Recomeçar escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 49
Elliot


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos a mais um capitulo de Recomeçar, espero que gostem.
Beijos e até segunda.



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—Mais calmo, filho? - Sue questionou maternal assim que terminei de tomar um copo de água com açúcar.

Depois que me descontrolei, Sue me ajudou a entrar em sua casa e sentar no sofá, enquanto Charlie buscava um copo de água para mim.

—A culpa disso tudo é minha, porque não entendi o que Leah fez por mim. Não compreendi que no fundo ela tinha razão, por querer que ouvisse a verdade da pessoa certa. Fui tão cruel e mesquinho em me afastar dela, pensei apenas na minha dor e não na dor que causaria. - disse entre lágrimas enquanto olhava para Sue. -Me perdoe por ter feito a sua filha sofrer, tudo que sempre quis foi amar e cuidar dela.

—Você não tem que me pedir perdão Elliot. Você fez a minha filha tão feliz, feliz como nunca a vi antes.

—E agora ela preferiu viver como uma loba, porque não suportou a minha distância. - disse desolado e os dois me olharam surpresos.

—Como você sabe?

—Leah me explicou uma vez, sobre tudo que envolvia esse outro lado dela. Ela disse que era fácil se desligar do seu lado humano, quando se estava em forma de lobo. Então, se fosse demais para ela, com certeza se transformaria em loba para sobreviver. -expliquei enxugando as minhas lágrimas. - Vocês sabem por onde ela anda?

—Ela tem andando pela floresta de La Push, Jacob e os outros tem cuidado dela, mas Leah não gosta de ter contato com eles. Minha filha não me reconheci mais, é como se ela tivesse se esquecido de mim. - ela disse com dor e foi impossivel não abraça-la naquele momento enquanto lhe pedia desculpas.

—É muita cara de pau a sua aparecer aqui, depois do que fez com a minha irmã. -Seth disse furioso assim que entrou em casa e me viu abraçando a sua mãe.

—Seth, pare com isso. - Sue disse suave assim que nos separamos. - Elliot está sofrendo tanto quanto nós.

—Duvido muito. Afinal, ele não pensou em como a minha irmã ficaria, antes de se mandar daqui. Você não se importou se isso a mataria ou não, apenas pensou em si mesmo. - Seth gritou furioso enquanto começava a tremer, sinalizando que ele estava perdendo o controle.

—Seth, quero que você respire fundo e se acalme. Não faça nada que se arrependa depois. - Sue disse seria enquanto se levantava do sofá e fiz o mesmo, indo em direção a minha filha.

—Ária, quero que você vá para fora, agora. - sussurrei para a minha filha que me olhou desesperada.

—Pai, não. -ela pediu entre lágrimas.

—Seth, para com isso. - Jacob disse severo entrando na casa de Leah e empurrando Seth contra a parede.

—Ária, estou mandando você sair daqui. - disse severo enquanto olhava em seus olhos e ela concordou antes de correr porta a fora.

Depois que Ária deixou a sala, Seth conseguiu se soltar de Jacob e veio em minha direção, me empurrou de encontro a parede oposta em que ele estava, antes de pressionar seu braço em minha garganta, deixando todos nervosos.

—Seth, solte o Elliot agora. Você não pode machuca-lo, ele é o imprinting da sua irmã. Se o machuca-lo isso vai acabar com a Leah. - Jacob disse serio enquanto tentava tirá-lo de cima de mim.

—Você acha que a Leah vai se importar com a morte dele? Ela nem lembra que somos a família dela, e tudo isso por causa do Elliot. Maldita hora que ele veio para Forks, por sua culpa a minha mãe perdeu a filha. Por sua culpa, perdi a minha irmã. Você não foi capaz de perdoar a minha irmã, por ter tentando te proteger em nome do amor que sentia por você. Mas foi capaz de mentir durante anos para a sua filha, sustentando um casamento falido, com uma mulher que te desprezava e te traia. Quem você acha que é para julgar se a Leah estava certa ou errada? - ele gritou descontrolando antes de apertar mais o meu pescoço, já podia sentir os efeitos da privação de oxigênio, mas antes que pudesse desmaiar Jacob e Sam conseguiram tirar Seth de cima de mim. E cai no chão sem forças, enquanto tossia tentando normalizar a minha respirar.

