Recomeçar escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 27
Elliot


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos a mais um capitulo de Recomeçar, espero que gostem.
Beijos e até quarta.



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Não podia acreditar que havia perdido a cabeça com alguns beijos.

Leah não merecia ser tratada como um caso de uma noite, apenas para satisfazer meus desejos. Ela era a mulher que eu amava, e não merecia que a leva-se para a minha cama de qualquer maneira, apesar de ver em seus olhos e sentir em cada beijo ou toque que trocávamos que era isso o que ela queria e eu também. Mas meus princípios e minha própria consciência me impediram de continuar, e agora estava agradecido por isso, porque queria conhecer de todas as formas possíveis a mulher que havia roubado o meu coração e me feito voltar atrás a minha promessa a minha falecida esposa.

Além de conhecê-la melhor, queria que Leah me conhecesse também, as minhas manias e defeitos, meus sonhos e medos, queria que ela me conhece profundamente, sem reservas e eu a ela.

—Agora que nos acalmamos, podemos começar a conversar. Não acha? - Leah questionou assim que terminou de abotoar o último botão da sua blusa, me impedindo de continuar a admirar o contraste maravilhoso que o sutiã de renda azul fazia com a sua pele.

 E eu estava começando a me arrepender do meu momento de cavalheirismo.

—Elliot, você sabe que pode mudar de ideia. É só dizer e voltamos de onde paramos. - ela disse sugestiva e respirei fundo negando. -Tudo bem, o que quer saber de mim?

Respirei fundo algumas vezes, tentando clarear a minha mente, que só conseguia pensar em como meu nome saia de forma musical e doce dos lábios de Leah enquanto beijava seu corpo. Foco Elliot.

—Queria saber...Qual a sua cor favorita? - questionei e sorri por conseguir me concentrar em outra coisa além das lembranças dos gemidos da minha namorada.

—Azul, eu gosto de azul. E você? - ela questionou se encostando na cabeceira da cama e sorri agradecido por ela está me ajudando a fazer a coisa certa.

—Eu gostava de verde. Mas agora definitivamente, gosto de azul. - disse me encostando na cabeceira da cama também.

—Porquê? - ela questionou curiosa e sorri.

—Por que essa cor só me lembra do vestido que estava usada na noite em que nos beijamos pela primeira vez.

—Definitivamente, você gostou do meu vestido. - ela declarou e sorrimos.

—Não, eu amei aquele vestido. E sinceramente, espero vê-la usando-o de novo.

—Quem sabe um dia. - ela disse dando de ombros. - Qual o seu livro preferido?

—Vinte mil léguas submarinas de Júlio Verne.- disse sem pensar muito e ela me olhou surpresa.

—Não pensei que você gostasse de aventuras marítimas.

—Viu como foi a coisa certa estarmos conversando. - disse suave e ela concordou. - Ganhei esse livro da madre Angélica quando fiz treze anos e fiquei encantado pela história, até hoje carrego esse livro comigo. Sempre que posso o leio.

—Quem diria que meu namorado era apaixonado pelo Náutilus. - ela disse e a olhei surpreso.

—Então você conhece a história?

—Sim, o li uma vez para um trabalho de escola, quando falamos sobre Júlio Verne.

—Você não parece ter gostado do livro. - disse olhando em seus olhos.

—Eu gostei, mas prefiro a volta ao mundo em oitenta dias. Viajar por todos aqueles lugares deve ter sido incrível. - ela disse e percebi que seus olhos brilharam só de se imaginar viajando por inúmeros lugares.

—É verdade, deve ser incrível. - disse pensando em como seria viajar por vários países.

—E você, doutor Marshall já foi para outro lugar além de Nova York? - ela questionou e suspirei de forma teatral como se estivesse fazendo uma lista mental de todos os lugares em que já estive.

—Forks, conta? - questionei e ela sorriu negando.

—Não. Espera, essa não é a primeira vez que você vem aqui?

—Não. Já vim várias vezes com Cece quando ela vinha passar os feriados com Elba, e quando vinha trazer Ária para passar as férias.

—Como nós dois nunca nos esbaramos? Afinal, Forks é uma cidade pequena. - ela questionou pensativa.

—Talvez, não fosse o momento certo pra nós dois. Ás coisas só acontecem quando tem que acontecer. - disse me lembrando das várias vezes que a madre me disse essa frase.

—Talvez você tenha razão. - ela disse pensativa enquanto olhava para a janela.

— E você, já saiu de Forks? - questionei curioso e Leah suspirou como se voltasse a realidade.

—Não... Quando terminei o ensino médio ganhei uma bolsa na Universidade de Harvard, mas as coisas se complicaram e tive que desistir.

