Recomeçar escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 68
Elliot


Notas iniciais do capítulo

Voltei com os últimos capítulos gente.
Me desculpe por não ter postado segunda, mas fiquei sem internet, e só hoje pela manhã o problema foi resolvido então corri para postar.
Espero que gostem, pois teremos os dois últimos capítulos e um especial.
Beijos e boa leitura.



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Mal podia acreditar que Leah estava esperando um filho meu.

Era tanta felicidade que abri a janela do nosso quarto, e gritei para Londres inteira que seria pai, o que fez a minha esposa sorrir da minha euforia.

Desde que voltamos de La Push a três semanas, percebi que minha mulher estava diferente. Ela andava sonolenta, seu apetite havia aumentando, tendo até alguns desejos estranhos de doces que ela nunca gostou, e seu corpo havia ganhado mais curvas. Mas o que me fez desconfiar foi o fato da sua menstruação está atrasada.

 Antes que pudesse conversar com Leah sobre a minha desconfiança tive que viajar a trabalho, mas havia prometido a mim mesmo que conversaríamos sobre o assunto quando voltasse para casa. Só que fui surpreendido pelo resultado positivo, do teste de gravidez na mão da minha esposa.

—Para com isso Elliot, o que nossos vizinhos vão pensar?

—Que sou o homem mais feliz do mundo, porque terei um filho com a mulher que amo. - disse e Leah sorriu enquanto me puxava da janela, sem sucesso.

Já havia notado que a força sobre humana da minha mulher estava sumido, o que me fez questionar para onde ela estava indo, ou melhor, para quem.

—Amor...- disse preocupado fechando a janela antes de virar para vê-la, ou melhor, ver a sua barriga ainda inexistente. -Nosso filho está sugando a sua força.

—Provavelmente. - ela disse e acariciei a sua barriga com carinho enquanto olhava em seus olhos.

—Isso dói? -questionei preocupado e ela sorriu negando.

—Não Elliot. Só é meio frustrante não ser mais tão forte, mais tudo bem. - ela disse suave enquanto colocava a sua mão em cima da minha. - Só quero que ele esteja bem, é tudo que me importa.

—A mim também, mas você pode estar grávida de uma menina. - disse e ela negou sorrindo.

—Não sei explicar, mas sinto que é um menino. Mas você deseja ter outra menina?

—Não me importo com o sexo, Leah. Vou amá-lo sendo um menino ou uma menina, ou melhor, eu já o amo muito antes mesmo de conhecê-lo.- disse emocionando e minha esposa sorriu feliz antes de me beijar com carinho.

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A gravidez de Leah transcorreu como qualquer outra.

 Assim que completou sete meses de gestação, Leah havia perdido toda a sua força, mas ela não se importava com isso, decidi voltar a ler o livro de Lyva para ver se havia deixado alguma informação escapar. Afinal, na época só queria saber se uma transfiguradora poderia ou não ter um filho.

—Achou alguma coisa interessante? - Leah questionou enquanto tentava abrir o vidro de manteiga de amendoim, seu novo desejo da tarde.

—Acho que sim. - disse desviando a minha atenção do livro que estava lendo, me levantei da bancada e fui até a minha esposa, pegando o vidro de suas mãos para abri-lo.

—Meu herói. - ela disse sorrindo e me deu um beijo assim que abri o vidro e lhe entreguei.

—Acho que você deveria diminuir com os doces. - disse e ela me olhou chocada.

—A culpa não é minha Elliot, se o seu filho gosta de doces. E além do mais, estou com desejo de comer muffins de canela, mas tenho que engana-lo com manteiga de amendoim para não machuca-lo.- Leah explicou ofendida com o meu comentário.

Descobrir o sexo do nosso filho havia sido uma verdadeira batalha, pois conseguíamos ver, só por volta do sexto mês é que conseguimos saber que Leah estava esperando um menino, o que lhe impedia de comer qualquer coisa com canela, devido ao defeito genético da minha família que era transmitido de pai para filho, resultando em uma grave alergia a essa especiaria.

—Me desculpe meu bem, não sabia disso. - disse envergonhado e ela suspirou.

—Tudo bem, me desculpe por julgá-lo, mas os hormônios estão me deixando maluca. - ela explicou suave e concordei com carinho antes de acariciar sua barriga de oito meses.

