Recomeçar escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 41
Elliot


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos a mais um capitulo de Recomeçar, e queria novamente me desculpar por não ter postado ontem, mas estou no final do período do meu curso e é trabalho em cima de trabalho, espero que entendam.
Beijos e boa leitura.



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Amar Leah havia sido a melhor experiência da minha vida, a qual fortaleceu ainda mais o nosso amor, me dando a certeza de que havia feito a escolha certa de esperarmos mais um pouco, apesar de ter sido dificiel em alguns momentos.

—Está pensando em que amor? - questionei suave enquanto acariciava suas costas nuas com carinho, já que Leah estava com a cabeça em meu peito.

—Em nada especifico, apenas relembrando tudo que aconteceu hoje. - ela sussurrou suave e sorri com acarinho antes de beijar seus cabelos.

—Não precisa relembrar, Leah. Essa não será a primeira e última vez que faremos amor, pretendo amar você todos os dias do resto da minha vida. - disse e ela levantou a cabeça do meu peito para me olhar nos olhos.

—Vou esperar ansiosa por isso Elliot. - ela disse e sorriu antes de me beijar com carinho.

—Eu tenho algo para lhe contar. - disse assim que nos separamos para respirar.

—Você quer realmente conversar agora?

—Eu prometo ser rápido. - jurei e ela concordou. -  Comecei a ler o livro que a sua prima te deu.

—Sério? Como foi que você arrumou tempo?

—Sou bom em administrar o meu tempo. - segredei e ela sorriu suave.

—E o que você descobriu?

—Descobri que a primeira loba se chamava Lyva, ela era filha do chefe e estava prometida ao guerreiro mais corajoso da tribo. Mas quando ouvi um ataque, ela acabou se transformando para defender uma criança, o que assustou a todos, afinal esse poder só era para os homens. - disse me lembrando até onde havia lido o livro. - O mais interessante, é que o livro, não parece ter sido escrito por Lyva e sim por outra pessoa.

—Apesar dos séculos os preconceitos nunca mudam. - Leah disse pensativa.

—Deve ter sido muito dolorosos para você, passar por tudo isso. Ter que lidar com uma transformação inesperada, com a morte do seu pai, com o preconceito de todos e ainda ver de perto a felicidade do seu ex.- disse suave enquanto acariciava os cabelos de Leah.

Leah havia me contado sobre como era a sua vida antes de me conhecer, isso incluía sua transformação e a morte de seu pai, e toda a sua história com Sam.

—Realmente não foi fácil, pensei muitas vezes em deixar o meu lado de lobo falar mais alto. - ela disse e a olhou confuso.

—Como assim?

—Precisamos ter muito alto controle para não deixar nosso lobo interior assumir, porque nada de bom acontece quando isso ocorre, porque esquecermos que somos humanos e pessoas inocentes se machucam.

—Isso pode acontecer?

—Pode sim, se algo fosse demais para mim, poderia deixar que minha loba assumisse, eu seria apenas um animal selvagem, não lembraria de nada e nem de ninguém. - ela explicou suave e a olhei assustado.

—Você não se lembraria de mim?

—Eu não sei amor, talvez sim, talvez não. Mas não vamos pensar nisso, me promete?

—Prometo. - disse, mas foi impossivel deixar de pensar no que ela havia me dito.

—Elliot, meu bem, não quero que fique preocupado, não vou esquecer de você. - ela prometeu me olhando nos olhos. - Você é o meu imprinting, o homem que eu amo, e não importa o que aconteça, jamais vou esquecê-lo. Virar uma loba de tempo integral não está nos meus planos.

—Acho bom mesmo. - disse sério e ela sorriu antes de me beijar com carinho.

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 Passamos uma manhã incrível, na qual não saímos do quarto para nada, conversamos sobre tantas coisas, fizemos inúmeros planos juntos além de namorarmos bastante. Mas apesar de querermos ficar o dia inteiro no hotel, não poderíamos porque hoje seria a inauguração do café, no qual Leah havia trabalhado incansavelmente para a sua reabertura.

—Pensei que só viriam a noite. - Cece disse sorrindo maliciosa assim que entramos em casa de tarde.

—Falta de vontade não foi, mas as responsabilidades chamam. - Leah disse depois que cumprimentou Cece e Ária. -Cece muito obrigada pela surpresa e a você também Ária.

—De nada, fizemos isso de coração. E fico feliz que tenham aproveitado bastante. - Cece disse feliz e olhou para mim como se me interrogasse com o olhar.

—Isso nós fizemos com toda certeza. - Leah segredou antes de me olhar de forma cúmplice.

—Foi uma noite incrível, muito obrigado pela ajuda meninas. - agradeci assim que me aproximei do balcão com os saltos de Leah nas mãos. - Cadê o Sebastian?

—Ele recebeu um telefonema do chefe e teve que que ir no até o hotel onde está hospedado, para resolver algumas coisas. - Cece explicou e concordei.