—Mas isso é incrível. Porque você desistiu Leah? -questionei confuso, afinal Harvard era uma faculdade incrível. Eu mesmo tentei uma bolsa lá, mas não fui aceito.

—Porque meu pai morreu e foi impossivel sair daqui. -ela disse triste e a abracei com carinho tentando reconforta-la.

—Eu sinto muito pelo seu pai e que tenha desistindo do seu sonho. - sussurrei acariciando seu cabelo com carinho.

—Eu sei, a vida sempre muda os nossos planos. Não é verdade? - ela questionou tentando se fazer de forte e concordei, mas pelo pouco que a conhecia sabia que aquele assunto ainda mexia com ela.

—Verdade. - disse ainda acariciando seu cabelo e Leah levantou a cabeça do meu peito para me ver.

—Você não está curioso para saber o que eu pretendia fazer? - ela questionou me incentivando a perguntar e sorri concordando antes de fazer a pergunta.

—E o que você pretendia cursar?

—Queria fazer medicina com residência em cardiologia. - Leah disse orgulhosa e sorri surpreso pela escolha do seu curso.

—Então, quer dizer que iriamos ser colegas de profissão e residência. - disse e ela se afastou de mim enquanto me olhava confusa.

—Não sabia que era cardiologista. Achei que fosse especialista em emergência.

—Me especializei em emergência depois, quando Ária estava com uns sete anos. Apesar de amar a ação da emergência, não podia ficar dando um plantão atrás do outro com uma bebê recém-nascida em casa. - expliquei e sorri ao ter uma ideia.- Você devia tentar de novo.

—Tentar o que?

—Harvard. Você leva jeito para ser médica, Leah. - disse e ela me olhou desconfiada. -Estou dizendo a verdade. Você teve sangue frio para me socorrer enquanto minha amiga e minha filha surtavam, e olha que já perdi as contas de quantas vezes expliquei os sintomas de uma crise alérgica para as duas e de como elas deviam agir. Se quiser posso te ajudar a estudar para prestar a prova.

—Você faria isso por mim? - ela questionou emocionada por meu gesto.

—Claro que faria meu bem. Eu te amo, e tudo que quero é que seja feliz. Basta apenas você querer tentar de novo. - disse e por um instante percebi em seus olhos que ela queria isso, mas da mesma forma que seu desejo apareceu ele foi embora.

—Acho que meu momento passou. - ela sussurrou com pesar.

—Claro que não. Nunca devemos desistir dos nossos sonhos Leah, não importa quanto tempo custe para realizarmos, nunca devemos perder as esperanças.

—Podemos, por favor mudar de assunto. - ela pediu desconfortável e concordei, mas isso não dizia que iria desistir de fazê-la mudar de ideia.

—Tudo bem. Que tal me contar sobre a sua família.- sugeri e ela sorriu concordando enquanto mudávamos de assunto.

Leah me contou sobre seu pai Harry, que havia morrido por causa de um enfarte, da sua mãe Sue, que era enfermeira no hospital de Forks e que havia se casado com o xerife da cidade, que tratava Leah e seu irmão mais novo, Seth, como se fossem filhos dele. Leah me contou sobre todas as suas travessuras de infância e algumas delas me fizeram sorrir muito, na verdade ela sempre me fazia rir por qualquer coisa assim como eu a fazia, e isso era maravilhoso. Em troca de suas revelações, lhe contei tudo sobre mim, como fui deixado no orfanato Solaria, sobre todos que moravam por lá e como havia sido assustador deixar o orfanato e ir para a faculdade de medicina.

—Eu queria te perguntar algo que fiquei curiosa. Posso perguntar? - ela disse enquanto acariciava meus cabelos, já que minha cabeça estava repousada em seu peito.

Depois de meia hora de conversa, comecei a me sentir sonolento, efeito dos antialérgicos que estava tomando, apesar da dosagem ter sido diminuída eles ainda estavam fazendo efeito. Assim que demonstrei os primeiros sinais de cansaço, Leah se deitou na cama de maneira confortável e me puxou para o seu peito, para o qual fui sem reclamar antes de começar a fazer carinho em meus cabelos o que me deixava ainda mais sonolento.

—Sim, só não sei se vou conseguir responder a sua dúvida antes de adormecer. - disse sonolento e ela beijou meus cabelos com carinho.

—Tudo bem, você pode responder depois não é nada importante.

—Tem certeza?

—Tenho, Elli. Agora tenta descansar um pouco.- ela pediu e concordei e foi inevitável não adormecer com o carinho de Leah.


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