Recomeçar escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 30
Leah


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos a mais um capitulo de Recomeçar, que hoje promete varias emoções.
Beijos e boa leitura.



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Saber sobre o passado de Elliot só me fez admirar ainda mais o homem maravilhoso que ele era. Tão altruísta, sensível e humano, qualidades que as pessoas não possuíam hoje em dia, eu era tão afortunada de ter tido a sorte de ter meu imprinting por esse ser humano incrível, que me inspirava em ser alguem melhor a cada dia, não só por mim, mas por ele também que já havia se anulado tanto durante anos em um casamento falido.

Depois que saímos do parque, Elliot resolveu me levar ao cinema e concordei, afinal fazia anos que não ia a um cinema, só discutimos na decisão do filme, porque ele queria ver uma comedia romântica e eu o novo filme de super heróis que havia estreado.

—Só admita que você quer vê-lo tanto quanto eu. - disse olhando em seus olhos castanhos e ele revirou os olhos antes de pedir dois ingressos para o filme de super heróis.

—Quem diria que minha namorada gosta de filmes de super heróis. - ele disse abismado enquanto íamos para o balcão comprar o maior balde de pipoca disponível, refrigerante e doces. O que mais me deixou surpresa em todo o passeio, foi Elliot aceitar sem reclamar em dividir a conta comigo, tanto do jantar quanto do cinema. Afinal, muitos caras ficavam ofendidos com isso.

—Você me espera lá dentro enquanto vou ao banheiro? -perguntei a Elliot assim que nos aproximamos da sala de cinema.

—Claro, estamos sentados no corredor “j”, poltronas 3 e 4. - ele disse e concordei antes de nos despedirmos com um beijo.

—Que loba mais dificiel de encontrar é você. - ouvi Gael dizer entrando no banheiro e fechando a porta em seguida, enquanto lavava as mãos após ter usado o banheiro.

—O que você faz no banheiro feminino, Gael? - questionei seria enquanto o repreendia com o olhar.

—Estava te procurando, afinal você resolveu ficar de plantão na casa do doutorzinho e tive que esperar por dias até podermos conversarmos a sós. Por acaso você se casou com o doutorzinho e esqueceu de me mandar o convite, ou pior, esqueceu de convidar a pessoa que quer matar seu macho? - ele questionou furioso assim que se aproximou de mim.

—E se eu tiver me casado com o Elliot? O que você tem a ver com isso?

—Você tem sangue de rainha correndo em suas veias Leah, posso sentir o cheiro dele a quilômetros. E isso te faz merecer um macho muito melhor do que um humano frágil e que ainda possui um alvo nas costas. Você merecia ficar com alguém como você, ou melhor comigo. - ele disse severo enquanto me encurralava perto da pia e sua atitude me deixou furiosa.

—Quem você pensa que é para dizer quem deve ou não estar comigo? - questionei furiosa e o empurrei para longe de mim o que lhe deixou confuso.

—Já tenho um macho, que foi designado a mim pelo imprinting e isso ninguém pode mudar. Elliot e eu estamos juntos não por causa da magia que nos uni, estamos juntos porque escolhemos estar. E não será você ou o seu inimigo que irá nos afastar. Porque amo meu macho e serei capaz de tudo para defendê-lo, nem que tenha que matar alguém ou morrer no meio do processo. - disse furiosa enquanto meu corpo inteiro tremia. -E se você acha que pode ter algo comigo, é melhor mudar de ideia. Porque o único homem que quero se chama Elliot Marshall, e ele está na sala desse cinema sentado no corredor “j” me esperando, e você definitivamente não é ele.

—Posso não ser ele, mas sou muito melhor para você do que ele. - Gael disse e revirei os olhos.

—Ser um filho da lua não te faz melhor do que um humano, são as ações que você faz com seus poderes que te tornam melhor. E agora, você não passa de um idiota que está forçando a sua presença para uma mulher que não o quer. Agora, se me dá licença, meu macho está me esperando. - disse severa antes de caminhar em direção a porta e ele me impediu, segurando meu braço o que fez meu corpo tremer ainda mais.

—Fica calma lobinha, não vou te agarrar. Você deixou bem claro o seu ponto de vista e por mais que não aceite, vou respeitar.

—Então me solte. - disse e ele o fez.

—Só quero saber se você conseguiu falar com o anciões da sua tribo?

—Finalmente, você está se preocupando com algo que é da sua conta. - disse sarcástica e ele revirou os olhos. - Sim, consegui falar com todos. A reunião está marcada para esse sábado pela manhã. Não tive tempo de procura-lo para lhe avisar antes, porque Elliot quase morreu, foi por isso que passei a semana na casa dele.

