Recomeçar escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 61
Leah


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos a mais um capitulo de Recomeçar.
Queria me desculpar, pois havia avisado que essa seria a ultima semana da fic, mas acabei não conseguindo fechar a historia em apenas 60 capítulos, e tive que fazer mais alguns, então vocês ganharam mais uma semana de Recomeçar.
Espero que tenham gostado da novidade.
Beijos e até segunda.



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Estava apavorada em conhecer madre Angélica, afinal ela era o que Elliot tinha de mais perto de uma mãe. E se ela não gostasse de mim? O que iria fazer?

Mas no final tudo havia dado certo.

Madre Angélica havia me adorado assim como todos do orfanato e eu a eles.

Havíamos conversando com madre Angélica durante um tempo, até que uma das crianças vieram nos avisar que o lanche da tarde já estava servido, em um das várias mesas de piquenique que haviam no jardim do orfanato.

—Quando pretendem se casar? - irmã Benedita nos perguntou assim que terminou de nos servir e olhei para Elliot.

— Além de ver como tudo ficou com a reforma e visita-los, viemos deixar nosso convite de casamento. - meu noivo disse tirando um envelope creme do bolso do paletó, que estava atrás da sua cadeira.

 -Vocês estão nos convidando? - madre Angélica disse emocionada enquanto nos olhava.

—Claro que sim, vocês são a família do Elliot e nós dois queremos vê-los em nosso casamento. - disse sorrindo enquanto Elliot concordava e entregava o convite a madre Angélica.

—Meu Deus, mas é daqui há algumas semanas. Porque tanta pressa? - irmã Benedita disse assim que leu o convite nas mãos de madre Angélica. - Não vão me dizer que a Leah está grávida?

—Ainda não irmã Benedita. Só vamos casar mais rápido, porque minha noiva vai começar o curso de medicina em Londres em setembro, e queremos ir para lá casados. Porque não quero que Leah se preocupe com a festa de um casamento enquanto estuda, afinal sei o quanto estudar medicina é dificiel.

—Você tem razão querido, podem contar com a nossa presença. -irmã Benedita disse sorrindo e concordamos antes de voltarmos a comer.

Assim que terminamos de comer fui ajudar madre Angélica com as louças do lanche, enquanto Elliot acompanhava a irmã Madalena até o berçário, já que um dos bebês não parava de chorar.

—Você realmente ama o meu menino, não é Leah? - ela questionou enxugando um prato enquanto eu lava outro.

—Sim, com todo o meu coração madre Angélica. - disse olhando em seus olhos e ela concordou.

—Conheço Elliot desde que era um bebê. Ouvi suas primeiras palavras, vi seus primeiros passinhos, cuidei dos seus machucados, lhe dei colo quando tinha algum pesadelo...Mas nunca o vi dessa forma. Nem com a Clara...- ela disse suave enquanto se lembrava do passado. - Ele está completamente apaixonado por você e esse sentimento lhe faz bem e não infeliz, pela primeira vez na vida, meu garoto está em paz por amar alguem. E lhe agradeço tanto por fazê-lo feliz.

—Não precisa me agradecer madre, faço o Elliot feliz porque necessito vê-lo feliz, é a missão da minha vida.

—Um missão que você está fazendo muito bem, minha filha. - ela disse amorosa e concordei antes de voltarmos aos nossos afazeres.

Depois que terminei de lavar as louças e ajudei madre Angélica a guardar tudo que havia sido lavado, ela me acompanhou até o berçário antes de seguir para o seu escritório e sorri assim que vi meu noivo com um bebê no colo conversando com ele, como se o mesmo entendesse cada palavra que Elliot dizia.

Elliot olhava para aquele bebê com tanto carinho e amor, como se fosse seu e isso me fez perceber o quanto meu noivo era uma pessoa maravilhosa, generosa e gentil, por tentar dar para aquele garotinho um pouco do seu amor de pai.

—Ele está bem? - questionei entrando no berçário e meu noivo sorriu para mim assim que ouviu a minha voz.

—Miguel está bem, era só uma leve infecção no ouvido, mas já dei um remédio a ele. - Elliot disse e Miguel sorriu enquanto tentava pegar o estetoscópio que estava no pescoço do meu noivo.

Não importasse para onde fossemos, Elliot sempre levava consigo a sua maleta, porque segundo o mesmo um médico deveria estar sempre pronto para uma emergência.

