Recomeçar escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 33
Elliot


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos a mais um capitulo de Recomeçar, no qual seremos apresentados a um novo personagem.
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Beijos e até quarta.



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Havia sido um dia e tanto, comecei meu primeiro dia no hospital, fui cantado pela recepcionista mas acabei sendo salvo pela prima da minha namorada, a qual nem sabia que trabalhava no hospital e ainda tive a sorte de conhecer minha nova sogra, Sue.

Sue era uma mulher incrível, Leah havia herdado muita coisa da mãe, e conhecê-la me permitiu entender melhor a minha namorada e respeitar os segredos que a mesma escondia. Mas quando ela deu a entender que poderia conhecer alguma coisa sobre a minha família, acabei pressionando-a por respostas, o que resultou na nossa primeira briga. Apesar de querer saber o que tanto Leah escondia de mim, meu amor por ela falou mais forte que meu senso de auto preservação. Preferia ficar na ignorância do que não tê-la mais ao meu lado, só torcia para que no fundo não me machucasse por estar escolhendo o amor ao em vez da razão.

—Leah? - sussurrei sonolento assim que senti o outro lado da cama vazio, o que me deixou alarmado.

Me levantei da cama com o coração acelerado, com medo de que ela tivesse ido embora enquanto dormia, para não ter que se despedir de mim. Sai correndo do quarto chamando por ela sem obter resposta, então desci as escadas e vi a porta da frente aberta o que me deixou preocupado.

—Leah? - gritei na varanda assim que sai de casa, olhei para todos os lados e não havia nenhum sinal dela.

—Leah? - gritei mais alto enquanto saia da varanda e ia em direção as árvores que ficavam em frente à casa de Cece. -Leah?

Andei por alguns minutos entre as árvores chamando por Leah até que a encontrei caída perto de uma árvore. Sem parar para raciocinar corri até ela e a peguei nos braços, esquecendo qualquer conhecimento médico que me proibia de agir sem pensar.

—Não faz isso comigo Leah...- sussurrei entre lágrimas com medo de sentir a sua pulsação, afinal estava muito frio aqui fora e ela estava usando apenas uma camisola delicada de seda, só Deus sabia quantos minutos ela havia ficado fora o que poderia lhe causar uma hipotermia.

Com a mão tremula segurei seu pulso e respirei aliviado quando senti sua pulsação, mas fiquei preocupado por ela está fraca e sua pele está fria. Agindo por instinto, a peguei no colo e fui para casa, assim que entrei comecei a gritar por Cece.

—O que está havendo? - Cece questionou alarmada assim que me encontrou no correndo com Leah no colo. - O que houve com a Leah?

— Eu encontrei a do lado de fora, e ela está com começo de hipotermia, preciso aquecê-la o quanto antes. - disse colocando-a na cama assim que entrei em meu quarto.

—Mais o que a Leah foi fazer lá fora? - Cece questionou confusa enquanto me sentava na cama e esfregava os pés de Leah para aquecê-la gradativamente, pois poderia ser fatal se sua temperatura se elevasse rapidamente.

—Não tenho ideia Cece, mas preciso que traga mantas grossas para mim. - disse deixando os pés de Leah e indo para as suas mãos.

—Tudo bem. - minha amiga disse e saiu do quarto correndo para ir atrás das mantas.

Assim que as mãos de Leah estavam um pouco mais quentes, tirei a camisa que usava e me deitei ao seu lado, trazendo-a para mais perto do meu corpo, aquecendo-a. E como ela estava gelada meu Deus.

—Pai, a dinda me contou o que houve, a Leah está bem? - Ária questionou nervosa assim que entrou no meu quarto.

—Ela vai ficar amor, não se preocupe. - disse esfregando o braço de Leah tentando aquecê-la melhor. - Agora, porque você não vai dormir? Amanhã começa a sua escola.

—Não vou dormir enquanto a Leah não está bem. O que posso fazer para ajudar? - Ária questionou se sentando em minha cama e sorri amoroso para ela antes de lhe pedir que esfregasse os pés de Leah.