—O que o doutorzinho tinha?

—Ele teve uma crise alérgica muito forte que quase o matou.

—Por acaso ele não sabia que era alérgico?

—Sabia, desde criança Elliot sabe que é muito alérgico a canela, ele a evita a todo custo, porque quando sempre que entra em contato com essa especiaria ele evolui para uma anafilaxia.

—Mais é claro. - ele disse e sorriu como se tivesse descoberto o mapa do tesouro.

—O que está claro?

—Como ele entrou em contato com canela se a evita? - Gael questionou curioso e expliquei de forma resumida o que tinha acontecido, até da confusão de Elliot em não saber como aquele biscoito de canela havia parado em sua casa.

—E então? - questionei querendo saber o motivo do seu sorriso.

—Lobinha, até o doutorzinho percebeu que tinha alguma coisa errada em ter algo com canela na casa dele.

—Espera, então foi ele? Quem está atrás do Elliot tentou mata-lo semana passada? -questionei surpresa por meu inimigo desconhecido ter chegado tão perto do meu imprinting sem que eu percebesse.

—Não duvido disso lobinha. - ele disse sério enquanto me olhava. -Tome cuidado, porque se foi realmente quem penso que foi, ele não está para brincadeira. Se teve coragem de machucar o prêmio, o que não fará com você?

—Meu Deus, Elliot está sozinho na sala. - disse desesperada e corri em direção a porta do banheiro destrancando-a, em seguida antes de correr para a sala de cinema.

Enquanto corria para o meu destino, tentava me concentrar nas batidas do seu coração ou no seu cheiro, mas estava nervosa demais para distingui-lo dos demais, o que me deixou em pânico. Assim que entrei na sala segui a ordem das poltronas com os olhos procurando pelo corredor “j” e pelas poltronas 3 e 4.

—Você demorou Lê, já estava indo atrás de você. - Elliot disse preocupado assim que parei perto da cadeira em que ele estava e praticamente me joguei em seu colo, conferindo com minhas mãos cada parte dele, em busca de qualquer machucado.

—Graças a Deus, você está bem. - disse aliviada enquanto segurava seu rosto em minhas mãos e Elliot me olhou confuso.

—Porque não estaria bem, amor?

—Por nada, só estava com saudade. - desconversei antes de beijá-lo de forma desesperada e apaixonada.

Enquanto beijava Elliot tentava a todo custo demonstrar o quanto o amava e o quanto o queria para o resto da minha vida, e que nada iria nos separar. Foi necessário que ele interrompesse o beijo para respirarmos, pois havia me esquecido completamente disso.

—Você é a única que conseguir fazer isso...- ele sussurrou sem folego e de olhos fechados enquanto seu coração batia acelerado e sua respiração estava entrecortada.

—Isso o que? - questionei igualmente arfante e com o coração acelerado.

—Me tirar do chão com um beijo, e eu amo isso. - ele sussurrou abrindo os olhos para me ver e sorri para ele.

—Você também é o único que consegue fazer isso comigo. - confidenciei e lhe dei um último beijo antes de me sentar ao seu lado, afinal as luzes haviam se apagado anunciando que o filme iria começar.

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—Eu vou sentir falta disso. - Elliot confessou com saudade enquanto me abraçava por trás após ter se deitado na cama.

—Disso o que? - questionei me fazendo de desentendida enquanto virava para vê-lo.

—De tê-la sempre por perto, da sua companhia para fazer as refeições ou simplesmente para conversar sobre banalidades, e definitivamente de dormir e acordar abraçando com você. Não estou pronto pra te deixar voltar para casa. - ele segredou envergonhando por seu egoísmo e acariciei seu rosto de leve.

—Eu sei, também não estou pronta para te deixar. Nem nunca vou estar.

—E como vamos resolver esse impasse? - ele questionou confuso.

—Não tenho ideia, vamos deixar isso com o tempo. O que acha?

—Acho bom, com tanto que possa dormir agarrado com você, pra mim está ótimo. - ele disse e foi impossivel não rir. -Eu te amo, e fico feliz em te ver sorrindo mais. Você tem um sorriso tão lindo Lê.

—A culpa é sua por me transforma em uma boba alegre. - brinquei e sorrimos. - Agora, você precisa dormir, afinal tem que acordar cedo amanhã para ir ao hospital.

—Você tem razão. - Elliot disse e me deu um beijo carinhoso antes de me desejar boa noite e pegarmos no sono.