—Meus Deus, Elliot. Você está bem? - Sue questionou entre lágrimas enquanto se ajoelhava ao meu lado e me olhava apavorada, como se estivesse com medo de me perder também.

—Porque vocês não deixaram o Seth terminar o que ele começou? - perguntei com a voz rouca a Jacob e Sam, que ainda seguravam Seth.

—Você ficou doido? - Sam perguntou confuso enquanto me olhava.

—Não. Mas Seth tem razão. Menti durante anos, para proteger a minha filha do inferno que vivia, e sempre disse para mim mesmo que era uma mentira por amor. E quando Leah fez a mesma coisa por mim, não fui capaz de entender e perdoar. A fiz sofrer desde a primeira vez em que nos conhecemos até hoje... E agora, não sei o que fazer da minha vida sem ela. - solucei com dor enquanto olhava para eles.

—A morte seria boa demais para você. Prefiro que viva, com a dor de saber, que magoou a melhor mulher desse mundo. E que ela nunca mais voltará para você. - Seth disse furioso e se soltou de Jacob e Sam antes de sair da sala.

E as palavras de Seth foram como uma faca cortando meu coração ao meio, porque ele tinha razão. Fui egoísta com a mulher que amo, não fui capaz de perdoa-la, sendo que por anos menti com a desculpa de estar protegendo a minha filha, que me perdoou quando lhe contei a verdade. E eu, como um idiota orgulhoso, preferi julgar sem dá uma oportunidade a Leah de se explicar, agora nós dois estávamos pagando por minhas escolhas egoístas.

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—Eu odeio o tio Seth. - Ária disse com raiva assim que a cobri.

Depois que nos acalmamos, Charlie foi buscar minha filha que correu assustada para os meus braços, assim que entrou na casa de Leah. Ária tremia apavorada, ela só se tranquilizou depois que garanti que estava bem. Sue fez questão de passarmos a noite ali, pois amanhã conversaríamos mais sobre o que aconteceu com Leah e concordei, afinal precisava saber como minha noiva estava.

Entrar no quarto de Leah, foi muito mais doloroso do que quase ser asfixiado por Seth.

Porque cada pedaço daquele lugar era a lembrança viva dela, e de cada momento que passamos juntos ali. E essas lembranças me julgavam por ter agido como um idiota.

—Não fique com raiva do seu tio, ele só estava defendendo a irmã dele.- disse suave enquanto acariciava seu rosto com carinho. - Tenho certeza que se você estivesse no lugar dele, faria a mesma coisa pelo seu irmão.

—Talvez, mas nunca iremos saber não é? Afinal, a mamãe não pode ter filhos. - ela disse suave e sorri negando.

—Porque está sorrindo pai?

—Porque a sua mãe, pode ter quantos filhos quiser. E por você, assim como eu, acreditar que ela vai voltar.

—Claro que sim, não duvido que a mamãe possa voltar. Só temos que lembrá-la de quem ela é. E como assim, a mamãe pode ter quantos filhos quiser? Ela nos contou que não pode ter filhos. - minha filha disse confusa e suspirei antes de lhe explicar tudo que havia descoberto no livro da tribo quileute.

—Não acredito que vou poder ter um irmãozinho. Eu sempre quis ter um irmãozinho. - ela disse eufórica com a possibilidade e sorri suave.

—Eu sei amor, agora quero que você descanse um pouco. - pedi suave antes de me inclinar para beijar a testa de Ária.

—Boa noite pai.

—Boa noite amor. - sussurrei suave enquanto acariciava o cabelo de Ária até ela pegar no sono.

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—Levantou cedo filho. - Sue disse assim que apareci na cozinha e ela estava tirando um bolo recém assado do forno.

—Nem consegui dormir. - disse e ela colocou o bolo em cima da pia antes de se aproximar de mim.

—Me desculpe pelo que o Seth fez. Ele não é assim. -ela pediu envergonhada por seu filho.

—Eu sei Sue, ele só perdeu a cabeça. Se tivesse uma irmã, e alguem a magoasse faria bem pior do que ele fez.

