Recomeçar escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 34
Leah


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos a mais um capitulo de Recomeçar, espero que gostem .
Beijos e boa leitura.



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Não conseguia acreditar que havia passado um mês que Elliot e eu havíamos começado a namorar, apesar de esconder tantos segredos dele, nosso relacionamento estava mais forte do que nunca, mas sabia que meu castelo de felicidade havia sido construído em cima de muitos segredos, e que apenas um passo em falso poderia colocar tudo a perder.

Depois de muita insistência por parte da minha mãe em conhecer seu genro, recorrendo até a ameaças, tive que aceitar que ela fizesse um grande almoço em nossa casa em La Push para que todos se conhecessem.

Odiava admitir, mas não queria ter que dividi-lo com tantas pessoas, mas a minha mãe estava tão eufórica em passar alguns minutos a mais com Elliot, além dos encontros rápidos pelos corredores do hospital, dos quais ela sempre fazia questão de me ligar quando isso acontecia, para ressaltar o quanto meu namorado era um bom médico, e uma pessoa maravilhosa.

Até Ayla estava encantada pela pessoa incrível e o médico dedicado que Elliot era, ela vivia dizendo que ele era uma pessoa de outro mundo, porque muitas vezes quando já estava prestes a passar o plantão, Elliot sempre voltava quando alguem o chamava. Ela havia me confidenciado que o nome dele era o primeiro da lista para substituir Carlisle como o diretor geral do hospital, pois o mesmo já havia comunicado ao hospital que iria se mudar de Forks.

Acho que Carlisle ainda não havia feito isso por causa do perigo que seu sobrinho neto corria assim como o segredo que escondia do mesmo.

—Finalmente a famosa La Push. - Elliot disse assim que estacionou na porta da minha casa e fiquei receosa pela sua reação, afinal ele tinha vindo de Nova York, onde todos tinham outro tipo de vida. Um totalmente diferente de La Push.

—Espero que não esteja decepcionado. - disse nervosa enquanto tirávamos o cinto de segurança.

—Claro que não amor. Pelo que vi enquanto dirigia por aqui, esse lugar é lindo. Você teve sorte de crescer aqui. - ele disse com sinceridade olhando em meus olhos.

—Eu também gostei daqui. Será que poderíamos ir à praia? Vi uma no caminho daqui.- Ária disse empolgada enquanto se apoiava nos bancos da frente.

—Acho que você não ia gostar da água, ela é gelada.- disse e ela estremeceu de leve nos fazendo rir.

—Essa eu passo.

—Talvez quando fizer sol por aqui. - Elliot sugeriu esperançoso e sorrimos.

—Fazer sol aqui é mais raro do que ganhar na loteria, amor. -lembrei e sorrimos, mas parei de sorrir quando minha mãe apareceu na varanda da minha casa, e soube que ela não aguentou esperar que entrássemos.

—Vamos lá, antes que minha mãe nos arranque do carro. - segredei e eles sorriram antes de sairmos do carro de Elliot.

Enquanto andávamos pelo curto trajeto do carro até a minha casa, Elliot segurou a minha mão como se precisasse de apoio e sorri ao perceber que ele estava nervoso em conhecer a minha família. Ele queria ser aprovado por eles, como se isso já não tivesse ocorrido, sem mesmo eles o terem conhecido pessoalmente.

—Finalmente irei conhecer oficialmente o seu namorado dona Leah. - minha mãe disse sorrindo ao lado de Charlie assim que subimos os poucos degraus da varanda.

—Mãe. - a reprendi e ela me ignorou enquanto olhava para Elliot.

—Elliot, está é a minha mãe dona Sue - disse apresentando-os.

—É um prazer finalmente conhecê-lo doutor Marshall fora dos corredores do hospital. - minha mãe disse simpática estendendo a mão para Elliot que sorriu e apertou a sua mão.

—É um prazer conhecê-la senhora Swan. - Elliot disse e minha mãe revirou os olhos.

—Nada de senhora estamos em família, pode me chamar de Sue.- ela pediu e Elliot riu.

—Só se parar de me chamar de doutor Marshall e me chamar de Elliot. - ele pediu e mamãe sorriu concordando.

—E este é meu padrasto Charlie. - disse apresentando-os.

—É um prazer conhecê-lo Charlie. - Elliot disse e os dois apertaram as mãos.

—Você tem um aperto de mão forte rapaz, me parece ser um homem de respeito. E conheço o caráter de um homem só de olhar. - Charlie disse estudando Elliot com os olhos sem soltar a sua mão. -E só pra constar, sei atirar muito bem e não tenho medo de usar uma arma, mesmo que a Leah saiba se defender bem até demais.

—Charlie. - disse seria.

O que ele pensava que estava fazendo ao ameaçar meu imprinting daquele jeito?

—Está tudo bem, eu entendo. Falaria a mesma coisa se um cara que nem conheço aparecesse na minha porta dizendo que era o namorado da minha filha. - Elliot disse olhando nos olhos de Charlie por algum tempo e depois os dois começaram a rir deixando todos confusos.