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Sabia que hoje era o primeiro dia de trabalho de Elliot, ele ficaria fora o dia todo, e com a sua segurança ameaçada fiz questão de vigiar o perímetro do hospital, me certificando de que ele estaria bem, mesmo que Carlisle tivesse me garantido que meu imprinting estaria seguro, pois Bella e Jasper iriam vigia-lo enquanto estivéssemos na reunião.

Sorri assim que o vi pela janela da cantina do hospital, Elliot estava sentado em uma das mesas que haviam ali comendo uma maça distraidamente, enquanto lia seu exemplar surrado de vinte mil léguas submarinas, ele deveria estar no horário de descanso. Já que seu período de plantão era durante o dia enquanto Carlisle ficava a noite.

Foi inevitável não pegar o telefone e ligar para ele, precisava tanto ouvir a sua voz para me certificar que tudo estava bem.

—Oi meu bem, já ia mesmo te ligar. - Elliot disse assim que atendeu o telefone e sorri, pois era mesmo verdade, porque enquanto pegava o telefone no bolso do meu casaco ele já estava com o seu na mão. - Será que estamos desenvolvendo uma conexão mental?

E foi impossivel não rir da sua piada. Amava quando ele me fazia rir, mesmo quando não queria.

—Talvez sim, quem sabe. - brinquei e sorrimos. - Mas e então, como está sendo seu primeiro dia?

—Está sendo tranquilo. - ele disse e pude perceber na sua voz que ele estava entediado.

—Você realmente gosta da loucura da emergência.

—Você não sabe o quanto. - ele brincou e rimos. - Eu conheci a sua mãe e a sua prima Ayla, apesar de você nunca ter me apresentado a elas.

—Ainda não estou pronta para dividi-lo com a minha família. - admite sincera e Elliot suspirou.

Apresentar Elliot a minha família implicaria em lhe contar sobre tudo, do fato de eu ser uma loba até o imprinting, e não sabia como ele iria reagir a isso. O amava demais para perde-lo tão cedo, tinha certeza que não suportaria isso.

—Por acaso você tem dúvidas sobre nós? É por isso que não está pronta? - ele questionou e fiquei calada, afinal não queria mais mentir para ele. - Apenas... Não fique Leah. Eu te amo, e a cada dia esse amor cresce mais, e não tenho nenhuma dúvida sobre o meu amor por você. Mas vou respeitar o seu espaço, não vou te forçar a nada, quando estiver pronta esse será o momento certo.

—Obrigada por entender. Eu te amo minha vida.

—Eu também te amo meu bem. - ele disse e pude ouvir ao fundo alguem chamando seu nome. - Bom, parece que a emergência me chama.

—Tudo bem, eu te amo e boa sorte.

—Obrigado e eu te amo. -Elliot sussurrou antes de desligar e o vi pela janela pegando seu livro antes de sair da cantina.

Enquanto olhava para a cantina vazia senti um cheiro conhecido e não precisei virar para ver de quem se tratava.

—Você está pronto? - questionei sem virar para ver Gael.

—Estou.

—Ótimo, todos estão nos esperando. -disse e comecei a andar para a floresta e ele tentou acompanhar meu ritmo.

—Espera Leah, sobre ontem à noite, queria pedir desculpas. Fui um tremendo idiota com você.

—Sei disso Gael, e não preciso das suas desculpas, só quero que entenda que não estou disponível para você. Isso está claro? - questionei parando para olhar em seus olhos.

—Sim.

—Muito bem, vamos porque a fronteira está longe. - disse antes de dar uma última olhada no hospital e voltar a andar sendo seguida por Gael que preferiu ficar em silêncio.

Caminhamos pela floresta em direção a clareira onde marcamos o encontro, afinal os Cullen não podiam ir até a reserva e Gael ainda não era de confiança para arriscarmos a segurança do nosso povo, por isso escolhemos um local no meio da floresta e que ficava longe da fronteira. Demoramos um pouco para chegar, pois estávamos andando como humanos, apesar de Gael insistir que nos transformássemos, mas não seria idiota a esse ponto, Carlisle havia me alertado que os filhos da lua eram maiores e mais fortes que os transfiguradores, já em sua forma humana a nossa força se igualava.

Quando chegamos ao local marcado, todos já se encontravam lá, tanto meus irmãos de bando quanto os Cullen, já que Carlisle fez questão de participar da reunião. Apresentei Gael a todos antes de começarmos a sessão de perguntas, sobre o porquê o inimigo dele estava vindo atrás do meu imprinting, e como poderíamos impedi-lo.

