Recomeçar escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 59
Leah


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos a mais um capitulo de Recomeçar, espero que estejam gostando da reta final da fic.
Gostaria de agradecer a todos que me acompanham nessa jornada incrível, sem vocês essa fic não estaria fazendo tanto sucesso.
Beijos, boa leitura.



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Depois que chegamos ao café, Ayla me ajudou a terminar todos os doces e salgados que seriam servidos no aniversário de Ária, antes de nos sentarmos em uma das mesas e folhearmos algumas revistas de casamento.

Por mais que tentasse me concentrar no que minha prima estava falando, minha mente seguia outro rumo.

—Terra chamando Leah. - Ayla disse estalando os dedos na frente do meu rosto e pisquei confusa. - Você não ouviu nada do que estava dizendo, não é?

—Claro que ouvi. - disse e minha prima me olhou seria. - Tudo bem, não estava ouvido.

—Você parece tensa. Você e o Elliot brigaram? - ela questionou preocupada.

—Estamos bem, não brigamos nem pelo controle remoto. -brinquei e sorrimos

—Então, porque está tão aérea?

—Lembra que perdi a minha vaga em Harvard quando decidi ser uma loba em tempo integral?

—Lembro, o que tem isso?

—Andei pesquisando sobre os prazos de inscrição das universidades, mandei a minha inscrição para a Imperial College London... E fui aceita com bolsa integral. - disse e ela me olhou surpresa.

—Meu Deus prima, isso é maravilhoso. - ela disse e me abraçou apertado. - Estou tão orgulhosa de você. Mas espera, você disse que foi aceita na Imperial College London, mas ela não fica em Londres?

—Sim. - disse me separando de Ayla. - Por isso estou tão tensa, porque não perguntei ao Elliot ou a Ária o que eles achariam de morarmos em Londres.

—Você acha que ele pode dizer que não?

—Não sei Ayla, afinal mandei a minha inscrição para o outro lado do mundo sem ao menos pensar que poderia ser aceita, mas agora que fui não sei como dizer a minha família. - disse angustiada.

—Você tem uma família incrível prima, que te ama mais do que qualquer coisa nesse mundo e tenho certeza que eles irão te apoiar, afinal foi você mesma que disse que o Elliot estava disposto a pagar a sua faculdade.

—Sim, mas não me sentiria bem com isso, por mais que soubesse que ele estava fazendo por amor.

—Tenho certeza que ainda vamos acabar a noite comemorando essa sua conquista. - minha prima disse animada e concordei esperançosa.

Fiz um grande esforço para deixar minhas questões pessoais de lado e ajudar a minha prima nos preparativos de seu casamento, o qual seria realizado no final do mês, já que Ayla e Gael não poderiam se ausentar por muito tempo da Irlanda, meu esforço surtiu efeito, pois conseguimos listar tudo o que seria necessário para o seu casamento e começaríamos a organizar tudo no dia seguinte. Depois que todo o café estava arrumado para a festa de Ária, fomos para a casa da minha mãe nos arrumarmos para a ocasião antes de voltarmos para o café, para esperarmos todos os convidados.

O café havia ficado incrível com todas as luzes e balões que haviam sido espalhados pelo local, mas o ponto alto da festa era a pista de dança que havia sido montada perto de uma das grandes janelas do café. Estava colocando o ultimo bombom da decoração, quando Sebastian e Cece entraram no café ao lado de duas pessoas que só conhecia por fotos e mais recentemente por vídeo chamada.

—Este lugar ficou lindo. - Adélia disse olhando ao redor e sorriu maravilhada enquanto deixava a mesa de doces de lado.

—Que bom que gostaram, foi um verdadeiro desafio colocar uma pista de dança em um lugar pequeno sem comprometer a circulação das pessoas. - disse me aproximando dos quatro.

—Mas o que seria da vida sem um bom desafio minha neta? - James questionou sorrindo e percebi que apesar de Elliot ter herdado os olhos castanhos da mãe, o brilho deles era algo que ele havia herdado do seu avô.

—Venha cá querida, me dê um abraço. - Adélia disse carinhosa e fui abraça-la meio sem jeito.

