Recomeçar escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 28
Leah


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos a mais um capitulo de Recomeçar e se preparem porque teremos grandes revelações....
Beijos e boa leitura.



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—Leah? - ouvi Ária chamar e abri os olhos confusa vendo-a na minha frente.

Atordoada olhei para baixo e respirei aliviada por comprovar que Elliot ainda dormia profundamente, ele precisaria de todo descanso do mundo para poder se recupera melhor.

—Me desculpe, não quis te assustar. - Ária falou baixo com medo de acordar seu pai.

—Tudo bem acho que acabei pegando no sono sem perceber. - disse sem graça e ela sorriu com carinho enquanto me afastava de Elliot.

Assim que me afastei dele, Elliot ficou meio inquieto pela mudança brusca, mas logo voltou a dormir, o que me deixou mais tranquila por me afastar dele.

— Vocês acabaram de chegar?

—Não, já faz algumas horas. Eu e a Dinda viemos ver como o papai estava e ficamos com pena de te chamar, afinal você não deve ter dormido nada ontem. Me desculpe.

— Não se desculpe querida, cuidar do seu pai não foi nenhum incomodo.

—Você não sabe o quanto me deixa feliz em ouvir isso. Ouvir que finalmente, meu pai está sendo amado de verdade. Obrigada por fazê-lo feliz.

—Ária, não precisa agradecer, meu bem. Esperei por seu pai a minha vida inteira, sem ao menos saber o que desejava. Eu vivi até agora simplesmente para amá-lo e vou fazer isso até o meu último suspiro de vida.

—Prometi? - ela questionou me olhando nos olhos.

—Eu prometo querida. - jurei e Ária me abraçou com carinho, um gesto que não esperava, mas assim que me recuperei do susto retribui seu abraço com todo amor que sentia por ela.

—Vem vamos descer e comer alguma coisa, você deve estar morrendo de fome. - ela disse se separando de mim mas não consegui dar um passo para longe do quarto.

—O papai vai ficar bem Leah, se você ficar doente porque não se alimentou direito ele vai ficar preocupado. Você quer deixá-lo preocupado?

—Não.

—Então, vamos descer por alguns minutos, é o tempo que você come alguma coisa antes de subir de novo. Há é a sua mãe trouxe algumas roupas para você. - Ária disse e concordei antes de dar uma última olhada em Elliot, assegurando que ele estava bem antes de descer.

—Espera vocês dois... E foi bom? - Cece questionou depois que lhe contei sobre o que aconteceu quando as duas saíram.

—Cece não aconteceu nada. - disse sem graça enquanto a ajudava a guardar a louça.

—Isso foi hoje Leah, mas amanhã é outro dia. Não se preocupe porque vou abastecer a gaveta do criado mudo de Elliot de camisinhas. - ela segredou e corei de vergonha o que a fez rir.

—Cece. - disse sem jeito e ela me olhou confusa, como se não tivesse dito nada demais.

—O que? Vocês dois são adultos, vacinados e comprometidos um com outro...- ela começou a falar, mas minha atenção estava voltada para os batimentos cardíacos que vinham do segundo andar, os quais aceleraram de repente me deixando alarmada.

Sem pensar em mais nada, deixei o prato em cima da pia e corri escada acima pronta para lutar com qualquer um que tenha provocado os batimentos acelerados em meu imprinting. Mas assim que abri a porta e vasculhei o quarto com os olhos, percebi que não havia perigo algum.

—Leah...- Elliot chamou dormindo enquanto se mexia inquieto na cama, como se estivesse tendo um pesadelo.

—Estou aqui amor. - sussurrei preocupada enquanto ia para o seu lado e acariciava seu rosto suado.

—Leah...- Elliot sussurrou com dor antes de começar a chorar.

Angustiada em ver meu imprinting chorando, não pensei duas vezes antes de sacudi-lo com cuidado para não machucá-lo, afinal era mais forte do que ele e respirei aliviada assim que Elliot abriu os olhos. Sem dizer nada Elliot me abraçou apertado assim que abriu os olhos antes de começar a chorar sem parar.

—Tome um pouco de água, isso vai te ajudar a se acalmar. - Cece disse suave enquanto entregava um copo de agua para o amigo, que segurou o copo com as mãos tremulas.