—Na realidade não é ele, é ela. E posso apostar que ela tentou matar o doutorzinho. Tenho certeza que não gostou de vê-lo com a lobinha. - ele disse e segurei a minha respiração enquanto absorvia a mudança de gênero do inimigo de Gael.

—Ela? Então se trata de uma mulher. - Jacob disse surpreso.

—Mais precisamente uma filha da lua raivosa e ciumenta, já que tentou matar a recompensa. -Gael disse e num movimento rápido segurei a sua garganta sufocando-o.

—Acho bom começar a falar sem enigmas. Ou vou descontar a minha raiva em você. - disse furiosa enquanto apertava mais a sua garganta.

—A lobinha tem garras, quem diria. - Gael disse com a voz sufocada.

—Solte o Gael agora, Leah. - Jacob ordenou usando sua voz de alfa e o soltei a contra gosto.

—Quem é essa loba que está atrás do meu macho? - questionei furiosa, determinada a defender meu imprinting de qualquer um que ousasse tirá-lo de mim.

—Ela pertence ao passado do Elliot. O nome dela é Clara Marshall, a falecida esposa dele.- Gael disse e comecei a rir, aquilo só podia ser uma piada.

Clara estava morta a oito anos e não havia dúvidas disso, afinal vi a sua morte na mente de Elliot quando tive meu imprinting.

—Você realmente escolheu uma péssima hora para mentir. - rosnei furiosa antes de partir para cima dele mais Sam me segurou. -Me solta Sam.

—Acho que ele está dizendo a verdade. -Sam disse e sorri incrédula.

—Claro que não, vi na mente de Elliot quando tive o imprinting, Clara está morta.

—Não está. Apenas me deixe explicar antes de me matar Leah. - Gael pediu enquanto olhava em meus olhos.

—E porque eu deveria acreditar em você? Você nem se importar com o Elliot. - disse furiosa enquanto Sam ainda me segurava.

—Ele está falando a verdade. - Edward disse de repente e olhei para ele confusa.

—Isso não pode ser verdade. - sussurrei atordoada. - Ela está morta, eu vi na mente do Elliot. Senti a dor dele quando ela morreu em seus braços.

—Eu sei Leah, mas sei que confia em mim e não estou mentindo. Gael está falando a verdade, posso ver em sua mente. Vamos escutá-lo.- Edward pediu e concordei pedindo para que Sam me soltasse.

—Acho bom não está mentindo Gael, ou juro que acabo com você antes que possa me pedir desculpas por suas mentiras. - sussurrei furiosa enquanto olhava em seus olhos.

—Eu jamais mentiria para você. - ele disse olhando em meus olhos e concordei antes dele respirar fundo e começar a falar. -Meu irmão mais velho, Killian, era o próximo alfa na linha de sucessão, nosso pai já estava cansado de se transformar e queria envelhecer ao lado da nossa mãe, então decidiu unir a nossa alcateia com outra através do casamento do meu irmão com a herdeira desse clã. Meu irmão ficou furioso por isso, foi então que descobri que ele estava apaixonado por outra mulher, Clara. Meu pai ficou furioso quando soube que seu primogênito estava traindo sua promessa de fidelidade com uma mulher que estava casada e que ainda tinha uma filha pequena. Para que ficassem juntos, meu irmão tramou uma emboscada e mandou matar meus pais. Menos de dois meses da morte de nossos pais, ele tramou a morte da amante para que pudessem viver juntos. Killian se tornou o alfa e ainda transformou Clara em uma filha da lua. - Gael disse em meio a raiva e a dor de lembrar de tudo aquilo.

E foi então que tudo fez sentindo para mim.

O homem que Elliot viu no parque com Clara e Ária, era Killian, o irmão de Gael.

— Sempre soube que havia algo errado na morte dos meus pais e fui investigar, mesmo que meu irmão na autoridade de meu alfa me ordenasse que não fizesse isso, mas não podia deixar para lá, eles eram meus pais. Quando descobri toda a verdade tentei contar para o concelho de anciões, mas Clara me drogou com um alucinógeno que me fez passar por louco diante de todos, e meu irmão mandou me matar por traição, tive que fugir para poder salvar a minha vida. Meu próprio irmão, sangue do meu sangue, meu alfa, havia me traído da forma mais baixa e vil por causa de uma mulher. -Gael disse com dor na voz, por ter sido traído pela sua própria família.

—Eu sinto muito Gael. - disse com pesar por ele ter passado por tudo isso.

