Recomeçar escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 64
Elliot


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos a reta final de Recomeçar, desde já quero agradecer o carinho que tenho recebido em cada comentário, fico feliz que a historia esteja agradando a todos, pois tudo que sempre quis quando comecei essa fic foi mostrar o quanto a Leah é uma personagem maravilhosa.
Beijos e até o próximo capitulo, boa leitura.



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Estava uma pilha de nervos à espera da minha noiva no altar, por mais que meus avós tentassem me acalmar, nada havia me preparado para o momento em que vi Leah entrar em meu campo de visão vestida de noiva.

Ela estava tão linda e radiante, um verdadeiro anjo.

Quando nossos olhos se cruzaram, foi impossivel não ver o seu amor refletido neles, me fazendo agradecer por tudo que vivi até aqui, pois cada momento me trouxe até a mulher que havia sido feita para mim, que havia me esperado por tanto tempo e eu idem. Não consegui me concentrar nas palavras do juiz, porque toda a minha atenção estava em Leah, que sorria para mim a todo instante e eu para ela.

—Elliot, por favor, diga seus votos. - o juiz disse nos despertando do nosso momento e concordei antes de viramos de frente um para o outro, enquanto Ária se aproximava com as alianças.

Esse era um dos momentos mais delicados da cerimonia, se falássemos qualquer palavra errada, anularíamos qualquer chance de termos um filho. Pois segundo o livro de Lyva, a loba de um clã só teria a sua “infertilidade” anulada assim que os votos fossem trocados, entre o objeto de imprinting e a transfiguradora. Respirei fundo, tentando acalmar o meu coração e a minha pulsação antes de começar a dizer as palavras que mudariam nossas vidas.

—Eu, Elliot Thompson, recebo a ti, Leah Clearwater, como minha esposa. Prometo estar ao seu lado em cada momento da nossa vida, prometo zelar pelo seu povo, que de hoje em diante será o meu povo. Prometo te defender de qualquer um que queira machuca-la, de hoje em diante deixarei de ser apenas um homem, para me tornar o seu companheiro para a vida toda. A sua vida, será a minha vida. As suas alegrias serão as minhas alegrias, as suas lagrimas serão as minhas lagrimas e a sua dor será a minha dor, porque hoje, nos tornamos um só para o resto das nossas vidas. - jurei olhando em seus olhos enquanto deslizava com cuidado a aliança de casamento de Leah, em seu dedo anelar da mão esquerda, em seguida coloquei anel de noivado que estava na almofada das alianças.

 -Leah, diga seus votos. - o juiz disse olhando para Leah que respirou fundo antes de começar a falar.

—Eu, Leah Clearwater, recebo a ti, Elliot Thompson, como meu esposo. Prometo estar ao seu lado em cada momento da nossa vida, prometo zelar pelo seu povo, que de hoje em diante será o meu povo. Prometo te defender de qualquer um que queira machuca-lo, de hoje em diante deixarei de ser apenas uma mulher, para me tornar a sua companheira para a vida toda. A sua vida, será a minha vida. As suas alegrias serão as minhas alegrias, as suas lagrimas serão as minhas lagrimas e a sua dor será a minha dor, porque hoje, nos tornamos um só para o resto das nossas vidas. - ela jurou olhando em meus olhos e repeti o juramento com a minha noiva, enquanto Leah deslizava minha aliança de casamento em meu dedo anelar da mão esquerda.

—Com os poderes concedidos a mim pelo estado de Washington, eu vós declaro marido e mulher. Elliot, pode beijar a sua noiva. - o Juiz disse e me aproximei de Leah com cuidado, beijei suas mãos, depois a sua testa e ambas as suas bochechas antes de beijar seus lábios, com todo amor e carinho que sentia por ela, em seguida todos começaram a bater palmas enquanto nos beijávamos, por mais que quisesse continuar a beijar minha esposa sabia que não deveria, pois precisávamos estar a sós rapidamente. Interrompi nosso beijo cedo demais o que deixou Leah frustrada.

—Prometo amor, que mais tarde vou beijá-la até perdermos o folego, mas agora não temos tempo. - sussurrei entrelaçando sua mão a minha e ela concordou antes de sairmos do altar sob uma chuva de pétalas de flores.

Sue e Emily conduziram os convidados para o galpão onde seria a recepção, permitindo que saíssemos pelo outro lado, longe das vistas de qualquer convidado que pudesse impedir a nossa saída, enquanto isso, Ayla nos esperava na casa de Sam.