Foi muito dificiel fazer Elliot se acalmar, ele olhava para todos os lado como se algo fosse sair das paredes pronto para ataca-lo. E vê-lo tão assustado me deixou impotente, porque jamais quis que meu imprinting vivesse com medo.

—Foi o mesmo pesadelo pai? - Ária questionou preocupada e olhei para ela confusa.

—Sim. - Elliot sussurrou depois que tomou um pouco de água.

—Que pesadelo? - questionei confusa, afinal Elliot nunca havia me contado sobre um sonho recorrente.

—Sonho que sou perseguido por um lobo branco no meio da floresta há quase três anos, mas esse sonho nunca foi tão frequente quanto agora. E nas últimas semanas ele mudou...- ele disse perdido em memórias.

—Mudou como? - questionei alarmada.

—O lobo branco sempre me alcançava no final, mas na primeira noite que passei em Forks o sonho mudou, ou melhor, o final mudou. Ainda continuo sendo perseguido pelo lobo branco, mas ao em vez dele me alcançar como sempre, surgiu outro lobo que me salvou dele. Um lobo de pelo cinza com olhos castanhos. Eu sei que deveria sentir medo, mas não consigo, porque sei que o lobo cinza está ali para me proteger de qualquer coisa. -Elliot explicou e perdi o ar enquanto ouvia o seu relato sobre o pesadelo com os lobos.

Podia não saber quem era o lobo branco que o perseguia, mas sabia muito bem quem era o lobo cinza que o defendia, era eu.

—Acho que você precisa de férias. Essa história de lobos, deve ser sua mente dizendo para parar e descansar. A quanto tempo você não tira umas férias? - Cece questionou e Elliot a olhou feio.

—Eu não preciso de férias Cece. - Elliot disse sério enquanto colocava o copo de água em cima do criado mudo.

—Precisa sim. - Ária disse e Elliot olhou feio para ela.

—Meninas, vocês podem nos deixar um pouquinho a sós. - pedi as duas que concordaram antes de sair do quarto.

—Você acredita em mim, não é Lê? - Elliot questionou preocupado enquanto olhava em meus olhos.

—Eu acredito. - disse olhando em seus olhos e segurei as suas mãos, entrelaçando-as com a minha. - E por acreditar em você, te prometo que nada no mundo irá te machucar, nem que eu tenha que morrer para evitar que isso aconteça.

—Pareceu até a mulher maravilha falando. - ele disse fazendo graça e não sorri o que lhe deixou preocupado. - Você está mesmo falando sério, não é?

—Sim.

—Eu não quero que você se coloque em risco por minha causa.

—É o meu dever Elliot.

—Seu dever é me amar Leah, e não se sacrificar por mim. - ele disse olhando em meus olhos e percebi que seus olhos estavam vermelhos. - Já perdi três pessoas importantes durante meus trinta e oito anos de vida, foi duro mais consegui seguir em frente. Mais perder você... Isso iria acabar comigo. Não consigo mais viver sem você. Só me prometa, que não irá se sacrificar por mim.

—Não posso prometer isso Elliot. Me peça qualquer coisa, menos isso.

—Então porque me apaixonei loucamente por você se posso perdê-la? Qual é o sentindo de tudo isso? - ele questionou entre lágrimas e sorri suave antes de enxugar as suas lágrimas.

— O sentindo de tudo isso amor da minha vida, é vivermos como se fosse o ultimo dia... Amar como se fosse a última vez. Você pode não acreditar, mas nós dois fomos destinadas um ao outro. Destinados a preencher o vazio que existia, o qual só acabaria quando nos encontrássemos. - expliquei a ele de modo vago como era o sentimento de um imprinting, o qual nos unia de forma eterna. - Elliot, você acredita em mim?

—Sim, porque sinto isso desde que compreendi que te amava. Mas não quero me afastar de você por nada nesse mundo. - ele explicou suave enquanto olhava em meus olhos. - Leah Clearwater, quero que olhe nos meus olhos e me prometa que jamais irá me deixar. E que se isso acontecer, você irá encontrar uma forma de voltar para mim. Me prometa.

