Recomeçar escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 67
Leah


Notas iniciais do capítulo

Sei que avisei que hoje seria o ultimo capitulo, mas o final ficou muito grande, por isso decidi dividi-lo em dois capítulos, para deixar a leitura mais confortável para vocês.
Espero que gostem, e se preparem porque amanhã teremos uma surpresa.
Beijos e bom capitulo.



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Havia me formado há dois meses e já estava exercendo a minha profissão no hospital Adrian Thompson, nunca havia sido tão feliz e realizada quanto agora.

Elliot havia ganhado um prêmio em reconhecimento a excelente administração do hospital, viemos de Londres para que meu marido recebesse o prêmio em Nova York, aproveitaríamos para passar em La Push, pois gostaria de ver como tudo estava desde que passei as minhas últimas férias lá antes da minha formatura.

—Quem diria que voltaríamos a nos ver.- Clark Mendel disse ao lado da esposa assim que veio nos cumprimentar na mesa em que estávamos.

—É bom vê-lo também Clark e Verônica. - Elliot disse sorrindo e concordei antes de convidá-los para sentarem em nossa mesa.

—E Ária, não veio com vocês? - Verônica questionou confusa por não ver a nossa filha.

—Ela queria muito vir, mas tinha uma reunião inadiável na empresa. - meu marido explicou e Veronica concordou suave.

James havia levado a nossa filha, ainda adolescente, para conhecer a sede dos laboratórios Thompson, e Ária ficou tão encantada com tudo que decidiu fazer administração. Hoje, toda a empresa de laboratórios da família era comandada por ela, que estava sendo muito elogiada e reconhecida por sua liderança, permitindo que seu bisavô pudesse se aposentar e viajar com Adélia pelo mundo.

—Sempre soube que Ária era rebelde por uma causa. Olha só o que a sua rebeldia lhe proporcionou, ser uma grande empresaria em um mundo corporativo que ainda é dominado por homens. Brindemos ao seu sucesso. - Verônica sugeriu e concordamos antes de brindarmos.

—E vocês dois, já estão se preparando para serem avós? - Clark brincou e Elliot quase se engasgou com o champanhe o que me fez rir.

—A nossa filha só tem vinte e um anos Clark, está nova demais para ter um filho. -meu marido disse após se recuperar do susto. - E além do mais, ela acabou de ficar noiva.

—Elliot, você foi pai da Ária com vinte e dois anos. - o lembrei e ele me olhou feio, o que me fez rir.

—Isso não quer dizer que ela precisa seguir meus passos. - ele segredou ciumento e foi impossivel não rimos.

—Preciso comentar isso em voz alta...Elliot, você está muito mais bonito do que quando lhe conheci com vinte e dois anos. - Verônica disse e meu marido corou sem graça antes de beijar a sua bochecha com carinho.

—Vivo dizendo isso a ele Verônica, e olha que só conheci o Elli quando ele tinha trinta e oito anos. Acho que deve ser a genética dos Thompson, porque o avô dele ainda é um homem muito charmoso.

—Será que poderíamos falar sobre outra coisa, que não fosse a minha genética? - meu marido sugeriu sem graça e concordamos.

—Elliot, me contou que você se formou Leah, meus parabéns. - Clark e Verônica disseram e agradeci.

—Sim, foi a dois meses atrás.

—E está gostando da profissão? - ele quis saber curioso e sorri feliz.

—Não me vejo fazendo outra coisa.

—Ela é maravilhosa Clark. Em pouco tempo, Leah foi indicada pelo concelho do hospital para assumir a chefia da emergência no meu lugar, já que as questões burocrática tomam todo o meu tempo. - meu marido disse e pude ver em seus olhos o quanto ele estava orgulhoso de mim.

—E você como qualquer mentor, está orgulhoso da sua pupila. - Clark disse e Elliot me olhou antes de sorrir para mim.

—Sim, você precisa vê-la em ação. Leah é bem melhor do que eu.

—Ele está exagerando Clark. - disse sem graça e meu marido negou.

—Então, quer dizer que você parou de clinicar, Elliot? - Verônica questionou curiosa.

—Não faço mais com tanta frequência, mas de vez em quando escapo do escritório e atendendo. - Elliot segredou e sorrimos antes da cerimônia de premiação começar.

