Recomeçar escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 57
Leah


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos a mais um capitulo de Recomeçar, que está emocionante.
Beijos, boa leitura e até sexta.



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—Achei que uma festa surpresa mãe, deveria ser quando o aniversariante não soubesse da festa. - Ária disse confusa enquanto fechava o caixa e ela arrumava as mesas.

Depois que voltei do hospital, conversei com Ária sobre a ideia de fazermos uma comemoração para o seu aniversário, afinal ela não o comemorou porque eu estava sumida.

—É a ideia querida, mas queria chamar seus bisavós sem que seu pai soubesse. Porque sei o quanto Elliot senti a falta deles, mesmo que não admita pra mim.

—Isso é verdade, então tudo bem. Vamos fazer a festa, já tem uma data provável ou o lugar? - Ária questionou vindo até o balcão.

—A data é da sua escolha, filhote. E o local... Achei que poderia ser aqui no café, o que acha? - questionei olhando para ela que sorriu concordando.

—Que tal daqui há duas semanas? Assim dá tempo dos meus bisavós se organizarem e virem. - ela disse e concordei.

—Até amanhã meninas. - Julie disse se despedindo de nós.

—Até amanhã Julie. - Ária e eu dissemos antes dela sair e cruzar com Elliot, que parecia transtornado quando entrou no café.

Assim que vi o estado do meu noivo, minhas mãos tremeram derrubando um prato repleto de bem casados no chão antes de correr até Elliot, que estava com a aparência de quem havia chorado muito.

—O que aconteceu amor? - questionei apavorada enquanto meu corpo inteiro tremia, como se estivéssemos em perigo.

Minha loba interior ficou em alerta, prestes a atacar qualquer um que tivesse ameaçado a segurança do meu macho. Não estava mais pensando racionalmente, tudo que conseguia fazer era tentar localizar o cheiro de algum possível inimigo, que tenha deixando meu macho tão transtornado. Sem pensar em nada, sai do café para a noite fria em busca do rastro de alguma ameaça.

—Leah, para com isso eu estou bem. - Elliot disse com a voz calma enquanto se aproximava de mim.

—Não foi o que pareceu segundos atrás. - disse com a voz tremula tentando controlar a minha transformação, afinal seria a primeira vez desde que fui reconhecida como alfa que me transformaria, e não saberia como me comportaria.

—Pai. - Ária sussurrou preocupada enquanto olhava para nós.

—Está tudo bem filha, só fique ai. - ele disse olhando para a nossa filha antes de virar para me ver.- Eu estou bem, querida. Sei que pode ver isso e sentir, que nada aconteceu. Agora respire fundo, tente se acalmar.

Relutante olhei para os lados em busca de algum perigo, mas não havia nada ao redor, então fechei os olhos e respirei fundo. Em seguida, senti o calor e o cheiro de Elliot me envolvendo.

—Está tudo bem, ninguém me machucou, eu juro. Agora, preciso que a minha loba tente se acalmar, porque aqui não é um lugar seguro para você se transformar. - ele sussurrou em meu ouvido enquanto acariciava minhas costas de leve, e a sua voz serena começou a tranquilizar os meus tremores.

—Você está mesmo bem? - questionei assim que abri os olhos e toquei seu rosto.

—Estou, me desculpe por te assustar. Prometo que vou tomar cuidado. - ele sussurrou e beijou a minha testa com carinho. - Agora vamos entrar e te conto tudo o que aconteceu.

Voltamos para o café e Elliot me ajudou a sentar em um dos sofás que haviam ali, já que as minhas pernas ainda estavam tremulas, enquanto Ária buscava um copo de água para mim.

—Me desculpe por ter te assustado, filhote, não fiz por mal.- disse envergonhada assim que terminei de tomar meu copo de água e olhei para ela. - Juro que tento me controlar, mas as vezes perco o controle.