—Não precisa me pedir desculpas, isso é normal, falta apenas três semanas para você fazer nove meses e podermos ter o nosso filho no colo.

—É tudo o que mais quero nesse mundo. Mas o que você descobriu de interessante no livro?

—Você ficou sem sua força, porque ela foi para o bebê. Como ele é o nosso primogênito, precisa de toda a sua força, mas segundo o livro depois que nascer, o bebê adquirirá mais força além da que retirou de você.

—Entendo. Ele será o novo alfa, Elliot. Por isso precisará ter mais força que a alfa anterior. - Leah disse pensativa enquanto acariciava a sua barriga. -Ele será muito mais forte do que eu, porque foi concebido com a ajuda da magia quileute, o que o torna especial.

—Vamos pensar nisso quando ele estiver maior, por enquanto ele é o nosso bebê, fruto do nosso amor. - disse olhando em seus olhos e sorri assim que senti nosso filho chutar.

—Você tem razão amor, não podemos colocar uma responsabilidade tão grande em cima de um bebê. Quando ele estiver maior e escolher ser o alfa, passarei meu lugar a ele. Mas enquanto isso não acontece, ele será o nosso filho amado. - ela disse e concordamos.

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—Elli? - ouvi alguem me chamar ao longe, mas ignorei o chamado voltando a dormir, em seguida alguem começou a me sacudir.

—Mais cinco minutos, amor. - sussurrei sonolento me virando para o outro lado da cama.

—Eu não tenho cinco minutos Elliot... A minha bolsa estourou...- Leah sussurrou com dor e abri os olhos confuso antes de olhar para a minha esposa.

—Amor, você está de oito meses, deve ser contrações falsas. - disse passando a mão no rosto tentando me manter acordado.

— A dor que estou sentindo não tem nada de falsa. - ela disse furiosa antes de segurar os lenções com força e gemer de dor.

—Tudo bem, vou te ajudar a trocar de roupa e vamos para o hospital. -disse tentando me manter calmo e ela concordou.

Troquei de roupa rapidamente antes de ajudar Leah a se trocar, mas algo em seu trabalho de parto me deixou alarmado, só não contei a minha esposa, pois não queria deixá-la mais nervosa.

—Elliot, as contrações estão com intervalo muito pequeno, não vou conseguir chegar até o hospital. - ela disse sentada na cama enquanto me olhava nos olhos.

—Amor, você não pode ter o nosso filho em casa. - disse sério, afinal ele já nasceria de oito meses, tornando-o um prematuro, que requereria todo cuidado e atenção especial.

—Claro que posso, o pai dele é um dos melhores médico que já conheci na vida, estaremos em boas mãos com você.

—Leah... Isso é diferente. Você é a minha mulher e ele é o meu filho...- comecei a dizer nervoso e ela me interrompeu.

—E eu confio totalmente em você. - minha esposa disse olhando em meus olhos e concordei antes pegar meu celular e ligar para Sue, que estava hospedado em nossa casa para ver o nascimento do seu neto, pois não queria deixar Leah sozinha.

Depois que liguei para Sue, ela se encarregou de acordar a casa inteira enquanto ficava ao lado da minha esposa que estava em trabalho de parto. Meg e minha avó ficaram encarregadas de ferver a agua para esterilizar os instrumentos necessário para o parto, Ária e meu avô ficaram responsáveis em pegar todas as toalhas novas da casa.

Enquanto todos providenciavam o que havia pedido, fui lavar as mãos e higienizá-las com álcool antes de respirar fundo algumas vezes tentando me manter calmo. Sabia que não seria um parto como outro qualquer, afinal iria ajudar a minha esposa a trazer nosso filho tão amado e desejado ao mundo, o que me deixava apavorado.

Assim que estava mais controlado, sai do banheiro e voltei para o quarto onde a minha esposa sofria com as dores do parto. Me sentei ao seu lado e olhei em seus olhos com orgulho.

—Você é a mulher mais corajosa que conheço, e sou um felizardo por ser o pai do seu filho.

—Eu te amo Elliot. - Leah disse com dor e me inclinei para beijar a sua testa com carinho.

—Eu também te amo Leah.- disse suave antes de me afastar dela e ir verificar a sua dilatação.

—Vou contar até três, querida e depois você precisa fazer força. - expliquei após verificar a dilatação da minha esposa, que estava pronta para dar à luz.

—Tudo bem. - Leah disse com dor enquanto Sue segurava a mão da filha.