—Eu vou subir tomar um banho e descansar um pouco. - Leah disse para mim e concordei antes de lhe dar um beijo e ela pegar seus sapatos da minha mão.

—Ária, que tal você subir para fazer seus deveres. - Cece sugeriu assim que Leah havia subido as escadas.

—Não precisa me mandar embora dinda, não quero saber o que meu pai fez a noite toda com a minha mãe, porque pela cara deles acho que nem dormiram. - Ária disse antes de subir e foi inevitável não rir do seu comentário.

—Conta tudo Elli, não esconda nenhum detalhe. - Cece pediu curiosa e sorri.

—O que você quer saber Cece? - questionei, afinal sabia que se não contasse nada para ela agora, minha amiga iria me perseguir pela vida inteira.

— Não vou perguntar se a Leah aceitou se casar com você, porque a vi usando o anel que comprou para ela. Mas quero saber se foi tão bom quanto a sua cara de satisfeito está expressando?

—Foi maravilhoso. - segredei a ela que sorriu com a minha animação. -Nós não dormimos Cece, passamos a noite inteira acordados nos amando. Parecia que nunca era o bastante.

—Você realmente está apaixonado por ela. - Cece disse e concordei sorrindo.

—Sim, não sei mais viver a minha vida sem a Leah. - admiti e Cece sorriu antes de segurar as minhas mãos por cima da bancada da cozinha enquanto olhava nos meus olhos.

—Você não sabe o quanto estou feliz por vê-lo assim, sendo amado, cuidado e respeitado da maneira que merece. Espero que o amor de vocês dure pela vida inteira. -minha amiga desejou e apertei suas mãos com carinho.

—Vai durar Cece, e obrigado por tudo. Por sempre estar do meu lado e não me deixar cair.

—Não precisa agradecer Elli, amigos são para isso. São para nos segurar quando não tivermos mais forças. - ela disse e não tive como não concordar.

Eu amava Leah, da forma mais profunda e devotada desse mundo, não conseguia mais me imaginar sem ela, e sabia que ela se sentia da mesma forma. Em tão pouco tempo estávamos mais comprometidos um com o outro do que muitos outros casais, claro que o imprinting ajudava a fortalecer o laço que tínhamos, mas ele não os construiu, isso havia sido conosco, a cada dia da nossa vida.

—Ás vezes tenho medo que tudo isso seja um sonho bom, que quando acordar vou estar como antes.

—Elli, isso não é um sonho. Você está amando sim e sendo amado em troca. Apenas curta o momento. - ela recomendou e sorri concordando. - Porque você não vai descansar um pouco, está com cara de quem está precisando dormir.

—Vou seguir seu conselho. - disse antes de subir para o meu quarto.

Assim que entrei no meu quarto, escutei a zoada do chuveiro, fui em direção ao banheiro, tirei toda a minha roupa e a minha medalha antes de entrar no box.

—Você não podia esperar eu terminar de tomar banho? - Leah brincou sorrindo assim que a puxei para os meus braços.

—Claro que não, estou ajudando o planeta a economizar água. - expliquei e ela sorriu do meu argumento.

—Claro que sim. - ela disse e concordei antes de nos beijarmos.

Depois que terminamos o nosso banho, o qual acabou demorando um pouco, trocamos de roupa e fomos deitar um pouco, pois não havíamos dormido nada ontem.

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—Estou tão curiosa para saber o nome do café, já que Leah fez tanto mistério. - Ária disse empolgada e concordei enquanto dirigia, afinal ela não havia contado nem pra mim. - O local ficou lindo, mas a placa do nome ela não me deixou vê.

—Queria fazer surpresa, por isso ela foi instalada de madrugada. Espero que todos gostem do novo design do café. - Leah disse nervosa ao meu lado.

—Eu vi o lugar amor, ele ficou incrível. Tenho certeza que será um sucesso. - assegurei e ela sorriu carinhosa para mim enquanto estacionava o carro.

—Meninas vocês podem ir na frente, tenho uma coisa para dizer ao Elliot. - Leah pediu enquanto tirava o cinto e elas concordaram descendo em seguida.

—Posso te pedir uma coisa? Você pode até me achar paranoica ou uma sufocadora, mas só assim vou ficar tranquila. - ela pediu assim que virou para me ver e fiz o mesmo.

—Pode pedir o que me quiser amor. - disse compreensivo.

—Por favor, Elliot, não saia do meu campo de visão, pelo menos por hoje. – ela implorou nervosa e concordei.

—Onde você estiver vou estar, vou ser praticamente a sua sombra. - brinquei e ela revirou os olhos tentando não sorrir mais acabou sorrindo.

—Vem cá. - disse puxando-a para o meu colo e lhe dando um beijo apaixonado.

— Eu prometo que não vou ficar longe de você, não importa o que aconteça. - disse olhando em seus olhos assim que nos separamos parar respirar.