—Todos os anos a Medical Institute, premia um administrador hospitalar por seu trabalho inspirador, para que mais administradores possam seguir o exemplo, valorizando a vida e proporcionando aos pacientes um atendimento de qualidade em seu momento mais frágil. A Medical Institute esse ano, decidiu premiar o doutor Elliot Thompson, administrador da rede de hospitais Adrian Thompson. Por favor, doutor Thompson suba até o palco. - a presidente da Medical Institute pediu e logo todos começaram a aplaudir meu marido.

—Boa sorte. - desejei a Elliot que agradeceu e me beijou com carinho antes de ir em direção ao palco.

—Obrigado doutora Smith. - meu marido disse assim que aceitou o prêmio das mãos da presidente do Medical Institute. -Quando assumi a administração do hospital Adrian Thompson, que na época ainda não era uma rede, só queria fazer com que o desejo do meu pai fosse cumprido, então me esforcei ao máximo para que as pessoas carentes de Londres tivessem um atendimento de qualidade. Hoje, comando a rede de hospitais Adrian Thompson, que está espalhada em oito países, e inauguraremos mais duas filiais na África no próximo ano. Dedico esse prêmio a minha esposa, Leah Thompson. Obrigado amor, por sempre estar ao meu lado, por acreditar nos meus sonhos e me incentivar a realiza-los. E definitivamente, obrigado pelos seis melhores anos da minha vida. Eu amo você.

—Eu te amo. - sussurrei para Elliot entre lágrimas enquanto todos aplaudiam o meu marido de pé.

Agradeci a Deus, por permitir que Elliot pudesse viver esse momento de reconhecimento em sua carreira, e por me permitir estar ao seu lado.

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—Olha se não é o meu cunhado premiado e a minha irmã médica. - Seth disse sorrindo assim que saímos do carro e ele veio descendo as escadas nos recepcionar.

—Olha se não é o chato do meu irmão caçula. - disse sorrindo antes de Seth me abraçar com carinho.

—A cada vez que te vejo, você está mais bonita. O que esses ingleses tem na água? - Seth questionou assim que me afastou para me ver, e sorri maliciosa antes de olhar para Elliot que estava tirando nossas malas do carro.

—Quer mesmo que eu te diga o que está me fazendo tão bem na Inglaterra? -sugeriu ainda olhando meu marido e Seth fez cara de nojo o que em fez rir.

—Por Deus, Leah não. Não quero lembrar do que vi a seis anos atrás, ainda tenho pesadelos com aquele dia.

—Exagerado. Vai ajudar meu marido com as malas Seth, ao em vez de ficar falando besteiras. - disse e meu irmão revirou os olhos antes de ir ajudar o meu marido.

 Subi os três degraus que davam acesso a varanda da casa em que cresci, a qual foi minha, quando minha mãe casou novamente e agora era do meu irmão, depois que fui morar na Inglaterra.

Aquela casa estava repleta de lembranças da minha vida, algumas maravilhosas outras tristes, mas todas elas faziam parte de mim, da mulher que sou hoje.

—Não acredito, você realmente veio. - minha mãe disse emocionada assim que me viu e veio me abraçar.

—Mas é claro que viria mãe. Não podia perder a chance de vê-la de novo. - disse abraçando-a com carinho. - Aproveitei que o Elli vinha para Nova York e viemos fazer uma visita.

—Eu disse a sua mãe que você viria. - Charlie disse sorrindo assim que entrou na sala e me viu abraçada a minha mãe.

—Você disse, mas agora a Leah é tão ocupada...- minha mãe começou a dizer e a interrompi.

—Eu sempre vou ter tempo para a senhora. - prometi olhando em seus olhos e ela concordou antes de me abraçar novamente.

Sei disso meu bem, mas as mães sempre tem medo que os filhos esqueçam dela.- ela se justificou com carinho e me separei dela antes de segurar as suas mãos, olhando-a nos olhos.

—Eu jamais vou esquecê-la mãe.

—É bom ouvir isso querida. Agora me conte como estão as coisas em Londres.

—Está tudo bem mãe, melhor impossivel.

—Que bom que ligou me avisando que viriam, porque tive tempo de preparar um almoço incrível para comermos antes de irmos para a reunião do concelho.

—Que saudade que estava da sua comida, mãe. - disse e lhe dei um beijo antes de ouvir Molly brigando com as crianças, por descerem as escadas correndo.

O que me fez lembrar de quando Seth e eu éramos crianças, e nossa mãe fazia a mesma coisa.

—Tia Leah. - Harry e Leticia disseram e me ajoelhei no chão para abraçar os dois.

—Que saudades que a tia estava de vocês meus amores. - disse antes de beijar meus sobrinhos e lhes fazer cocegas.