Não demorou muito até Cece chegar com os cobertores, os quais envolvemos Leah, logo seu corpo voltou a temperatura normal e ela abriu os olhos, o que me deixou mais relaxado.

—É tão bom ver seus olhos abertos meu amor, você me deu um susto. - sussurrei assim que ela abriu os olhos confusa olhando tudo ao seu redor.

—Me desculpe. - ela sussurrou ainda confusa.

—O que você fazia lá fora Leah? Ainda mais numa noite tão fria. - minha filha questionou e Leah pareceu pensar no que iria dizer.

—Eu não lembro.

—Você por acaso é sonâmbula? -Cece questionou preocupada.

—Não que eu saiba. - ela disse desconfortável com o assunto e foi ai que percebi que sua saída noturna estava ligada aos segredos que ela escondia, os quais decidi ignorar.

—Como assim você não lembra como foi parar lá fora? - Ária questionou desconfiada.

—Ária, filha já chega. A Leah está cansada e precisa descansar, na verdade todos nós precisamos descansar.

—O Elli tem razão, só que dessa vez tranca a porta do quarto, afinal a Leah pode se machucar se ela for sonâmbula. - Cece recomendou e concordei antes das duas saírem do quarto.

—Você não vai me perguntar como fui parar lá fora? - Leah questionou assim que me afastei dela para trancar a porta do meu quarto, apenas por precaução.

—Não. Eu escolhi ficar no escuro e vou continuar nele. Só me promete que vai tomar cuidado, por favor? - pedi indo me sentar na cama ao seu lado. - Você podia ter morrido se eu não tivesse me espantando, e olha que você é a única pessoa que conheço que parece ter a temperatura corporal maior do que a de todo mundo.

—Isso é impressão sua. - ela desconversou e suspirei, porque não iria brigar com ela por respostas isso só teria o efeito contrário.

—Tudo bem, vamos esquecer tudo isso e dormir, porque amanhã teremos um longo dia pela frente. - disse me deitado na cama e ela concordou.

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Quando acordei no dia seguinte, dei uma olhada em Leah que dormia profundamente e fiquei aliviado por confirmar que sua temperatura havia voltado ao normal, ao normal dela pelo menos, lhe dei um beijo na testa antes de descer para fazer o café da manhã, pois a minha filha iria para a escola.

—Como a Leah está? - Ária questionou assim que apareceu na sala de jantar enquanto terminava de pôr a mesa.

—Está melhor, a deixei dormindo quando desci para fazer o seu café.

—Pai, sei que você está completamente apaixonado por ela, mas toma cuidado tá, não quero que sofra. Você já sofreu demais pela mamãe, não quero que volte a sofrer. Só me prometa que vai terminar tudo se perceber que está sendo enganado. - minha filha pediu e suspirei antes de indicar que nos sentássemos a mesa.

—Carol não posso fazer isso.

—Há meu Deus, a Leah tá grávida? É por isso que você não pode terminar com ela?

—O que? Claro que não. A Leah não está grávida.

—Tem certeza pai? - ela questionou em dúvida e revirei os olhos.

—Ária, sou médico, com certeza saberia reconhecer se minha namorada estivesse grávida e além do mais nunca aconteceu nada entre nós. - disse e minha filha me olhou surpresa.

—Espera, vocês dois tem dormido todo esse tempo no mesmo quarto sem acontecer nada. É sério isso?

—É sério, agora chega de discutir a minha vida privada e vai tomar o seu café, antes que chegue atrasada. - disse sério e ela revirou os olhos antes de me obedecer, enquanto Ária tomava café subi para o meu quarto afim de tomar banho para poder leva-la para a escola.

—Onde você vai tão cedo? - Leah questionou sonolenta assim que acordou e me surpreendeu sentado na cama amarrando os cadarços dos sapatos.

—Vou levar a Ária na escola, e a senhorita vai ficar deitadinha aqui até eu voltar. - disse olhando em seus olhos e ela sorriu.

—É o meu médico particular falando ou meu namorado?

—Uma mistura dos dois.