—Agora entendo porque nosso neto voltou correndo para os Estados Unidos. -ela segredou para mim e corei sem graça pelo seu comentário fazendo-a rir enquanto nos separávamos.

—Estou feliz em finalmente conhecê-la Leah, e nenhum dos comentários apaixonados do meu neto fizeram justiça a você. - James disse antes de nos abraçarmos.

—Vocês são muitos gentis. - disse sem graça assim que me separei de James.

—Eles não estão sendo gentis Leah, você é realmente uma pessoa maravilhosa. - Cece disse sorrindo e todos concordaram o que me deixou sem graça, antes de sermos interrompidos por Elliot que entrou no café com Ária e Gael.

Assim que viu os avós, Elliot parou no meio do café sem acreditar no que estava vendo, depois que se recuperou do choque, meu imprinting correu em direção aos avós para abraça-los, sendo recebido por eles com um abraço apertado e vários beijos.

—Não acredito que vocês estão aqui. Estava ficando maluco sem notícias de vocês. - Elliot disse emocionado ainda abraçado aos avós.

—Leah nos convidou para o aniversário da nossa bisneta e decidimos fazer surpresa. - Adélia disse suave enquanto enxugava as lágrimas do neto, assim que Elliot se separou dos avós.

—E então, gostou da surpresa, meu amor? - James questionou acariciando o rosto do neto de leve.

—Sim, e eu amo muito vocês.

—Nós também te amamos Elli. Mas a ideia foi toda da sua noiva. - Adélia disse suave e Elliot virou para me ver.

—Obrigado pela surpresa amor.

—De nada querido, só quero te ver feliz. - disse e sorriu para mim, aquele sorriso que sempre fazia meu estômago ficar cheio de borboletas e minhas pernas tremerem.

Depois que Elliot e Ária mataram as saudades dos avós, os convidados começaram a chegar, fui até a cozinhar ver se tudo estava arrumando para que as comidas fossem servidas adequadamente.

—Leve esses refrigerantes para a pista de dança, não quero que os jovens fiquem sem se hidratar enquanto dançam. - pedi a um dos garçons enquanto tirava uma fornada quentinha de salgados do forno.

—Sabia que te encontraria aqui. - Elliot disse aparecendo na cozinha assim que coloquei a assadeira em cima do balcão. -Você está perdendo a festa.

—Estou só terminando de assar esses salgados. - disse e ele olhou ao redor antes de voltar sua atenção para mim.

—Amor, tenho certeza que está tudo perfeito, mas a nossa filha está sentindo a sua falta assim como eu.

—Eu sei meu bem, mas antes de voltarmos para a festa precisamos conversar. - pedi e Elliot concordou, em seguida pedi a Julie que ficasse de olho em tudo enquanto íamos para a sala de descanso dos funcionários, pois precisávamos conversar.

—Nunca vi você tão seria como agora e isso está começando a me assustar. - ele disse preocupado se sentando ao meu lado no sofá.

—Depois que perdi minha bolsa em Harvard fiquei bem chateada e até pensei em desistir, mas você continuou me incentivando a tentar novamente, comecei a procurar em outras universidades e enviei a minha documentação para algumas delas. -expliquei e Elliot me olhou surpreso, afinal ele não sabia que havia me inscrito novamente. - Não quero que fique triste comigo por não aceitar a sua proposta de custear a minha faculdade, mas não me sentiria bem com isso.

—Entendo Leah, mas não quero que esqueça que estou ao seu lado para o que dê e vier. - Elliot lembrou e concordei. - E você recebeu resposta de alguma universidade?

—Recebi um email dá Imperial College London, me oferecendo uma bolsa integral para o próximo semestre. - disse e Elliot sorriu orgulhoso antes de me abraçar apertado.

—Estou tão orgulhoso de você, meu bem e feliz por estar a um passo de realizar o seu sonho. - ele disse amoroso enquanto me abraçava.

—Mas Elliot, a Imperial College London fica em Londres. - disse assim que nos separamos.

—Sei disso.

—Você não ficou chateado por eu ter decidido mandar minha documentação para outro país, sem conversar com você ou com a nossa filha?

—Em parte sim. - ele disse olhando em meus olhos e me senti culpa, afinal ele tinha o direito de ficar chateado.

