Recomeçar escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 39
Elliot


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos a mais um capitulo de Recomeçar, espero que gostem.
Beijos e até quarta.



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Havia se passado duas semanas desde que conheci a família de Leah e ela me revelou os seus segredos, desde então estávamos mais unidos do que nunca. Ária e Leah estavam tão unidas que pareciam mãe e filha, as duas faziam tudo juntas.

Uma noite, quando cheguei do plantão, escutei as duas no quarto da minha filha conversando, Ária lhe contava sobre um garoto da sua classe de espanhol, já que suas aulas haviam começado. E parecia que a minha garotinha estava apaixonada, fiquei feliz por ela ter alguem com quem se abrir além de mim e Cece.

Meu plantão de hoje havia sido infernal, parecia que todos de Forks resolveram adoecer na mesma noite, havia trocado de plantão com Carlisle, para poder comparecer a inauguração do café de Leah que seria amanhã à noite. Enquanto andava pelo estacionamento do hospital em direção ao meu carro senti meu celular vibrar no bolso do casaco, e sorri para a tela assim que percebi que era uma ligação de Leah.

—Oi meu amor, você acordou cedo. - disse assim que olhei para o meu relógio de pulso e constatei que era cedo.

—Na realidade nem dormi direito, porque senti sua falta. - ela admitiu e sorri suave. -Então, levantei e decidi fazer um mega café da manhã para o meu namorado.

—Eu realmente estou precisando, não consegui dormi nada ontem. Prometo que não vou fazer disso uma rotina, mas foi necessário. - expliquei cansado enquanto destravava o carro e colocava minha maleta no banco de trás.

—Eu sei amor, e pela sua voz o plantão deve ter sido horrível.

—Você não faz ideia.

—Então vem pra casa querido, vou estar te esperando.

—Até daqui a pouco amor.

—Até querida. - disse antes de desligarmos e entrei no carro.

A viagem para casa foi rápida, assim que passei pela porta Leah veio correndo me abraçar e me cumprimentar com um beijo carinhoso.

—Feliz aniversário amor. - sussurrei assim que interrompi nosso beijo para respirarmos.

—Obrigada, mas agora quero que você suba e tome um banho para descansar um pouco, porque tenho certeza que você nem dormiu ontem.

—Não mesmo. Não foi um plantão fácil. - disse enquanto Leah segurava a minha mão e me levava para cima, mas assim que passamos perto da porta do quarto de Ária parei.

—Só preciso ver a nossa filha um pouco, antes de descansar. - pedi e ela concordou antes de soltar a minha mão e fui até o quarto de Ária.

Com cuidado, abri a porta e vi a minha filha deitada na cama dormindo profundamente, fui até ela e me sentei na cama antes de me inclinar para beijar a sua testa com carinho.

—Elliot? - Leah questionou baixo com medo de acordar Ária.

—Sim. - disse sem desviar os olhos de Ária enquanto acariciava seu o rosto com carinho.

—Você perdeu um paciente ontem, não foi?

—Sim. Ela sofreu um acidente de carro voltando de uma festa com os amigos, todos estavam alcoolizados, tentei operá-la mas ela não resistiu a cirurgia. Ela tinha a idade da nossa filha Leah, me senti a pior pessoa do mundo quando tive que dizer aos pais dela sobre o seu falecimento. Ver a dor deles me machucou também. - disse me lembrando de como os pais reagiram a notícia.

—Eu sinto muito amor, nem consigo imaginar o tamanho da dor deles e dá sua. Mas meu bem, tenho certeza que você fez tudo que podia para salvá-la, apenas não se culpe. - Leah disse suave assim que se ajoelhou na minha frente e segurou as minhas mãos.

—Eu sei disso, mas me sinto horrível. Perder um paciente para mim, é como se estivesse perdendo um pouco de mim também, posso não lembrar de todos que salvei, mas lembro os nomes de todos que não consegui salvar, e foram seis, contando com a garota de ontem. - disse perdido em pensamentos e Leah me abraçou com carinho antes de sairmos do quarto de Ária.

Assim que cheguei ao meu quarto, tomei um bom banho enquanto Leah descia para buscar algo para mim comer, mesmo que tivesse deixado claro que não queria nada.

—Agora que você comeu alguma coisa, tente dormir um pouco. - ela disse suave assim que tirou a bandeja da cama.

—Me desculpe por estragar seu aniversário.

—Você não estragou nada Elliot, a sua empatia por seus pacientes é o que te faz ser um médico incrível e um ser humano maravilhoso. E isso é uma das qualidades que amo em você. Agora, tenta descansar um pouco.

—Só se você ficar aqui comigo. - pedi e ela sorriu antes de se deitar ao meu lado.

Assim que Leah estava deitada ao meu lado, acomodei minha cabeça em seu peito e logo ela começou a fazer cafuné em meus cabelos o que me fez dormir rapidamente.

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—Olha só, você está com a cara melhor. - Cece disse assim que desci as escadas devidamente arrumado.

—Eu dormi muito bem. - disse e Sebastian riu assim que apareceu na sala com uma bacia de pipoca.

—Na companhia da Leah, com certeza você iria dormir muito bem. - ele disse e Cece lhe bateu com a almofada o que me fez rir.

—Eu estava brincando Cecília. Até o Elliot levou na esportiva. - ele se defendeu e minha amiga olhou seria para ele.

