AH Academy escrita por Marceline Octos


Capítulo 1
00- E Começa A Merda Da Jornada Heróica


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiii!!! Gente, não ignorem os errinhos, escrevam nos comentários o que devo melhorar, please.
Divirta-se lendo.



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—Inspira, expira, solte todas as energias negativas e... –Mariana tentava se meditar como sempre fazia pela manhã.
—Mari! O noticiário informou mais um caso de um adolescente Anormal que meteu porrada em um monte de prec…
—Okay Nash! E eu estou informando, ao vivo, do nosso quarto, que você interrompeu minha meditação de novo! –Ralhou irritada.
A mais nova riu da breve irritação de sua irmã.
—Você deve ter que meditar muito mesmo! Só assim pra aguentar o bosta do seu namora...
—Cala a boca! Sua BV!
—Olha, olha mocinha! –A mãe das duas se manifestou finalmente.
As duas esperaram seu irmão menor tomar seu banho e os três se reuniram para o café como sempre faziam e foram para a escola.
—Hey Nash, Mari! –Manoel de apenas 7 anos chamou –Vocês queriam ter poderes de quê?
—Não fala isso nem de brincadeira! Você queria ser que nem essas aberrações que a gente vê nos noticiários? Que poderes o que… –Mariana começou a sua lição.
O garoto estava encolhido e com lágrimas nos olhos pelas duras palavras da irmã.
—Pesado, sua babaca! –Natasha brigou com a irmã e tentou consolar o irmão –Mano, se você quer saber eu queria muito poder voar! Como a Jade! Ou a Belli!
O garotinho secou as lágrimas do rosto e pôs-se a falar de sua heroína favorita.
—Eu também queria ser como a Belli, ter os raios todos coloridos que ela lança... mas acho que... se eu tivesse poderes seria como os da Quartzo! Ela é muito durona.
—Eu gosto de heróis grandes assim como ela, mas prefiro os que mantêm as ruas seguras de simples assaltos, como o Estilhaço, o Red Ninja, o Tigre, a Jade e o Ônix, a Âmbar...
—É verdade! Tasha, por que aqui no Brasil não tem super-heróis?
—Quem falou que não tem? A diferença é que eles não tem um uniforme legal, não agem em público e nem a luz do dia, principalmente por causa da intolerância de certas pessoas –Natasha mandou a indireta que foi muito bem recebida pela irmã.


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(Narração Mari)

Parabéns para mim! O Mano só tem 7 anos, é claro que adora super-heróis.
E eu não gosto das indiretas da Nash, eu não sou intolerante e nem preconceituosa como ela diz, apenas prezo muito pela segurança da minha família e odeio tudo o que possa machucá-los.
O papo dos dois durou mais um pouco até que a Nash o deixou caminhando um pouco mais a frente e veio falar comigo.
—Você devia se desculpar –sussurrou e eu vi que ela estava séria.
—Okay, eu realmente me exaltei um pouquinho –concordei.
Apertei um pouco o passo e toquei no ombro de Manoel.
—Se quer saber eu prefiro heróis virtuais, como o hacktivista Zero, a Victoria Escarlatina e a Dama Branca –falei olhando em seus olhos.
—Legal! –Ganhei um sorrisão desses bicho!
—Victória Escarlatina é uma fofoqueira, só sabe zuar as celebridades. Dama Branca é legal, mas mete medo e espalha muito ódio. O único que passa informações de verdade é o Zero –Nash falou no meu ouvido.
—O único problema é que ele aparece só em fóruns da Deep Web e nem sabemos se ele existe mesmo.
Rimos e então já estava tudo bem.


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(Narração Natasha)

O assunto "super poderes" tem estado cada vez mais presente no cotidiano das famílias e na minha não é diferente.
Meu pai, seu Carlos, acha que devemos tratar os Anormais como a qualquer outro, pois eles não pediram para ter poderes e tudo é uma questão de caráter.
Minha mãe, dona Eliana, acha que devemos tratar a todos com a educação que ela nos deu, mas qualquer ameaça e devemos nos afastar. Isso sem falar que ela disse que se conhecermos algum deles, ela não os quer dentro de casa.
O Manuel sempre quis ser um super-herói e acha que todos merecem uma chance. Ele tinha um amiguinho na creche que podia fazer coisas pequenas flutuarem, até que um dia as cuidadoras descobriram, mas para a surpresa delas nenhuma das crianças entregou o coleguinha. No fim a mãe do garoto o mudou de escola, provavelmente com medo que fizessem mal ao filho.
O maior problema é minha irmã Mari. Ela é cegada pelo seu medo e acaba descontando em quem não pediu para nascer assim. E tudo só piora com os discursos de ódio do babaca que ela chama de "meu amor". Eca.
E eu? Bom, eu acho que depois das experiências que a humanidade viveu até hoje, deveria ter aprendido mais sobre aceitação e respeito.
O Brasil é um país que foi "colonizado", ou melhor, explorado. Os nativos e escravos vindos do continente africano eram tidos como inferiores por terem uma cultura e aparência diferentes. E já houveram outros casos de preconceito como o nazismo e a Santa Inquisição e, se querem saber, eu estou cansada! Nós aprendemos sobre o passado na escola, mas no fim a mensagem principal não é captada. No passado pessoas erraram! E em pleno século XXI os seres humanos ainda são consumidos pelo ódio gratuito a tudo o que é diferente.