—Eu te amo. - ela sussurrou e me abraçou com carinho, em seguida comecei a acariciar suas costas tentando tranquiliza-la.

—Eu também te amo, nunca se esqueça disso. - disse e beijei sua bochecha com carinho.

Trocamos mais alguns beijos e carinhos, antes de descemos do carro e caminharmos de mãos dadas até o prédio do café que estava todo iluminado para a inauguração.

Leah foi cumprimentada e elogiada por todos, que estavam encantados pela transformação que ela havia feito no café, parecia que a cidade inteira estava ali, algumas pessoas estavam sentadas nas mesas que haviam sido colocadas do lado de fora. Passei boa parte da festa ao lado de Leah, como havia lhe prometido em meu carro, alguns rapazes do bando estavam na festa, com certeza para prestigiar o sucesso da irmã de bando deles.

A inauguração da placa foi um dos momentos mais emocionantes, pois o café havia sido renomeado como “Café Elba”, uma homenagem a sua antiga dona, o que deixou Cece bastante emocionada.

—Parece que todos estão gostando. - Leah disse animada enquanto confeitava alguns cupcakes, que haviam sido deixados de reserva. Eu estava sentado em um balcão de mármore na cozinha em frente a Leah, enquanto ela se ocupava em decorar os pedidos de última hora.

—Eu disse amor, que ia ser um sucesso. - disse sorrindo enquanto descia do balcão e ia abraça-la por trás e beijar seu pescoço.

—Eu sei, e obrigada por ficar à vista, sei o quanto deve ser chato não estar na festa. - ela disse suave e sorri em seu ouvido antes de lhe dar um beijo no pescoço.

—Não mesmo, se ficasse na festa acabaria aqui na cozinha de toda forma, porque você está aqui. Isso parece bom. - disse me referindo a um cupcake que estava ao seu lado e possuía a cobertura azul, mas antes que pudesse roubá-lo Leah o afastou de mim.

— Nem pense nisso Elliot, todos os cupcakes com cobertura azuis são de canela. Então não se aproxime deles. - ela disse seria e concordei.

—Tudo bem, mas posso comer os amarelos? - pedi olhando em seus olhos e ela concordou antes de me entregar um cupcake amarelo.

—Me desculpe, mas você tem que parar de roubar as comidas das pessoas, todas as vezes em que faz isso acaba no hospital.

—Você tem toda a razão. –disse e dei a primeira mordida antes de gemer satisfeito o que fez Leah rir.

—Que foi? - questionei confuso e Leah sorriu antes de pegar uma toalha e limpar meu nariz de glace amarelo.

—Seu nariz estava sujo de glace amarelo. - ela disse sorrindo e peguei um pouco do glace em meu dedo indicar e sujei o seu nariz o que a fez rir de surpresa.

—Agora é o seu que está sujo. - disse sorrindo antes de me inclinar para lhe dar um beijo, mas fomos interrompidos pela voz de Ária que entrou na cozinha.

—Pai, o alarme...Me desculpe interromper. - ela disse sem garça por ter interrompido nosso beijo.

—Tudo bem amor, aconteceu alguma coisa? - questionei e ela sorriu antes de apontar para o meu nariz, que com certeza deveria estar sujo de glace e o limpei imediatamente.

—Parece que o alarme do seu carro está apitando sem parar. - Ária disse e a olhei confuso, afinal meu carro havia passado por uma revisão completa na semana passada.

—Estranho, deve ser algum problema na configuração. Vou lá ver o que é.- disse e Leah segurou a minha mão.

—Vou com você. - ela disse e segurei seu rosto em minhas mãos.

—Você tem que terminar esses cupcakes, pois os clientes estão esperando. O estacionamento é bem perto da cozinha, não precisa se preocupar, vou e volto em menos de vinte minutos. - assegurei e ela concordou a contra gosto antes de lhe dar um beijo e ir em direção a porta da cozinha que dava para o estacionamento.

—Elliot. - Leah chamou assim que abri a porta e virei para vê-la.

—Sim.

—Eu amo você. - ela disse de forma intensa e apaixonada enquanto olhava nos meus olhos.

—Eu também amo você. - disse e sorri para ela antes de sair para a noite fria de Forks.

Caminhei apressadamente até meu carro enquanto tirava a chave do bolso e apertava o botão do alarme, tentando parar com aquela zoada infernal, mas não obtive êxito. Assim que me aproximei do carro abri a porta do motorista e alcancei o computador de bordo, mexendo na configuração do alarme, e percebi que ele havia sido programado para tocar naquela hora, o que era estranho. Antes que pudesse pensar em como isso havia acontecido, senti alguem me puxando e empurrando de encontro a lataria do meu carro, e isso me deixou atordoado por um tempo.

—Olá gatinho, quanto tempo. - uma voz que pertencia ao meu passado disse perto de mim e pisquei confuso tentando ajustar a minha visão, pois minha cabeça estava doendo pelo impacto.

E não acreditei no que estava vendo, não podia ser verdade.


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