—No três, amor. Um...Dois...Três...Empurre. - pedi olhando nos olhos de Leah antes dela começar a empurrar com toda a força que tinha.

Foram as duas horas mais estressantes e angustiantes da minha vida, já não aguentava mais ver a minha esposa sentindo dor. Leah estava exausta, o que me deixava preocupado, afinal se ela desmaiasse não teria como recorrer a uma cesariana, mas por milagre meu filho resolveu que era a hora de vir ao mundo, e jamais esquecerei daquele momento.

No qual o peguei no colo e o ouvi chorar em meus braços, foi impossivel conter as lágrimas minhas lagrimas.

Ele havia herdado o cabelo da cor da mãe, já os olhos haviam sido herdados de mim assim como o nariz e o queixo. Sorri assim que vi o sinal de nascença no ombro direito, o mesmo que eu possuía.

Nosso filho era lindo, uma mistura perfeita nossa.

—Tudo bem, amor é o papai. - sussurrei emocionando enquanto tentava acalmar meu filho, que chorava sem parar e virei para a minha vó que estava me auxiliando. -Vó, a tesoura e o estetoscópio, por favor.

Com cuidado cortei o cordão umbilical do meu filho antes examiná-lo, verificando seus batimentos cardíacos e as suas vias respiratórias. Enquanto realizava os exames, ele chorava sem parar.

—Vai ficar tudo bem, filho é o papai. - disse e ele parou de chorar assim que reconheceu a minha voz, afinal falava com ele desde que era do tamanho de um feijão na barriga da sua mãe.

—Ele está bem? - Leah questionou assim que me viu voltar com nosso filho no colo, que segurava meu dedo indicador com força, enquanto me olhava nos olhos.

—Sim, ele é perfeito e está louco para conhecer a mãe. - disse emocionando enquanto colocava nosso filho no colo de Leah.

Sorri assim que a vi segurar a sua mãozinha direita com carinho, antes de olhar para o nosso filho como se ele fosse a sua luz no fim do túnel, em seguida Leah sentiu seu cheiro antes de beijar a sua testa com carinho.

—Ele é lindo. - Leah disse entre lagrimas enquanto segurava a mãozinha direita do nosso filho que olhava para a mãe. - Esperei tanto tempo por você, amor...Não acredito que esteja comigo agora. Eu te amo muito, minha vida...Meu amor.

Ninguém disse nada enquanto Leah chorava de alegria com nosso filho no colo, aquele momento era apenas dos dois.

—Ele tem os seus olhos, Elliot. - Leah disse assim que parou de chorar e desviou os olhos do nosso filho para me ver.

—Sim, mas ele é uma mistura nossa. - disse me sentando ao lado da minha esposa que concordou enquanto nosso filho choramingava. - Acho que ele deve estar com fome.

—Também acho. - Leah disse suave e pediu a mãe um pedaço de algodão embebido em álcool, antes de limpar o seu seio direito e oferece-lo para o nosso filho, que começou a mamar com pressa.

—Ele é lindo meus queridos. - Sue disse emocionada enquanto olhava para o neto que mamava sem tirar os olhos de mim ou da mãe.

—É verdade mãe, ele é o bebê mais lindo que já vi na minha vida. - minha esposa disse acariciando com carinho a cabeça do nosso filho e sorri concordando.

—Sue, vamos deixar os novo papais a sós, depois voltamos para ajudarmos Leah a se trocar. - minha avó disse e Sue concordou antes das duas saírem do quarto, nos deixando a sós.

—Obrigada Elliot. Obrigada por todo amor que você me proporcionou durante todos esses anos, e obrigada pelos filhos maravilhosos que você me deu. Eu amo você. - Leah disse emocionada assim que desviou os olhos do nosso bebê para me ver.

—Eu é que deveria agradecer, por você ter me dado uma família linda e uma vida incrível. Eu te amo. - disse antes de me inclinar para beijar a minha esposa com amor e depois beijar a testa do meu filho com carinho.

Peguei o meu filho no colo, depois que ele terminou de mamar, para leva-lo para o seu quarto onde iria arrumá-lo enquanto suas avós ajudavam a sua mãe a se trocar.

Assim que ele estava devidamente arrumado, desci até a sala onde seus avôs e sua irmã estavam esperando.

—Não me diga...- meu avô questionou emocionado assim que percebeu o pequeno embrulho que estava em meu braço.