—Eu estou bem Elliot, e preciso ir para o café, quero ver como anda a reforma por lá. - ela disse se levantando e a segurei o que lhe deixou confusa.

—Sei que está bem, mas tenta descansar um pouco mais, você passou a noite toda rolando na cama, nem sei se conseguiu dormir direito. Faça isso por mim, vai me deixar mais tranquilo. - implorei olhando em seus olhos e ela concordou voltando a se deitar na cama.

—Tudo bem, só não demora muito. - ela pediu e concordei antes de lhe dá um beijo e descer para tomar café.

Assim que terminei de tomar café em companhia da minha filha e de Cece, que tinha que estar cedo no escritório, sai de casa para deixar Ária na escola antes de passar no supermercado, afinal minha amiga havia convidado o padrinho da minha filha para jantar em nossa casa e precisava de alguns ingredientes para o jantar.

Quando cheguei em casa, coloquei as compras em cima da ilha que havia na cozinha e subi para ver como Leah estava, e fiquei feliz por vê-la dormindo. Com cuidado para não acordá-la lhe dei um beijo carinhoso na testa antes de descer para arrumar a cozinha e fazer o almoço, já que hoje era o meu dia de folga do hospital.

—Olha só, quem diria que teria a honra de presenciar meu namorado cozinhando. Até que você leva jeito com as panelas. - Leah disse aparecendo na cozinha enquanto cortava uma cebola.

—Eu disse que aprendi a cozinhar com a irmã Benedita. Você quer comer alguma coisa em especial? Posso preparar se você quiser.

—Não precisa querido, tenho que passar no café e aproveito como alguma coisa por lá antes de ir para casa. - ela disse e a olhei surpreso por saber que ela voltaria para a sua casa.

—Você vai voltar para casa? - questionei lavando as minhas mãos e enxugando-as em seguida.

—Você quer que eu volte para casa? - ela questionou olhando em meus olhos.

—Pode ser egoísmo, mas quero que fique aqui comigo. - disse suave enquanto olhava em seus olhos e ela concordou.

—Não é egoísmo Elliot, eu também me sinto da mesma forma. Prometo que não vou demorar na minha casa e volto antes do jantar.

—Acho bom mesmo, ou juro que vou atrás de você mesmo sem saber onde fica La push.

—Eu queria muito ver isso.

—Então experimenta demorar. - brinquei antes de puxá-la pela cintura para lhe dar um beijo, do qual só nos separamos quando o ar se tornou necessário.

—Depois desse beijo, juro que não vou demorar. - ela segredou com sua testa encostada a minha e lhe dei um último beijo antes de nos separarmos.

—Eu te amo e volte correndo pra mim. - pedi olhando em seus olhos e Leah sorriu com carinho para mim.

—Sempre amor. - ela disse e me deu um último beijo antes de sair.

Assim que terminei o almoço fui buscar Ária na escola, que passou a viagem de volta me contando animada sobre todas as novidades da escola o que me fez sorrir ao lembrar do seu primeiro dia de aula, pois ela tinha a mesma empolgação de hoje.

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—Mesmo morando na Inglaterra o Sebastian não aprendeu a chegar no horário. - Cece disse nervosa assim que olhou para o relógio da cozinha.

—Cece pelo amor de Deus, ainda nem são sete e meia. - disse colocando a sobremesa que Leah havia trago na geladeira enquanto ela subia para tomar banho.

—Sei disso Elli, mas os britânicos são pontuais. - ela apontou séria e revirei os olhos.

—Os britânico são pontuais Cecilia e não adiantados. - ouvi Sebastian dizer da sala e minha amiga ficou sem ar por um momento.

—Cece? - questionei preocupado enquanto me aproximava dela.

—Eu estou bem, só preciso de um minuto.

—Tem certeza?

—Tenho, pode ir ido na frente. - ela disse e neguei enquanto segurava as suas mãos que estavam geladas.

—Nada disso, não vou deixar você. Tenta respirar fundo, só vamos para a sala quando estiver mais calma. - disse olhando nos olhos de Cece e ela concordou enquanto respirava fundo várias vezes.