Depois do jantar que Cece havia feito para Sebastian, os dois se reaproximaram e alguns dias atrás, eles disseram a todos durante o jantar que haviam decidido tentar novamente o que me deixou feliz, afinal os dois se amavam.

—Porque sei que a Leah só tem olhos pra mim. - disse e os três reviraram os olhos o que me fez rir.

—Não sabia que você era tão brega quando está apaixonado, pai.

—Isso não é brega filhote, é apenas a verdade. - Leah disse e virei para vê-la descendo as escadas.

E Deus, como ela estava linda.

Ária havia lhe dado de presente um lindo vestido azul escuro que ressaltava sua pele tom de cobre, e seus cabelos exibiam cachos desalinhados que a deixaram ainda mais linda.

—Você está linda amor. - disse apaixonado assim que ofereci a minha mão para ajudá-la a descer as escadas.

—Obrigada querido.

—Se divirtam e esqueçam do mundo. - Cece recomendou e todos concordaram o que me fez sorrir.

—Vamos tentar, e Ária, nada de passar a noite toda acordada. - disse e ela revirou os olhos.

—Pai, é sexta e amanhã eu não tenho aula.

—Sei disso, mas você é nova demais para virar a noite.

—Elliot. - Leah disse suave e suspirei vencido, porque havíamos conversado alguns dias atrás sobre dar uma “liberdade parcelada” para Ária, algo que a mesma já havia me pedido e estava tentando colocar em prática.

—Tudo bem. - disse resignado e minha filha sorriu feliz antes de ir abraçar Leah com carinho.

—Obrigada Leah. - minha filha disse feliz por sua conquista.

—De nada amor, mas isso não vai ser uma rotina, tudo bem? - Leah questionou assim que Ária se separou dela.

—Tudo bem.

—Eu te amo querida, e qualquer coisa vamos estar no celular. - Leah disse para os três e fiz sinal para que não ligassem para nós, afinal queria ter um momento a sós com ela.

—Eu também te amo, mas não se preocupe estou em boas mãos.

—Eu sei, é apenas preocupação de mãe. - ela disse e beijou a testa da nossa filha com carinho.

—Amor, você pode ir indo pro carro enquanto deixo o número do Carlisle com eles, para alguma emergência. - disse entregando a chave do carro para Leah que concordou antes de sair.

—Pelo amor de Deus, tentem não ligar para nós. - implorei e eles riram.

—Você está louco para ficar a sós com a Leah, não é? - Cece questionou maliciosa e corei sem graça o que lhe fez rir.

—Pode ir tranquilo, a sua filha vai ficar bem. - Sebastian assegurou e Cece concordou o que me deixou tranquilo.

—Então, você está louco para ficar a sós comigo? - Leah questionou assim que entrei no carro.

—Como é que você...- sussurrei confuso e ela sorriu.

—Audição de loba, querido. E além do mais, a Cece já tem o número do Carlisle.

Ás vezes esquecia que minha namorada era uma loba, dotada de força, velocidade e uma audição apurada.

—Ás vezes me esqueço desse detalhe. - disse ligando o carro e ela sorriu.

—Eu sei disso amor.

—E então, pronta para a sua comemoração de aniversário? - questionei enquanto dirigia.

—Sim, só não entendi porque a nossa filhote não veio. - Leah disse confusa e sorri suave.

Ainda não havia me acostumado a forma como ela chamava a nossa filha.

—Porque ela disse que precisávamos nos divertir sem ter a filha por perto.

—E você não teve nada a ver com isso?

—Dessa vez não precisei recorrer ao suborno, pode ficar tranquila. - segredei e sorrimos.

Assim que estávamos próximos do hotel, parei o carro e coloquei uma venda nos olhos de Leah antes de voltar a dirigir, pois queria que tudo fosse uma surpresa para ela, em seguida a ajudei a sair do carro e a conduzi até o hotel, no qual comemoraríamos o seu aniversário.

—Doutor Marshall, o que você andou aprontando? - Leah questionou curiosa assim que entramos no elevador e foi inevitável não beijá-la.

Ás vezes pensava que tudo o que estava vivendo com Leah era um sonho bom, do qual iria acordar e voltar para a minha realidade, mas assim que olhava em seus olhos e via o grande amor que sentia por mim, todas as dúvidas iam embora.  Leah correspondia ao meu amor de forma plena e sabia que seria assim pelo resto da nossa vida.

—Nada disso, não queira estragar a surpresa, amor. - sussurrei impedindo-a de tirar a venda que cobria seus olhos, assim que nos separamos para respirar.

—Mais eu quero ver você. - ela protestou e sorri amoroso.

—Eu sei, mas já estamos chegando na sua surpresa. - disse assim que o elevador abriu no último andar e ajudei Leah a sair.

Andamos pelos corredores até chegarmos a única porta do andar, tirei a chave magnética do bolso do meu paletó e a inseri na fechadura antes da porta ser aberta. Com cuidado peguei Leah no colo, e a surpresa do meu ato a fez sorri enquanto a levava para varanda que estava arrumada para o nosso jantar.

 -Pronta? - questionei assim que coloquei minha namorada no chão e fiquei atrás dela.

—Sim. -Leah disse e desamarrei a faixa que cobria seus olhos.


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