Enquanto andávamos apressadamente, percebi que Leah não estava mais acompanhando meu ritmo o que me deixou preocupado.

—Tudo bem, querida? - questionei preocupado assim que paramos de andar e percebi que seu rosto que estava pálido e suado.

—Eu... Não...Consigo...- Leah sussurrou sem folego, como se estivesse com dificuldades para respirar.

 -Tudo bem, levo você no colo amor. - assegurei antes de pegá-la no colo, seu contato com a minha pele me deixou alarmado, afinal Leah estava fria demais para a sua temperatura normal.

—Leah? - Chamei andando em direção a casa de Emily, assim que percebi que ela estava quieta demais em meu colo e não obtive resposta, o que me deixou apavorado. Afinal, segundo o livro, ainda tínhamos tempo de chegar até a casa de Emily, mas na prática não estava saindo nada como havíamos planejado.

Tremulo, me aproximei de um amontoado de folhagens secas, que formavam uma espécie de cama, me ajoelhei no chão e coloquei minha esposa inconsciente deitada nas folhas, antes de segurar a sua mão que estava fria demais para a sua temperatura normal.

—Volta pra mim amor, por favor. - implorei com dor e beijei a mão esquerda de Leah com carinho. - Não faz isso comigo querida, não vou saber viver sem você. Leah, eu te amo e preciso de você comigo, então lute e volte pra mim, por favor.

—Ainda temos tanto o que viver meu bem, quero mostrar o mundo a você e lhe dar todo o amor que merece, mas para isso preciso que volte pra mim. - implorei enquanto olhava para o rosto pálido da minha esposa. - Eu te amo muito Le e preciso de você na minha vida para ser feliz.

Foram os piores minutos que passei em minha vida, sentia em meu coração que estava perdendo a minha esposa antes mesmo de termos a chance de começar a nossa vida de casal. Desesperado, fechei os olhos e comecei a rezar implorando a Deus, que devolvesse o amor da minha vida.

—Elliot...- ouvi Leah me chamar e abri os olhos para vê-la de olhos abertos.

—Graças a Deus, você acordou. - disse eufórico antes de abraça-la com força.

—Porque estamos na floresta? - ela questionou confusa assim que me afastei dela.

—Você desmaiou antes de chegarmos a casa da Emily. Como se senti? - questionei preocupado enquanto a olhava a procura de algum sinal de que não estivesse bem, mas não encontrei. Sua pele estava iluminada e corada como antes assim como a sua temperatura.

 -Por mais estranho que pareça, me sinto bem, como a muito tempo não me sentia. - ela disse e a olhei confuso. - É como se algo que não estivesse no lugar a muito tempo, tivesse finalmente voltado ao seu lugar.

—Tem certeza? Ou só está falando isso para me acalmar? - questionei aflito e ela sorriu com carinho antes de fazer menção de se sentar e a ajudei.

—Jamais mentiria para você, meu amor. - ela disse suave segurando meu rosto em suas mãos. -Elli, não precisa se sentir culpado por nada, você me deu a opção de não passar por isso, mas a decisão de passar foi minha.

—Estamos casados a menos de meia hora e já me sinto o pior marido do mundo, por vê-la sofrer sem poder fazer nada.

—Você não é o pior marido do mundo Elliot. Você ficou ao meu lado todo o tempo enquanto estava desmaiada. - ela disse e fiquei surpreso por saber disso. -Podia estar desmaiada, mas ouvia a sua voz o tempo todo, foi isso que me fez voltar. Passaria mil vezes por toda dor de novo, só para ter a chance de ter um filho seu, e eu te amo, meu amor.

—Eu te amo, meu amor. -disse e Leah sorriu acariciando seu nariz com o meu antes de me beijar.

Assim que seus lábios tocaram os meus, meu corpo inteiro estremeceu como se tivesse levado um choque, algo que nunca havia acontecido das outras vezes. Sem pensar muito no que estávamos fazendo, Leah me empurrou em direção a cama de folhas ficando por cima de mim, sem interromper nosso beijo, enquanto minhas mãos passeavam por seu corpo a procura dos botões que a livrariam de seu vestido de noiva.

Não estava pensando de forma coerente nesse momento, só sabia que precisava me unir a ela. Era como se uma força tivesse tomado conta de nós, porque nem a minha esposa estava muito racional naquele momento, estávamos sendo guiados pelo desejo insano que sentíamos um pelo outro, o qual só cessaria quando estivéssemos juntos, nos amando em total sincronia.