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(Narração Mariana)

Chegamos a porta da escola cedo demais, o que não é nada mal já que eu posso namorar um pouco antes de entrar.
—Ei gata! –Meu namorado lindo me chamou.
Fui até ele e lhe dei um beijo.
—Eca! –Mano falou enojado.
—Vai pra dentro Manoel –mandei.
O pequeno obedeceu, mas Nash ficou na minha cola. Ela não gosta muito do Thiago então fica de guarda quando estou com ele. Ela sempre foi o meu freio, já que com ela por perto, nossos amassos não podiam ficar muito... quentes.
—Vocês vão traumatizar o coitado –minha irmã zoou.
—Ele acostuma –Thiago falou pra outra.
Depois de um tempo nós entramos.

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—Nash! Vamos ficar um pouco no portão. Não to afim de ir agora –pedi pra minha mana que assentiu.
Para quem visse de fora, era estranho que eu tivesse que pedir permissão para minha irmã mais nova.
Lá fora avistei Thiago com mais alguns amigos em uma roda. Não deu pra ver muito bem quem estava no meio.
—O que esse bosta… ?! –Nash xingou.
 Antes que eu pudesse responder ela foi até a roda e empurrou um dos caras que fechavam revelando um garoto aparentemente mais novo que a gente.
—Seus covardes de merda! Por que não enfrentam alguém do seu tamanho? –Gritou indignada.
Eu fiquei vendo minha irmã se colocar na frente do garoto.
—Cunhadinha, você não sabe o perigo que está correndo. Esse pirralho é uma daquelas aberrações –Thiago tentou se aproximar.
—O que disse?! _Minha irmã deu um tapa na cara dele!
Todos gritaram um sonoro 'oh'. Eu só fiquei quieta vendo a marca vermelha da mão da minha irmã no rosto do meu namorado.
—E daí? Vai fazer o quê? Ele tem direito de estudar e ir a onde quiser, como pode falar assim com uma criança?! –Não acredito que ela vai fazer discurso agora.
—Irmã o que tá acontecendo? –Meu caçula chegou e parou ao meu lado. Parecia tão indefeso com aquela mochila enorme como um casco de tartaruga.
—Nada que você deva se preocupar, não sai de perto de mim.
Thiago se aproximou dela furioso. Ah não! Ele não ousaria tocar nela.
—Quer dizer que você apóia esses monstros? –Segurando o queixo dela com força.
—O único monstro aqui é você, seu idiota! –Ninguém pode intimidar a Natasha. Mesmo estando cercada ela…
—Deixa que eu coloco ela no lugar dela, Thi –Uma loira oxigenada falou pegando minha irmã pelos cabelos.
De resto eu não sei o que, como e nem onde minha irmã aprendeu aquele golpe de Karatê que deu na loira, mas eu posso jurar que vi os olhos dela brilharem prateados em quanto o sangue do nariz da garota escorria por seus dedos.
A loirinha ficou inconsciente no chão e quando outra tentou ajudá-la segurando os cabelo da Nash, minha irmã apenas a segurou pelo pulso e (com uma mão só?) a jogou no meio da rua. Eu via essa cena, mas não parecia estar lá. As pessoas, as vozes... tudo parecia tão distante...
—Outra deles. O olho dela! _Outro cara gritou.
Não. Isso não poderia acontecer... repeti essa frase infinitas vezes em quanto via os olhos da minha irmã brilharem.
Natasha não pode ser um deles! Ela é minha irmã.
O mundo está tremendo.
Eu preciso levá-los de volta para a casa.
Ví um monte de gente socorrendo Thiago e estranhei pois minha irmã não bateu nele.
Nash estava com o garoto nos braços, ambos sendo cercados por várias pessoas.
Ela tentou vir para perto de mim, mas tinha muita gente a cercando.
Tudo está rodando. Peguei Mano no colo já não sentindo mais o chão sob meus pés.
No instante seguinte eu estava perto da Nash e do garoto que a abraçava. Coloquei o Mano de cavalinho nas costas e toquei nos outros dois... e então corremos.
Corri como nunca achei que eu e nenhum outro ser humano seria capaz. Em menos de 10 segundos já estávamos em casa.


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(Narração Natasha)

Jamais achei que eu pudesse ser um deles, mas quando eu estava saindo da minha sala eu pude ouvir o pedido de socorro de uma criança. Isso ficou martelando na minha mente e nem ouvi direito o que Mari disse quando falou comigo. Tive um d'javú impressionante em que eu estava correndo junto de outras três pessoas, rápida como o vento.
Quando eu vi aquele garoto sendo ameaçado tive fazer algo. Quando aquela garota me tocou, algo em mim despertou. Quando bati no babaca que minha irmã gostava, senti uma arrogância e de repente eu me lembrava de aulas de luta que eu nunca tive.
Eu estava mais forte.
Meus ouvidos podiam distinguir cada som em meio aquela confusão, meus olhos, inquietos, viam tudo e gravaram na minha memória cada detalhe, inclusive um vulto rápido passando por entre a multidão de alunos, me surpreendi quando descobri ser minha irmã.
Mari nos abraçou e em segundos estávamos em casa e então eu soube.
No instante em que vi uma van preta com símbolo que não pude identificar, eu soube que as coisas nunca mais seriam as mesmas depois deste dia.
Isso tudo se parece com o começo de uma merda de uma jornada heróica para salvar o mundo.


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Notas finais do capítulo

E aí brigadeiros? Gostaram? Se sim deixe um review, se não deixe um review. Kkkkkkkkkkk mendicância né?
Se quiserem perguntar ou falar algo, sobre a fic ou não, sem timidez, mandem uma MP.
Até a próxima! Beijinhus da Marce!



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