—Me desculpe, não devia ter tomado uma decisão dessas antes de conversar com vocês.

—Não quero que se sinta mal por realizar o seu sonho. Só fiquei chateado por não ter dividido suas inquietações comigo. - ele disse antes de segurar as minhas mãos e me olhar nos olhos. -Leah, não quero ser simplesmente o pai da sua filha ou o homem com quem você divide a sua vida, quero ser o seu amigo também. Aquele com quem você conta para todas as horas, quero participar das suas escolhas assim como quero que participe das minhas, para que nosso relacionamento continue feliz, precisamos de companheirismo. Porque o amor não sobrevive ao individualismo, querida. Porque amar é compartilhar, é dividir a sua vida, seus medos, seus sonhos e a sua felicidade com quem amamos.

—Você tem razão, sou uma boba por pensar que não me apoiaria. - disse envergonhada por minha atitude.

—Sou capaz de ir com você até o fim do mundo sorrindo. - Elliot segredou e foi impossivel não rir da sua piada.

—Obrigada por estar sempre ao meu lado. - disse acariciando o seu rosto com carinho e Elliot beijou a minha palma.

—Sempre vou estar ao seu lado, não importa o que aconteça. Quando você tem que fazer a matricula? - ele questionou interessado.

—Depois do casamento da Ayla, mas posso fazer a matricula por email. E as aulas só vão começar em setembro. - expliquei e Elliot concordou pensativo.

—Entendo, temos ainda um mês antes das suas aulas começarem. - ele disse e concordei antes dele me olhar nos olhos. - O que acha de nos casarmos antes de irmos para Londres?

—Você quer se casar comigo mês que vem? -questionei surpresa e ele concordou.

—Depois que minha certidão de nascimento foi alterada consegui ter dupla cidadania, se você se casar comigo seria uma cidadã inglesa, o que já nos pouparia toda a dor de cabeça de providenciar o seu visto permanente, e não quero que se preocupe com a preparação de um casamento enquanto estiver estudando. - Elliot propôs e concordei, afinal já estávamos noivos e seria natural que nos cassássemos.

—Então, vamos nos casar em agosto? - questionei e senti o meu estomago se revirar de ansiedade.

—Sim, porque? Está querendo desistir?

—Não.

—Acho bom, porque agora que te achei não vou mais te deixar. - ele prometeu e sorri antes de passar meus braços por seu pescoço.

—Acho bom mesmo, porque ainda temos muito o que viver e realizar juntos. - segredei e Elliot sorriu antes de olhar ao redor o que me deixou confusa.

—Lembra desse lugar, amor? - ele questionei e olhei ao redor lembrando que foi aqui que tivemos a nossa primeira conversa depois do imprinting, o qual tive na recepção do velório da mãe de Cece.

—Lembro de cada momento depois daquele dia. Afinal, foi quando comecei a viver de verdade. - disse e Elliot sorriu emocionando antes de me beijar com carinho.

Depois que terminamos de conversar, voltamos para a festa e logo Ária nos chamou para cantarmos o conhecido parabéns para você, antes de eu ganhar o primeiro pedaço de bolo. No dia seguinte, depois do café da manhã conversamos com a nossa filha que ficou feliz por mim, mesmo tendo que se mudar novamente em menos de um ano, ela não ficou chateada ou com raiva, Ária só queria a minha felicidade.

Na semana seguinte, eu e Elliot fomos até o cartório marcar a data da nossa cerimonia com um juiz de paz, já que havíamos concordado em não fazer uma cerimônia religiosa. Já com a data escolhida, resolvi fazer um grande almoço para comunicar a minha família sobre a minha bolsa na Imperial College London e a data do meu casamento.

—Estou tão feliz por você, filha. Mas vou sentir a sua falta. - minha mãe disse me abraçando apertado no meio da cozinha.

—Eu também vou mãe, mas a senhora pode ir me visitar, sempre virei nas férias e no final de ano. - prometi enquanto ela me abraçava mais forte.

—Acho bom dona Leah. Mas hoje não é dia de tristeza e sim para alegria. - ela disse sorrindo enquanto nos separávamos e voltávamos para a festa que estava acontecendo no quintal.


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