—Nós também estávamos com saudade. - Leticia disse e sorri antes de beijar a sua bochecha com carinho.

 - A tia e o tio Elliot trouxeram um monte de presentes para vocês. - segredei aos dois que sorriram animados.

—Legal. - os dois disseram e sorri antes de lhes dar mais alguns beijo.

Assim que Elliot entrou na casa do meu irmão, meus sobrinhos correram para abraça-lo, e sorri feliz ao ver o quanto meu marido levava jeito com crianças. E aquela simples interação dos três me fez lembrar de um desejo que havia deixado de lado durante esses seis anos.

Meu Deus, quando havia esquecido de que queria ser mãe?

Constatar esse fato fez meu coração se apertar, como se houvesse perdido a chance de viver a melhor parte da minha vida ou de conhecer alguem, que deveria fazer parte dela.

—E então, quando vocês dois terão um bebê? - minha mãe sussurrou ao meu lado, como se tivesse lido os meus pensamentos, enquanto olhávamos Elliot tirar os presentes que havíamos trago para os meus sobrinhos da mala.

—Eu não sei mãe. Nunca mais falamos sobre isso desde o nosso casamento... Nem sei se meu marido ainda quer ter filhos. - disse sem tirar os olhos de Elliot, que havia sentado no chão da sala sem se importar se iria sujar a sua roupa, para brincar com Harry e Leticia.

— Ele quer sim...Mas e você? Quer ter um filho do Elliot? - ela questionou e virei para vê-la.

—É tudo o que mais quero mãe. - disse com sinceridade enquanto olhava em seus olhos.

—Então diga isso a ele, meu bem.

—E se ele não quiser? O que vou fazer? -questionei com medo e minha mãe segurou as minhas mãos com cuidado, enquanto me olhava nos olhos.

—Isso só você pode dizer. - ela disse suave antes de beijar a minha testa e seguir para a cozinha para terminar o almoço.

Passei o resto do dia pensativa e distante, afinal não sabia como dizer ao meu marido que queria ter um filho dele. Estava apavorada que Elliot dissesse que não queria mais ter filhos, ele poderia está se acostumando com a ideia de ser avô e não de ser pai, e eu sinceramente não saberia qual seria a minha reação ao ouvi-lo dizendo que não.

Por mais que não estivesse arrependida de ter seguido o meu sonho e ter me formado em medicina, uma parte de mim estava com raiva por não ter tido um filho durante a minha graduação.

—Achei você...O que faz escondida ai, meu bem? - Elliot questionou assim que me encontrou sentada em um velho troco de arvore, na floresta que havia atrás da minha casa.

Depois da reunião do bando, voltamos para casa e aproveitei que todos estavam distraídos com uma das sessão de histórias da minha sobrinha, que adorava reunir todos na sala para contar a mais nova história que havia inventado, tinha certeza que quando crescesse ela seria uma grande escritora, e sai sem que ninguém me visse, pois precisava pensar um pouco no que iria fazer da minha vida.

—Só precisava de um lugar calmo para pensar, me desculpe se te deixei preocupado por sair sem avisar. - disse triste e Elliot me olhou com cuidado, como se tentasse adivinhar o que estava acontecendo comigo.

—Tudo bem. Posso me sentar do seu lado? Preciso pensar um pouco também. - ele pediu indicando o espaço vago no troco ao meu lado.

—Claro. - disse suave e meu marido se sentou ao meu lado.

—É lindo lugar para se pensar. - Elliot disse olhando ao redor e fiz o mesmo.

Eu amava aquele lugar.

Ele era cercados por árvores, que durante os anos cresceram próximas, unindo suas copas e transformando-as em uma espécie de teto verde, mas permitia que pudéssemos ter uma ampla visão da floresta a frente. Aquele lugar, foi meu pequeno esconderijo quando criança, me acompanhou nas mais diversas brincadeira, quando Sam me deixou, foi para cá que chorei de dor até pegar no sono, e estar nesse lugar ao lado do meu imprinting, do homem que me amaria incondicionalmente pela vida toda me deu forças para dividir as minhas inquietações com ele.

—Elliot, precisamos conversar. - disse virando para vê-lo e ele respirou aliviado.

—Graças a Deus... Estava repetindo para mim mesmo, que respeitaria o seu silencio, mas se você não falasse o que tem te perturbando o dia todo, eu iria perguntar. -ele disse suave enquanto me olhava com cuidado. -  Meu bem, o que houve? Você estava tão feliz em passar alguns dias em La Push, por acaso mudou de ideia? Porque se quiser voltar, arrumo uma desculpa qualquer e voltamos para casa.