—Nada disso mocinho, isso aqui não é brinquedo por mais reluzente e chamativo que seja. - Elliot disse suave e Miguel sorriu antes de segurar o dedo indicador do meu noivo, enquanto ele fazia caretas para bebê que ria.

—Posso pegá-lo um pouquinho? - pedi a irmã e a Elliot que me olhou surpreso por meu pedido.

—Claro minha filha. - irmã Madalena disse sorrindo e Elliot se levantou com o bebê no colo antes de me entregá-lo.

Nunca havia segurado um bebê no colo antes. Acho que Miguel deveria ter poucos meses, mas a sensação de tê-lo em meus braços foi tão boa, como se eu fosse feita para ser mãe.

—Ele gostou de você. - Elliot disse sorrindo assim que Miguel sorriu para mim.

—Eu realmente levo jeito com crianças. - brinquei e os dois sorriram.

—Nunca duvidei disso meu bem. - Elliot disse suave antes de beijar a minha testa com carinho.

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—Vou ficar te esperando. - Elliot disse suave segurando as minhas mãos assim que estávamos na varanda da minha casa.

Seria a primeira vez depois que me tornei a alfa que iria me transformar, e sabia o quanto meu noivo estava temeroso, afinal da última vez em que virei loba passei dois meses como um animal selvagem, antes de voltar a ser humana.

—Não precisa me esperar acordado meu bem, minha transformação pode demorar a noite toda e você vai trabalhar amanhã.

—Não me importo, vou esperar por você acordado nessa varanda. - Elliot prometeu e concordei antes de beijá-lo com carinho.

—Volta pra mim. - ele implorou com sua testa junto a minha, assim que nos separamos para respirar.

—Sempre vou voltar para você. - jurei antes de beijá-lo uma última vez, mas antes que pudesse ir ao encontro dos meus irmãos de bando, meu noivo segurou a minha mão direita o que me deixou confusa.

—Isso aqui fica comigo por enquanto. - ele disse tirando meu anel de noivado, o qual havia esquecido completamente e me senti estranha sem ele, o que não passou despercebido por Elliot. - Prometo devolvê-lo assim que voltar.

—Tudo bem, eu te amo.

—Eu também te amo e tome cuidado. - ele pediu e concordei lhe dando um último beijo antes de sair da varanda indo em direção ao desconhecido, afinal não sabia como me comportaria como alfa.

—Pronta? - Jacob questionou assim que me aproximei dele.

—Acho que sim. Jake, não me deixe machucar ninguém. - pedi a ele que concordou suave.

Segui meus irmãos de bando até o meio da floresta, onde cada um foi para trás de uma árvore se livrar das roupas humanas antes de nos transformarmos.

Respirei fundo tentando limpar a minha mente de qualquer pensamento, me concentrando em fazer com que minha loba interior tomasse conta de mim. Só que dessa vez havia algo diferente, era como se a minha força tivesse aumentado consideravelmente, o que me fez cair de joelhos enquanto meu corpo era sacudido por tremores violentos, mas antes que pudesse me preocupar, meu corpo se transformou em lobo e tive acesso a todas as mentes do bando, era como se a mente dos meus irmãos estivessem ligadas a minha, e não era da mesma forma que antes.

Fui até o riacho que cortava a floresta e pelo reflexo da água, resultado da luz da lua, percebi que meu tamanho havia aumentado, meu pelo havia ficado ainda mais brilhoso e meus músculos pareciam mais fortes do que antes. Testei farejar ao redor e podia sentir cada cheiro da floresta, assim como cada som do coração dos animais que a habitavam o que me deixou fascinada.

“Sei que é fascinante Leah, mas estamos loucos para correr.” - Seth reclamou no meu pensamento e revirei os olhos antes de correr em direção ao meu bando para lidera-los pela primeira vez como a alfa.

Correr na frente do bando liderando-os foi a melhor sensação da minha vida, era como se finalmente estivesse no lugar certo. O lugar que me havia sido negado durante anos, mas que agora o havia recuperado. Depois que corremos e os lobos reconheceram a minha liderança, fui até o outro lado do riacho tomar um pouco de água, quando a direção do vento mudou, trazendo consigo um cheiro familiar que me impulsionou a ir até a sua origem, mas antes precisava falar com a minha matilha.

“Obrigada pela paciência e consideração que tiveram comigo hoje.” -pensei olhando para cada um deles que balançaram a cabeça.

“Não precisa agradecer, Leah, você é a nossa alfa.” - Sam pensou e todos concordaram.