—Mãe, não há nada a ser perdoado. Você não me assustou, só fiquei preocupada que alguem a visse se transformando e a machucasse. - ela disse compreensiva enquanto Elliot estava sentando ao meu lado acariciando minhas costas de leve, e seu toque me ajudava a manter o controle. - Obrigada por entender filhote.

—Eu te amo mãe, não importa em que forma esteja.

—Eu também te amo querida. - disse suave e Ária me abraçou com carinho enquanto sentia o cheiro do meu filhote, uma mistura perfeita do cheiro do pai e de Clara.

 Mesmo tendo o cheiro dela em pequena quantidade isso nunca me afetava, ao contrário do que acontecia com Clara.

O cheiro de Ária não me afetava porque todo o meu ser, a parte humana e a parte loba, havia aceitado e amado Ária como meu filhote.

—Agora acho que o papai deveria explicar, porque chegou aqui tão transtornado. - ela disse suave assim que nos separamos e concordei.

Elliot respirou fundo antes de nos contar sobre a carta, que Carlisle havia lhe dado hoje mais cedo, e o que havia nela.

—Elliot, entregue a chave do carro para Ária. - disse seria assim que ele terminou de falar e me obedeceu mesmo sem saber o porquê do meu pedido.

—Acho que ainda conseguimos encontra-los na mansão. Isso se você quiser conversar com o Carlisle. È isso o que deseja? - questionei olhando em seus olhos.

—Eu quero. - Elliot disse decidido e concordei antes de trancarmos o café e seguirmos para o carro.

—Esse é um daqueles momentos, em que posso dirigir como velozes e furiosos sem ficar de castigo? - nossa filha questionou assim que ligou o carro após termos entrado no mesmo.

—É só dessa vez, para nunca mais. - disse e ela sorriu eufórica.

—Nem pensar. - Elliot disse serio no banco de trás, mas neguei para Ária que concordou antes de acelerar enquanto tentava ligar para Bella.

—Leah, pensei que estivéssemos juntos contra a rebeldia da nossa filha. - ele disse traído e virei para vê-lo.

—E nós estamos meu bem, mas é uma emergência. - disse antes de voltar minha atenção para a estrada, e dar as orientações necessárias para Ária que se divertia com a velocidade.

Assim que chegamos até a mansão, descemos do carro e Elliot correu até o local que parecia abandonado.

—Carlisle? - Elliot chamou assim que entramos na sala e tudo estava coberto por panos brancos, mas só tive a certeza de que eles foram embora quando não vi o piano de Edward em seu lugar habitual.

—Sinto muito Elli, mas eles se foram. - disse suave tocando em seu ombro e ele virou para me ver com lágrimas nos olhos.

—Eu nem tive a chance de pedir desculpas...- ele soluçou e o abracei com carinho tentando acalmá-lo, mas senti um cheiro muito familiar e que não vinha do meu imprinting.

—Todo nós temos o direito de recomeçar Elliot. - ouvi Carlisle dizer atrás de nós e Elliot se separou de mim.

—Você não foi embora.

—Alice, viu que você mudou de ideia no último minuto, e jamais duvido do que minha filha diz. - Carlisle disse sorrindo e Elliot foi até ele.

—Na carta em que minha mãe deixou, ela disse que você foi contra me deixar no orfanato. Que lutou para ficar comigo. Isso é verdade? - Elliot questionou olhando nos olhos de Carlisle.

—Eu jamais desistiria de você, jamais te esqueceria. Nem que vivesse dois mil anos esqueceria do meu sobrinho amado, que ajudei a trazer ao mundo. - Carlisle disse emocionado enquanto olhava para Elliot.

—Me perdoe pelas coisas horríveis que disse a você. - Elliot disse entre lágrimas enquanto olhava para Carlisle. - Você não merecia ouvir nenhuma delas, só disse tudo aquilo porque estava com raiva de ter sido abandonado.

—Eu te perdoei no momento em que as disse, Elliot.