Assim que minha amiga havia se acalmado voltamos para a sala onde minha filha conversava com seu padrinho, ambos sentados no sofá.

—Porque você não me ligou baixinha? - Sebastian questionou confuso enquanto olhava para a afilhada.

—Dindo, você estava em Londres e seria meio dificiel me tirar da cadeia de lá. E além do mais a sua especialidade é outra. - Ária disse e Sebastian concordou.

—Mas isso não iria me impedir de tirar minha afilhada da cadeia.

—Resolvi isso sem a sua ajuda Navarro, e eu nem estava em Nova York.- Cece disse séria e suspirei prevendo que a noite seria repleta de implicâncias um com outro.

Porque eles simplesmente não poderiam sentar e conversarem como duas pessoas normais, ao em vez de ficarem se alfinetando?

—Arrogante como sempre Cecilia.- Sebastian disse olhando para Cece de cima a baixo.

—Meu nome é Cece.

—Seu nome não é Cece. - ele apontou e revirei os olhos enquanto Leah descia as escadas e vinha ao meu encontro.

—O que perdi? - ela sussurrou para mim e suspirei.

—Nada demais. Apenas as implicâncias de sempre. - disse enquanto os padrinhos da minha filha implicavam um com o outro. - Você está linda.

— Obrigada amor, e a implicância dos dois é sinal de que eles se amam muito. Por exemplo, quando podemos conversar a sós acabamos brigado. - ela disse sorrindo para mim e sorri com carinho para ela.

—E eu ganhei a discussão.

—Eu deixei você ganhar Elliot. - Leah segredou e sorri antes de colocar uma mecha do seu cabelo atrás de sua orelha.

—Desculpe interromper a bolha de romance de vocês, mas já que meu amigo não vai me apresentar, eu me apresento. - Sebastian disse se aproximando de nós antes de estender sua mão para Leah. - Sou Sebastian Navarro, o padrinho da Ária e o melhor amigo do Elliot.

—Segundo melhor amigo. - Cece disse e foi impossivel não rir da implicância dos dois.

—É um prazer conhecê-lo Sebastian. - Leah disse apertando a mão do meu amigo e ele sorriu.

Um sorriso que eu conhecia muito bem, assim como as intenções por trás dele.

—Acho melhor jantarmos, porque estou morrendo de fome. -Ária disse e todos concordaram, mas antes que Sebastian pudesse ir para a sala de jantar eu o olhei de forma séria.

—Que tal vocês irem na frente? Tenho que perguntar algo para o Elliot. - Sebastian disse e elas concordaram antes de segurem para a sala de jantar.

—Sebastian, você não devia fazer isso. - disse sério e ele sorriu para mim.

—Elliot, eu flertei com a Leah e ela nem prestou a atenção em mim. Ela simplesmente não tirava os olhos de você. Ao contrário da Clara, que só faltou me agarrar no quarto da Ária no dia do batizado da própria filha. A Leah te ama de verdade, e estou feliz por você ter encontrado alguém que te ame. - Sebastian disse feliz por mim.

No dia do batizado de Ária, o que aconteceu quando ela tinha quase três meses, decidi fazer uma comemoração intima, apenas para alguns amigos e as irmãs do orfanato em que cresci. Como estava ocupado demais dando atenção para as pessoas, Sebastian se ofereceu para levar a minha bebê para cima, já que ela estava dormindo a muito tempo no carrinho e concordei. Quando desceu do quarto da minha filha, meu amigo estava pálido e tremulo o que me deixou preocupado, e ele me arrastou para um canto para dizer que minha esposa havia ido até o quarto de Ária e dado em cima dele. Clara só não o beijou, porque Sebastian saiu correndo do quarto.

—Eu também Sebastian, e sei o quanto a Leah me ama. Agora pare de flertar com a minha mulher se não eu te dou um soco. - disse severo e ele sorriu concordando antes de irmos para a sala.

—E então Leah, o que você faz? - Sebastian questionou curioso assim que nos sentamos a mesa e começamos a nos servir.