—Eu gostei de você, Elliot. Tem um ótimo senso de humor, ganhou do Edward quando o conheci. E olha que eu estava armado. - Charlie disse e os dois riram.

—Quem é Edward? - Elliot questionou confuso enquanto mamãe finalmente nos convidava para entrar.

—É marido da minha filha, é um ótimo rapaz. - Charlie explicou e sorriu surpreso para Elliot. - Não sabia que você tinha uma filha, por acaso é essa moça atrás de você?

—Sim. Sue, Charlie, essa é a minha filha Ária. - Elliot disse apresentando sua filha.

—É um prazer conhece-los. - Ária disse sorrindo e minha mãe sorriu encantada para ela.

—O prazer é meu Ária. - mamãe disse sorrindo enquanto olhava para Ária e depois para Elliot. - Ela é a sua cara Elliot, é uma menina linda. Ela é filha única?

—Sim, mas sempre achei que Ária se parece mais com a falecida mãe do que comigo.

—Vivo dizendo isso para o papai, mas ele não acredita. Eu sou a versão feminina dele.- Ária brincou e rimos.

—Pelo menos ela tem o seu senso de humor Elliot. - Charlie destacou e rimos.

—Até demais. - Elliot segredou e Ária olhou feio para o pai.

—Charlie, querido, porque você não leva o Elliot e a Ária para dentro? Preciso que a Leah me ajude a pegar alguns legumes na horta para a salada. Não vamos demorar. - minha mãe disse e Charlie concordou antes de me aproximar de Elliot, que estava muito mais bonito do que o habitual com uma camisa social azul escuro.

—Você vai conseguir sobrevir alguns minutos com Charlie sem levar um tiro? - brinquei e ele sorriu suave antes de colocar uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.

—Vou, só não sei por quanto tempo, então não demore. -Elliot pediu e concordei antes dele beijar a minha testa e seguir Charlie para dentro de casa junto com sua filha.

Assim que todos haviam entrando, mamãe me puxou para um canto isolado o que me deixou confusa, afinal não íamos pegar os legumes.

—Então não tem legume algum. - disse entendendo a desculpa dela.

— Claro que não, só me desculpe pelo Charlie, disse para ele não dizer esse tipo de coisas. Mas ele disse que estava fazendo um favor ao Harry, protegendo a garotinha dele.- mamãe disse olhando em meus olhos e foi impossivel ficar com raiva de Charlie.

—Tudo bem mamãe, não fiquei chateada. - disse sincera e ela sorriu suave como se fosse me contar um segredo.

—Elliot é realmente lindo, nunca me canso de admitir isso. Tão educado e gentil. E a forma que ele te olha, com tanto amor e carinho, capaz de tudo para te proteger. - mamãe disse emocionada e sorri confusa para ela.

—Mãe, porque você está chorando? - sussurrei confusa enquanto a abraçava com carinho.

—Porque ele é tudo que sempre desejei para você, talvez até mais. Como posso não chorar de felicidade por ver que finalmente a minha garotinha está sendo amada de verdade, e da forma mais sincera e magica de todas. - ela disse entre lágrimas e a abracei mais forte.

—Obrigada mãe, por sempre estar ao meu lado. - agradeci segurando as suas mãos assim que nos separamos.

—Não precisa agradecer, mães são para isso. - ela disse sorrindo antes de enxugar as suas lágrimas. - Agora vamos entrar antes que Charlie ou Seth coloque seu namorado para correr daqui.

—Você tem razão mãe. - disse nervosa e ela sorriu antes de entramos.

Assim que entrei em casa com mamãe, vi que todos estavam envolvidos em uma conversa animada sobre como era a vida de Elliot e sua filha em Nova York.

—Realmente, nem Ayla e nem você fizeram justiça ao Elliot. - Emily sussurrou assim que se aproximou de mim que estava encostada perto de uma parede olhando Elliot se divertir com Charlie, meu irmão, Jacob e Sam. -Ele é realmente bonito, e carismático.

—Deixa o Sam te ouvir falando de outro homem assim, Emy. - Ayla provocou se encostado ao meu lado na parede.

—Eu disse que ele é bonito e não lindo. Lindo só existe o Sam. - ela disse apaixonada e Ayla e eu gememos em desagrado o que fez minha prima rir.

—Garotas, preciso de ajuda na cozinha. -mamãe disse acenado para nós e concordamos antes de ir ajudá-la a terminar o almoço e depois a pôr a mesa.

—E então Elliot, o que está achando de Forks? - Sam questionou curioso assim que sentamos para almoçar e começamos a nos servir.

—É a cidade mais chuvosa e fria que conheci na vida. - Elliot segredou e todos riram. - Tirando isso, ela é maravilhosa. Todos se conhecem, é como se fosse uma grande família, totalmente diferente de Nova York. Agora entendo porque Cece sempre voltava para cá além da mãe dela.