—Eu prometo Elliot. Prometo que jamais vou te deixar e se isso acontecer, vou encontrar uma forma de voltar para você, não importa onde ou como esteja. - jurei olhando em seus olhos e ele concordou antes de me puxar para os seus braços me abraçando apertado em seguida.

—Eu te amo muito amor. - Elliot sussurrou assim que me afastou para me olhar nos olhos.

—Eu também te amo muito minha vida. - sussurrou acariciando seu rosto de leve e Elliot sorriu antes de me beijar com carinho.

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—Olhe só para você. - Elliot sussurrou deslumbrando assim que desci as escadas usando um delicado vestido floral de saia plissada, que havia ganhado de presente de Alice.

Pois é, com o passar dos anos a baixinha acabou se tornando suportável para mim, menos o seu cheiro. Apesar dos Cullen terem mudado toda a minha vida, por ativarem a minha transformação, jamais poderia ficar com raiva deles depois que conheci a história de vida de cada um. Nenhum deles escolheu se tornar um vampiro, exceto Bella.

 Carlisle havia lhes dado uma segunda chance, e eles faziam de tudo para honrá-la da melhor forma possível.

—E então? - questionei dando uma volta para que ele pudesse ver melhor o meu vestido.

—Você está linda amor. - Elliot disse sorrindo encantado enquanto me olhava.

—Obrigada. E então para onde vamos? - questionei curiosa para saber onde iriamos jantar, já que Elliot fez mistério sobre o local do nosso encontro.

—É surpresa amor. - ele confidenciou enquanto me ajudava a colocar meu casaco.

—Sei disso, mas será que vou gostar dessa surpresa? - questionei virando para vê-lo.

—Eu conto com isso. - ele segredou e sorriu antes de lhe dar um beijo.

—E vocês dois, não tenham juízo, apenas se divirtam. - Cece disse sentada no sofá assim que desviou os olhos do filme que assistia.

—Verdade, aproveitem por nós duas. - Ária recomendou e Elliot a olhou sério.

—Ária Carolina, não pense que esqueci do que me disse quando estava tendo uma crise alérgica. Ainda vamos ter uma longa conversa sobre o seu encontro que terminou na cadeia. - Elliot disse e olhei para ele surpresa.

—Porque a Ária foi parar na cadeia? - questionei confusa, afinal nunca achei que ela seria capaz de cometer algo que resultasse em sua prisão.

—Sai com um idiota e no final da noite em vez de ganhar um beijo, foi parar atrás das grades. - Ária disse frustrada e tive que me segurar para não rir.

—Me poupe sobre os detalhes Ária Carolina. - Elliot implorou e foi praticamente impossivel não rir da cara que ele fez.

—Acho melhor irmos, antes que você comece o seu discurso de pai e fique a noite toda nisso. - disse e me despedi das meninas antes de arrastar Elliot para o carro.

Elliot passou a viagem de carro toda calado, era como se ele estivesse imerso em pensamentos e isso me deixou preocupada.

—Elli?

—Sim. - ele sussurrou virando para me ver assim que parou em um sinal.

—O que está te levando para longe de mim? - questionei e ele me olhou culpado por estar com o pensamento longe.

—Me desculpe, devia estar com a atenção voltada para nós dois, mas não consigo para de pensar no que Ária me disse quando estava passando mal. Não tenho ideia de como conversar com ela sobre relacionamentos. - ele disse torturando por não saber como agir.

—Elliot, amor, não se desculpe por ser pai. Jamais vou ficar chateada por você se preocupar com a sua filha. Não se preocupe, tenho certeza que na hora você vai saber o que dizer.

—Eu espero. - ele disse e suspirou antes de estacionar o carro em frente a um restaurante pequeno mais lindo de Port Angeles.

—Pronta para o seu encontro? - Elliot questionou assim que desceu do carro e veio abrir a porta para mim.

—Sim, só espero que a noite não termine na cadeia. Porque não quero que meu padrasto conheça meu namorado porque o prendeu. - brinquei e ele me olhou surpreso antes de rir.

—Querida, não posso prometer nada, afinal Ária é a minha filha. - ele segredou e foi impossivel não rir enquanto íamos em direção ao restaurante.


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