—Posso te dar um abraço? - Elliot pediu e Carlisle concordou antes de ser abraçado pelo sobrinho.

Ver os dois abraçados me emocionou muito, porque aquele momento estava sendo um fechamento de um ciclo na vida do meu noivo. Elliot havia descoberto as suas origens, as conhecido e se reconciliado com elas, respondendo a todas as perguntas que ele carregava dentro de si desde que nos conhecemos.

Depois do abraço, Carlisle fez questão de apresentar todos os membros da sua família a Elliot e Ária. Esme e Rose passaram horas contando ao meu noivo e mostrando algumas fotos, do tempo em que passou com eles. A cada revelação das duas Elliot sorria encantado, como se não acreditasse que elas ainda se lembrassem de algo que aconteceu a tanto tempo.

—Não é pelo fato de termos uma excelente memória Elli, claro que isso ajuda e muito. - Esme disse carinhosa enquanto olhava para Elliot, como se ele ainda fosse um bebê. -Lembramos de cada momento seu, porque você é da nossa família e o amamos muito. E estou feliz que tenha achado seus avós e a Leah.

—Cuide bem do nosso garotinho, loba. - Rose disse seria enquanto desviava os olhos de Elliot e me olhava, com uma ameaça velado no olhar.

—Elliot é a minha vida, loira. - disse olhando em seus olhos e ela concordou seria.

Foi muito dificiel para Elliot deixá-los ir, mas ele compreendeu que era necessário. Pois os Cullen já haviam ficado tempo demais em Forks. Mas meu noivo fez todos prometerem voltarem para o nosso casamento.

—Me dê seu telefone Elliot. - Carlisle pediu depois que estávamos do lado de fora da mansão.

Sem contestar, meu noivo entregou seu celular a Carlisle que digitou algo antes de entrega-lo a Elliot.

—Coloquei meu novo número no seu telefone, quando precisar trocar de número novamente, lhe mandarei um mensagem com o número novo. Iremos nos comunicar sempre por mensagem, e se algum dia precisar de ajuda, a mesma que a sua mãe precisou, é só pedir e vamos atrás de você. - Carlisle disse olhando nos olhos de Elliot.

—Não importa a hora ou o lugar, nós vamos buscá-lo. Você e a sua família. - Esme disse ao lado de Carlisle que concordou.

—Obrigado por tudo. Por mesmo de longe terem cuidado de mim para que nada me faltasse, e por terem tido o cuidado de me entregarem em um orfanato maravilhoso, no qual fui muito amado. - Elliot disse agradecido antes de abraçar os dois uma última vez.

—Isso não é uma despedida Elli, é um até logo. - Carlisle disse assim que se separou do sobrinho e enxugou as lagrimas dele.

—Então até logo Carlisle.

—Até logo Elliot. - Carlisle e Esme disseram antes de seguirem para o seu carro.

—Tudo bem? - questionei assim que abracei meu noivo por trás após os Cullen terem ido embora.

—Achei que vê-los partir, fosse me deixar a sensação de ser abandonado de novo. - ele disse olhando para onde os Cullen haviam partido.

—E o que você está sentindo agora, meu bem?

—Me sinto muito amado e felizardo por ter uma família maravilhosa como a minha, só sinto muito não ter tido a chance de tê-la aproveitado mais.

—Tenho certeza que vocês terão muito tempo para isso. - sussurrei suave e ele concordou antes de olharmos para Ária que bocejava cansada.

—Acho melhor irmos para casa. - Elliot disse e concordei antes de nos separamos.

—Posso dirigir de novo? - Ária questionou com a chave do carro na mão.

—Nem pensar. E só não te coloco de castigo por ter bancado os velozes e furiosos, porque você estava obedecendo uma ordem da sua mãe. -Elliot repreendeu nossa filha que concordou antes de entregar a chave para o pai e seguirmos para o carro, pois ainda tínhamos um longo caminho até a nossa casa.


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