—E pretende ficar por quanto tempo Elliot? - Jacob questionou enquanto colocava um generoso pedaço de carne em seu prato.

E olhei feio para os dois, afinal qual era a do interrogatório?

—Por um ano, talvez mais, ainda não tenho certeza. Tudo que sei é que vou ficar por um ano aqui. - ele disse sincero e Jacob o olhou antes de olhar para mim com uma pergunta velada no olhar, e eu sabia qual era.

Ele estava me censurando por ainda não ter contado nada a Elliot sobre o imprinting, ou sobre a sua ex-mulher que agora era uma filha da lua, a qual estava atrás dele, louca para transformá-lo em seu parceiro. Como se eu fosse deixar isso acontecer, e só de pensar em Clara a raiva me dominou.

—Leah, pode me passar as ervilhas. - Ayla disse me tirando dos meus pensamentos e olhei para ela confusa.

—Acho melhor você relaxar, antes que quebre o talher da sua mãe e chame a atenção do seu namorado para a sua força exagerada. - minha prima sussurrou ao meu lado e percebi que o estava segurando forte demais. -Você está bem?

—Estou. - disse tentando me acalmar.

—E então, como se conheceram? - Emily questionou curiosa para Elliot que tomou um gole do seu vinho antes de falar.

—Foi no velório da mãe da Cece. - Elliot disse e todos nos olharam confusos.

—Nunca pensei que se poderia arranjar um namorado em um velório, acho que vou começar a frequentar mais velórios. - Ayla disse e foi impossivel não rir.

— Cece nos apresentou e a Leah simplesmente desmaiou e fiquei totalmente confuso, afinal isso nunca havia acontecido comigo. - Elliot disse enquanto contava para todos sobre o nosso primeiro encontro.

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—A sua família é maravilhosa sabia? Tem sorte em tê-los. - Elliot disse assim que nos sentamos no balanço que havia na varanda depois do almoço.

—Eu sei. Você realmente gostou de conhecê-los?

— Eu amei conhecê-los, obrigado por me trazer aqui.

— De nada. Eles amaram você, acho até que minha mãe e Charlie estão pensando seriamente em te incluir no cartão de natal da família desse ano.

E Elliot sorriu da minha piada, um sorriso lindo e sincero.

— E me desculpe pelo Charlie. - disse sem graça e Elliot sorriu carinhoso para mim.

—Não se desculpe pelo Charlie, meu bem, ele só estava cuidando de você. Se estivesse no lugar dele, atiraria antes de ameaçar.

—Elli, você tem que aceitar que a Ária algum dia vai levar um namorado para casa, para você conhecer. Ela já é uma moça. Uma moça tão linda quanto o pai dela. - disse e ele sorriu sem graça por meu comentário.

—Eu sei querida, mas ainda não estou pronto pra dividir a minha filha com outro cara.

—Mais um dia você precisa estar.

—Será que podemos esquecer esse assunto? Por enquanto a Carol ainda é a minha garotinha.

—É você é o pai ciumento dela.

— Sou ciumento mesmo. - ele afirmou e foi impossivel não beijá-lo naquele momento.

E como aquele beijo estava sendo especial, era como se dividir uma parte dos meus segredos com Elliot fortalecesse ainda mais os laços do imprinting que nos unia, o que me deu a certeza de que havia chegado a hora de contar tudo a ele.

— Quer saber um segredo? -questionei acariciando seu nariz com o meu após interrompermos nosso beijo para respirarmos.

—Quero.

—Eu amo você. - sussurrei apaixonada e Elliot sorriu antes de me beijar com carinho.

—Então nos dois compartilhamos do mesmo segredo, porque eu amo você também. - ele admitiu antes de nos beijarmos novamente.

—Você é maravilhosa sabia? - ele questionou acariciando meu rosto de leve. - E a cada dia eu te amo mais, quando não estou com você é como se não existisse. E isso é assustador, porque estamos juntos a tão pouco tempo e eu te amo como se te conhecesse a anos. É tão forte e verdadeiro, e tenho medo que isso termine.

— Não precisa ficar assustado Elliot, o que temos é algo verdadeiro e duradouro. Jamais vou deixar você, meus sentimentos nunca irão mudar. -disse e segurei seu rosto em minhas mãos para que ele pudesse olhar a verdade em meus olhos. - Eu sempre vou te amar, te proteger, te alegrar e te acolher até o meu último suspiro de vida.

—Promete? - Elliot questionou com medo e pude perceber nos seus olhos que ele estava apavorado só de pensar que algum dia fosse abandoná-lo.

E foi quando tomei a decisão mais dificiel da minha vida, aquela que poderia fazer o meu castelo de felicidade ruir de uma só vez.

— Precisamos ter uma longa e dificiel conversa meu bem. - disse soltando seu rosto de minhas mãos e me levantando antes de oferecer a mão a Elliot que a aceitou confuso pela mudança de assunto.


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