“Vocês sabem que em algumas semanas irei para Londres com Elliot, e que ficarei por lá estudando, por isso quero que Sam e Jacob fiquei no meu lugar cuidando de todos como sempre fizeram.” - pensei e todos me olharam surpresos.

“Tem certeza disso, Leah?” - Jacob questionou confuso.

Apesar dos Cullen terem partido, Renesmee preferiu ficar com Jacob, mas desconfiava que eles não haviam ido para tão longe, afinal não a deixariam para trás por muito tempo.

“Tenho. Confio em vocês dois, qualquer emergência é só me ligarem que virei voando. E estão dispensados por hoje.” -pensei e todos riram antes de irem em direção as árvores que haviam deixado suas roupas.

Enquanto ia em direção a árvore que havia deixado minhas roupas tive uma ideia, e decide deixá-las ali mesmo, enquanto farejava o ar sendo guiada pelo cheiro de antes.

O cheiro que jamais seria confundido por mim.

O cheiro do meu imprinting.

Do meu macho.

Assim que parei em frente à minha casa, tendo as árvores como minha proteção, vi meu macho sentado no banco da varanda, com uma xicara de café nas mãos e uma manta lhe cobrindo as pernas, enquanto ele olhava ansioso para a floresta à minha espera.

Sabia que meu macho estava receoso de que não voltasse mais para ele, mas ele precisava saber que jamais voltaria a me afastar dele.

Com cuidado para não assustá-lo, caminhei em direção a varanda e assim que me viu, meu macho deixou a xicara e a manta de lado antes de vir até mim.

—Oi meu amor, você está maior. - ele disse suave assim que se sentou no último degrau da escada da varada, o qual havia parado a sua espera.

Em seguida, meu macho começou a acariciar o meu pelo o que me deixou feliz ao ponto de lamber o seu rosto, fazendo-o rir.

—Estava com saudades da minha loba, sabia? - ele questionou me olhando nos olhos e o olhei incrédulo, afinal sempre achei que ele deveria gostar mais da minha forma humana. - Eu também te amo e espero que seus irmãos de bando, tenham sido gentis com você.

E como resposta balancei a cabeça concordando, o que pareceu deixa-lo mais calmo.

—Que bom que tudo ocorreu bem. - ele disse tranquilo e encostei de leve o meu focinho em seu nariz, pois apesar de estar todo tempo ao meu lado quando estava na forma humana, meu lado loba sentia a falta dele desesperadamente.

—Eu sei. Sinto falta da minha loba também. - ele sussurrou e acariciou meu pelo de leve antes de beijar o meu focinho.

—Papai? - meu filhote chamou sonolenta assim que saiu de dentro de casa de pijama.

—Você deveria estar na cama dormindo a uma hora dessas, amor. - meu macho disse preocupado desviando a atenção de mim para ver nosso filhote.

—Eu sei, desci para tomar água e vi a luz acessa...É a mamãe? - meu filhote questionou assim que percebeu a minha presença e fiquei nervosa, afinal era a primeira vez que ela me via como loba.

—É amor. - ele disse suave voltando a acariciar meu pelo.

—Posso chegar perto? - meu filhote questionou ao meu macho que concordou.

Com cuidado, meu filhote se sentou ao lado do meu macho que segurou a sua mão direita guiando-a para fazer carinho em meu pelo.

—A mamãe é macia. - ela disse surpresa e os dois sorriram antes de eu lamber o rosto dela, deixando-a confusa.

—Isso é um beijo, Carol. - meu macho disse e nossa filhote concordou antes de me abraçar o que nos deixou surpresos.

—Eu te amo mamãe, estando na forma de loba ou humana. - ela sussurrou e me concentrei em sentir o seu cheiro, o qual reconheceria em qualquer lugar.

“Eu também te amo meu filhote.”- pensei emocionada.

Fiquei algum tempo fazendo carinho com o meu focinho no meu filhote, até que percebemos que ela estava prestes a dormir ali mesmo.

—Se despeça da sua mãe, filha. - meu macho disse acomodando nosso filhote em seu colo.

—Até logo mãe. - meu filhote disse sonolenta enquanto acariciava minha cabeça um última vez, antes do meu macho se levantar do degrau com nossa filhote no colo.

—Vou coloca-la na cama, antes que pegue um resfriado. Estou te esperando lá dentro, amor. - ele disse e concordei antes de vê-lo entrar com nossa filhote no colo.


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