—Eu era gerente da cafeteria da Elba, a mãe da Cece. E agora, acho que sou a dona, já que ela me deixou a cafeteria. - Leah disse e Sebastian sorriu triste por ouvir o nome de Elba.

—Elba era uma pessoa maravilhosa. Se ela lhe deixou o café, era porque gostava muito de você. -Eu também gostava muito dela.

—Eu também, só não pode vir para o enterro porque meu chefe passou muito mal, e tive que ficar em Londres, porque sou o único que pode ler o testamento dele.- Sebastian disse antes de tomar um pouco do seu vinho. - Agora, só toma cuidado com o Elliot, se deixá-lo sozinho no café ele vai te dar prejuízo. Ele é praticamente um viciado em café.

—Eu não sou um viciado em café, Sebastian.

—Você é sim. - todos disseram e revirei os olhos.

—Mas e o seu chefe está bem? - questionei mudando de assunto e Sebastian sorriu.

—James Thompson é duro na queda, não será um pico de pressão que vai derrubá-lo.- meu amigo disse e Leah olhou para Sebastian assustada.

—Quem? -Leah questionou em choque por ouvir aquele nome.

—James Thompson, ele é o dono dos laboratórios Thompson, ou melhor o filho dele era. Adrian morreu em um acidente de carro, assim como sua esposa que estava gravida de cinco meses.

—Coitado do seu chefe. - Cece disse triste e Ária concordou.

—Adrian...- sussurrei tentando me lembrar de onde havia ouvido aquele nome antes, porque ele não me era estranho.

Passei a noite toda revirando os meus pensamentos enquanto tentava me lembrar onde havia ouvido aquele nome, nem prestei atenção as implicâncias de Cece e Sebastian. Assim que o jantar terminou, Sebastian se ofereceu para lavar as louças e Cece se prontificou em ajuda-lo, já Ária, subiu para o seu quarto pois tinha que terminar seus deveres, e eu fui para a varanda me sentar no balanço que havia ali.

—Fui dar uma espiada nos dois e parece que eles estão finalmente conversando. - Leah disse vindo se sentar ao meu lado no balanço.

—Que bom, espero que eles se entendam. - disse sem desviar os olhos da medalhinha de São Lucas que estava em minhas mãos.

—Que foi amor, porque está tão aéreo? - ela questionou preocupada comigo.

—Só estou pensando...Ás vezes tento entender porque meus pais me deixaram, porque sou pai e não seria capaz de deixar a minha filha por nada no mundo.

—Pensei que eles havia morrido em um acidente, pelo menos foi o que você me disse.

—Foi o que fiquei sabendo. Mas será que eu não era o bastante para que lutassem pela vida? - questionei sem desviar os olhos da medalhinha.

—Claro que era Elliot. Tenho certeza que seus pais te amavam, mas há coisas na vida que não temos como escapar, a não ser que Deus queira. Nunca pense que seus pais não o queria, que não lutaram para ficar com você, porque tenho certeza que eles fizeram isso. - Leah disse suave e deitei minha cabeça em seu ombro antes dela me envolver em seus braços beijando meu cabelo com carinho.

—Você nunca me contou a história dessa medalhinha. - ela revelou e sorri surpreso por minha falha.

—A madre Angélica disse que essa medalhinha estava presa na minha roupa quando fui entregue ao orfanato. Ela é a única coisa que sobrou da minha família, já que essa medalha pertencia ao meu pai.

—Então seu pai é o mistério “A.T”, que era devoto de São Lucas.

—Pois é. Tudo que eu queria era saber de onde venho. Se tenho irmãos, avós, tios, primos...Saber como meus pais eram e se eles ficaram felizes por saber que estavam me esperando. Só queria saber quem era o “A.T”, mas acho que isso será um desejo que nunca poderei realizar. - suspirei cansado e coloquei a medalhinha de volta no meu pescoço.

—Nunca perca as esperanças Elliot, a vida sempre pode nos surpreender.

—É o que desejo. -sussurrei suave enquanto fechava os olhos para desfrutar melhor do carinho que minha namorada começava a fazer em meu cabelo.


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Notas finais do capítulo

E se preparem porque quarta será o grande dia....