—Quer conhecer o seu bisneto, vovô? - questionei emocionando e ele sorriu concordando antes de colocar meu filho em seu colo.

—Que menino lindo e forte, Elliot. Meus parabéns a você e a Leah. - meu avô disse sem desviar os olhos do bisneto.

Depois que meu avô paparicou o bisneto, foi a vez de Charlie conhecer seu neto postiço e a sua reação foi a mesma do meu avô.

—Não acredito que agora tenho um irmãozinho...- Ária disse entre lagrimas assim que pegou seu irmão no colo. - Eu te amo muito maninho e vou te ensinar muitas coisas, principalmente como dobrar o papai e a mamãe.

—Carolina, seu irmão não tem nem três horas de vida e você já quer ensiná-lo a me enrolar? - a reprendi severo e meu bebê sorriu do comentário da irmã.

—Acho que ele ficou interessado na sua ideia querida. - Charlie disse sorrindo e revirei os olhos.

—Brincadeiras à parte, temos que comemorar. - meu avô disse pegando uma caixa de charutos e abrindo-a, indicando que Charlie escolhesse um antes de fazer o mesmo comigo.

—Vô eu não fumo, e nem sabia que o senhor fumava. - disse confuso e ele revirou os olhos antes de pegar dois charutos e entregar um dele para mim.

—Eu também não fumo. Mas é tradição da família, fumar um charuto quando nasci um menino. Fumei um quando seu pai nasceu, perdi a oportunidade de fumar um quando você veio ao mundo. Mas ninguém irá me tirar o direito de fumar um pelo nascimento do meu bisneto. - ele disse sorrindo feliz e Charlie concordou.

—Fumar um charuto quando um menino nasce dá boa sorte a criança, Elliot. - Charlie disse e olhei para os dois meio desconfiado, afinal nunca tinha ouvido falar nessa tradição.

Mas não custava nada participar, se era algo que deixaria o meu avô feliz.

—Tudo bem, vamos fumar um charuto depois que meu filho e a minha esposa estiverem dormindo.

—Mas é claro, se Adélia sentir o cheiro do charuto ela é capaz de me matar. - meu avô segredou e foi impossivel não rirmos.

—Elliot, que nome vocês escolheram para ele? - Charlie questionou curioso e sorri, afinal não havíamos contado para ninguém como nosso filho iria se chamar.

—Assim que Leah estiver pronta vocês saberão, pois prometi que contaríamos juntos. - disse e eles concordaram antes de Sue vir nos chamar.

Peguei meu filho do colo da irmã, antes de subirmos em direção ao meu quarto, onde Leah já nos esperava arrumada e ansiosa para ter nosso caçula novamente em seu colo.

—Amor, a nossa família está louca para saber que nome demos ao nosso filho. - disse entregando o nosso filho a mãe.

—O nome dele é Benjamin... Benjamin Thompson. - Leah disse suave enquanto olhava fascinada para o bebê em seu colo e concordei enquanto olhava para todos.

—É um nome lindo. Digno de um menininho lindo. - Sue disse e todos concordaram.

—Significa “filho da minha felicidade”. - disse olhando para o meu filho que dormia sereno no colo da mãe.

—É um nome apropriado para uma criança tão desejada quanto ele foi. - Leah disse e todos concordaram.

—Vovô, o senhor trouxe a caixa? - perguntei e ele concordou.

—Está aqui, só não sei se o meu velho coração vai aguentar ver isso. -meu avô disse emocionado enquanto me entregava uma caixa de joias e fui para o lado da minha esposa.

—Benjamin, você é um garotinho especial, que foi amado e desejado antes mesmo de ser concebido. Você foi o primeiro Thompson a nascer na Inglaterra, depois de mais de cinquenta anos. Você é um presente meu filho, o resultado do amor que sinto pela sua mãe e ela por mim. - disse emocionando enquanto olhava para o meu filho que dormia sereno no colo da mãe. -Entrego a você, que é meu bem mais precioso, a medalhinha de São Lucas, para que ele o proteja, o guarde e o defenda de todos os perigos. E que você possa entrega-la um dia ao seu filho assim como estou fazendo agora. Seja bem-vindo a sua família, meu amor.

Com cuidado, prendi a medalhinha de São Lucas na roupa do meu filho antes de beijar a sua testa com carinho, completando assim a tradição que havia na minha família por tantos anos.


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