—Talvez você tenha razão, mas isso não justifica uma violência. Mas fique tranquilo, já disse umas poucas e boas para ele. Você é da família, e não estrangulamos a família por aqui. - ela disse suave e sorri comovido.

—Você ainda me considera da família, mesmo depois de tudo?

—Sim. Você é o amor da minha filha e me deu a chance de ser avó de uma menina maravilhosa, como poderia deixar de não vê-lo como dá família? - ela questionou suave e sem cerimônia a abracei apertando, pois precisava de um abraço de mãe naquele momento.

—Eu prometo Sue, que vou trazer a Leah de volta. - disse assim que nos separamos e ela segurou as minhas mãos com carinho.

—Como você vai fazer isso Elliot? Ela não reconheceu nem a própria mãe. - ela explicou desolada.

—Sou o imprinting dela, Sue. Leah, quando era humana me reconhecia como seu companheiro, e na forma de loba ela me enxergava como o macho dela. Não importa o que tiver que fazer, nem que tenha que lembra-la de quem sou, vou trazê-la de volta. Mas preciso que você me diga por onde ela anda. - pedi e ela concordou suave.

—Vou fazer melhor, querido. Vou leva-lo até ela. - ela disse esperançosa e agradeci.

Apesar dos meus pedidos de querer ir logo, Sue só me deixou sair para a manhã fria de Forks depois que tomamos café. Tivemos que colocar casacos mais quentes, pois iriamos entrar na mata fechada, segundo Sue, a temperatura caia ainda mais dentro da mata além de ocorrer chuvas fracas na floresta. Andamos por cerca de meia hora antes dela segurar a minha mão e me puxar para trás de alguns arbustos, me pedindo silêncio em seguida.

Não demorou muito para que ouvíssemos o som de galhos sendo esmagados, em seguida apareceu na clareira que espiávamos uma grande loba de pelagem cinza, que farejava o chão como se estivesse atrás de algo. Assim que olhei a loba de pelagem cinza, meu coração bateu mais rápido reconhecendo a sua dona, no mesmo instante a loba levantou a cabeça, como se estivesse procurando algo com os olhos. Sem pensar no que estava fazendo, sendo guiado apenas pelo laço, que apesar de fraco ainda existia entre nós, me levantei e fui em direção a Leah, sem me importar com os pedidos de Sue.

—Leah. - sussurrei suave e a loba me olhou confusa como se não soubesse quem eu era, o que fez as lágrimas caírem de meus olhos. - Sei que ainda está ai e não vou desistir de você, porque te amo.

Furiosa por minha aproximação, Leah rosnou para mim de forma ameaçadora, como se quisesse deixar claro, que não deveria me aproximar mais.

—Amor, sou eu, Elliot. - disse olhando em seus olhos, mas não havia nenhum tipo de reconhecimento ali, só o puro instinto animal, pelos seus rosnados e arreganhar de dentes Leah não estava nada feliz em me ver.

Antes que pudesse dizer mais alguma coisa, Leah avançou para me atacar, mas foi impedida por um lobo de pelagem marrom ferrugem que a atingiu no estômago, jogando-a para longe de mim. Atordoada, Leah olhou para o Lobo que era maior do que ela, e rosnou furiosa antes de se levantar e fugir para a floresta. Em seguida o lobo se transformou em Jacob.

—Você não devia ter feito isso Jacob, ela não sabe o que está fazendo. Leah podia ter se machucado. - disse furioso enquanto ele se vestia.

—De nada Jacob por ter salvado a minha vida. - ele disse sarcástico e revirei os olhos.

—Leah jamais iria me machucar. - disse convicto e ele me olhou não acreditando no que eu falava.

—Aquela não era a Leah como conhecemos, era a parte loba dela. Uma que não conhece limites. Já é bem dificiel ela reconhecer a minha autoridade como alfa, imagine reconhecer você.

—Ela não reconhece a sua autoridade, porque você não tem direito de ser alfa. A alfa da matinha devia ser Leah e não você. - disse furioso e ele me olhou confuso.

—Do que você está falando Elliot? - ele questionou sem entender e foi ai que percebi, que Jacob não sabia nada sobre o conteúdo do livro de Lyva.


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Notas finais do capítulo

Se preparem porque segunda saberemos porque a Leah era a verdadeira alfa. Façam as suas teorias.
Beijos.