — Forcei um sorriso. — Me chamo Ethan.

— Tá bem, Ethan. A gente precisa ir. — A garota arrastou novamente o menino.

— Esperem!

            O garoto se virou novamente, só que dessa vez alguém estava indo contra ele. Um garoto alto com uma jaqueta de basquete. Empurrou Lucas tão forte com o ombro que ele caiu no chão imediatamente. Eu vi todos os livros se espalharem no chão. O garoto ainda virou para trás e deu uma leve risada.

— Acha que uma jaqueta te dá esse poder? Seu babaca! — Gritou a garota.

            O grito fez o menino da jaqueta parar de andar no mesmo instante, assim como as conversas paralelas no corredor. Ele voltou dando longos passos na direção dela. Estava franzindo a sobrancelha e não parecia que iria frear os passos. Era como se ele fosse passar por cima dela. E foi no último instante que eu me intrometi. Coloquei a minha mão no peito dele com força, o forçando a parar.

— O que foi novato? Já tá querendo apanhar? — Ele riu.

— É melhor não fazer isso... — Murmurei.

— Bem-vindo ao Saint Harper, babaca! — Ele fechou o punho e socou o meu rosto.

            O impacto foi tão rápido que eu mal pude reagir. E por mais forte que tivesse sido a potência do soco eu acabei não sentido tanto. Foi como se alguém tivesse me dado um tapa brincando. Só que isso foi motivo suficiente para me tirar do sério, o que acontece com frequência.

— Não devia ter feito isso...

            Não dando tempo para ele ouvir direito o que eu disse, soquei o seu peito. Um soco tão forte que o fez arrastar os pés no corredor, recuando involuntariamente. O garoto caiu no chão ajoelhado com falta de ar. E um olhar de pavor emergiu. Aquilo era o suficiente, mas não para mim. Eu queria continuar. Até apontei a minha mão na direção dele. Iria fazer algo que iria explodir o seu corpo em mil pedaços. Eu tinha perdido a razão e mal tinha percebido, pelo menos até a garota dizer.

— O que você tá fazendo?! — Aquele grito me despertou.

            Eu olhei ao meu redor e vi as câmeras me filmando. O garoto já teve a lição que merecia, e fazer mais significava problema. Abaixei a minha mão antes que levantasse qualquer suspeita.

— Vem, vamos embora daqui antes que a gente chame atenção da direção no seu primeiro dia. — A garota puxou tanto Lucas quanto eu pelos braços e deu longos passos deixando a multidão para trás. — A propósito, me chamo Mabel.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Novo ponto de vista? hehehe



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