—Não preciso da sua pena lobinha, preciso da sua ajuda para me vingar. Da ajuda de todos vocês. - ele disse serio enquanto olhava para todos nós e voltava a contar a sua história. - Passei oito anos me escondendo de Killian e Clara, até que descobri que meu irmão havia morrido da mesma forma que meus pais. Como Killian não teve herdeiros, o direito a liderança do clã seria meu, mas como fui acusado e julgado por traição perdi esse direito, o que tornou automaticamente a viúva do meu irmão em alfa. E foi ai que soube que havia sido ela... Que Clara havia matado Killian para se tornar a alfa, logo os rumores sobre Elliot começaram a se espalhar por entre os filhos da lua.

—Que rumores? - questionei confusa, afinal o que Elliot tinha haver com o mundo dos filhos da lua.

—De que a alfa do clã Amorini estava em busca de outro macho, e que já tinha um em mente... Elliot Marshall. - ele disse e parei de respirar assim que ouvi o nome do meu imprinting.

—Isso não pode ser verdade.  A Clara traiu o Elliot durante anos, eles nem viviam bem, porque ela está atrás dele agora? Depois de todo esse tempo? - questionei confusa pelo interesse de Clara em Elliot, ainda mais depois do que ele me contou durante nosso encontro.

—Talvez a vadia esteja sentindo falta do homem que enganou durante anos. - Rosalie disse e olhei para ela confusa.

—Rose. - Esme a repreendeu séria enquanto olhava em seus olhos.

—Clara não pode chegar perto dele. Elliot é meu imprinting, ele foi designado a mim. - disse séria enquanto olhava para todos.

—Um imprinting não deterá a Clara, confie em mim. Elliot nem é um lobo, para ter todos os seus sentimentos anteriores apagados e só existir você para ele. Quem garante que ele ainda não sinta algo por ela lá no fundo? Afinal os dois tiveram uma história e ainda tem uma filha. - Gael disse sério e senti meu coração se apertar porque talvez ele tivesse razão. -Clara vai ser capaz de tudo para ter o que quer, e como vimos ela não está se importando em matá-lo.

—Não vou deixa-la chegar perto do Elliot, antes disso ela terá que passar por mim. - disse furiosa e todos os meus irmãos de bando concordaram.

—E por nós. Não vou deixar ninguém machucar meu sobrinho neto. - Carlisle disse e todos viraram para vê-lo.

Como assim Elliot era sobrinho de Carlisle?

—Quem diria... O doutorzinho é um Cullen. - Paul disse e sorriu surpreso.

—Isso não pode ser possível. Elliot não sabe quem seus pais, ele foi...- comecei a dizer e Carlisle me interrompeu.

—Elliot foi deixado no orfanato solaria quando tinha três meses de vida por um médico que atendeu os pais dele que não resistiram a um acidente. Desde então, esse mesmo médico lhe enviava uma mesada mensal para cobrir todos os seus gastos, e mesmo que Elliot tentasse qualquer tipo de contato, seu “padrinho anônimo” nunca respondia nenhuma das cartas que ele enviava através de madre Angélica. - Carlisle disse e o olhei chocada por ele saber toda a história.

—Como teve coragem de deixar seu sobrinho no orfanato? Como teve coragem de abandonar um bebê que tinha seu sangue? - questionei furiosa para Carlisle.

—É uma longa história Leah, e você não entenderia. - Esme disse cansada.

—Acho bom começarem a falar então. - exigi séria e Carlisle respirou fundo antes de começar a falar sobre a origem de Elliot.

—Vocês deveriam ter contado a verdade para ele, assim que chegou aqui. Tudo que Elliot sempre desejou na vida foi saber de onde veio, e esse tempo todo vocês sabiam a verdade e mentiam na cara dele. Como puderam ser tão cruéis?

—Achávamos que estávamos fazendo o certo. Mantendo-o longe do sobrenatural. - Carlisle disse e ri sem humor.

—Que belo plano, já que ele veio parar na cidade mais sobrenatural do mundo. E agora Elliot está ligado a uma loba e tem uma filha da lua atrás dele.- esclareci severa enquanto olhava para todos os Cullen. - Não vou guardar o segredo de vocês, vão ter que contar toda a verdade para o Elliot.

—Porque mexer no passado agora, no meio dessa confusão toda? - Edward questionou sério.

—Porque ele tem o direito de saber suas origens, e não vou mentir para o homem que amo.

—Leah tem razão, apenas deixe-nos contar, depois que nos livrarmos de Clara. Afinal ela é o perigo eminente para Elliot. - Carlisle disse e concordei a contra gosto antes de voltarmos a discutir estratégias para pegar a ex-mulher do meu imprinting.


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