—Há meu Deus, alguem por favor me mate. - ouvimos a voz de Seth reclamar ao longe e nos separamos confusos. - Elliot, você não podia esperar chegarem até um quarto para pegar a minha irmã?

Confuso, olhei para Seth e Jacob antes de olhar para Leah, que estava descabelada e sem a parte de cima do vestido.  Rapidamente, a escondi atrás de mim enquanto sentia meu rosto esquentar de vergonha.

—O que fazem andando por aqui? - questionei usando a tática da minha filha, desviar um flagrante com uma pergunta.

—Vocês estavam demorando e ficamos preocupados, por isso resolvermos ver o que estava acontecendo. - Jacob disse sorrindo e o olhei feio.

—Vocês não tem vergonha de ficarem se agarrando no meio da floresta, enquanto os convidados estão esperando? - Seth nos censurou.

—Seth, não era a nossa intenção...Simplesmente aconteceu. - Leah disse atrás de mim e concordei.

—Se não tivéssemos chegado a tempo, daqui há nove meses já teria outro sobrinho. - meu cunhado disse enquanto me olhava feio e compreendi o que havia acontecido.

—Pelo amor de Deus, Seth. Pare de olhar para o meu marido como se ele tivesse me forçado a algo. - Leah disse severa para o irmão.

—Quem me garante que não foi? - Seth disse me olhando feio e o ignorei enquanto tentava organizar meus pensamentos.

—Elliot jamais me forçou a algo. E se eu quiser me agarrar com o meu marido no meio da floresta o problema é meu, agora deixa de ser um irmão ciumento e vai cuidar da sua vida. - Leah censurou Seth que revirou os olhos.

—Mais é claro. - disse me sentindo um idiota por não ter previsto isso.

—O que é claro? -Jacob questionou curioso enquanto me olhava.

—Será que vocês dois poderiam virar de costas, enquanto ajudo minha esposa com o vestido? - pedi e os dois concordaram antes de virarem de costas.

—Me desculpe por isso, jamais quis que passasse por um momento tão constrangedor. - sussurrei envergonhado para Leah, que já havia subido a parte de cima do vestido, faltando apenas ser abotoado.

—Não me peça desculpas, você não teve culpa de nada fui eu que te agarrei. - ela sussurrou enquanto a ajudava a levar, e Leah virava de costas para que pudesse abotoar seu vestido de noiva.

—Tenho quase certeza que não tivemos culpa. - sussurrei enquanto abotoava o seu vestido. - Acho que foi a magia quileute que nos deixou loucos.

—Você acha que a magia nos controlou? - ela sussurrou virando para me ver.

—Acho, não me sentia eu mesmo quando estávamos juntos há alguns minutos atrás. E você?

—Eu também não. Você acha que a magia quileute nos dominou, depois que a “maldição” da minha infertilidade foi quebrada, para concebermos um herdeiro forte? - ela sussurrou surpresa.

—Tenho quase certeza. Se Seth ou Jacob não chegassem antes...- expliquei e ela me interrompeu concordando.

—Eu poderia estar praticamente grávida agora.

—Não duvidaria disso. - disse e vi nos olhos da minha esposa que ela estava angustiada. -Leah, não aconteceu nada, não precisa ficar preocupada.

—Eu sei, Elliot. Mas você me acharia uma pessoa horrível, por ainda não querer ter um filho antes de me formar? - ela questionou preocupada com a minha reação.

—Não, foi o que combinamos. E a partir de hoje, vamos tomar muito cuidado. Prometo, que você só irá engravidar depois que se formar. - jurei olhando em seus olhos e ela concordou antes de me abraçar com carinho.

—Obrigada por me entender e respeitar o meu tempo. - ela sussurrou abraçada a mim.

—Não precisa agradecer, um casamento é feito disso, meu bem. - disse e ela se afastou do meu pescoço para ver meus olhos.

—De negociação? - ela questionou confusa e sorri.

—Eu diria concessão.

—Você tem razão. - Leah concordou e respirou fundo antes de nos separarmos. - Acho melhor irmos para a casa da minha prima nos arrumamos, porque os convidados já devem estar sentindo a nossa falta.

—Claro. - concordei antes de entrelaçar a minha mão a de Leah e sentir novamente o choque elétrico percorrer o meu corpo. Só que dessa vez, eu estava no controle das minhas reações.


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Notas finais do capítulo

Imagem do capitulo:

Aliança de casamento de Leah:

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