—Não sei como dizer isso para você...E não dizer está me sufocando. Mas estou com medo da sua reação. - sussurrou entre lágrimas e Elliot me olhou aflito.

—Minha vida, não fica assim, me sinto um impotente te vendo chorar desse jeito. - ele sussurrou angustiado enquanto enxugava as minhas lágrimas. - Só me conta querida, o que está lhe deixando desse jeito.

—A minha mãe e os meus sobrinhos, me fizeram lembrar do quanto eu queria ser mãe, Elliot. Mas com a correria da faculdade esqueci desse desejo, e agora acho que é tarde demais pra mim. E saber disso me dilacera por dentro, porque eu quero muito ter outro filho. - disse com dor enquanto olhava nos olhos do meu marido que parecia confuso.

—Porque você acha que é tarde demais? - ele questionou me olhando nos olhos.

—Elliot, nunca mais falamos sobre esse assunto desde o nosso casamento. - disse e ele sorriu suave antes de enxugar as minhas lágrimas com carinho.

—Isso não quer dizer que não quero ter um filho com você. Não toquei mais no assunto, porque estava respeitando o seu pedido, foi você que queria ter um filho, apenas quando estivesse formada e fiz de tudo para que a minha promessa fosse cumprida, o que não foi fácil já que a magia quileute ás vezes aparecia para nos sabotar, mas conseguimos vencê-la.

Foi impossivel não lembrar das três vezes, contando com a vez do nosso casamento, em que a magia da minha tribo quase ganhou a batalha, mas no final meu marido acabou mantendo a sua promessa.

—O que quer dizer com isso, Elli? -questionei com o coração acelerado e meu marido sorriu carinhoso para mim.

—Que quero ter um filho com você. Que ter um filho seu é tudo que mais desejo na vida, isso se ainda quiser. - Elliot disse sorrindo e concordei antes de beijá-lo apaixonadamente.

Assim que meu marido me beijou, meu corpo inteiro estremeceu como se estivesse com frio, uma sensação que não tinha desde que virei uma loba.

Senti uma força me dominando, me impulsionando a continuar beijando meu marido até estarmos nos amando em total sincronia. Até que um pensamento invadiu a minha mente, me deixando ainda mais louca de desejo.

Meu.

Meu macho.

Meu imprinting.

Sim...Elliot Thompson era meu.

Confusa, senti Elliot se afastar de mim e percebi que meu marido estava tão dominado pelo desejo, ou melhor, tão dominado pela magia quileute quanto eu.

—É você que decide Leah, não vou fazer nada que não queira. - Elliot sussurrou arfante enquanto me olhava.

Vi nos seus olhos, a luta que ele estava travando contra a magia quileute, para que pudesse cumprir a promessa que havia feito a mim a seis anos atrás.

—Não precisa mais lutar amor, libero você da sua promessa. Eu quero ter um filho seu, Elliot. - disse olhando em seus olhos, fascinada vi o momento em que a magia quileute dominou meu imprinting antes dele me puxar para o beijo arrebatador.

Não nos preocupamos se estávamos no meio da floresta, se estava chovendo ou fazendo frio. Naquele instante não havia mais nada no mundo além de nos dois e do nosso amor, era como se fossemos os últimos humanos do planeta.

—Eu te machuquei, amor? - Elliot questionou preocupado assim que recuperou o folego, depois de ter passado todo o efeito da magia quileute e do nosso desejo.

—Claro que não amor... Não sei explicar, mas...-sussurrei sem saber o que dizer depois que levantei a cabeça do seu peito para olhar seu olhos castanhos escuros.

—Dessa vez foi diferente. - ele disse olhando em meus olhos e concordei antes do meu marido beijar a minhas testa com carinho e deitei a minha cabeça em seu peito enquanto entrelaçávamos nossas mãos.

Depois que havia passado todo o efeito da magia, decidimos que era hora de voltarmos para casa, afinal havíamos passado tempo demais fora e não queria que Elliot pegasse um resfriado. Quando saímos do meu esconderijo percebi que já havia anoitecido e a lua cheia dominava todo o céu, era como se ela estivesse próxima da terra de tão grande e iluminada que estava, o que me fez sorrir.

—Que foi amor? - Elliot questionou curioso assim que parei de andar para olhar a sua cheia que iluminava a floresta como se fosse um sol.

—Olha pra cima.- disse e ele fez o que pedi .

—Nossa... Nunca vi a lua desse jeito. - ele disse surpreso e concordei.

—Nem eu, mas os antigos dizem que a lua só fica desse jeito em ocasiões especiais.

—Espero que seja verdade. - Elliot disse suave e me puxou para um beijo carinhoso antes de voltarmos a caminhar em direção a casa do meu irmão.

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—Tem certeza disso mãe? Achei que você quisesse fazer isso com o papai. -Ária disse assim que entramos no meu quarto no horário do almoço.

—E eu queria, mas não vou aguentar esperar o seu pai chegar de viagem hoje à noite. - disse nervosa enquanto tentava abrir o zíper da minha bolsa.

Elliot havia sido convidado para fazer algumas palestras sobre administração hospitalar em Nottingham, cidade reconhecida por ser a terra do Robin Hood, popularmente conhecido como o príncipe dos ladrões.

Não acompanhei o meu marido nessa viagem, porque o hospital não poderia ficar sem um cardiologista, mas principalmente porque não me sentia bem desde que havia voltado de La Push. Vivia cansada, sonolenta e meu apetite havia aumentado consideravelmente, minha força diminuía a cada dia, antes eu conseguia arrancar a porta de um carro sem o menor esforço agora mal consigo abrir um vidro de azeitonas sem a ajuda do meu marido. Mas o fato da minha menstruação estar atrasada há três semanas me deixou alarmada.

Ela nunca atrasou desde que voltou, depois de um mês que havia me casado com Elliot.

—Mãe, só tenta se acalmar, vou estar do seu lado para qualquer coisa. - Ária disse me tirando dos meus pensamentos e respirei fundo tentando me acalmar.

 Abrir a minha bolsa e tirei de lá a sacola da farmácia, a qual havíamos parado antes de irmos direto para casa no horario do almoço.

—Me deseje sorte. - disse para a minha filha que cruzou os dedos me desejando sorte, antes de eu entrar no banheiro.

Respirei fundo algumas vezes, e li as instruções do teste de farmácia antes de fazer tudo o que ele pedia. Esperei pacientemente os minutos necessários antes de ver o resultado do teste, que era um daqueles que diziam de quantas semanas estava a gestação.

—Há meu Deus. - gritei assim que peguei o teste em minhas mãos e olhei o resultado.

—O que foi mãe? - Ária questionou nervosa assim que abriu a porta do banheiro depois do meu grito.

—Eu estou grávida... Estou grávida de três semanas... - disse emocionada enquanto segurava o teste ainda em minhas mãos e minha filha sorriu antes de me abraçar com força.

—Eu vou ter outro filho. - disse sorrindo feito uma boba alegre assim que me separei de Ária.

— Sim, você vai ter outro filho. Estou tão feliz por você e pelo papai. - ela disse feliz antes de sairmos do banheiro e começarmos a pular feito duas malucas pelo quarto.

—Será que entrei na casa certa? - ouvi meu marido questionar sorrindo e ficamos envergonhadas por termos sido pegas em flagrante.

—Pensei que se fosse chegar de madrugada. - disse usando a tática da nossa filha, em falar algo para distrair do flagrante.

—Nossa... Passo uma semana fora de casa trabalhando e é assim que a minha esposa me recebe?! Nem parece que você sentiu saudades de mim. -Elliot disse triste e senti meu coração doer por ele pensar que não estava com saudades dele.

—Me perdoe amor, claro que fiquei com saudades. Só fui pega de surpresa. - disse antes de abraça-lo com carinho e retribuir seu beijo saudoso.

—Acho melhor deixá-los sozinhos, afinal vocês tem muito o que conversar. -ouvi Ária dizer antes de deixar o nosso, mas não respondi pois a minha atenção estava voltada em retribuir o beijo do meu marido.

—Isso é que foi um beijo... Fiquei até sem folego...- sussurrei arfante assim que nos separamos quando o ar se fez necessário, mas Elliot não estava prestando atenção em mim e sim em algo que estava em suas mãos. Foi só então que percebi que o teste não estava mais em minhas mãos.

—Elliot, eu ia te contar...- disse sem saber como iria dizer que estava grávida.

—Eu já desconfiava, mas esse teste me deu a certeza...- ele disse emocionando enquanto desviava os olhos do teste para me ver.- Você está grávida? Nós vamos ter um filho? Eu vou ser pai de novo?

—Sim. Sim e sim. - disse feliz e ele sorriu antes de me abraçar com carinho e me beijar apaixonadamente.


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